Me Liga – Sarah Mlynowski

Eu já tinha visto sobre este livro antes mesmo ele ter sido lançado aqui no Brasil, porque certa vez minha amiga falou sobre a história e, com isso, fiquei louca para ler. Eu até mesmo cheguei a comprar uma edição hardcover (capa dura) em inglês, mas, como sou um pouco lerda com a leitura em outra língua, ainda não tinha começado a ler. Por isso, quando a Galera Record lançou esse exemplar, fui logo correndo para ler, e agora venho compartilhar com vocês as minhas opiniões.
No livro conhecemos Devorah, que também é chamada de Devi, uma menina que acabou de terminar com o namorado e vê que sua vida toda está de pernas para o ar, isso porque acabou negligenciando suas amigas por conta deste namoro, largou um pouco sua família e agora o seu pai está desempregado, e também porque comprou uma calça cara menor do que o seu tamanho pensando que ela iria ceder, e isso ainda não aconteceu. Com tudo de ruim acontecendo ao seu redor, ela fica imaginando que poderia ter feito as coisas de maneira diferente se tivesse feito outras escolhas.
Quando o celular de nossa protagonista acidentalmente cai dentro de um chafariz no shopping, ela não poderia imaginar que isso a faria conseguir se comunicar com ela mesma do passado, mas é exatamente isso o que acontece: agora ela é capaz de falar com a Devi de quatorze anos. Sendo assim, nossa protagonista vê a chance de consertar o seu passado para não ter o mesmo futuro, isso é, não se separar das suas amigas, estudar mais, apoiar a sua família, e, principalmente, não começar a namorar o Bryan.
Esta é uma história leve e divertida, que nos proporciona ótimas risadas em meio a tudo que nossa protagonista está passando. A narrativa, que é alternada entre a Devi de 17 anos e a Devi de 14 anos (o que eu adorei!), é rápida e fluida, e consegue nos prender de uma forma despretensiosa, fazendo com que a gente não consiga parar de ler até chegar o final.
Achei que a história que a Sarah Mlynowski criou bem interessante, além de ter excelentes personagens e um ótimo enredo. A trama consegue nos cativar, muitas vezes fazendo que a gente comece a imaginar no que faríamos se tivéssemos a oportunidade de fazer algumas escolhas diferentes e como isso poderia mudar o nosso futuro.
A capa que a Galera Record escolheu é muito linda, e só de olhar para ela eu já tenho vontade de ler este volume. A diagramação está perfeita, com letras e espaçamento em um tamanho confortável para a leitura, fazendo com que a gente consiga ler por mais tempo sem cansar a vista. Além disto, em todo capítulo temos a data e o ano escolar de qual período da vida da protagonista ela está, fazendo com que a gente consiga acompanhar a história sem se perder.

Recomendo este livro para todas as pessoas que gostem de uma história gostosa e agradável, que consegue nos proporcionar ótimas risadas, além de trazer um certo tipo de ensinamento, nos fazendo refletir sobre as coisas que já aconteceram e como elas devem afetar a nossa vida. Esta é uma daquelas histórias que consegue nos prender do início ao fim com sua simplicidade, sua narrativa envolvente e engraçada e com personagens bem contagiantes.
Avaliação



Parceria - União dos Autores

Suilad!!!

Venho através deste post anunciar a nova parceria do House, o Grupo União dos Autores, espero que seja uma parceria com ótimos frutos!



O Grupo União dos Autores é uma junção de 20 Autores Nacionais que fazem parcerias com blogs, com o intuito de divulgar a Literatura Nacional. O grupo é formado pelos autores:

- Giselle Trindade com o livro Morgana e Charles -Página do Facebook.

- Nanci Pena com o livro Guardiões - Sombras -Fanpage.

- Gisele Sousa com o livro Inspiração -Page.

- Carla Montebeler com As Crônicas de Adulão -Fanpage.

- Márcia Pavanello Pires com o livro Abismo Sangrento -Fanpage.

- William Saints com o livro Essência -Fanpage.

-Hudson Cleyton com o Livro dos Sonhos -Fanpage.

- Mariana Sgambato com o livro Antes de Morrer -Fanpage.

- Robson  Gundim com o livro Entre o Céu e o Mar -Fanpage.

- Fabricio Medeiros com o livro O Sol da Meia-noite -Fanpage.

- L.L Alves com o livro Mudanças- Fanpage.

- Vanessa de Cássia com o livro Entre Amores Cruzados.

- Maribell Azevedo com o livro Amor no Ninho.

- Jéssica Anitelli com o livro Volúpia.

- L.M Gomes com o livro Amores de Lú- Book Trailer.

- Dayana Araújo com o livro A Garota do ÔnibusFanpage.

- Silvia Fernanda com o livro A Inacreditável Arte de Ser um Capacho.

- Deh Délia com o livro Gringos OnlineFanpage.

- Cristina de Azevedo com o livro Nacqua.

- Tatiana Amaral com o livro Função CEO - A Descoberta do Prazer.

Para saber mais informações sobre o grupo acessem o Facebook.




Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo – Benjamin Alire Sáenz

Aristóteles e Dante são dois jovens latino-americanos com seus quinze anos que moram em El Paso, e acabam se conhecendo por conta da natação, já que Dante sabe nadar e Ari não, então ele lhe oferece ajuda. Os dois não poderiam ser mais diferentes entre si: Ari é mais fechado, bem solitário, tem dificuldades em expressar em palavras e ações o que sente e o que quer, não tem medo de muita coisa, enfrenta valentões se for preciso, e vive frustrado por não saber o que aconteceu com seu irmão mais velho, que está preso e a família finge que ele nem mesmo existiu; enquanto isso Dante é um garoto bem confiante e super articulado, muito doce, que gosta de conversar sobre tudo, se preocupa com animais, é apaixonado por poesia e arte, e se dá bem com qualquer pessoa, mas não se sente muito um mexicano genuíno.
Ao mesmo tempo, eles são bem parecidos em algumas coisas, ambos estão passando por um momento de descobertas na vida e optaram por ser bonzinhos e não bad boys, mesmo que de vez em quando sintam a necessidade de pensar que poderiam ser diferentes, possuem uma bela relação com seus pais, que só melhora com o passar das páginas (mesmo que inicialmente o pai de Ari seja muito fechado e não se abra tanto com o filho por conta de uma guerra que vivenciou), não são rodeados de amigos, gostam da companhia um do outro, de sorrir e dar risadas juntos, e de passear pelo deserto para olhar as estrelas.
Juntos, compartilhando experiências e momentos bons e ruins, Ari e Dante acabam descobrindo os segredos do Universo, e é essa relação tão verdadeira e adorável que vamos conhecer neste belíssimo livro, que reúne alegrias, tristeza e muito amor.
 “Ao me ver vasculhar o céu através das lentes de um telescópio, Dante cochichou:
– Um dia vou desvendar todos os segredos do Universo.
Achei graça.
– E o que você vai fazer com esses segredos, Dante?
– Saberei quando chegar a hora – respondeu. – Talvez mudar o mundo.
Acreditava nele.”
A primeiríssima coisa que me fez ficar muito encantada por esse livro foi a capa. Olhem que capa mais maravilhosa!! Sério, eu tenho MUITOS livros nas minhas estantes, mas essa com certeza está entre as mais bonitas e eu não vejo a hora de ver a versão finalizada ao vivo, já que a edição que eu li foi a prova, e só por ela já dá para ver como é linda, mas acredito que a final vai ter algum detalhe a mais, que depois eu comento aqui como ficou.
Mas, depois de terminar a leitura, percebemos que esse livro é muito mais do que uma capa bonita, ele tem um belíssimo conteúdo, que casa muito bem com a capa, transformando essa em uma obra queridinha. Tenho certeza de que diversos leitores das mais variadas faixas etárias também vão se apaixonar por Ari, Dante, e suas vidas.
Sabe aquelas histórias que você gosta logo nas primeiras páginas? Aquele tipo de livro que, caso alguma pessoa pergunte se você está curtindo a leitura, você nem precisa dizer “Ainda não deu para saber se eu realmente gosto, já que estou bem no comecinho”, porque você realmente adora desde o comecinho? Aquela narrativa gostosa, com personagens maravilhosos e cativantes e que tem um final fofo, que você acaba com um sorriso no rosto e cheia de vontade de sair indicando a leitura para todo mundo? Então, “Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo” é tudo isso e muito mais! Sério, acho que nem vou conseguir exprimir direito o tanto que eu adorei essa leitura, mas eu espero mesmo que vocês leiam e descubram por si mesmos o que eu estou dizendo.
Mais do que tudo, esse é um livro sobre descobrir mais sobre você mesmo, se aceitar como você realmente é, e amar quem você deseja amar. E o amor, ah, o amor é o sentimento mais bonito e puro que existe, e a forma como está presente neste livro, em relacionamentos familiares, de amizade e amorosos, é muito bem construído e consegue transpor as páginas, fazendo com que o leitor sinta todo esse amor. Como o amor é o meu sentimento preferido, eu realmente me sinto muito feliz quando ele acaba sendo tão importante assim em uma história.
“Então passei a me chamar Ari.
Se tirasse uma letra, meu nome seria Ar.
Achava que devia ser ótimo ser o ar.
Eu poderia ser alguma coisa e nada ao mesmo tempo. Ser necessário e invisível. Todos precisariam de mim e ninguém conseguiria me ver.” 
A história é passada no final da década de 1980, começando no ano de 1987, então tem uma coisa que eu achei muito legal é que, diferente do que estamos acostumados atualmente (e que eu também fui acostumada quando criança), não tem internet e coisas tão tecnológicas, como celular (mesmo que hoje eu não viva sem nada disso), então o livro ficou mais envolvido na questão das pessoas se conhecendo e interagindo ao vivo, mantendo uma relação mais próxima.
Mesmo que aqui os personagens sigam rotinas e a gente acompanhe suas vidas acontecendo normalmente, sem grandes aventuras, o livro não tem a sensação de ser parado, além de possuir vários acontecimentos importantes, e os sentimentos evoluem gradativamente e de forma natural, o que eu acho de extrema importância.
Gostei bastante do Ari, que é o personagem principal e também o narrador dessa história, então o conhecemos bem a fundo, com seus pensamentos, suas características, seus medos, angústias e anseios, a forma como está descobrindo o mundo e si próprio, e eu gostei muito de acompanhá-lo nesta transição de menino para rapaz com seus conflitos internos sobre quem é e o que deseja ser, já que ele não sente como se sua vida fosse realmente de sua escolha.
“Outro segredo do Universo: às vezes, a dor era como uma tempestade que vinha do nada. A mais clara manhã de verão podia acabar em temporal. Podia acabar em raios em trovões.” 
Também curti bastante o Dante, e deu para conhecê-lo muito bem, mesmo que algumas vezes só podemos ter a mesma visão que Aristóteles tem dele, que é sempre muito positiva. Mas como o livro é recheado de diálogos e Ari se compara bastante a Dante, dá para aprendermos o suficiente sobre esse personagem, que é quase tão importante quanto o protagonista, a ponto de sabermos como ele agiria em tal situação, por exemplo, e ele me conquistou muito, apesar de meu preferido ainda ser o Aristóteles.
A relação dos dois é muito bonita e sincera, eles se conhecem sem grandes pretensões, mas se dão muito bem desde o princípio, mesmo que um seja o oposto do outro e, juntos, aprendem bastante sobre a vida e sobre como é ser jovem tendo que descobrir todos os segredos do universo. No final acabamos encantados pelos dois e pelo belíssimo relacionamento que eles construíram ao longo do caminho. E é isso que faz um livro ser mais do que bom, o fato de, ao término da leitura, você ainda ficar com ela marcada em sua memória.
“– Eu não sabia que podia amar tanto você – falei. 
E então seu sorriso não era mais triste.”

Os pais, apesar de aparecerem menos do que Ari e Dante, são tão importantes quanto os dois, e pudemos conhecer um pouco mais de cada um, com maior destaque para os pais de Ari com seus próprios problemas e inseguranças, e o motivo principal que causou isso para cada um individualmente, e depois a forma como relevam as coisas ao filho, natural e comovente.
A relação de Ari com seus pais é diferente da de Dante com os dele, porém são tão bonitas nos dois casos que eu realmente fiquei comovida, porque eu tenho uma ótima relação com os meus pais, então sempre acho bonito encontrar isso nos livros, principalmente porque em muitos deles isso não acontece. Nos dois casos os pais são respeitados, respeitosos e participativos (no caso de Ari, só a mãe em boa parte da leitura), convivendo de forma pura e autêntica com seus filhos, tendo amizade com eles, mesmo sabendo e impondo suas posições como pais.
No começo, vemos que Ari até sente coisas boas pelo pai, além de toda a frustração, mas não tem uma relação de amizade por conta dele ser mais fechado, não apenas com o filho, mas com si mesmo, fazendo com que nosso protagonista fique decepcionado em alguns momentos. Ainda assim, com o passar das páginas, vemos esse relacionamento se desenvolvendo de uma forma bem legal, mesmo que as características principais de seu pai sejam mantidas, ele já consegue conversar melhor com o filho.
“– É difícil amar meu pai?
– Não – ela nem sequer hesitou.
– Você o entende?
– Nem sempre. Mas, Ari, não preciso entender sempre as pessoas que amo.” 
Gostei muito desta parte, inclusive porque os pais de Ari foram de grande importância na descoberta e aceitação sobre ele mesmo, e eu achei extremamente fofo um dos diálogos entre eles mais para o final do livro, apesar de ter gostado de todos de forma geral.
Geralmente eu não anoto muitos quotes dos livros que estou lendo, não porque eu não goste ou não queira fazer isso, mas é que eles passam sem que eu perceba e anote, somente quando o trecho chama muito a minha atenção e me marca de alguma fora é que eu paro para anotar, e esse livro é tão maravilhoso e cheio de passagens tão marcantes que eu acabei anotando diversos e vou colocá-los espalhados aqui na resenha porque eu acho que será ótimo para vocês conhecerem um pouquinho dessa história através deles, mas é só um gostinho porque o livro completo é ainda mais amor!
“Não consegui decidir se o sonho tinha sido bom ou mau. Talvez bom, porque não acordei triste. Talvez seja essa a forma de classificar um sonho como bom ou mau – como ele nos faz sentir.” 
A leitura de “Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo” é bem ágil e dinâmica, inclusive porque há muitos diálogos, os capítulos são curtos e a linguagem simples. Todos esses fatores, misturado a um enredo gostosinho e uma narrativa fluida e interessante, faz com que a leitura seja bem rápida e o leitor não fique com o livro por muito tempo, mesmo aqueles que têm pouco tempo de sobra para ler.
Sobre a parte gráfica eu não posso falar tanto assim porque o que li é uma prova, então podem ocorrer mudanças para a versão final, mas acredito que algumas coisas serão mantidas. O livro é dividido em partes (com títulos) e em cada uma delas os capítulos começam do 01. O espaçamento está ótimo, super confortável para a leitura, também curti o tamanho da fonte, e a capa tem tudo a ver com o conteúdo, o que a deixa ainda mais bela.
Uma curiosidade é que este livro ganhou diversos prêmios, entre eles o Livro de Honra do Printz Award de 2013 (muito merecido, por sinal), mas, antes de terminá-lo, o autor pensou duas vezes se deveria mesmo escrevê-lo e quase abandonou o projeto depois de ter terminado o primeiro capítulo. Mas ele resolveu que precisava ajudar os milhares de garotos pelo mundo que enfrentam o mesmo problema que os seus personagens a se aceitar exatamente como são, e acho que esses garotos (e garotas também, por que não?!) com certeza devem dar uma chance a esse livro porque acredito que o autor terá êxito em ajudá-los, mesmo que indiretamente, a achar suas próprias felicidades.
Recomendo a leitura desta obra maravilhosa para todos aqueles que buscam histórias de jovens cativantes em busca de aceitação e de uma identidade própria. E também para aqueles que, assim como eu, gostam de ler sobre o amor nas mais diversas formas.
“Último ano. E, depois, a vida. Talvez fosse assim que as coisas funcionavam. O colegial era apenas um prólogo para o verdadeiro romance. Todos tiveram chance de escrever sua vida – mas, depois da formatura, você tem a chance de escrevê-la com as próprias mãos. Na formatura, você consegue juntar a caneta dos professores e a dos pais, além de ganhar sua própria caneta. E pode escrever tudo sozinho. Sim. Não seria demais?”
Avaliação



Resultado do Fim de Semana Especial Suma de Letras


Oii, gente! Como vocês puderam conferir no título, neste post anunciaremos as ganhadoras do Fim de Semana Especial Suma de Letras! Queremos agradecer a todos os participantes. Amamos a presença de vocês por aqui!
Então vamos aos resultados? Para quem estiver com alguma dúvida, pode conferir o post da promoção AQUI.
PRÊMIOS

>> Eu te Vejo, de Irene Cao + marcador;
>> As Luzes de Setembro, de Carlos Ruiz Zafón;
>> Replay, de Marc Levy;
>> Kit com 30 marcadores diversos + 2 bottons à escolha do ganhador.
GANHADORES
Os ganhadores foram definidos na seguinte ordem:
1º Ganhador: O melhor comentário receberá um livro à sua escolha da lista acima, SEM SORTEIO.

2º Ganhador: Uma resenha foi sorteada e em seguida um comentário. O sorteado poderá escolher um livro da lista acima (exceto o escolhido pelo ganhador do melhor comentário) ou o kit com marcadores e bottons.

 3º Ganhador: Sorteamos outra resenha e em seguida um comentário. O ganhador levará o prêmio que não foi escolhido pelo ganhador acima, entre um livro ou o kit com marcadores e bottons. Caso o ganhador anterior escolha o livro, o 3º sorteado irá receber, automaticamente, o kit, sobrando um livro para o último ganhador.

4º Ganhador: O participante sorteado pelo Rafflecopter receberá o livro que não foi escolhido pelos ganhadores anteriores.

Parabéns, meninas! Enviem seus dados para promo.hoc@gmail.com, pois em breve seus prêmios serão enviados. Obrigada pelo carinho e esperamos vocês nas próximas promoções! 


In Our Living Room - Elysanna Louzada





Na Coluna In Our Living Room de hoje conhecemos um pouco mais sobre a autora Elysanna Louzada, autora da trilogia Herdeiros do Trono, publicada pelo selo literário Ases da Literatura. 

Sobre a Autora: Elysanna Louzada é formada em Língua Portuguesa e Literatura e estreou no mercado literário em 2011 com o livro infantil, Eu sou O Galo, obra que, esse ano, faz parte da grade de paradidáticos de duas escolas, PIO XI, na Paraíba, e CECAF, no Espírito Santo.
A autora recentemente também participou de um projeto internacional com a editora Seleções Reder´s Digest, Grandes Histórias da Bíblia, que será lançado em junho deste ano.Em fevereiro esteve no programa Um Dedo de Prosa da TV Assembleia falando um pouco sobre o Herdeiros do Trono e sua carreira literária.
Atualmente mora em Vargem Alta, interior do Espírito Santo, com o marido e os dois filhos.

Canais para se comunicar com a autora e saber mais sobre seus livros: Site | Facebook | Facebook do Livro.

Em uma sociedade de aparências e com falsa profundidade os livros têm sido apresentado as crianças de formas bem variadas, essa forma é que define sua relação com eles ao longo da vida. Se você vai se tornar um leitor voraz ou um fugitivo das letras. Para você como foi, quem foi o responsável por apresentar a literatura para você? Foi amor a primeira vista?

Fui apresentada à literatura desde a infância e, sim, eu me apaixonei perdidamente pelos livros desde o primeiro contato. Prova disso foi que me formei em Letras-Literatura-Inglês.

Refletindo a cerca de tudo que você já leu, e o que marcou sua história como leitora, quais são seus autores favoritos? E livros, quais as obras que ainda lhe trazem boas recordações e você colocaria na lista de não morrer antes de ler?

Autores favoritos é uma questão complicada, pois sou uma leitora eclética. Vou citar somente quatro que fizeram parte da minha formação literária: Monteiro Lobato, Jane Austen, Machado de Assis e Graciliano Ramos.
Acho que todos deveriam ler Dom Casmurro, sou completamente fascinada pela personagem Capitu. Também indico Vidas Secas, que é um belíssimo romance atemporal que retrata o nordeste brasileiro, e Orgulho e Preconceito.

De leitor ávido a escritor existe um caminho, embora eu particularmente acredite que quem lê muito acaba querendo também colocar para fora o que te transforma, nem sempre é tão fácil escrever aquilo que desejamos, como você deixou de ser apenas leitora para se tornar escritora? E depois de escrever sua visão como leitora mudou ao ler uma obra?

De fato há um caminho a ser percorrido. No meu caso, minha formação acadêmica contribuiu muito para isso, então minha transição foi, digamos, tranquila. Mas nem por isso abstive-me de ler vários livros sobre técnica de escrita e também fazer cursos específicos sobre estruturação de narrativas.
A visão de leitor fatalmente acaba mudando, pois, como escritora, passei a observar mais a técnica oculta no desenrolar da narrativa.

Qual é o papel do livro para você? Um item de entretenimento, um convite à reflexão e à crítica, ou apenas uma manifestação da sublimação do autor?

O livro pode assumir diversos papéis e é justamente isso que é fascinante. Uma obra pode entreter, pode ser um convite à filosofia ou até mesmo a expressão de um ato confessional. Tudo depende do objetivo do escritor e do conhecimento do leitor. Um exemplo: Jogos Vorazes – um livro contemporâneo classificado por muitos como literatura de entretenimento. De fato há quem leia a trilogia e encontre somente um romance juvenil, mas também existem aqueles que acharão crítica social e questionamentos que são verdadeiros convites à reflexão.

Publicar um livro no Brasil é um trabalho que requer vontade, o mercado editorial brasileiro parece ainda engatinhar e não acolher a demanda de escritores que aqui nascem. Qual sua opinião a respeito dele? Como foi o processo de publicação do seu livro?

Ser escritor requer vontade. É uma carreira que exige dedicação (como qualquer outra). Quanto à publicação, sim, é difícil, mas o que não é? Eu fiquei com o original do Herdeiros do Trono por um ano na gaveta até encontrar o selo literário do Ases da Literatura. E desde o lançamento até agora tenho trabalhado bastante para divulgar a trilogia e sei que ainda há muito chão pela frente. Mas acredito que esse é o caminho em qualquer profissão. O importante é que eu amo escrever e isso me faz superar as dificuldades e vencer meus limites.

Em Herdeiros do Trono as referências a gênese da bíblia é grande, qual foi a influência que ela teve na criação da sua mitologia? Houveram outras referências para criar seu universo?

O livro de Gênesis foi sim uma referência, como também textos do livro de Provérbios, do livro de Davi, da História de Abraão e dos Evangelhos. Outras referências foram textos históricos sobre guerras étnicas, campos de refugiados, tráfico de pessoas, entre outros. Fiz uma pesquisa extensa para criar a estrutura de Petra.

Acredito que escrever fantasia é difícil - se não for o gênero mais exigente- , visto que precisamos criar um novo universo com suas próprias regras, leis, mitologia e criaturas. Fazer isso de forma criativa e ao mesmo tempo convincente é para poucos, você sentiu dificuldades em criar um novo mundo? Quais foram as maiores dificuldades no momento da concepção?

Criar um mundo realmente não é fácil, por isso dediquei horas à pesquisa. Foi como montar um quebra-cabeça até chega à estrutura final que receberia a trama propriamente dita. Eu tenho um vasto material que compõe a narrativa, mas que não aparece nos livros. Esse material é meu guia, minha linha mestra. Da mesma forma que as atitudes dos personagens precisam se condizentes com sua personalidade, acontecimentos também estão intimamente ligados à estrutura geopolítica do mundo no qual se desenrolam.

Embora seu livro trabalhe com a fantasia, eu senti ao lê-lo uma grande quantidade de realismo fantástico, guardada as devidas proporções tudo que acontece nas páginas nos trás a sensação de ser passível de se realizar. As pitadas steampunk também auxiliam nessa sensação. Enquanto estava escrevendo você se preocupou com esse realismo?

Sim. Durante todo o processo de criação, a verossimilhança era o meu guia. Meu objetivo sempre foi construir um mundo verossímil, com ambientes, personagens e estrutura sócio-política que poderiam estar presentes em nosso mundo real. Pelo visto consegui, não é?!

Como é o processo de construção dos personagens, ele vai se modelando ao longo da trama ou você já os preconcebeu a priori do livro? Em algum momento o personagem cria vida própria, como na frase a criatura domina o criador?

No começo da trama eu tinha um esboço da personalidade dos personagens, mas à medida que a narrativa vai se desenrolando, cada personagem, principalmente os protagonistas, ganha vida e passa a conduzir o autor e não o contrário. Isso soa até meio surreal, porém é exatamente isso que acontece.

A continuação de Herdeiros do Trono já está disponível em e-book, quando podemos esperá-la em versão física? E o que podemos esperar da continuação da história?

A versão física do segundo volume da Trilogia Herdeiros do Trono será lançada dia 25 de abril em Vitória-ES.

Em nome do House of Chick agradecemos sua entrevista, fique a vontade para adicionar qualquer informação que queira compartilhar conosco!

Eu é que agradeço a simpatia e a gentileza do blog. Aproveito para parabenizar pelo empenho em divulgar a literatura no Brasil.

Um beijo para a equipe e também para os leitores do House of Chick.

Quer saber o gostinho dos livros? Aqui tem uma pequena degustação do primeiro capítulo dos dois primeiros livros: Herdeiros do Trono | Círculo de Fogo .






Lua de Larvas – Sally Gardner

Standish Treadwell vive em uma sociedade terrível e opressora, rodeado de tristeza e desigualdade, mais precisamente na Zona Sete, onde tudo é ainda pior, sozinho com seu avô, já que seus pais foram levados embora para nunca mais voltar.
Sua vida era normal, apesar das grandes dificuldades, e ele sempre sofria nas mãos dos garotos valentões do colégio, até que um menino se muda com os pais para a casa ao lado e tudo se modifica, afinal agora Standish encontrou o destemido Hector, que o trata super bem, mesmo que ele tenha dificuldades de ensino porque é disléxico (o que fazia muitas outras pessoas o julgarem como burro, coisa que ele está bem longe de ser), e logo eles se tornam melhores amigos, até o dia em que o garoto também é levado de sua vida.
Apesar de viver em um mundo com bastante imaginação e parecer meio distraído, Standish acaba descobrindo uma grande conspiração do governo para vencer a corrida espacial, e percebe que não pode deixar que aquilo vá para frente, enganando toda a população. É nessa hora que nosso protagonista entende que precisa enfrentar o totalitarismo da Terra Mãe antes que seja tarde demais.

“Lua de Larvas” é uma distopia diferente de todas que já li, não apenas pela história ser vivida no passado (anos 1950) e não no futuro (as outras que li aconteciam anos à frente), mas porque o protagonista, Standish Treadwell, é um garoto exemplar, cativante e muito fofo, e conquista o leitor logo no começo do livro, fazendo com que nossa admiração só cresça a cada página virada devido a seu jeito de ser com seus pensamentos magníficos.

A narrativa, que é em primeira pessoa, não segue uma linearidade, Standish vira e mexe muda o tempo em que está contando as situações em que vivenciava, ora relembrando o passado, ora nos introduzindo no presente, mas de uma forma muito bem feita, não deixando que a gente fique confuso ou algo do tipo quando muda o período de seus relatos.

Apesar de ainda existirem várias conspirações pelo mundo sobre o fato do homem pisar na lua ser verdade ou mentira, não acho que a autora realmente tenha colocado aqui sua opinião formada sobre esse assunto no nosso mundo real, acho que a forma como ela introduziu esse tópico na verdade deixou o livro com um ar de realidade paralela, como se esse mundo criado por ela fosse algo que realmente existiu em outra linha do tempo, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, podemos notar como ela usa bastante críticas contra o governo e nossa sociedade, só que não de forma direta, mas sim com uma linguagem mais metafórica.

Amei a relação de Standish com seu avô, que sempre o apoiou e esteve ali do seu lado, e também com Hector, seu melhor amigo, que foi quem ajudou nosso garoto a ser mais forte, psicologicamente falando, o que é mais do que necessário nesse mundo em que vivem.
Também conhecemos alguns outros personagens, uns muito legais, como a senhorita Phillips e os pais de Hector, o Sr. e a Sra. Lush, e outros totalmente odiáveis, como o professor Gunnell, o garoto Hans Fielder, e o homem do casaco de couro.

Mesmo que eu tenha gostado muito desse livro, sei que não é uma indicação para todas as idades, porque, apesar da capa insinuar algo mais leve e descontraído, não é isso que encontramos aqui, e os mais novos podem acabar não entendendo algumas das insinuações da autora, ou então podem acabar se incomodando com a narrativa, que tem como característica principal ser bem poética, que a deixa, consequentemente, bem mais lenta.
Algumas cenas deste livro são bem fortes, e várias são infinitamente tristes, mas mesmo nelas (ou talvez principalmente nelas) você consegue ver como Standish é um menino maravilhoso, e eu senti esperança mesmo quando tudo parecia perdido. O final, apesar de ser belo por um lado, é total e completamente de cortar o coração, e eu não consegui não ficar triste com ele.

O livro é bem pequeno, tanto no formato quanto em número de páginas (13cm x 20cm e 292 páginas), e a leitura, apesar de ser mais densa, triste e poética, acabou fluindo maravilhosamente bem para mim, que terminei de ler muito rápido, mas isso também se deve ao fato dos capítulos serem bem curtos, dando um ritmo legal à narrativa.
A diagramação está muito bem feita, com fonte e espaçamento grandes e confortáveis para a leitura, além de contar páginas amarelas, e diversas ilustrações que até tem ligação com a história e são bem feitas, mas eu confesso que não curti muito a presença delas ali porque umas são nojentas. A capa também está uma graça e tem tudo a ver com o conteúdo, tanto na questão do título, quanto na ilustração do menino com um olho de cada cor.

Esta é uma história bem bonita, mas também muito, muito, muito triste sobre a amizade, o amor e, acima de tudo, a coragem de um garoto que queria mudar o terrível mundo em que vivia. Não é à toa que esse livro recebeu diversos prêmios e foi o mais premiado do ano na Inglaterra. Super recomendado!
Avaliação



Lançamento: Graffiti Moon da Editora Valentina


Oii, gente! Como estão? Hoje vou falar um pouco mais de um livro que estou muito ansiosa para ler desde que soube que seria lançado aqui do Brasil, Graffiti Moon, de Cath Crowley, que ganhou alguns prêmios e foi finalista de outros.
A sinopse é super legal e eu adoro a capa original, já a brasileira eu não curti tanto não, a achei bem feinha, apesar de ter curtido a ideia, e penso que poderiam ter mantido a americana que é totalmente linda, mas o que importa é o conteúdo, né? Então estou louca para lê-lo o quanto antes. E vocês, o que acharam?
Tem desconto especial de lançamento na Saraiva, confiram aqui: http://goo.gl/o38lbi
Sinopse
Um artista, uma sonhadora, uma noite, um significado. O que mais importa?
O ano letivo acabou, aliás, o último ano do ensino médio. Lucy planejou a maneira perfeita de comemorar: essa noite, finalmente, ela encontrará o Sombra, o genial e misterioso grafiteiro, cujo fantástico trabalho se encontra espalhado por toda a cidade. Ele está de spray na mão, escondido em algum lugar, espalhando cor, desenhando pássaros e o azul do céu na noite. E Lucy sabe que um artista como o Sombra é alguém por quem ela pode se apaixonar — se apaixonar de verdade.
A última pessoa com quem Lucy quer passar essa noite é o Ed, o cara que ela tem tentado evitar desde que deu um soco no nariz dele no encontro mais estranho de sua vida.
Mas quando Ed conta para Lucy que sabe onde achar o Sombra, os dois de repente se juntam numa busca frenética aos lugares onde sua arte, repleta de tristeza e fuga, reverbera nos muros da cidade. Mas Lucy não consegue ver o que está bem diante dos seus olhos.
Informações Relevantes
A capa é um muro grafitado e retrata uma cena da história. É uma obra que tem melancolia e desesperança, mas também muita arte e poesia, muita sensibilidade e um belo final. Fala sobre o amor e suas mais variadas formas, sobre o amadurecimento e suas consequências, sobre o fim da adolescência e o início da vida adulta, mesmo sem de fato estar preparado para isso. É daqueles livros que a Editora tem orgulho de publicar.

Sobre a autora
Cath Crowley cresceu na área rural de Vitória, Austrália. Estudou produção e edição de texto no Royal Melbourne Instute of Technology e já recebeu diversos prêmios por seus livros (confira alguns ao lado). Para saber mais sobre Cath e seus livros, visite cathcrowley.com.au.


Capas americanas 
Eu gosto mais da primeira capa, acho ela linda demais. E vocês, qual preferem?



Flash Forward – Robert J. Sawyer

Estamos no ano de 2009 e, de repente, por 2 minutos e 17 segundos TODA a população da Terra apaga. A maioria dessas pessoas tem um vislumbre da mesma quantidade de tempo de sua própria vida vinte e um anos no futuro, outras delas só veem um espaço vazio e quando acordam é como se apenas tivessem desmaiado. Mas outras milhares acabam morrendo neste período, e isso aconteceu devido a essa situação ter ocorrido do nada e sem aviso prévio, o que acabou resultando em consequências imprevisíveis, como aviões caindo, pessoas tombando de escadas, outras se queimando, ainda há aqueles que sofreram acidentes de carro, entre muitas outras situações que precisavam de algum controle para manter-se em curso.
Esses míseros 137 segundos, que formam o fenômeno denominado Flashforward, acabam afetando e mudando a vida de todos para sempre, alguns por terem perdido seus entes queridos, outros por terem vislumbres de futuros terríveis ou pelo menos inferiores ao que esperavam, e muitos outros ficaram bem contentes com as coisas boas que o futuro lhes reserva.
Tudo isso aconteceu no mesmo momento em que um grupo de físicos conduzia uma experiência de alta energia, muito importante para a ciência. Resta descobrir até onde esses dois eventos, que a princípio parecem aleatórios, tem alguma ligação. E se, no caso de uma resposta afirmativa, eles deveriam repeti-lo para descobrir se o futuro é algo imutável ou se nós temos o livre-arbítrio e podemos modificá-lo antes de enfim se concretizar. E o que afinal esse evento poderia significar para a humanidade?
O enredo do livro parecia muito intrigante como vocês podem ver no resumo que fiz acima, então confesso que estava realmente – realmente mesmo! – muito empolgada por essa leitura porque amei a sinopse e queria muito ver como a história iria ser desenvolvida, mas acho que o autor acabou se enrolando um pouco e no final eu não curti tanto assim.
Tudo começa com a experiência que iria mudar tudo prestes a acontecer. Os físicos estão preparando os últimos detalhes para começar a contagem regressiva, enquanto o narrador, que é em terceira pessoa, nos conta um pouco sobre o que é tudo isso e o que eles pretendem. E, então, tudo muda, o mundo apaga e as pessoas têm seus vislumbres do futuro – ou não. Então nesse começo não há nenhuma enrolação já que logo somos introduzidos na proposta criada pelo autor, e em seguida podemos ver o caos e tudo sendo desenrolando, o que nos chama bastante atenção e deixa o leitor grudado nas páginas.
Esse livro é repleto de explicações e discussões científicas, o que é muito bom por um lado porque acaba dando embasamento a tudo o que o autor criou, transformando aquilo tudo em algo além de ficção, porque realmente dá para acreditar que poderia acontecer, mas por outro lado essa quantidade de conversas científicas acabou fazendo com que a leitura ficasse arrastada para mim, que não tenho tanto interesse assim nessas coisas quanto o autor claramente tem. Ele é muito inteligente, isso não tem como negar, mas não conseguiu me conquistar tanto assim por conta dessas partes, já quem AMA teorias e papos no estilo, tenho certeza de que vai adorar e até sentir vontade de entrar no livro para participar de todas aquelas inúmeras discussões.
Uma parte que acabou me incomodando é que a história é passada em 2009, mas a obra foi publicada em 1999, então encontramos alguns detalhes meio antigos na parte de tecnologia. Parece que o autor não quis tentar acrescentar coisas inovadoras que ainda não existiam na época em que o livro foi escrito, mas que poderiam existir no futuro. E, por ter toda a questão científica, acho que essa falha ficou mais evidente.
O livro é dividido em três partes e quando eu vi o nome da última fiquei muito empolgada para chegar lá e saber o que iria acontecer (não vou comentar aqui o que é, porque pode ter gente que considere essa informação um spoiler, mesmo não sendo exatamente). Mas, quando finalmente alcancei essas últimas páginas, não achei que a história evoluiu tão bem quanto eu esperava, já que foi quase tudo mais do mesmo, nada de muito inovador ou empolgante.
Apesar de ser narrado em terceira pessoa, podemos conhecer diversos personagens e diria até que bem, com algumas características de suas personalidades em bastante evidência, mas ainda prefiro histórias narradas em primeira pessoa porque dá para conhecer ainda melhor cada um. Mas o personagem que mais gostei foi o Theo, que também foi o que apresentou a história mais interessante e instigante, inspirando a gente a continuar lendo para saber como (e se) iria conseguir modificar o seu futuro.
Esse livro não tem continuação, nele mesmo há um começo, meio e fim, apesar de algumas coisas ficarem em aberto para a nossa imaginação fechar, mas até que eu gostei da conclusão. Então essa é uma ótima opção para quem odeia e/ou foge de séries, principalmente nesse estilo de leitura, que a maioria é série, ou pelo menos trilogia.
Só não entendo muito bem porque esse livro foi publicado pela Galera Record e não por outro dos selos do Grupo Editorial Record, já que a Galera é um selo jovem e esse livro não tem nada disso, nem mesmo os personagens e suas personalidades, então acho que combinaria melhor a publicação em outro selo, inclusive para encontrar leitores em potencial mais interessados.
Amo essa capa, ela é realmente sensacional, se você olhar prestando atenção também vai achar isso. A versão impressa está ainda mais bonita, com verniz localizado em toda essa parte mais escura, o que deu um efeito bem legal. A diagramação é simples, mas muito bem feita com fonte e espaçamento confortáveis para uma leitura por mais tempo, e as páginas são amareladas.
Teve uma série de TV homônima baseada nessa obra que, infelizmente, não teve mais de uma temporada. Eu não assisti para poder dizer para vocês se achei boa ou ruim ou se tem alguma coisa a ver com o livro, mas, caso eu veja, faço um update aqui no post para comentar sobre ela e as semelhanças/diferenças em comparação com o livro.
Essa obra nos faz refletir bastante e eu ficava pensando sobre o fenômeno o tempo inteiro, como eu me sentiria caso isso fosse realmente capaz de acontecer, acho que todo mundo que ler vai parar para pensar sobre isso também.
A leitura de Flash Forward é, de maneira geral, muito interessante e fluida, mas nas horas dos papos científicos eu admito que ficava meio entediada e arrastava mais o processo de ler. Então indico para todos os leitores que gostariam de encontrar uma história original com um bom embasamento teórico e científico, e que nos faz refletir bastante.
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Novidades – Canal do House of Chick no Youtube


Oiii, gente! Como vocês estão? O post de hoje é para falar de uma coisa que muita gente sempre nos pergunta: nosso canal do Youtube. Eu sei, ultimamente estamos postando muito pouco por lá, mas é porque estávamos pensando em como fazer as coisas ficarem ainda melhores, então tivemos uma ideia muito legal e queremos compartilhá-la com vocês agora.
Como vocês sabem, o House of Chick é um blog 90% literário, mas ele não se restringe a isso, e vez ou outra postamos coisas relacionadas a outros assuntos, só que às vezes não temos um tempo relativamente grande para escrever muitos posts sobre moda, por exemplo, porque precisamos tirar ou procurar fotos de coisas para mostrar detalhes e isso demanda umas boas horas, coisa que nem sempre temos livre.
Então pensamos: Por que não colocar mais vídeos falando sobre esses assuntos? Afinal, apesar de vídeos também demorarem bastante tempo para serem gravados, não demandam o tempo igual aos das fotos e posts, além de serem mais dinâmicos.
Portanto, é isso: agora o nosso canal do youtube vai apresentar vídeos de assuntos variados, entre eles moda, séries, filmes e, claro, os livros ainda continuarão sendo a parte mais importante de lá, assim como é daqui. Se vocês quiserem nos dar dicas de vídeos, ou então indicar TAGs, etc., que gostariam de ver por lá, fiquem à vontade! Podem nos procurar pelas redes sociais ou por e-mail, que sempre vamos tentar acatar com as sugestões de vocês.
Só para finalizar, também queremos dizer que vamos tentar publicar pelo menos um vídeo a cada 15 dias, podendo vir a ser mais quantidade nesse mesmo período de tempo, sendo que o primeiro vídeo dessa leva será publicado no próximo domingo. 

Então é isso, gente! Esperamos que tenham gostado das novidades e continuem acompanhando o blog e também o canal do Youtube, que tem uma caixinha ali na lateral do blog para vocês se inscreverem . :D

Obrigada por tudo, leitores maravilhosos!
Beijos,

Tatha e Nathi


O Códex dos Caçadores de Sombras – Cassandra Clare e Joshua Lewis


Como uma amante dos livros de Cassandra Clare, não poderia sentir algo diferente pelo seu novo título lançado aqui no Brasil pela Galera Record, que é “O Códex dos Caçadores de Sombras”. Antes mesmo de ser publicado no país, fiquei contando os dias para tê-lo em mãos, e agora que finalmente pude lê-lo venho contar para vocês as minhas opiniões a respeito desta obra.
Neste exemplar, encontramos a definição e explicação de muitas coisas que lemos nos livros sobre os Caçadores de Sombras. Em toda a leitura encontramos informações necessárias para um caçador de sombras em treinamento, já que nele encontramos sobre a lei, sobre os diferentes tipos de demônios, sobre os habitantes do submundo, entre outras curiosidades que fazem parte das histórias, e que não são tão bem explicadas como são aqui.


A leitura pode ser feita de forma normal, começando do início, passando pelo meio e chegando ao fim, como também pode ser feita em partes, não seguindo uma ordem certa, já que em cada capitulo encontramos informações sobre um assunto diferente. Podemos consultar apenas sobre o que gostaríamos de ler, ou escolher algum assunto que nos interesse mais primeiro. E logo no início do livro há um sumário, fazendo com que fique mais fácil caso você queira saber sobre um assunto específico antes como, por exemplo, A Tradição do Parabatai, Magia Demoníaca, Idris, a Terra Natal dos Nephilim, As Caçadas e o Cisma, entre muitos outros.

O livro foi escrito por Cassandra junto com o seu marido, o que achei bem legal, já que eu não sabia que Joshua Lewis era o seu esposo, e só fui descobrir neste exemplar. Outra coisa que descobri é que Cassandra deu o sobrenome de seu marido para o Simon.


Mais um detalhe que achei bem legal é que em todo Códex encontramos anotações de Jace, Clary e Simon, que fazem a narrativa ficar mais divertida e gostosa. A leitura deste livro é rápida e fluida, e por ser um guia ele não contém spoilers de nenhuma das duas séries (“Os Instrumentos Mortais” e “As Peças Infernais”) lançadas pela autora. 


A capa está maravilhosa, com brilhinhos iguais a todos os outros livros sobre os caçadores de sombras lançados aqui no Brasil, o que faz a gente criar uma certa identificação com os outros volumes, além e ficar lindo na estante. A diagramação está ótima, com fonte e espaçamento em um tamanho confortável para a leitura, sem cansar a vista. Outra coisa que achei bem interessante é que os comentários são feitos com fontes corridas, como se fossem mesmo escritos por uma pessoa, no caso por três, Jace, Clary e Simon (como citei anteriormente).


O livro também contém várias ilustrações magníficas de diversos artistas, todos muito talentosos, que nos auxiliam a entender mais sobre as explicações e dão todo um toque ainda mais incrível ao livro. E o que achei muito lindo é que a parte de trás da capa traz uma ilustração da série “Os Instrumentos Mortais” e a parte de trás da contracapa, traz uma ilustração da trilogia “As Peças Infernais”.


Recomendo este livro para todas as pessoas que gostem de pelo menos uma das duas séries de Cassandra Clare, já que, com este guia explicando um pouco mais sobre tudo que acontece no mundo dos caçadores de sombras, as histórias criadas pela autora ficam ainda mais interessantes. E tenho certeza de que você também vai achar esta uma leitura rápida e fluida, além de bem gostosa, que nos proporciona bons momentos e até mesmo algumas risadas com os comentários dos personagens.

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