Apesar de
esta resenha ser do terceiro livro da trilogia, não haverá nenhum tipo de spoiler
deste, nem dos volumes anteriores, podem ler tranquilamente.
Confira as
resenhas dos volumes anteriores: A Seleção, A Elite, Contos da Seleção.
E a espera
finalmente chega ao fim. Depois de quase um ano do lançamento do segundo livro
desta trilogia, “A Elite”, e mais de um e meio desde que li o primeiro volume,
“A Seleção”, finalmente pude conhecer, junto com o resto do mundo, já que este
foi um lançamento simultâneo mundial, o desfecho desta história incrível criada
por Kiera Cass.
Cada vez
mais próxima do final da Seleção e mais perto da coroa e do coração do príncipe
Maxon, já que restam apenas quatro meninas na disputa, America Singer nunca
imaginou que chegaria até ali, muito menos que gostaria de ganhar a competição
e ser a nova rainha de Illéa, mas isso realmente pode acontecer.
Ao mesmo
tempo em que vive uma vida de sonhos fazendo parte da Elite, e medos por não ter
certeza absoluta dos sentimentos de Maxon por ela, há coisas muito mais sérias
ocorrendo ao redor do palácio, afinal os rebeldes estão piores do que nunca,
ameaçando e agindo contra as pessoas inocentes que são divididas em castas.
Enquanto de
um lado America precisa se preocupar com seus sentimentos para não ter o
coração partido, do outro necessita enfrentar muitas dificuldades para manter-se
na disputa, mesmo que algumas pessoas façam de tudo para tirá-la dali, que ela
não seja a preferida do povo de Illéa, e que precise conquistar aliados
políticos, mesmo sem ter contatos fora do palácio. O pior é que Meri não está
exatamente satisfeita em como as coisas são com o sistema de castas e nem com
as estratégias utilizadas pelo rei para lidar com os ataques rebeldes. Como ela
vai conseguir reverter toda esta situação e ainda derrotar suas concorrentes no
concurso pelo coração do príncipe?
Para mim, o
último livro de uma série é o mais importante de todos, porque é nele que vemos
quais rumos a autora escolheu, como os problemas serão resolvidos, como ficarão
os personagens, etc. Então acabo ficando com minhas expectativas mais altas e
sendo mais crítica com a leitura. Para ganhar nota máxima o livro tem que ter
me conquistado profundamente e, apesar de “A Escolha” não ter ficado com as
cinco casinhas, gostei tanto deste livro e desta série que as quatro que dei
fazem o jus perfeito a tudo o que achei dele, já que adorei, só não amei, e vou
explicar os motivos abaixo.
O foco desta série não é a distopia, apesar de
acontecer em uma sociedade distópica e manter alguns elementos relacionados a
ela, mas sim o romance e a Seleção para escolher quem seria a mais nova
princesa. Acho que no fundo a autora sempre deixou isso claro, já que nunca deu
tanto ênfase para este lado, e essa sua escolha continua sendo vista neste
último volume. Antes de mais nada, não acho que isso seja uma falha no livro,
pelo contrário, o centro da história é muito bem definido e explorado, e Kiera
conseguiu desenvolver bem o pano de fundo distótipo como sendo apenas isso, um
segundo plano, mas tendo as resoluções críveis para ele.
De maneira
geral eu posso afirmar que gostei muito da finalização criada por Cass, ela
conseguiu fechar as pontas, mesmo que algumas só ficaram na idealização do que
vai acontecer futuramente, e deu um final para todos os personagens
importantes, o que acho correto. Também aprendemos sobre os passados de alguns
personagens que eu nunca antes havia parado para pensar sobre, entendemos mais
a causa dos rebeldes, tanto do norte quanto do sul, suas diferenças e o que
eles pretendem com suas ações, conhecemos pessoas muito importantes para o
desenrolar dos fatos, entre outros pontos.
Só que, por
outro lado, eu acabei me decepcionando com uma questão: eu praticamente não me
surpreendi em momento nenhum deste volume, o que é uma pena. No caminho para o
fim, algumas cenas foram introduzidas só para darem certo com o que ela
pretendia para o final da história, e já dava para imaginar quais
acontecimentos iam surgir como consequências destes momentos. Essa não é uma
coisa ruim, porque tivemos as respostas que mais buscávamos, mas eu gosto de
ser pega de surpresa por algo ou uma revelação que não estava prevista por mim
em momento nenhum, o que aconteceu em tão poucas vezes que dá para contar nos
dedos de uma mão e ainda sobram dedos.
Desde o
começo já consegui saber qual o rumo que a história iria tomar, com quem
America terminaria, o que aconteceria com a outra ponta do triângulo, com o
futuro de Illéa, etc. Até porque Kiera foi
introduzindo pontos durante toda a trama deste volume que sabíamos que seriam
importantes quando chegasse a hora, mais para o final.
Nem as
mortes me surpreenderam tanto porque já esperava que boa parte das pessoas
morreriam, pois isso não tinha acontecido nos volumes anteriores e os autores
sempre matam um bando de personagens em seus livros distópicos, principalmente
no último da série (mesmo já esperando por elas, deu para sofrer com algumas,
sim). E também as mortes de muitas pessoas serviram para o propósito de dar um
final para os outros personagens que permaneceram vivos, permitindo, assim, que
suas histórias fechassem bem e sem complicações, não que eu tenha aprovado
isso, mas foi assim que foi.
Gostei muito
dos personagens neste último volume, assim como tinha gostado deles
anteriormente, mas o que pude notar de diferente é que agora todos estão mais
maduros. Então nós temos a oportunidade de acompanhar o crescimento deles ao
mesmo tempo em que conservam suas características e personalidades.
No começo do
livro Meri está meio dramática e teve umas atitudes não tão sensatas assim, mas
depois eu me lembrei de quantos anos ela tem e não vou julgá-la, inclusive até entendo,
porque com aquela idade eu talvez agisse exatamente da mesma forma que ela.
Além disso, ela
continua bem revoltada com as coisas que não gosta, o que é uma característica
bem admirável nela, já que não fica de cabeça abaixada diante de injustiças, só
acho que é bom ser America, porque mesmo sendo impulsiva e fazendo tudo o que
lhe mandam não fazer, em uma sociedade onde estas ações geralmente têm
consequências negativas, ela ainda continua ali, firme e forte, coisa que não
aconteceria com qualquer outro personagem.
Não gostei
de duas situações, uma quando uma das criadas faz uma coisa muito importante
para Meri, que logo se sente em dívida com ela, e resolve que deve retribuir o
favor, e não é que a menina realmente acaba pedindo algo em troca? Me incomodou
porque pareceu que ela fez algo esperando receber o favor de volta e isso não
parecia ser de sua personalidade antes.
E teve uma
nova personagem que apareceu neste volume que até agora não sei o propósito de
estar ali presente. Primeiro que America a conheceu em uma situação complicada
em um lugar ruim e a garota foi confiando nela assim sem mais nem menos, e
contando sua vida inteira sem motivos (se dando bem com isso, claro!), para
depois sumir e nunca mais nem sabermos dela durante todo o livro.
A escrita de
Kiera Cass, como sempre, é maravilhosa e envolvente, você se sente inserido no
mundo criado por ela de uma forma tão gostosa que realmente parece que está
ali, ao lado de Meri, passando pelas mesmas experiências que ela. Além disso, a
leitura é tão fluida que quando percebemos já chegamos ao fim e lamentamos
porque gostaríamos que durasse mais.
Sobre o
triângulo amoroso, como já comentei anteriormente, gosto de ambos os garotos,
então ficaria contente com qualquer que fosse sua escolha, então posso afirmar
que fiquei feliz com o escolhido. E também estou apaixonada pelas cartas que
America recebeu de um deles. <3
Mas, uma
coisa que eu não curto é quando o personagem que não será escolhido pela
protagonista espera até o último livro (depois de ela ter decidido escolher o
outro, mas sem contar ao rejeitado), para revelar a ela que ele não quer mais
nada com ela, livrando-a da responsabilidade da decisão e poupando os
sentimentos dele. Não que eu quisesse que ele sofresse, mas me irrita que ele
tenha percebido o que realmente sente no mesmo momento que ela, depois de tanto
lutar. Além disso, o que não foi escolhido foi totalmente indiferente a America
em um momento mais para o final, mesmo com o passado entre eles, e isso foi bem
chato, parece que esqueceram o que viveram até ali. Porém, depois que isso
passa, a relação da protagonista com ele ficou tão bonita e estável, mesmo que
não mais romanticamente, que é impossível não ficar feliz com o desfecho de
todos os três personagens do triângulo, agora dissolvido.
Sobre os
outros personagens, gosto de todos de uma maneira geral, muitos deles são
encantadores e outros mostraram seus lados positivos e melhores neste volume, o
que eu adorei. O único que realmente
ganha um destaque negativo é o rei Clarkson, mas precisamos de um personagem
para odiar, certo?
Também curti
demais o que aconteceu com a relação entre as quatro finalistas da Seleção, que
amadureceu de uma forma bem bonita e íntima, e também muito legal. Depois disto
podemos ver a amizade ali presente entre elas, sólida e real para o resto da
vida.
Gostei muito
do final deste volume, além de ter gostado do final da trilogia. Quando America
e o escolhido souberam que iam ficar juntos, antes de ocorrer uma reviravolta
inesperada, senti falta de uma coisa mais romântica porque um apenas informou
ao outro a sua decisão, não houve pedido, coisas fofas, nem nada. E, como uma
romântica, esperava uma cena daquelas depois de tanta espera.
Ainda sobre
esta parte, depois deste revés, que por sinal foi bom porque teve ação para
tudo quanto é lado e cenas bem ágeis, daquele tipo que faz com que nossos olhos
não desgrudem das páginas até ter acabado, faltou uma conversa entre o novo
casal sobre um problema que aconteceu um pouco antes desta desgraça. Isso
porque, mesmo com toda essa situação terrível, esquecer-se disso é errado
porque deixou um problema mal resolvido, que com certeza faria falta num futuro
(que não vamos ler porque não tem próximo volume, infelizmente, mas mesmo
assim).
E também me
incomodei com a falta de sensibilidade de Meri e seu par definitivo. Mesmo com
todas aquelas mortes de pessoas queridas, outras inocentes, outras muito
importantes, eles nem mesmo pensam muito sobre elas e muito menos ficam tristes
ou de luto, é como se tivessem varrido tudo aquilo para baixo do tapete porque
agora tem que se importar com o mais importante: o relacionamento amoroso entre
o casal. Por que ficar triste com toda aquela situação e por perderem todas
aquelas pessoas, a maioria delas inocentes, não é mesmo? Me revoltei com essa
cena e nem consegui aproveitar tanto assim o romance ali presente, o que é uma
enorme tristeza para mim.
Passados
estes momentos, há um epílogo para lá de satisfatório, que nos faz ficar
felizes e com um sorriso no rosto. Achei as últimas palavras do livro super
fofas e realistas. Acho que não poderia ter finalizado uma obra de maneira
melhor. E, de todas as séries distópicas que li, este final foi o que mais
gostei.
Com muitas cenas
engraçadas, outras fofas e românticas que inevitavelmente vão te deixar com um
sorriso bobo no rosto, algumas emocionantes, outras que nos dão raiva imensa; respostas
para muitas de nossas perguntas, momentos bonitos de amizade e amor familiar,
de ajuda ao próximo, alguns que senti orgulho das atitudes de Meri, outros em
que temi por sua segurança, e ainda aqueles em que ficamos com vontade de
sacudi-la para mudar de ideia, “A Escolha”, último livro da trilogia “A
Seleção”, fecha a série de maneira magnífica e que nos deixa com saudades de
tudo logo no momento em que fechamos a última página. Super recomentado! Se
você ainda não começou a conhecer a história de America Singer, comece logo
porque não vai se arrepender!
Avaliação
Essa capa é perfeita neh? Eu ainda não li os livros, apesar de ter os dois primeiros... quero esperar ter este para enfim, ler todos!
ResponderExcluirAdorei a resenha, só consegui ficar mais encantada.
bjo bjo^^
Bom dia,
ResponderExcluirEssa série é muito bem comentada pela galera e tenho muita vontade de ler, espero que futuramente isso ocorra,parabéns pela sua resenha....abraços.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Já li todos, super feliz que vai ter um 4, gostei muito do final de a escolha, mas foi um pouco corrido, expectativas para o próximo! hehehehe
ResponderExcluirEu gostei da série (mas detestei América..rsrs) apsear que ela se redimiu um pouco comigo no livro 02...EU estava gostando de A Seleção, até que de repente puft acabou...eu fiquei, "COmo assim??" será que pulei páginas (tava lendo em ebook)...esqueçeram de traduzir?? mas, depois de voltar 03 vezes os ultimos capítulos vi que não me enganei...cara, a autora correu demais na história...e entre a desição dele e a coroação foi um pulo..eu fiquei me perguntando, se não tivesse ocorrido aquela invasão, será que ele continuaria com sua decisão e casaria com a outra??? pra que matar o rei e a rainha...detestei isso...ficaria melhor vê-lo se redimir ou ele se jogar na frente da esposa e não ao contrário...enfim, esse livro, tinha tudo pra ter um desfecho sensacional e ficou mai ou menos..mas, mesmo assim,ainda quero ter toda a série na minha estante. :D bj e parabéns pela resenha.
ResponderExcluirGostei muito da serie, demorei um pouco a ler por conta da capa de a seleção, mas os livros me conquistaram, Maxon ever, a escolha foi um pouco corrido o final, mas como vem outro livro por ai, vamos ver.
ResponderExcluirEu estou loucamente querendo ler essa série, a cada resenha q leio só aumenta minha vontade, amei sua resenha
ResponderExcluirO livro que eu realmente queria comentar era o A coisa... mas nao encontrei resenha dele aqui, mas ta valendo... haha
ResponderExcluirNão conheço esse livro, mas pela resenha parece interessante. Terei um imenso prazer de lê-lo.
http://robertabrandao24.blogspot.com
Estou doida para ler este livro!
ResponderExcluir