Depois da
suposta morte de Sherlock Holmes nas cataratas de Reichenbach por causa do
embate com o Professor Moriarty, ele está de volta! E não vai sossegar até
conseguir resolver todos os casos que surgem em seu caminho, mesmo que precise
ficar horas sem comer, dormir, invadir residências ou esconder coisas das
autoridades. E junto com John Watson vamos adentrar em sua mente e descobrir
como ele faz para desvendar crimes e revelar segredos que pareciam até mesmo
impossíveis de ter alguma solução.
Não me
lembro qual foi a primeira vez em que ouvi falar sobre Sherlock Holmes ou desde
quantos anos soube de sua existência, mas parece que esse consultor de
detetives sempre esteve presente na minha vida. Seja através de jogos de
tabuleiros ou adaptações, sempre admirei Sherlock Holmes e fui viciada no
personagem (me lembro de quando era criança, quando eu e minha irmã acordávamos
e íamos direto jogar o jogo Scotland Yard – pelo qual éramos apaixonadas e até
mesmo viciadas!).
Mas, foi
somente em 2014 que li um de seus livros pela primeira vez. Meu primeiro
contato com uma obra original de Sir Arthur Conan Doyle nesse ano foi através
da história que marcou a primeira aparição de Sherlock Holmes e também de
Watson, em “Um Estudo em Vermelho” (inclusive também foi pela edição de Bolso
de Luxo da Zahar), afinal foi ali que se conheceram e quando ele começou a
escrever sobre as aventuras e casos de Holmes. Depois li mais uma de suas obras
no mesmo ano, porém fiquei algum tempo sem embarcar em novas histórias desse
tão amado personagem.
Agora,
alguns anos depois, surgiu a oportunidade maravilhosa de voltar a mergulhar em
seu mundo, justamente através do livro “A Volta de Sherlock Holmes”, o que
acabou sendo uma grande e feliz coincidência. E devo dizer que, mais uma vez,
fiquei completamente encantada com a obra, apaixonada pelos personagens
principais e pelos casos que vivenciaram. Mal vejo a hora de ler todos os
livros protagonizados por Holmes com a companhia do adorável Watson, o que
pretendo fazer em breve.
Nesse
exemplar, temos a oportunidade de vê-lo atuando em treze contos, e são eles: A
Casa Vazia, O Construtor de Norwood, Os Dançarinos, O Ciclista Solitário, A
Escola do Priorado, Black Peter, Charles Augustus Milverton, Os Seis Napoleões,
Os Três Estudantes, O Pincenê de Ouro, O Atleta Desaparecido, A Granja da
Abadia e A Segunda Mancha.
Todos foram
publicados originalmente na Strand Magazine entre 1903 e 1904, aparecem aqui na
sequência em que foram lançados, e compreendem tramas vivenciadas ou comentadas
após seu desaparecimento e suposta morte nas Cataratas de Reichenbach, quando
houve o embate com o professor Moriarty, o qual foi retratado no volume quatro
de suas histórias, “As Memórias de Sherlock Holmes”, que já li e resenhei aqui
no blog (clique no título para conferir minhas opiniões).
Particularmente,
gostei muito de literalmente todos os contos. Mas alguns sempre acabam ganhando
um pouco de destaque em relação aos demais no nosso coração. O primeiro dos que
mais gostei foi, sem dúvidas, o que inaugura o volume, A Casa Vazia. Primeiro porque traz Sherlock do “mundo dos mortos”,
e ele revela a Watson o que aconteceu naquele fatídico dia e o que andou
fazendo nesse tempo todo em que ficou sumido. Além disto, o caso também é bem
interessante. Também adorei como Holmes desvendou a verdade em O Construtor de Norwood. O código
parecendo desenhos infantis em Os
Dançarinos é bem bacana e foi ótimo ver Sherlock entendendo-o, porém fiquei
triste com os rumos que essa história tomou, queria um final diferente.
Fui pega de
surpresa em O Ciclista Solitário e
gostei de ver o uso de bicicletas na época, principalmente porque uma mulher
estava pedalando uma (com aquelas roupas da época! Fiquei imaginando o quão
difícil era fazer isso). Charles Augustus
Milverton foi surpreendente e curti o final. E com certeza A Granja da Abadia também me surpreendeu
com uma faceta de Holmes e Watson que mostram que nem sempre o que é
considerado correto é o melhor caminho a ser seguido, visto que tudo na vida
tem mais de um lado e as ações de um homem podem estar numa das inúmeras
nuances de cinza que existem.