O Invencível - MMA Fighter #02 - Vi Keeland

Liv Michaels é uma mulher com garra, inteligente, esforçada, determinada, possui uma personalidade incrível e é muito bonita. Atualmente ela está perto de conseguir seu emprego dos sonhos, o qual batalhou muito para conquistar. Como jornalista, ela precisará fazer uma matéria muito boa contra a de sua concorrente, que é nada menos do que a filha de um dos conselheiros do jornal e ainda possui uma grande habilidade de flerte, que ela sempre usa com o chefe, ganhando vantagens sobre Liv. Mas nossa protagonista não vai deixar barato e vai correr atrás de seu objetivo, aceitando a tarefa para a qual foi designada (a melhor ficou para sua oponente, Summer): entrevistar um lutador de MMA problemático.
Vince Stone sempre gostou de lutas. Com um passado bem difícil e uma mãe cheia de problemas, muitos deles envolvendo drogas, Vinny, como era conhecido na adolescência, não tem muitas pessoas apoiando-o, e precisa lutar dentro e fora das arenas para conseguir o que quer. Sua força de vontade, confiança e personalidade forte, assim como seu corpo atlético, são grandes atrativos para todas as mulheres, que caem aos seus pés.
Por conta de um pequeno problema que ele passou, Nico, seu treinador, o obriga a dar aula de defesa pessoal para as mulheres. E é lá que Liv vai com a intenção de conhecer o foco de sua matéria: Vince. Só que ambos acabam tendo uma surpresa porque já se conheciam antes. Há muitos anos, Liv foi a tutora de Vinny no colégio, ajudando-o a estudar algumas matérias para se dar bem nas provas, e eles tiveram um breve romance, que não foi para a frente porque o garoto, mesmo com aquela idade e com tantas coisas já acontecendo em sua vida, acreditava que ela merecia mais do que um futuro com ele.
É claro que mágoas foram desenvolvidas na época e, mesmo já tendo se curado das antigas feridas, a garota nunca poderia esquecer tudo o que sentiu com a partida de Vinny, seu primeiro amor. Agora, anos mais tarde, a química entre eles ainda existe, mas Liv não quer se magoar novamente. Só que, com a matéria que está prestes a escrever, talvez seja ela quem vá feri-lo desta vez.
“– Confie em mim sobre uma coisa, Liv... seja lá o que estiver acontecendo entre a gente, vai acontecer. Você pode tornar o quão difícil quiser, mas "nós", Liv, vamos acontecer. Nenhum de nós pode impedir."
Esta é a segunda obra que leio de Vi Keeland, que também é a segunda a ser publicada no Brasil e o livro do meio da trilogia MMA Fighter. Já tinha amado o primeiro, então estava muito empolgada para ler a “continuação”, cheia de expectativas para saber se iria adorar também ou se ia acabar me decepcionando. Agora, depois de terminada a leitura, posso afirmar que amei novamente algo escrito pela autora.
A construção dos personagens foi muito bem feita, eles possuem características tão simples e complexas ao mesmo tempo, com qualidades, defeitos, inseguranças, determinação, etc., que as tornam humanos, reais, como se existissem fora das páginas.
Já conhecíamos Vince no primeiro volume, mas lá ele ainda era um pré-adolescente com apenas treze anos, e não teve participações tão importantes assim. Agora já se passaram anos daquela época e o vemos bem mais maduro, mesmo que alguns problemas ainda existam em sua vida. A forma como ele foi trabalhado foi muito boa, e uma parte em particular que eu gostei foi que, mesmo com toda a sua dificuldade em aceitar ajuda de outros porque na sua vida ele precisou fazer praticamente tudo sozinho, inclusive quando ainda era bem novinho, Liv vai quebrando suas barreiras aos pouquinhos. Quando ela começa a se inserir em seu mundo e acaba auxiliando-o em alguns momentos, faz com que ele se retraia inicialmente para depois ir se adaptando e aceitando esta novidade, que acaba contribuindo muito bem para algumas coisas ao seu redor.
"A capacidade de viver sua própria vida, verdadeiramente por si mesmo, é uma coisa tão fácil de dizer, mas muito difícil de fazer."
E o romance foi incrível! Eu amei que neste livro o casal tem um passado bonito e marcante, mesmo que não tenha dado certo naquela época, porque torna tudo ainda mais especial. A gente se sente mal pela Liv adolescente, mas também entendemos o lado do Vinny, os motivos de ele ter agido daquela maneira quando mais novo, principalmente porque ele não foi um babaca, só teve medo. Ver estes sentimentos florescerem novamente no presente e a maneira como o relacionamento entre eles já começou a ser desenvolvido há anos e agora pôde acontecer devido ao amadurecimento dos dois, foi lindo.
Com tantas coisas em jogo, que podem afetar diretamente o relacionamento do casal, o amor entre eles precisa ser forte e grandioso para lutar contra todas as barreiras e vencer no final. Resta descobrir se isso será mesmo possível. O que eu curti muito em relação a isso é que todas as situações que acontecem no caminho dos dois são possíveis de acontecer com qualquer um na vida real, e realmente ocorrem. Então a autora soube construir uma trama bem realista, sem forçar a barra ou colocar pessoas determinadas a afastar o casal de qualquer jeito (como em novelas sempre acontece), apenas nos entregou realidades, e a forma de eles enfrentarem as suas foram condizentes com o que eles são.
A narrativa é em primeira pessoa com capítulos curtos alternando os pontos de vista de Liv e Vince, então podemos conhecer a fundo cada um deles e todos os seus sentimentos em relação a tudo da vida. Também há capítulos com acontecimentos do passado para entendermos o que houve com eles e eu adorei.
Nico e Elle, protagonistas do livro antecessor estão presentes aqui, claro que com menos destaque, mas fazem parte diretamente da vida de Vince e Liv. Do primeiro porque Nico é seu treinador e grande amigo (como uma figura paternal), então sua esposa, Elle também faz parte da vida do rapaz. Já de Liv, ela vira amiga da moça em um momento, e gostei bastante desta amizade.
Gosto muito dos personagens masculinos criados por Vi, porque eles são fofos apesar da aparência de durão, e são entregues ao amor que sentem pelas respectivas mulheres. Na vida real este seria meu tipo preferido de homem, pena que eles praticamente não existem (se é que existem de verdade! hahaha).
“Acho que não importa o que planejamos para nós mesmos. Algumas coisas na vida são simplesmente poderosas demais para mudarmos.”
Assim como no volume anterior, a autora levanta algumas questões consideráveis e trabalha com elas no pano de fundo de uma maneira bem feita, com um ritmo excelente. Além disso, todos os pontos importantes são equilibrados, não há exagero em nada (no romance, no drama, nas cenas de sexo, etc.), e Keeland ainda consegue despertar muitos sentimentos na gente, desde felicidade, passando por aflição e até nos deixando com lágrimas nos olhos, entre muitos outros.
Preciso parabenizar a Editora Charme pelo carinho com os leitores e agilidade no trabalho, afinal as continuações de séries estão sendo publicadas com rapidez e ainda com uma ótima qualidade. Por exemplo, li o primeiro livro desta trilogia, “O Destruidor de Corações”, este ano mesmo (ele foi publicado no final do ano passado) e já pude conferir o segundo volume.
Não vejo a hora de poder ter em mãos o último livro da trilogia, “Worth Forgiving”, cujo protagonista masculino (digo isso porque são sempre dois protagonistas narrando a história em primeira pessoa) é Jax Knight, que já conhecemos neste segundo livro, mas sobre o qual não posso dar muitos detalhes, pois seriam big spoilers. Curti a participação breve dele aqui e sabia que ele tinha potencial para mais coisas, então fico feliz que a autora o tenha escolhido para protagonizar o desfecho da “MMA Fighter”.
A forma como Vi desenvolve suas obras é sempre muito gostosa, ela consegue construir relacionamentos amorosos incríveis, que nos fazem desejar ser a mocinha da história só para viver tudo o que ela vive. E o final foi simplesmente encantador! Com este livro, a autora conseguiu se fixar ainda mais no meu coração e já entrou para o hall de escritoras que adoro e que preciso ler todos os livros que ela lançar.
“– Vou reescrever o final da nossa história, Liv. Vou te dar o seu “felizes para sempre”. Eu prometo.”
Segundas chances, amor, superação e várias reviravoltas vão permear as páginas deste romance maravilhoso, com personagens formidáveis em um enredo real, com cenas quentes e um pano de fundo com dramas e felicidades. Recomendo muito!
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Crânios Alongados do Peru e Bolívia - O Caminho de Viracocha - Brien Foerster


A Terra é mais antiga do que os cientistas conseguem conceber, assim a quantidade de informações que ela possui dos seres que passaram por aqui é imensa. Diversas migalhas, rastros e artefatos imensos que nos contam sobre vidas que se foram. Eu acho um tema fascinante, e me pergunto porque mais pessoas não vasculham o assunto. Um pesquisador que tem essa chama acesa é Brien Foerster, autor do livro Crânios Alongados do Peru e Bolívia - O Caminho de Viracocha, publicado pela editora Anunaki.

Em sua obra Foerster tem como objetivo compreender o fenômeno dos crânios alongados explorando os locais onde estes foram encontrados. Para isto ele examina as principais descobertas arqueológicas tentando descobrir quem eram essas pessoas e quando elas viveram.

Seus estudos permitiram chegar a algumas conclusões, a primeira é que estes crânios tem duas origens, a primeira e mais recorrente é um método utilizado pelas civilizações antigas, A.C.D - Artificial Cranial Deformation - Deformações Cranianas Artificiais - que podem ser encontradas em diversas partes do mundo ( e confesso que isso foi novidade para mim, eu achava que era um fenômeno das Américas). O autor escolheu concentrar seus estudos no local de maior recorrência destes fosseis o Peru e a Bolívia. A outra origem destes crânios é a natural, através de estudos percebeu-se que eles não sofreram qualquer alteração, logo nasceram na forma alongada.

O localização destes crânios é em sua maioria em locais que fazem parte do Caminho de Viracocha. Viracocha é um deus andino, que poderia ter sido a divindade da criação e representava a vida que se movia ao longo de um caminho a noroeste que mais tarde foi chamado de Caminho de Viracocha.

A narrativa do autor é simples e objetiva, a cada capítulo ele aborda um local, explora seus aspectos históricos, os achados arqueológicos e além de aspectos antropológicos, tudo para compreender a razão dos crânios. É muito recorrente encontrar estes crânios ligados a civilizações extraterrestres, mas Foerster não utiliza desta teoria para seu livro, focando-se apenas naquilo que ele de fato pode verificar em suas pesquisas.

Os métodos e tipos de deformação também são descritos, e algumas das possíveis razões também. Os propósitos poderiam variar de acordo com a cultura e região. Poderiam representar a classe social e função social visto que muitos do crânios são atribuídos aos líderes destes agrupamentos. Estética e religião também são possíveis motivos.

No último trecho do livro onde o autor aborda os crânios com deformações de nascimento, ele ainda levanta a hipótese de que os descendentes destes indivíduos poderiam começar a alongar seus crânios devido a esse parentesco, para manter esta característica.

Um destaque do livro é a grande quantidade de fotos dos locais e dos crânios, praticamente estão presentes em quases todas as páginas do livro e auxiliam muito na compreensão do estilo de vida destas pessoas, e como estes crânios são.

Crânios Alongados do Peru e Bolívia - O Caminho de Viracocha faz uma viagem por nossos vizinhos narrando aquilo que pouco sabemos sobre estes irmãos que dividiram conosco a Terra. Será que eles tem mais a nos ensinar?




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Toda Luz Que Não Podemos Ver - Trechos Preferidos


A Editora Intrínseca está fazendo uma Semana Especial sobre o maravilhoso “Toda Luz Que Não Podemos Ver”. Como final de ano é tudo corrido, não deu tempo de participarmos da semana toda, mas não podíamos deixar de fazer uma pequena homenagem para esta obra tão linda que todo mundo deveria conhecer. <3
Então hoje postamos a resenha, que vocês podem conferir AQUI. E, agora, vou contar para vocês quais foram os meus trechos preferidos desta história incrível!  Espero que gostem deles tanto quanto eu e leiam o livro também! <3

“– As pessoas vão dizer que você é pequeno Werner, que você veio da ralé, que não deveria sonhar grande. Mas eu acredito em você. Acho que você vai realizar feitos incríveis.” 
“‘Abram os olhos’, conclui o homem, ‘e vejam o máximo que puderem antes que eles se fechem para sempre’.”
“Eles escutam um programa sobre criaturas do mar, outro sobre o Polo Norte. Jutta gosta de um sobre ímãs. O preferido de Werner é sobre a luz: eclipses e relógios de sol, auroras e comprimento de ondas. ‘Como chamamos a luz visível? Chamamos de cor. Mas o espectro eletromagnético corre ao zero em uma direção e ao infinito na outra, então, na verdade, crianças, matematicamente, toda luz é invisível.’”
 “Sabe a maior lição de história? A história é aquilo que os vitoriosos determinam. Eis a lição. Seja qual for o vencedor, ele é quem decide a história. Agimos em nosso próprio interesse. Claro que sim. Me dê o nome de uma pessoa ou país que não faça isso. O truque é perceber onde estão os seus interesses.” 
“Algumas tristezas nunca deixam de existir.”
“Ela é feliz? Em certas partes de cada dia, ela é feliz. Quando está parada embaixo de uma árvore, por exemplo, ouvindo as folhas vibrarem ao vento, ou quando abre um pacote de um colecionador e aquele velho odor de maresia vindo das conchas varre tudo em volta.”

“Nas histórias após a guerra, todos os heróis da Resistência eram tipos galantes e vigorosos, capazes de construir metralhadoras com clips de papel. [...] Onde se encaixava o rapaz? Ele tinha uma presença tão apagada. Era como estar em uma sala com uma pena. Mas a alma dele brilhava com uma bondade fundamental, não é?”


Toda Luz Que Não Podemos Ver - Anthony Doerr

Quando me falaram a respeito deste livro, fiquei encantada com a sinopse, que parecia ia despertar em mim muitas emoções por causa de um enredo incrível. Lógico que assim que me foi possível comecei esta leitura. E agora, depois de ter lido esta obra maravilhosa, venho escrever para vocês a respeito desta trama escrita por Anthony Doerr, e publicada aqui no Brasil pela Editora Intrínseca.
Em “Toda Luz Que Não Podemos Ver” conhecemos um pouco mais sobre a história da Segunda Guerra Mundial, só que na visão dos alemães e de outras nações afetadas por essa grande guerra. Por conta disso, conhecemos Marie-Laure, uma menina que vive em Paris com o pai, já que perdeu a mãe bem cedo, e que com apenas seis anos de idade acabou ficando cega. Para ajudá-la a memorizar o caminho e ser independente de seu pai, o chaveiro chefe do Museu Nacional de História, ele criou maquetes bem detalhadas do bairro onde moram. Mas, com o começo da guerra, eles acabam se mudando para a cidade de Saint-Malo no norte da França, onde levam consigo um precioso tesouro.
De outro lado da história também conhecemos Werner, um órfão que vive com a sua irmã, Jutta, e outras crianças em um orfanato na Alemanha sob a supervisão de Frau Elena. Ele é bastante inteligente, e quando encontrou um pequeno rádio conseguiu desmontá-lo e montá-lo, e, assim, acabou melhorando-o. Por este motivo o seu destino acaba mudando, já que todos passam o chamá-lo para concertar seus respectivos rádios. Quando, por este motivo, Werner acaba conhecendo alguém importante, ele o indica a escola Hitlerista, onde acaba aprendendo sobre captações de ondas de rádios, para, junto de uma equipe, captar e desativar a comunicação entre os inimigos.
Essas duas tramas acabam se entrelaçando de uma forma inesperada, o que foi bem bacana, pois ambos tiveram uma vida totalmente diferente, e nos mostram como a guerra afetou também essas pessoas, já que a maioria dos livros que li foca mais em como ela afetou os judeus, que tanto foram perseguidos.
O livro é narrado em terceira pessoa, e eu curti bastante esta forma de narrativa, já que assim conseguimos ter uma visão mais ampla de tudo que está ocorrendo na história. Além disso, este volume também fica alternando entre as visões de nossos protagonistas Marie e Werner, nos dando assim um maior entendimento do enredo e também outra face deste período tão sofrido, nos trazendo uma visão sensível, dolorosa e muitas vezes cruel de tudo que ocorreu nesta guerra tão injusta e devastadora.
Este volume tem um pouco mais que quinhentas páginas, mas não foi nem um pouco cansativo, já que encontramos capítulos curtos e bem ricos em detalhes, que nos fazem ficar vidrados nas páginas e querendo saber o que vai acontecer a seguir.
O final, apesar de bem triste, é bastante realista, já que este exemplar retrata sobre a guerra e como ela afeta as pessoas de um modo geral. Esta obra é daquele tipo que nos faz pensar bastante em diversas questões relacionadas à vida do ser humano e suas escolhas.
A capa é simplesmente maravilhosa demais para eu conseguir colocar outros adjetivos para descrevê-la aqui. Gosto muito das cores utilizadas, com ênfase no azul. A diagramação interna é simples e a fonte do texto não é muito grande, mas é bem espaçada, o que facilita na hora da leitura, além de contar com páginas amarelas.
Para quem não sabe, este título foi o grande vencedor do Prêmio Pulitzer de Ficção de 2015 e com certeza foi completamente merecedor. É uma trama linda e merecedora de toda a atenção que conseguir conquistar.
Se você gosta de um livro que consegue tocar a gente com uma história profunda, marcante, cheia de injustiças e crueldade, sobre a Segunda Guerra Mundial e como ela afetou a vida de várias pessoas, e sobre como ela deixou marcas em toda sociedade, este livro é para você. Ele traz personagens incríveis e um pano de fundo tocante, que com certeza vai agradar a todas as pessoas que gostarem do gênero.


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O Sol Negro - A Cidade Secreta do Vril #02 - M. C. Pereda


Ler uma série as vezes é um desafio porque nem sempre temos a oportunidade de ler os volumes na sequência, seja pela demora no lançamento ou de podermos comprar mesmo. Quando se trata de um livro repleto de detalhes a coisa complica mais ainda, porque nem sempre os autores tem o cuidado de lembrar que existe um tempo entre a leitura dos livros. Estava com receio quando comecei a leitura de O Sol Negro- A Cidade Secreta do Vril, da autora M. C. Pereda, da editora Schoba. Mas depois de mais de um ano da leitura do primeiro volume consegui acompanhar a leitura sem aquela sensação de perdida na mudança!

Neste volume uma nova aventura ocorre com os integrantes da Ordem Thule do Brasil quando estes partem em busca do Bastões de Toth e descobrem a utilidade deste antigo artefato egípcio que pode controlar a força Vril. Perseguidos pelos membros da Sociedade Vril, amigos e inimigos não mais serão fáceis de decifrar, nem tudo que parece é, e o bem e o mal acabam ficando muito próximo, será que está turma será capaz de reconhecer sua missão e quem está realmente ao seu lado?

Mais uma vez encontramos um volume denso de informações, elas estão em todas as páginas e em grande quantidade. E este fato tem dois aspectos bem antagônicos, o primeiro é o bom que desperta a curiosidade pelo conhecimento dos fatos apontados, novamente me vi parando a leitura em busca de maiores informações. O segundo aspecto é um pouco ruim, já que esse volume de dados mais aprofundados compromete a fluidez da narrativa, já que entender física quântica, por exemplo, nem sempre é fácil, ainda mais aplicada em uma descrição abstrata. Logo a leitura do livro foi agradável, mas não tão rápida quanto costuma ser um livro com a mesma quantidade de páginas.

Embora com muito conteúdo todo este é bem amarrado em uma história central, onde o principal é os bastidores de ações ocorridas na segunda guerra mundial e seus reflexos nos dias atuais. Não sei se é de conhecimento geral, mas o nazismo antes de uma ideologia política era um grupo de estudo de ocultismo, contando inclusive com médiuns. Deste fato nasceu a história de Pereda que usa essa verdade como pano de fundo. Me limitarei a isso neste ponto para evitar spoilers e as surpresas.

Maya a protagonista do livro anterior e seu marido David aparecem novamente junto de seus melhores amigos Ana e Armando, mas a narrativa agora é feita em terceira pessoa focando na ação destes casais. Personagens como Germano e Solomon voltam a aparecer também. E novos surgem como Júlio e Ricardo também surgem.

Maya é uma personagem interessante porque não faz o estilo de mulher dependente do homem, o que ela tem com o marido é uma parceria, e não uma dependência. Juntos eles conseguem descobrir boa parte dos mistérios, e se apoiam mutuamente. Ela tenta soar engraçada tanto quanto uma nerd pode ser. David, seu marido continua tão misterioso como sempre, e só deixou transparecer que tem mais segredos em seu passado do que nunca, eu honestamente não conseguiria estar casada com alguém como ele. O segredo revelado no final sobre ele foi capaz de me fazer dizer, ahhhh, cadê o terceiro livro?!

Armando é o gordinho engraçado da turma, é inteligente e divertido na medida certa, sem nos fazer sentir mal (porque David e Maya são um exagero de inteligência e capacidades!), e é uma boa ponte para trazer leveza aos inúmeros diálogos teóricos da trama. Sua esposa Ana é doce, e dedicada ao marido e em ajudar sua amiga Maya.

Os vilões do primeiro livro, os irmãos Muller aparecem, mas bem pouco, e até o momento não temos certeza de quem são de fato os vilões do momento. Minha desconfiança foi geral, tirando os casais nenhum personagem está imune, e sim esse pé atrás é sensação constante na leitura. As intenções são sempre dúbias, e ninguém parece querer abrir mão do poder. O bem e o mal são bem explorados quanto a isso, as intenções são dúbias.

Para quem acompanha minhas últimas resenhas mais uma vez temos citação dos anunnakis, e civilizações extraterrestres, não de forma constante, mas como fonte. E não me perguntem eu ainda não descobri porque eles estão tão constantes nas minhas leituras rs! Mas já deixo a dica que vem mais por ai!

O Sol Negro - A Cidade Secreta do Vril é uma aventura de conhecimento e mistério pela história, nos fazendo pensar sobre tudo aquilo que nunca nos foi dito, e mais ainda sobre as intenções dos que nos cerca, será que existe mais por trás da segunda guerra do que nos foi dito? Será que existe mais em nosso país do que um governo corrupto? Será que existe luz no fim deste imenso túnel?

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Jurassic Park - Michael Crichton

Eu assisti a esse filme quando era criança, e ainda consigo me lembrar de algumas cenas que ficaram na minha cabeça. Hoje, muitos anos depois, resolvi assistir Friends, uma série que eu ainda não havia assistido direitinho todas as temporadas e capítulos em ordem, e todo mundo sempre falava para eu fazer isso logo. Vocês devem estar se perguntando: O que uma coisa tem a ver com a outra? Em uma das temporadas o Ross, um dos personagens da série, que inclusive é um paleontólogo, resolveu falar do filme, e eu lembrei que gostei bastante quando criança. Resolvi, então, procurar de novo esta história e foi assim que comecei a ler esta obra escrita por Michael Crichton.
Em “Jurassic Park” conhecemos a história de John Hammondm, um milionário que é dono da InGen, que resolve criar um parque com dinossauros vivos, já que ele consegue clonar os mesmos através da reconstrução genética de DNA encontrados em mosquitos e preservados em âmbar. Em uma ilha na Costa Rica, este milionário convida alguns estudiosos e especialistas, além dos seus dois netos, para provar que sua ideia é brilhante e segura, a fim de atrair novos investidores para sua causa e provar que o parque pode ser inaugurado.

Porém, o que tinha tudo para dar certo já que a ilha contava com vários sistemas de segurança, não dá e algo acontece, já que John Hammondm acaba sofrendo uma sabotagem e, com isso, a segurança do parque agora está falha, ou seja, os dinossauros estão à solta nesta ilha e os humanos que estão por lá têm que correr para salvar a suas vidas neste local cheio de predadores.

A narrativa é super rápida e fluida, e nos é apresentada através de capítulos bem curtos, o que acaba trazendo ainda mais agilidade na hora da leitura. Os personagens são incríveis e muito bem descritos, e o autor soube criar cada um deles de uma maneira perfeita, trazendo qualificações que explicam melhor a história, pois ele criou um matemático, um paleontólogo, entre outros que fizeram desta trama possível.

Dá para ver em todo momento que Michael Crichton pesquisou bastante para fazer desta obra uma ficção científica maravilhosa, já que ele se preocupou em explicar muitos aspectos, trazendo um conteúdo científico maravilhoso em uma trama dramática cheia de ação, aventura e ficção. Com um final bastante trágico, esta história consegue capturar nossa atenção em todas as páginas com um enredo tenso e aterrorizante que também acaba nos fazendo você prender o fôlego em diversos momentos.

A edição nacional publicada recentemente pela Aleph é completamente maravilhosa, primeiramente por conta da capa e da contracapa, fantásticas, segundo porque as bordas das folhas são vermelhas (!), terceiro porque a obra é recheada de detalhes gráficos, com páginas pretas, detalhes ilustrados e outros elementos (vejam nas fotos), quarto porque a diagramação está muito boa para uma leitura fácil e tranquila devido aos ótimos espaçamentos do texto, e, além de tudo isso, ainda conta com páginas amarelas.



Quem já viu algum dos filmes e gostou bastante, não deve deixar de ler este volume, que traz uma história tensa, cheia de conteúdos científicos bem explicados e com personagens incríveis que vão lutar pelas suas vidas em um parque cheio de dinossauros.


Esta obra consegue ser assustadora e prender a gente com momentos cheios de movimentação, suspense, mistérios, e uma aventura e tanto. As cenas foram muito bem descritas, inclusive as mais violentas, mas também temos momentos mais leves e descontraídos.  Recomendo “Jurassic Park” para todo mundo que gosta e está à procura de uma história épica, sendo um clássico emocionante e brutal de ficção científica.
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Os Filhos de Húrin – J. R. R. Tolkien

Desde que lançaram os filmes de “O Senhor dos Anéis” (isso muito anos atrás), virei uma viciada em Tolkien, fazendo com que eu procurasse mais informações sobre o autor, assim como os seus livros, e fosse a todos os lançamentos dos filmes baseados em suas obras (espero por mais em breve!). Agora tenho quase a coleção completa de seus títulos publicados no Brasil e amo a escrita dele. Então, quando tive a oportunidade de ter mais um livro que eu ainda não havia lido, sabendo que iria me aventurar em mais uma trama incrível, coloquei este volume na frente da minha pilha de leitura para me deliciar com mais uma história criada pelo autor o quanto antes. Então aqui estou para compartilhar com vocês um pouco mais a respeito de “Os Filhos de Húrin”.
Este livro narra uma história que aconteceu antes de “O Senhor dos Anéis”, e nela conhecemos Túrin e sua irmã, Niënor, e ambos são os filhos de Húrin, um grande herói humano da primeira era da Terra Média.


Logo no início deste livro conhecemos a infância de Túrin, que teve o seu pai capturado em uma batalha contra Morgoth e o mesmo, além de preso, foi amaldiçoado, e este fato afetou muito a vida de nosso protagonista, além das pessoas ao seu redor, já que ele era o rei da cidade dos homens em que vivia. Túrin é mandado então para viver com os elfos para ficar a salvo, logo após a prisão de seu pai pelo Senhor do Escuro. Mas, quando nosso protagonista cresceu, ele foi em busca de uma aventura na Terra Média e, apesar de reencontrar a sua irmã Niënor, quem não via há muito tempo, ele acabou trazendo desgraça por onde passava, manifestando a maldição de Morgoth.


Agora, acompanhamos nosso protagonista em uma trágica aventura, onde ele enfrenta muitos desafios, entre outras coisas. Acompanhamos a sua vida desde que era uma criança, até a sua fase adulta, com o seu crescimento e amadurecimento, até mesmo quando ele se torna um grande líder, mas continua sendo um humano, com erros e acertos.


Com uma narrativa rápida e fluida, rica em detalhes e muito bem desenvolvida, esta história consegue nos prender do início ao fim, já que este volume traz guerras, sofrimentos, amor, bastante drama, romance e uma aventura de tirar o fôlego, com muitos conflitos e um final bem dramático.


Apesar de não ter lido “O Silmarillion”, que apresenta de uma forma resumida a história contada neste livro, fiquei bastante feliz em começar por ele, já que, assim, acabei conhecendo tudo sobre os filhos de Húrin de uma maneira mais completa. Mas, caso você tenha lido o livro citado acima, acho interessante e válido ler esta obra também, já que vai encontrar mais detalhes, que são muito interessantes, ainda mais para os viciados no mundo de Tolkien, como eu.


Se você é uma iniciante nas obras do escritor, pode acabar achando um pouco difícil de acompanhar tantos nomes e nomenclaturas, mas, à medida que vamos lendo, acabamos nos acostumando com cada um deles e conhecemos melhor todos os personagens que foram muito bem criados e descritos.


Acho esta capa extremamente bonita, porque a ilustração é linda e representa muito bem a história. A WMF Martins Fontes está de parabéns pela edição inteira, que está divina, recheada de ilustrações de Alan Lee (mesmo artista da capa), que é muito famoso por seus trabalhos com obras de Tolkien, que já lhe renderam, inclusive, muitos prêmios. E ainda conta com uma carta, um prefácio e uma introdução escritos por Christopher Tolkien, comentando sobre a obra e o que seu pai pretendia quando a criou, notas sobre a pronúncia, que são muito úteis mesmo, além de genealogias, apêndices, lista de nomes com explicações e mapa.


Com um formato pequeno, de 19,70 cm x 12,70 cm, menor do que o padrão nacional, páginas amarelas, orelhas, miolo bem diagramado com fonte e espaçamentos em tamanhos confortáveis, o livro é fácil de ser manuseado, carregado e lido.


Recomendo esta leitura para todos os fãs da Terra Média, criada por este escritor incrível, ou os que gostariam de conhecer as obras de Tolkien, que mais uma vez consegue nos encantar com personagens maravilhosos, uma trama bem escrita e detalhada, onde acompanhamos as aventuras de nosso protagonista. Mesmo sendo um pouco sombrio, cruel e com um final bem trágico, este livro com certeza vai agradar a todos, já que o autor consegue nos prender neste universo que mistura ação, maldição, guerras, conflitos, amor, entre outras características que fazem “Os Filhos de Húrin” ser fantástico.


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Lançamentos – Editora Charme


Oii, pessoas lindas! Como vocês estão? Hoje vamos falar de mais lançamentos da Editora Charme, que só tem títulos que nos conquistam rapidamente com suas sinopses maravilhosas e capas lindas. Já preciso ler todos e estou com uma meta de ter o catálogo completo deles o quanto antes. E vocês, gostaram de quais?


Luta Comigo - With me in Seattle #02 - Kristen Proby (Skoob)
Jules Montgomery está muito ocupada e satisfeita com sua vida para se preocupar com homens, especialmente um como Nate McKenna. Crescer no meio de quatro irmãos lhe ensinou que o mais sensato é ficar longe de homens sexy, tatuados e motoqueiros. Principalmente, se ele for seu chefe. Após participarem de um jantar incrível com os colegas de trabalho, ele violou a política de não confraternização... entre outras coisas, e isso não acontecerá novamente. Jules não vai arriscar sua carreira em troca de sexo alucinante, independente do quanto seu corpo e coração digam o contrário.
Nate McKenna não dá a mínima para a política de não confraternização. Ele quer Jules e vai tê-la. As regras que sejam modificadas, ou que se danem. Ele não é o tipo de homem que entra numa briga para perder, e Jules Montgomery está prestes a descobrir como ele reage ao ser ignorado após a melhor noite de sexo que já teve. Ela pode lutar o quanto quiser, mas ele fará de tudo para ficarem juntos.
>> Tem resenha da primeiro volume, "Fica Comigo", aqui no blog (cliquem no título para conferir).
Taint - Educação Sexual #01 - S.L. Jennings (Skoob)
Nesse exato momento, vocês provavelmente estão se perguntando duas coisas: Quem sou eu? E o que estão fazendo aqui? Vamos começar com a pergunta mais óbvia, ok?
As senhoras estão aqui porque não são boas de cama.
Não fiquem chocadas. Sexo não é mais tabu para ninguém com menos de oitenta anos. É melhor se acostumarem, porque, nas próximas seis semanas, vocês ouvirão tudo sobre sexo.
Se vocês se matricularam nesse curso, é porque estão totalmente cientes de que precisam de ajuda profissional para aprenderem a viver uma vida sexual plena. Precisam soltar sua libido, permitindo-se sonhar e simplesmente deixar seus corpos e hormônios assumirem o controle. Parabéns! Admitir é meio caminho andado. As que foram enviadas para cá pelo marido ou companheiro sequem as lágrimas e superem. Vocês aprenderão a fazer sexo.
E quem sou eu? Bem, durante esse tempo, serei seu amante, professor, melhor amigo e pior inimigo. Sou aquele que vai salvar seu relacionamento e sua vida sexual.
Prazer, me chamo Justice Drake.
E transformo adoráveis donas de casa em mulheres selvagens na cama. Agora... quem é a primeira?
Tudo o Que Eu Desejo - B&S #02 - Kimberly Knight (Skoob)
Desde o primeiro momento em que ela o viu correndo na esteira ao seu lado, Spencer Marshall se apaixonou perdidamente por Brandon Montgomery. Depois de ela ter tido uma experiência de quase morte que preferiria esquecer, eles fazem o melhor para superar e deixar o passado para trás.
Grata por um novo começo, Spencer se concentra em ajudar a melhor amiga, Ryan Kennedy, com o planejamento de seu casamento. E tudo parece estar indo às mil maravilhas, até que alguém do passado de Brandon reaparece.
Será que Spencer e Brandon conseguirão sobreviver aos fantasmas do passado?
>> Tem resenha da primeiro volume, "Tudo o Que Eu Preciso", aqui no blog (cliquem no título para conferir).
>> Uma notícia MARAVILHOSA para quem desejar comprar estes ou os demais livros da Editora Charme: adquirindo quaisquer 3 livros do catálogo pela loja online da editora, você ganha de presente uma ecobag superlinda.
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O Palácio de Inverno - John Boyne

Quando eu escolho ler um livro tudo começa quando ele é lançado, eu leio a sinopse e decoro na minha memória a capa dele, assim o tempo passa e tudo que eu sei é que ele está na lista de compras/leitura e lembro vagamente o tema dele. O Palácio de Inverno, do famoso escritor John Boyne, publicado pela Companhia das Letras, é um deles, entrou na minha lista faz muito tempo e tudo que me lembrava era que se relacionava com monarquia russa, mas ele não é só isso, por isso foi uma grata surpresa que a leitura dele me proporcionou!

Geórgui Jachmenev é um russo, ex-funcionário aposentado da biblioteca do Museu Britânico, viveu uma história de amor com sua querida Zoia, e quando ela está entre seus últimos dias de vida, ele começa a relembrar sua vida. Os caminhos que percorreu, suas alegrias, dores e fantasias.

Entre guerras mundiais, quedas políticas internas de seu país e transformações na Europa ele tenta sobreviver entre figuras como o Czar russo e Rasputin, e viver plenamente com aquela que ele escolheu para chamar de meu amor. Jachmenev não fazia ideia do que o esperava quando saiu de sua pequena aldeia, Cáchin para servir o último Czar Russo!

Uau! Como é difícil fazer a resenha deste livro! A Narrativa é feita em primeira pessoa através de Geórgui, que de maneira única narra os fatos de sua vida de forma alternada, entre tempos atuais da época que vive (década de 80) e sua adolescência (começo do século XX) de forma que estes tempos aos poucos se encontram, logo temos uma visão completa de sua vida ao final do livro que termina quase onde começou. Foi um recurso genial do autor, que me soou muito próximo de uma sessão de terapia, visto os conteúdos que o personagem trabalha quando conta sua história.

Jachmenev é um homem que viveu situações muito peculiares, mas que soaram tão reais, tão prováveis que tornam-se inquestionáveis. O mais rico em sua construção é que ele é humano, no sentido literal da palavra, ou seja, não é um homem bom típico dos livros, nem o vilão, é apenas um homem com defeitos e qualidades, que teve erros e acertos, e mais que isso depois de velho soube reconhecê-los. Sua forma de ser é romântica, ingênua e pura, embora ele tenha passado por situações muito fortes ele nutre um amor tão forte por Zoia que todo o resto torna-se secundário. Ele tem uma personalidade tão rica e bem explorada que poderia ficar páginas seguidas falando sobre sua estrutura.

O fato é que ele teve diversas oportunidades de se corromper, mas sua lealdade a família do Czar, o amor por Zoia e uma tranquilidade invejável fez com que ele passasse por guerras e conflitos e sobrevivesse, não só fisicamente mas mentalmente saudável. Boyne nos permitiu uma empatia quase instantânea com o protagonista.

Zoia é uma personagem que queria levar para o divã! O mistério que ela carrega, e que eu descobri até que cedo, mas que só é de fato consumado no final do livro é ótimo! O desfecho do livro é a marca que ela carrega e perturba toda a sua vida. Ela fez encadeamentos de situações a partir deste trauma central, gerando culpas que ela carregou e a minguaram aos poucos. Até o modo como ela adoece faz sentido diante de sua história marcada por todas estas culpas. Mais uma vez temos uma personagem humana, que não é idealizada, e até me surpreendeu em uma de suas atitudes.

Confesso que meu conhecimento sobre a história russa é quase nula, mas depois de conhecer um pouco sobre a família Romanov percebi que preciso corrigir essa falha. Boyne é excelente narrando fatos históricos e mesclando com a vida do personagem. Ele permite que sintamos a dor que cada uma destas épocas gerou na vida de quem os viveu, e mais que isso a apreensão de não saber quando seria o último dia de vida. Até onde pude ler ele colocou os fatos históricos de forma bastante real, inserindo neles apenas alguns personagens fictícios.

O fim do livro é triste, é muito triste, e dá uma vontade enorme de pegar um avião para Londres e consolar Geórgui! Não só pelas suas últimas páginas, mas pelo que aconteceu com ele em seus últimos dias na Rússia. E de imaginar que estas situações aconteceram no passado da Rússia!

O Palácio de Inverno é uma viagem pela Europa, pela história e mais do que tudo pelo inconsciente de quem viveu de perto a beleza do amor, a tristeza da guerra e natureza da vida! Leiam, porque não há palavras para expressar a experiência de trafegar pelo inconsciente deste homem e conhecer o consciente da história mundial!


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