A Garota que Perseguiu a Lua - Sarah Addison Allen

Imagine no ar um cheiro de baunilha, folhas de árvore pelo chão, casas antigas e imponentes, restaurantes com o melhor churrasco, e uma garota doce, pronto você está no universo de A Garota que perseguiu a Lua, da autora Sarah Addison Allen, da editora Planeta.

Emilly Benedict se mudou para casa do avô em Mullaby depois da morte da mãe. Ao chegar a cidade conhece o avô que não sabia que exista, um homem gigante e gentil que não sabe como lidar com a neta. A cidade poderia ser como outra qualquer do interior americano, mas existem coisas inexplicáveis que desafiam a razão de Emilly: primeiro o papel de parede de seu próprio quarto muda sem explicação, segundo luzes estranhas aparecem na noite e somem do nada, terceiro sua mãe parece não ter sido na cidade a pessoa que ela conheceu.

O que poderia ser apenas uma história de recomeço na verdade é uma trilha de mistério, Emilly precisa não só encontrar um lugar onde sua mãe não era querida, como amenizar o que ela deixou para trás. Ao mesmo tempo em que conhece Julia, uma doceria encantadora com quem cria laços, e Win, o filho misterioso do prefeito.

Encantadora é a palavra que define a narrativa de Allen, que é capaz de criar um clima acolhedor e único, com muito doce no ar! A narrativa se desenvolve em terceira pessoa, sob o ponto de vista em especial de Emilly e Julia. Embora os acontecimentos não se deem de forma rápida é tão delicioso descobrir os cantos e os habitantes de Mullaby que você mal percebe que a ação é branda.

Emilly é uma adolescente que só conheceu a mãe, não sabe nada sobre a família da mãe e logo sobre sua história. Quando se vê na casa do avô e descobrindo o que sua mãe fazia na sua idade, ela se choca com a mãe que não conheceu. Verdades mal interpretadas, mentiras propagadas e fatos ocultos formam o passado da família Benedict. E Emilly precisa elaborar seu luto  sem manchar a memória que tem dela.

Julia Winterson nasceu em Mullaby, tem uma história de vida triste, e se muda da cidade quando era ainda adolescente. Depois da morte do pai, volta para acertar os negócios do pai. Mas o que nunca imaginou foi que o trauma de seu passado que a marcou para sempre volta para cobrar uma resolução. E isso só é possível com Sawyer, e depois de perdoá-lo. Sua história é tocante, profunda, linda! A razão pela qual ela faz bolos é uma sublimação tocante! Julia, quero um de seus bolos!

Vance, avô de Emiily, é um homem gigante, e quando digo gigante me refiro a um homem grande mesmo, de mais de dois metros. Ele tem dificuldades em lidar com Emilly por medo de repetir os erros que teve com sua filha. Quando se dá conta de que elas são diferentes, e elabora a morte da esposa se torna um avô adorável e presente.

Win Coffey, filho do prefeito é quem puxa o sobrenatural na trama, com uma estranha característica, cria a revolução tanto quanto ao modo como sua família lida com isso a gerações, quanto a trazer a verdade sobre a história da mãe de Emilly. O único, talvez  'defeitinho' do livro, seria uma explicação mais aprofundada sobre essa característica dos Coffey.

A capa representa bem a atmosfera mágica mas totalmente tocável do livro. Cada início de capítulo tem uma diagramação diferenciada, que traduz bem a fluidez que as palavras são trazidas por Allen.

O fim é lindo, vibrei muito por Julia, fiquei muito contente, pois cada um de seus bolos foi capaz de atrair o que desejava. E agora toda vez que eu fizer um doce, vou me lembrar do que quero atrair, sempre achei os doces mágicos, féericos, mas ver isso colocado em uma história foi simplesmente encantador!

A Garota que Perseguiu a Lua é como uma fábula, nos ensina sobre o perdão mesmo quando o coração já parece tão despedaçado que não pode mais colar; a esperança diante do que parece ser o pior a acontecer; a magia nas pequenas coisas da vida e sobre o milagre que a cada dia nos convida a dançar com a vida.

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O Morro das Meias Fulminantes – As Desventuras de Tallulah Casey #01 – Louise Rennison

Em “O Morro das Meias Fulminantes”, primeiro volume da série protagonizada por Tallulah Casey, conhecemos a personagem de quatorze anos (e meio!), que está indo sozinha para um curso de verão em Dother Hall, na faculdade de Artes Cênicas que fica em Yorkshire. Como os pais dela vivem viajando, acabaram atrasando na inscrição da menina, que perdeu uma vaga no dormitório do curso, tendo que ficar hospedada em uma casa de uma família, meio excêntrica, digamos assim.
Lullah pensa que sua nova vida vai ser só glamour, mas as coisas não são como ela imaginou a princípio. Depois de diversas atividades, das mais variadas, nossa protagonista ainda não tem uma vaga certa para voltar para o próximo semestre, então vai precisar se sair muito bem no musical inspirado em “O Morro dos Ventos Uivantes” (por isso a brincadeira no título dessa obra), que todas as meninas do seu curso vão precisar interpretar como projeto final do curso.
Entre muitos dramas, atuações não tão boas assim, professores com alguns parafusos a menos, novas amigas, e, claro, garotos, nossa protagonista vai se divertir bastante, enquanto tenta esconder seus joelhos nada normais e espera que seu peitoral cresça logo.
“Ele era tããão simpático! Bem, e também super lindo. Tinha tudo que um menino dos sonhos deve ter. Frente, costas, lateral, uma cabeça.”
A narrativa de Louise Rennison é super gostosa, flui de uma maneira ótima e é muito divertida. O livro é narrado em primeira pessoa, e me peguei rindo alto diversas vezes dos comentários, sejam através de diálogos ou de pensamentos de Tallulah, e também das diversas confusões e micos em que ela se metia.
“Por enquanto, a única coisa que aconteceu nesse verão foi que um dos amigos abobados do Connor (normalmente conhecido como Garoto Idiota) passou a mão na minha bunda quando estávamos no ônibus.
Quando perguntei o que ele estava fazendo, ele respondeu:
- Fica fria, amor. Só estava apoiando a minha mochila, só isso.
Mas ele não estava. Conheço uma mão quando sinto uma na minha bunda.”
Gostei muito de Lullah e suas novas amigas, também divertidíssimas, Vaisey, Honey, Jo, Flossie e Ruby. Pois é, todas têm nomes estranhos, mas não são as únicas, diversos outros personagens tem nomes bem esquisitos e eu nem saberia pronunciá-los se precisasse. Me encantei com todas essas novas pessoas na vida de Tallulah, inclusive os donos da casa onde ela fica hospedada, que são hilários, e também os outros personagens bem esquisitos e engraçados que conseguem arrancar risadas do leitor com facilidade.
Todos os personagens, indo de Tallulah e suas amigas, passando pelos meninos que elas conhecem e pelos seus pais (tanto os verdadeiros quando os emprestados), e chegando aos professores de seu curso, são meio loucos, só que não de um jeito ruim (tá, seria meio bizarro conhecer, ao vivo, pessoas com algumas características que vemos no livro), e sim de um jeito voltado para a comédia. Algumas atitudes e conversas são tão doidas que só fazem o leitor rir.
“Uma pessoa vestida em vinil vermelho da cabeça aos pés, com óculos de proteção gigantes, saiu do carro. Ela tirou os óculos de proteção e havia um par menor por baixo.”
Durante o texto, alguns personagens usam expressões como ‘ocê’, ‘chocar os ovo’, ‘são bonito’, ‘co’cês’, entre outras, para dar uma ênfase no modo como as pessoas do local falam, isso pode acabar incomodando algumas pessoas, mas eu não tive problemas com esse tipo de linguagem, já que ela aparecia só de vez em quando.
A parte gráfica da obra está sensacional. A começar pela capa, super fofinha e em tons de rosa com verniz localizado no título, na meia, na coruja e em TODAS as boquinhas espalhadas pelo fundo (inclusive nas orelhas). Quando abrimos o livro, a primeira folha e a parte de trás da capa são listradas em preto e branco e há um desenho da meia que está na capa, o índice também tem desenhos, de cortina e uma coruja. A diagramação também está incrível, além da fonte em tamanho legal e um ótimo espaçamento, há fontes diferentes em alguns momentos e todo início de capítulo tem uma ilustração, acompanhada de duas frases que têm a ver com o capítulo em questão.
Acho legal que a tradutora tenha utilizado muitas notas de rodapé para explicar alguns termos de outras culturas, ou jogos de palavras que traduzidos, pois eles não teriam sentido se não fossem explicados.
Esse livro faz parte de uma trilogia e o segundo volume, Sonho de uma meia calça de verão, já foi publicado aqui no Brasil, também pela editora iD. O terceiro livro ainda não tem previsão de chegar aqui e ainda nem foi lançado lá fora.
Para quem não conhece Louise Rennison também é a autora de outra série juvenil, Confissões de Georgia Nicolson, que tem cinco livros lançados no Brasil pela editora Rocco (lá fora foram lançados dez volumes), cujo primeiro volume, Gatos, Fios-Dentais e Amassos, já foi adaptado para o cinema.
“Nesse ritmo, quem sabe eu consiga comprar um sutiã até os quarenta anos. Em tempo para a minha aposentadoria. Mesmo assim é um começo. Na verdade, dois começos.”

Com uma linguagem leve e uma narrativa cheia de diálogos, a obra de Rennison é muito descontraída e cumpre o prometido: encantar e divertir o leitor que busca uma obra voltada para um público mais jovem, ou aqueles que buscam se lembrar dessa fase de pré-adolescência, com situações cômicas e ótimos personagens. Super recomendada!
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Príncipe Mecânico – As Peças Infernais #02 – Cassandra Clare

Quem já leu alguma das minhas resenhas anteriores sobre os livros da Cassandra Clare sabe que sou extremamente viciada em suas obras. Cidade dos Ossos (e todos os outros volumes da série Os Instrumentos Mortais) é um dos meus livros preferidos de todos os tempos, é daquele tipo que leio extremamente rápido e fico imensamente triste quando chega ao fim. Para minha alegria, a autora criou essa outra série que também fala dos Caçadores de Sombras só que ambientada na Inglaterra de 1878, As Peças Infernais.
Como Príncipe Mecânico é a sequência de Anjo Mecânico (para ler a resenha clique no título), pode acontecer de ter alguns spoilers do primeiro volume nessa resenha, então se você não leu o primeiro ou não quer correr o risco de ler algo, aconselho que não continue lendo.
Depois que Tessa descobriu que seu irmão Nate a estava traindo o tempo todo e quem era o verdadeiro Magistrado, ela acaba decidindo ficar no instituto de Londres para poder ajudar na busca por Mortmain, e para saber mais sobre ela mesma e seus poderes, já que para ela, até então antes de chegar a Londres, ela era apenas uma humana.
Tessa é uma protagonista forte e decidida, que consegue nos encantar com suas atitudes, é altruísta e corajosa. Além de tudo, é uma viciada em livros, e apesar de não reconhecer muitas das obras citadas por ela, fico feliz por Tessa ter essa característica, que muitos de nós leitores compartilhamos. Também gosto bastante do Jem e do seu jeito fofo de ser, e apesar do Will ter aquele estilo bad boy que nos faz suspirar, ele me irrita às vezes em alguns comentários por acabar não falando a verdade sobre seus sentimentos e agir como se nada importasse, quando claramente é tudo ao contrário. Todos os personagens deste livro são cativantes e muito bem construídos, fazendo com que a gente goste ainda mais desta história.
Neste volume ficamos sabendo um pouco mais sobre o Will e sobre o que ele tanto procura com a ajuda de Magnus Bane (sim, o mesmo mago que vemos em Cidade dos Ossos também está nesta trilogia), e conseguimos entender um pouco mais o motivo de suas atitudes. Paralelo a isso temos uma história cheia de reviravoltas emocionantes que nos fazem ficar presas ao que estamos lendo do início ao fim, já que toda hora encontramos novos acontecimentos que nos tiram o fôlego.
Este é o segundo livro da trilogia, que para minha felicidade e tristeza ao mesmo tempo, vai acabar ainda este ano, já que a Galera Record afirmou que Princesa Mecânica (o terceiro e último livro) será lançado no segundo semestre. Felicidade porque finalmente vou saber o desfecho desta história maravilhosa, e tristeza por saber que não vou poder ler mais sobre esses personagens adoráveis.
Quando o livro acaba, depois dos agradecimentos encontramos algumas informações sobre a Inglaterra de Tessa, o que achei bem legal já que é onde a história é ambientada, e autora explica que conseguiu fazer, em suas palavras “... uma mistura do real e do irreal, o conhecido e o esquecido.”, e logo em seguida também encontramos uma carta que o Will enviou para a família no seu aniversário de dezessete anos. Amei que essa carta tenha vindo dentro do livro, pois em Os Instrumentos Mortais a carta escrita por Jace foi apenas divulgada na internet, fazendo com que eu não a tivesse em meu livro.
A diagramação está maravilhosa, com bom espaçamento entre as palavras, fazendo com que a gente consiga ler por mais tempo sem cansar a vista. Sobre a capa, que foi mantida a original, eu não sei nem o que falar além de dizer que ela é perfeita, tem alguns brilhos maravilhosos e a imagem combina demais com a história, e para completar todo o trabalho lindo que a Galera Record teve com o livro, as partes de trás das capas estão em um tom de verde água maravilhoso. Eu não poderia ficar mais satisfeita com o trabalho que a editora está nos proporcionando com este título e todas as outras obras da autora publicadas no Brasil.
Recomendo esta obra para todas as pessoas que gostem de um bom livro, que nos prende do começo ao fim e que é cheio de reviravoltas. Além de tudo, quem gosta dos Caçadores de Sombras criados por Cassandra Clare, não pode perder essa trilogia, que está maravilhosa e não fica devendo em nada para Os Instrumentos Mortais (que apesar de ser passado em uma época posterior, foi publicado anteriormente). Estou louca pela continuação e contando os dias para saber como esta história maravilhosa vai terminar.
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O Futuro de Nós Dois – Jay Asher e Carolyn Mackler

Em “O Futuro de Nós Dois” o leitor é transportado de volta ao passado. O ano? 1996, quando a internet ainda estava surgindo para o público e muitos dos jovens ainda não tinham tido sua primeira experiência em um mundo online.
Nesse contexto conhecemos os vizinhos Emma e Josh. Ela está no segundo ano no colégio, ele, como é um ano mais novo, no primeiro. Eles eram melhores amigos até o ano anterior, vivam andando juntos, Josh sempre estava presente na casa de Emma, eles se comunicavam de uma forma criativa quando cada um estava em sua própria casa (lembrando que na época quase ninguém tinha celular também), até que ele entendeu os sinais errados e o resultado é que um ano depois nada mais era igual. Eles podiam não ignorar totalmente a existência do outro, mas a amizade nunca mais foi a mesma.
Tudo está prestes a mudar quando Emma recebe um computador de presente de seu pai, que agora tem uma nova família, e Josh aparece em sua casa para lhe dar um CD-ROM da America Online (AOL) para que ela possa acessar a internet. Quando ela finalmente faz seu primeiro acesso, algo inusitado acontece. Uma página da qual ela nunca tinha escutado falar aparece em sua tela, e depois de digitar e-mail e senha ela está vendo o Facebook. Mas, o mais estranho disso tudo é que a pessoa que está naquela foto no canto superior esquerdo se parece muito com ela, só que mais velha e já casada.
Primeiro eles acham que aquilo é só uma pegadinha de algum espertinho, mas com o passar dos acontecimentos, eles acabam descobrindo que aquilo ali na verdade é o futuro... dali a 15 anos! Mas será que eles estão preparados para aceitar o futuro como ele vai ser? E quando percebem que até a menor das decisões no presente pode fazer com que o futuro apresente as mais diversas consequências?
Preciso dizer que estava super ansiosa para ler esse título desde que soube do lançamento. Primeiro porque adorei a sinopse, segundo porque queria muito conhecer o trabalho desses dois autores, ou seja, ótima oportunidade para começar. Então, quando a Galera Record me enviou o kit surpresa, imagina a minha expressão de felicidade? Dei até pulinhos de alegria. Logo o passei para frente da minha pilha de leitura e assim que acabei o livro que estava lendo, corri para começar esse e acabei rapidinho. Mas pena que já acabou, queria mais. Posso afirmar que minhas expectativas estavam lá nas alturas e elas foram alcançadas.
A história é narrada pelos dois protagonistas, Emma e Josh, e os capítulos são intercalados entre seus pontos de vista em primeira pessoa. Quem acompanha minhas resenhas sabe o quanto eu adoro esses dois métodos para poder entender os pensamentos de cada um, o que leva os personagens a tomar cada decisão, além de conhecer seus sentimentos. Dessa vez ficou ainda melhor porque cada autor foi responsável pela parte de um dos personagens.
Como eu já disse antes, adoro essas coisas de mexer com o passado e/ou futuro (nesse caso só futuro). Principalmente as possibilidades que os autores encontram para trabalhar com esse assunto. A ideia utilizada por Asher e Mackler de levar o leitor para o passado e utilizar o Facebook, que é uma rede social muito utilizada atualmente, para prever o futuro dos personagens é ótima e nunca tinha pensado em nada parecido, então ter a experiência de ler em forma dessa história magnífica foi maravilhoso.
 A narrativa é deliciosa e as páginas fluem com uma rapidez incrível. O leitor se sente conectado com tudo o que está acontecendo ali, principalmente para aqueles que viveram no mundo pré-internet e também conheceram o que era acessá-la de forma discada, deixando o telefone ocupado enquanto está em uso, e viveram anos sem telefone celular, entre outras referências da época utilizadas pelos autores. Em 1996 eu ainda era muito criança, mas aqui no Brasil a internet demorou um pouco mais a chegar para o público em geral (bom, pelo menos na minha casa demorou mais, já que só tive meu primeiro acesso lá para o ano de 2000 hahaha – Quem teve AOL e lembra da mensagem “Olá, você está online! Chegou mensagem para você!”, que era falada logo quando a internet era conectada?).
Os personagens foram muito bem construídos e gostei muito de todos, principalmente Emma e Josh, que são bem diferentes entre si, e deixaram a história com o tom certo para divertir e entreter o leitor, de uma maneira suave, fofa e descontraída.
Após terminar a leitura, a obra nos deixa com algo para pensar. As vezes é legal deixar um pouco do mundo online de lado, e também não adianta ficar se prendendo a um passado que não pode ser modificado, e viver sem querer ter um futuro totalmente programado, já que uma pequena decisão hoje pode afetar o que vai acontecer mais para a frente, então é legal se focar no que acontece no presente e viver a vida buscando o que nos faz felizes, e não o que faz o próximo feliz.
O único ponto negativo, em minha opinião foi o final. Primeiro que quando estava terminando algumas coisas ficaram meio corridas, e não gostei da resolução em relação ao Facebook, acho que foi meio mal desenvolvido. Mas, principalmente, fiquei frustrada quando o livro terminou porque acredito que os autores poderiam ter colocado pelo menos uma frase a mais para terminá-lo melhor, mas ainda acho que poderia ter um capítulo ou mais para ficar ainda mais perfeito.
Mesmo com esse ponto negativo, não poderia dar menos do que 5 casinhas na minha avaliação final, já que acho que 4 não fazem jus a história em si. Gostei muito do desenvolvimento de tudo e, principalmente, da originalidade.
A capa é um caso à parte. Muito linda, mais bonita do que a original, e me apaixonei desde a primeira vez em que a vi, tem tudo a ver com o conteúdo, os personagens são parecidos e os elementos são um charme a mais, e a versão impressa ainda apresenta verniz localizado no título. A diagramação está ótima, e mesmo simples trás uma fonte com tamanho e espaçamento super confortáveis para a leitura. Achei legal o início de capítulo, que são escritos da seguinte forma: “30://Emma” (capítulo 30 – narrado por Emma), já que brinca um pouco com a coisa da internet.
Gostei tanto do livro que acho que os autores poderiam pensar na possibilidade de escrever um novo, agora contando o que realmente acontece nas vidas dos personagens 15 anos depois, e o que aquele passado em que eles descobriram o Facebook e o acessaram, e consequentemente mudaram o futuro, afetou na vida dos personagens na atualidade. Eu leria com certeza.

Recomendo esse título para todos aqueles que buscam uma sensível e deliciosa comédia romântica do gênero jovem adulto, escrita através de uma ideia muito original, com uma narrativa leve e agradável, que vai encantar a todos os leitores de qualquer idade que gostem desse estilo de leitura.
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A Pedra Esculpida - O Livro do Tempo #01 - Guillaume Prévost


Samuel é um garoto com recém completados 14 anos, que mora com seus avós depois da morte da sua mãe em um acidente de carro, e que depois de aguardar por 12 dias o retorno do seu pai sem qualquer notícia, resolve ir para a casa deste procurar por qualquer pista dele. No sótão encontra uma pedra esculpida e um livro antigo, e com uma moeda furada que se encaixa no livro descobre que pode viajar através do tempo.

Esta viagem passa por uma aldeia de monges atacada por Vikings, um ataque na primeira guerra mundial, uma conspiração entre as pirâmides do Egito e uma aldeia na Idade Média. Mas, embora encantado com a nova descoberta, Sam tem apenas um objetivo: encontrar seu pai. Esta é a aventura que se esconde nas páginas do livro A Pedra Esculpida, volume 1, da série O Livro do Tempo, do autor Guillaume Prévost, pela editora Galera Record.

A princípio este livro soa como mais um livro de fantasia jovem, mas ao longo da trama ele se torna autêntico. É incrível como a cada local que Sam passa uma micro-história se descortina, pois embora Sam tenha que procurar por pistas de como a pedra esculpida funciona e pistas de seu pai, ele também tem que sobreviver no local onde apareceu.

Logo ele passa alguns dias nos locais, tendo que se relacionar com pessoas de tempos muito distantes do seu. Cada passagem trás um universo, e quando você está se acostumando é levado para outro tempo, ou do passado ou para o presente do livro. É impossível enjoar, o ritmo do livro é acelerado e contagiante, já que você não sabe qual será o próximo local que Sam irá, nem qual pista vai encontrar. A capa é linda, retrata o livro do tempo. A diagramação é simples, e narrativa é em terceira pessoa, sob o ponto de vista de Sam em 237 páginas.

Sam é um garoto inseguro, que ainda está em luto pela morte da mãe e que se sente abandonado pelo pai que decidiu deixá-lo na casa dos avós. Não consegue colocar em palavras o que sente e por isso é mal compreendido pela família que pensa que todas as suas ações se dão em virtude do que passou. Acredita que não é capaz de enfrentar as adversidades, mas quando se vê diante da escolha sempre age rápido, com um raciocínio perspicaz e eficiente.

As viagens não só o colocam mais próximo de ajudar o pai, como o aproximam da prima Lili. Também permitem maior segurança para enfrentar sua realidade e seu maior inimigo no judô. A Pedra Esculpida cumpre o que promete, uma aventura no tempo, que não só narra as aventura de um menino, como também seu amadurecimento diante da vida.

Qual sombra de nosso inconsciente apareceria se nos deparássemos com outros tempos, que exigem cada um forças que nem sabíamos possuir?  Como você agiria sem as mesmas regras que existem hoje? Descubra junto com Sam nesta ótima aventura através da história.

A Pedra Esculpida faz parte de uma trilogia, que conta ainda com mais dois livros já publicados no Brasil pela Galera Record: As Sete Moedas (Vol.2) e O Círculo de Ouro (Vol.3).


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Amor Contra o Tempo – Hourglass #01 – Myra McEntire

Emerson Cole passou por algumas situações bem difíceis em sua vida: primeiro ela começa a ver pessoas de épocas mais antigas que mais ninguém vê, ela as reconhece pelos trajes que usam, só assim para perceber que eles não deveriam estar ali, depois ela passa por um trauma muito grande, que a faz entrar em depressão. Juntando as duas coisas ela acaba tendo que tomar muitos remédios e é levada para um colégio interno.
Agora ela finalmente volta para casa, para morar com seu irmão, Thomas, e sua cunhada, e parou de tomar os remédios em segredo. Quando suas “alucinações” continuam aparecendo, Thomas resolve contratar mais um especialista para ajudar sua irmã, com fortes esperanças que, depois de tantas tentativas, dessa vez dê realmente certo.
É aí que ela conhece o consultor Michael Weaver, um carinha lindo que trabalha para a Hourglass, uma organização bem misteriosa. É ele quem vai ajudá-la a entender o que acontece com ela, trazendo respostas para as suas muitas perguntas. A química entre eles surge logo de cara, e um simples toque pode despertar uma grande eletricidade.
Eu adoro coisas relacionadas a viagem no tempo, a mexer com o passado e o futuro, e gosto demais quando tenho a oportunidade de ler algo assim no estilo de livro que leio, e com certeza gostei de como o tema foi abordado por Myra. Ainda não sabemos exatamente tudo o que é relacionado com isso, inclusive porque é uma trilogia e esse é apenas o primeiro volume, mas gostei do modo como o assunto foi introduzido e explicado, e despertou bastante o meu interesse para descobrir mais do que vem por aí nos próximos volumes, inclusive já estou muito ansiosa por eles.
Curti demais a protagonista, Emerson, principalmente porque ela não aceita um ‘não’ ou um ‘no futuro eu te explico isso’ quando tem alguma dúvida. Ela vai atrás de respostas para não ficar no escuro e nem deixar o leitor passar por isso. E eu também não gosto de ser enrolada e quero saber respostas para as minhas perguntas, então fico feliz que Em tenha corrido atrás delas por mim e não esperado alguém ter boa vontade de lhe contar, ou o livro quase finalizar para entender melhor as coisas.
A autora sabe construir personagens muito bem, eles realmente parecerem reais. Gostei muito da personalidade de Em já que ela é bastante sarcástica e utiliza diálogos mais afiados, possui uma grande fragilidade por conta do que aconteceu em seu passado ao mesmo tempo em que apresenta muita e força para seguir em frente, tem uma grande carga emocional e é corajosa. E também adorei o Michael, que é bem misterioso, mas com o tempo vamos percebendo que é um fofo e altruísta, mas não daquela forma chata ou falsa, ele só quer ajudar aos outros e fazer o que for melhor para os demais, mesmo que ele tenha que sofrer consequências negativas por isso.
 Os outros personagens não são tão importantes quanto esses dois, mas gostei de todos, inclusive dos que representam o lado “ruim”, porque todos eles possuem um papel de grande importância para o desenvolvimento da trama. Tirando o casal Emerson e Michael, outro casal que adorei acompanhar foi o irmão, Thomas, e a cunhada dela, Dru, já que eles se dão super bem, a ajudam e se preocupam com ela como só uma família faria, o que é raro em alguns títulos de jovem adulto por aí. Também gostei muito de Lily, sua melhor amiga, e sinto que ela tem potencial para ser de muita importância nos próximos livros da série e de Kaleb, melhor amigo de Michael, que vai narrar o próximo volume.
Também gostei do romance dessa história. A ligação inicial deles, além da atração física, ainda não foi totalmente explicada (quem ler vai entender isso), mas gostei de como ele foi desenvolvido, já que ocorreu gradualmente e eu torci para que ficassem juntos.
A narrativa da autora flui maravilhosamente bem, além de ser gostosa de acompanhar, fazendo com que a leitura avance rapidamente. A história é narrada em primeira pessoa, e eu gosto mais assim, e Em desempenha bem seu papel sem deixar nada enjoativo ou irritante, e permite que tenhamos uma boa visão do que está acontecendo ao seu redor, já que é tudo bem explicado e ainda deixa com um gostinho de quero mais.
Duas coisas relacionadas a uma viagem no tempo realizada no livro, da qual não vou comentar porque seria spoiler, não foram exatamente explicadas. Não sei se foi falta de atenção da autora ou se é porque as explicações vão vir nos próximos volumes, já que isso ocorreu mais para o final desse, então prefiro acreditar que vou saber os motivos no próximo, e assim que ler conto para vocês se a explicação foi ou não desenvolvida.
Sobre o título, a princípio eu não tinha gostado tanto dele assim, mas depois de ler a história ele faz mais sentido e agora eu até gosto. Prefiro quando a série tem um nome diferente do primeiro volume, para dar uma identificação melhor, então aprovo a escolha da Galera Record. A diagramação está simples, mas bem feita, só que a fonte está em um tamanho muito pequeno e pode acabar incomodando a leitura de algumas pessoas.
A única coisa nas mudanças do original para o nacional da parte gráfica que eu não curti foi a capa. Primeiro porque ela não me chama atenção e não a acho tão bonita assim, e por ser amante de capas isso tem um peso maior, segundo porque ela não faz nenhum sentido ou tem alguma ligação com o conteúdo do livro, então não entendi muito bem seu propósito, terceiro porque eu adoro a original, que mesmo simples é linda.
Me surpreendi, me encantei, torci, suspirei e me envolvi com essa deliciosa trama que mistura mistério, viagem no tempo e romance. Se você busca um jovem adulto que possa fazer isso por você também, então “Amor contra o tempo” é a leitura indicada.
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Mentirinhas Inocentes – L.A. Candy #02 – Lauren Conrad


Esse é o segundo volume da série L. A. Candy, escrito por Lauren Conrad. O primeiro volume desta série, apesar de também ter sido lido por mim, foi resenhado por Tatha, pois ela tinha sido a primeira a ler (Para ler a resenha clique AQUI). Agora venho contar para vocês a minha opinião da continuação que foi lida primeiramente por mim. Eu já conhecia esta autora por conta do reality show transmitido pela MTV com o nome de Laguna Beach, onde ela fazia parte do elenco principal, e depois por outro reality, o The Hills, onde Lauren, também conhecida por LC, foi a protagonista.
O livro continua a narrar a história de Jane e sua amiga Scarlett, que ao se mudarem para Los Angeles e serem chamadas para participar do reality show L.A. Candy, têm suas vidas totalmente mudadas, e vemos como elas conciliam a nova fama, com suas vidas pessoais. Também vemos um pouco de Madison e Gaby.
Queridinha do público, Jane acaba sendo flagrada pelos paparazzi traindo seu namorado com Braden, o melhor amigo dele, tendo seu conceito de queridinha sendo revisto para ‘a grande traidora’, fazendo com que ela tenha que lidar com toda essa a situação neste volume. Para tentar fugir dos seus problemas ela vai para Cabo San Lucas, no México, com sua amiga do programa, sem contar o seu paradeiro para ninguém, mas o que ela realmente não esperava é que quando ela fosse voltar as coisas não iriam estar nem um pouco melhor.
Esse é um tipo de livro simples, com uma narrativa rápida e fluida, porém não tem uma história que nos prende do início ao fim. Ele foca muito em como é ter uma vida de celebridade, e como as coisas não são tão boas como as pessoas de fora desse meio pensam, e que é difícil reconhecer amizades verdadeiras nesse ambiente. Infelizmente os personagens da trama não amadurecem muito e o livro não conta com nenhum tipo de acontecimento que leve a história a ter um ápice ou coisa do tipo.
Acho que por Lauren ter vivenciado uma história assim, poderia ter colocado um pouco mais de drama, e utilizado um pouco melhor os elementos que já estão inseridos ali para deixá-la mais emocionante. Mas não pensem que não gostei deste volume, a narrativa é boa de acompanhar e o livro tem pontos que me agradaram, além de ser uma leitura gostosa e despretensiosa para quem gosta de um livro morno sem grandes acontecimentos.
“Mentirinhas Inocentes” é narrado em terceira pessoa e em cada capítulo contamos com o ponto de vista de um personagem, o que foi bem legal, já que assim podemos saber um pouco mais do que se passa com todos eles.
A capa deste volume é muito bonita, e tem uma relação com a do volume anterior. A contra capa está em um tom de rosa chiclete maravilhoso e a diagramação está perfeita. Dá para ver que a Galera Record, como sempre, trás títulos com qualidade de impressão excepcional. A única coisa que não gosto muito é do tamanho da imagem da autora na parte de trás do livro, já que não precisava de uma foto dela assim tão grande, mas não é um fato que chega a me incomodar tanto assim.
Recomendo esta leitura para todas as pessoas que gostem de um livro despretensioso, voltado para um público mais jovem, com uma narrativa rápida e fluida, que tem como autora Lauren Conrad, que utilizou sua experiência pessoal de protagonista de seu próprio reality show da vida real para criar essa trilogia.
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A Guerra de Tronos – As Crônicas De Gelo e Fogo #01 – George R.R. Martin


Em uma das minhas resenhas mais antigas, eu disse que, se fôssemos classificar as histórias dos livros que lemos, já teríamos categorias específicas em nossa mente para qualificá-los: livros de mistério, de romance, de aventura, de suspense... Mas A Guerra de Tronos, de George R. R. Martin, não se classificaria em nenhuma dessas categorias. Se apresentando como um livro extremamente pretensioso—escrito por um cara considerado o Tolkien americano—o livro acaba se mostrando uma mistura de todas essas categorias, e seria necessário criar uma só para ele.
Comecei a ler o primeiro livro da série As Crônicas De Gelo e Fogo (atualmente com cinco livros publicados) com certa apreensão, justamente por essa pretensão. Ali estava um livro de mil páginas que poderia ser muito bom, ou poderia ser simplesmente aquilo o que alguns falam: uma cópia de O Senhor Dos Anéis. E certamente, nenhuma escolha foi mais certa do que ler a Guerra de Tronos. Isso é sério.
A série se passa num mundo fictício, num continente chamado Westeros, onde um dia já existiram sete reinos, cada um deles comandado por uma casa nobre diferente. Hoje, todos esses reinos estão sob o comando de uma única coroa, atualmente pertencente à Robert, da Casa Baratheon. Mas num mundo onde magia existe, onde senhores e senhoras cheios de ambição querem sempre atingir um patamar superior de status e riqueza, nenhum rei está seguro, e o Trono de Ferro, de onde o monarca comanda, se torna o objeto de uma disputa perigosa...
Senti um caráter extremamente introdutório neste livro, que apesar de já apresentar as intrigas sobre as quais a história se sustenta, tem mais a função de introduzir os personagens ao leitor. Neste livro conhecemos as casas principais dos reinos de Westeros, os personagens que terão maior importância no decorrer da série e também os acontecimentos que vão levar à história principal. Narrado em terceira pessoa, mostrando as perspectivas de oito personagens diferentes (os quais nomeiam os capítulos), o livro te dá os vários lados da história, e os personagens criados por George R.R Martin são tão humanos que é difícil não gostar deles; eles cometem erros, tomam decisões certas ou erradas, são tendenciosos e pagam pelas escolhas que fazem. A ambientação criada pelo autor é maravilhosa—é fácil mergulhar nas descrições, nos cenários criados e nas batalhas, contadas de modo preciso e objetivo.
E além de tudo isso, Martin não tem pena de seus personagens. O universo medieval criado por ele mostra o quanto o homem pode ser mesquinho, mercenário, feito de tolo e acabar cometendo erros ridículos—coisas que, no lugar deles, nós também faríamos. Às vezes, deu vontade de jogar o livro pela janela, de entrar no livro e matar um personagem por uma escolha feita, e Martin tem meu mérito por isso. Me fez mergulhar em mil páginas com a voracidade de um animal selvagem e me emocionar de uma maneira diferente em cada uma delas. Me fez amar o pequeno Bran, ficar apreensivo com sua irmã Arya, acompanhar o amadurecimento de Jon, sofrer junto com Eddard e Catelyn, odiar Sansa, quebrar a cabeça para descobrir quem é Tyrion e torcer por Daenaerys com todas as minhas forças.
O único problema do livro é que, por cobrir oito perspectivas diferentes, o desenvolvimento da história é lento e arrastado. A narrativa extremamente bem conduzida pode compensar esse fato, mas várias pessoas podem enxergar isso como um defeito, e com razão. Além do mais, as descrições são um pouco cruas, e há cenas impróprias.
Li esse livro pela edição especial de colecionador da Leya, onde os livros são menores que as edições normais e, consequentemente, tem mais páginas.  O Box é maravilhoso e mesmo a capa sendo simples comparada à original, é linda de se admirar. A Leya fez um bom trabalho com a diagramação—não encontrei erros de português, e os mapas que acompanham o livro, junto com o apêndice das casas de Westeros no final são um mimo bom de admirar.
Nem preciso falar que amei o livro. Recomendo para pessoas que gostam de histórias medievais, com disputas políticas, espadas, mistério, magia, suspense e aventura. E também recomendo para quem nunca leu do gênero... É uma ótima forma de começar.
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Mudanças no House of Chick


Oii gente! Tudo bem com vocês? O post de hoje é rapidinho, e foi escrito para pedir a ajuda de vocês, nossos leitores queridos. Como falamos há um tempo, estávamos planejando algumas mudanças aqui no blog para algo mais pessoal, e já tínhamos um projeto em mente, mas por falta de tempo para organizar tudo não deu para colocá-lo em prática antes.
Primeiramente vamos mudar todo o layout daqui, já que está mais do que na hora de isso acontecer, e por incrível que pareça tentamos mudá-lo mais de uma vez, mas acho que escolhemos mal os responsáveis, já que as pessoas sumiram, nos deixando na mão. (Ê falta de sorte essa, hein?!).
Em breve, portanto, o House of Chick vai ser um blog com assuntos variados, mas podem ficar tranquilos que a literatura ainda vai ser uma das partes mais importantes do nosso espaço. Quanto aos outros conteúdos, é aí que precisamos da ajuda de vocês. Temos algumas coisas em mente, mas queremos saber o que vocês realmente gostariam de ver por aqui, então fizemos uma pequena pesquisa de opinião para vocês nos ajudarem a tomar as decisões.
Clique no formulário abaixo para nos ajudar, respondendo a algumas perguntas rápidas e deixar sugestões. Quem preferir, pode deixar as respostas anônimas, tudo bem?
Desde já, agradecemos a todos que nos ajudaram e esperamos que vocês gostem bastante das mudanças. =D




O Poder do Súcubo - Georgina Kincaid #02 - Richelle Mead


Georgina Kincaid voltou em mais um volume da série da autora Richelle Mead, no livro O Poder do Súcubo ( A resenha pode conter spoilers) da editora Essência. A trama gira em torno do relacionamento amoroso de Georgina com o escritor Seth Mortensen, já que mesmo tendo conquistado o homem que sempre sonhou diante da sua condição de súcubo só pode no máximo ficar de mãos dadas com ele.

Como se isso não fosse dor de cabeça suficiente, seu colega de trabalho Doug começa agir de maneira estranha, e Georgina desconfia que seja algo mais do que drogas comuns. Junto com isso seu amigo antigo, um incúbo sedutor precisa de sua ajuda em uma missão quase impossível. Será que a súcubo dará conta de tantas coisas ao mesmo tempo?

Georgina continua como no primeiro livro, sedutora por natureza, impulsiva por personalidade, mantêm sua vontade de ser normal, e evitar os comportamentos sobrenaturais, mas diante do caso de Doug e dos pedidos do amigo Bastien não vê outra maneira de ajudá-los se não sendo a velha súcubo. Seu humor negro continua sendo umas das melhores partes da trama!

Seth é um homem apaixonado, só tem olhos para Georgina. A relação diária dos dois é bem explorada por Mead, inclusive o comportamento exótico que Seth tem ao escrever. Bastien conhece Georgina há muito tempo, passou por muita coisa com ela, mas nem assim Seth tem ciúmes dele. Tem uma maturidade exemplar.

Bastien é um incúbo sedutor e convencido, aceita uma missão difícil e pede ajuda para Georgina, mas quando suas tentativas começam a falhar não compreende onde está errando. O desfecho desta parte da trama é surpreendente, pelo menos eu não havia percebido até o momento em que foi revelado!

O núcleo de trabalho de Kincaid também aparece bastante, em especial Doug que é quem ela deve ajudar. Nesta parte da trama minha surpresa se deu na mitologia criada pela autora, que ao contrário do que imaginava não se limita a anjos, demônios, incúbos e súcubos. Existem outros panteões, como ela mesmo descreve, e eles começam a ser descritos brevemente aqui.

Por fim o desfecho da relação que não acontece entre Georgina e Seth é muito interessante, e como alguns diriam nos dias de hoje hot. Não há ganchos para o terceiro, mas o maior gancho que pode haver é saber que encontraremos novamente Seth e Kincaid ! Eu diria que essa série seria muito bem vinda para uma série de televisão!

Como em todos os seus livros Mead escreve de forma deliciosa ao longo das 272 páginas distribuídas em formatação simples. A capa como a primeira é feia, uma mulher graficamente alterada, mas lembra o que é a descrição de Kincaid. Mas não se engane se a capa soa brega, a história tem gás do começo ao fim. E depois de algumas conspirações como uma colega estou louca para ler o terceiro, uma pulga quanto ao Carter (anjo) me deixou de orelhas de pé!rs


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Alma? – O Protetorado da Sombrinha #01 – Gail Carriger


A primeira coisa que me chamou muita atenção neste título foi a capa. Ela é tão linda que assim que eu a vi na primeira vez pela internet fui correndo conferir sobre o que tratava esta história e, olhando o catálogo da nova editora, Valentina, que lançou este volume aqui no Brasil, fiquei louca com a sinopse (e com as outras capas de livros que eles vão lançar). Sei que as vezes eu começo algumas resenhas falando da capa, mas é que eu amo tanto os designs de algumas delas que não posso deixar de comentar, mesmo que eu saiba que não se deve julgar um livro assim, mas no meu caso muitas vezes é ela que me dá o empurrão inicial para eu procurar saber mais sobre a história e, mais vezes do que gostaria de admitir, somente a beleza da capa já me deixa louca para ler um livro.
Em “Alma?” conhecemos Alexia Tarabotti, uma jovem de vinte e seis anos que ainda é solteira (o que, para época, é uma idade bem avançada para continuar neste estado civil) e tem um temperamento muito forte, além de não ser submissa e guardar um grande segredo: ela é uma preternatural, ou seja, ela não possui uma alma. Nossa protagonista também tem um dom muito especial, de neutralizar os poderes sobrenaturais de outras pessoas, apenas com o seu toque.
Poucas pessoas sabem do seu segredo, somente aquelas que realmente precisam saber, já que este foi herdado de seu pai e, como sua mãe se casou de novo, ela vive com duas irmãs chatas que ficam a lembrando sobre seu estado civil.
Os seres sobrenaturais são reconhecidos na sociedade, e até mesmo contam com um representante que assessora a rainha em relação a assuntos envolvendo esses seres. Os únicos sobrenaturais que ainda não são conhecidos pelas pessoas em geral são os preternaturais, o grupo do qual nossa protagonista faz parte.
Quando Alexia resolve sair de uma festa para ir à biblioteca, ela acaba sendo atacada por um vampiro e para se defender utiliza sua sombrinha e acaba matando esse vampiro. Agora, então, começa uma investigação para saber mais a respeito do que aconteceu e acabam descobrindo que vampiros e lobisomens estão “sumindo”.
A narrativa é muito gostosa e cativante, além de ser bem fluida, fazendo com que a gente não consiga largar a leitura até terminar a última página. O livro contém mistérios e romance, além de ação, o que achei bem legal já que a história não fica nem um pouco parada e sempre tem novos acontecimentos.
Esse livro mescla sobrenatural com Steampunk (onde tecnologia e elementos de épocas mais antigas estão lado a lado) e eu sempre adoro a experiência de ler algo assim. Também curti muito o desenvolvimento dos personagens em geral e os diálogos inteligentes.
Esse é o primeiro livro de uma série, O Protetorado da Sombrinha (por sinal adorei esse nome!), de vários volumes (já foram publicados cinco livros em inglês), e posso afirmar que já estou louca pelas continuações.
A editora Valentina, apesar de nova no mercado, já pode ser considerada uma das grandes, não pela quantidade de títulos publicados, que ainda são poucos, mas pela qualidade dos seus trabalhos, tanto nos termos de tradução, revisão e parte gráfica, quanto no atendimento ao público, já que todos da editora são super simpáticos com os leitores em geral.
Recomendo esta leitura para todas as pessoas que gostam de um bom livro, e procuram algo que contém algumas cenas um pouco mais picantes, muita ação, aventura e uma pitada de romance com uma narrativa fluida e cheia de acontecimentos.
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Entre o Agora e o Nunca – J.A. Redmerski


Nessa obra de J.A. Redmerski conhecemos a protagonista Camryn Bennet, uma jovem de 20 anos que se sente diferente das outras pessoas da sociedade. Para ela, uma rotina com um trabalho normal e ter que fazer tudo na hora certa não funciona. Cam sempre teve uma vontade louca de sair conhecendo novos lugares só com uma mochila nas costas e isso estava em seus planos junto com Ian, seu namorado da época do colégio, até que ele sofre um acidente de carro e morre, levando seus sonhos junto com ele.
Um ano depois, Cam percebe que sua vida não pode continuar do jeito que está, ela conseguiu emprego em um local que não gosta, seu pai traiu a mãe e abandonou a família, sua mãe, com quem ela não tem muita ligação, entra em vários relacionamentos amorosos, seu irmão foi preso pois atropelou uma pessoa, seus planos de ir morar com sua melhor amiga desde sempre, Nat, vão por água abaixo quando seu namorado resolve admitir a Cam que é apaixonado por ela. Ela, então, resolve sair de casa, pegando uma mala com poucos itens e ir até a rodoviária, onde escolhe seu primeiro destino de uma maneira bem inusitada, mas nem liga muito para isso.
No meio de caminho, eis que ela conhece Andrew Parrish, um cara que já trabalhou como modelo, é muito sedutor e tem tatuagens, que por acaso pega um dos ônibus que ela embarca para chegar ao seu destino, e está indo visitar seu pai que está doente, quase passando dessa para melhor.
Primeiramente eles sentem atração física um pelo outro, mas não pensam que aquilo pode ir adiante, primeiro porque não se conhecem e um pode estar passando informações erradas sobre sua vida para o outro. Ele pode ser maníaco e ela chave de cadeia, nunca se sabe. Porém, conforme as páginas vão avançando, e depois de um acordo que vai acabar mudando tudo entre eles, e os protagonistas vão se conhecendo melhor, ambos acabam percebendo que uma paixão pode surgir ali, só que se render a ela pode ser ainda pior e vir junto com muito sofrimento, da parte dela por não acreditar que possa se apaixonar novamente, da dele por causa de um segredo que guarda. Lutando com o que querem fazer e o que acham correto, eles precisam buscar a felicidade, e talvez o destino estava preparado para ajudá-los.
Confesso que minhas expectativas estavam bem altas para esse título, principalmente porque vi muitos elogios a ele, mas elas não foram alcançadas. Talvez seja porque não tive tanta simpatia assim pela protagonista e isso é um ponto muito importante para apreciarmos mais a leitura, principalmente quando a narrativa é em primeira pessoa. Digo isso porque, mesmo com dois protagonistas, Cam é quem possui mais voz na história, já que os capítulos narrados por Andrew são bem menores.
Gosto de dois pontos de vista em primeira pessoa porque me aproximo mais dos personagens, posso entender o que está acontecendo em mais de um lugar ao mesmo tempo, e saber o que cada um sente é sempre ótimo.
Gostei muito mais do Andrew, apesar de achá-lo meio hipócrita em alguns momentos em que ele dizia para ela dizer o que queria e o que sentia, sendo que ele mesmo não fazia isso, mas ele tem uma visão das coisas que eu concordo mais (mesmo que não seja tudo), e o achei bem interessante, e os capítulos narrados por ele também eram os melhores em minha opinião.
Só acho muita sorte da Cam, que nem ligava para a aparência dos homens, conhecer um gato, moreno com seus lindos olhos verdes, um sorriso torto maravilhoso, e rico, numa viagem de ônibus, principalmente porque, pelo que eles falam, nesses ônibus de lá (eu não sei se é isso mesmo, já que eu nunca fui para os EUA) a maioria dos passageiros são esquisitos e mal encarados, além de uma viagem do estilo ser algo meio perigoso. Se fosse eu em uma viagem dessas, pode ter certeza de que o tal carinha ia estar BEM LONGE de ser um deus grego como o Andrew é. Sortuda essa garota.
Se você gosta de livros mais explícitos, com cenas de sexo detalhadas, então deve curtir as cenas do estilo que foram introduzidas nesse título, mas se você é uma daquelas pessoas que não gosta, vai se incomodar bastante, já que elas aparecem mais de uma vez.
Não gostei do que foi revelado no final do livro, sei que há leitores que vão gostar ainda mais dessa parte porque é algo que realmente acontece por aí, mas eu tenho horror a essa doença e acho que o livro poderia ter ficado ótimo mesmo que ela não tivesse existido naquela situação, achei meio forçado a autora introduzir essa parte ali. Mesmo não gostando de spoiler, admito que pulei algumas páginas para saber o que iria acontecer no último capítulo antes de continuar a leitura normalmente, mas mesmo assim não pude evitar as lágrimas. Fora que também acho que essa parte foi toda muito apressada. A história toda foi movida por um ritmo constante, com tudo acontecendo no momento certo, e quando estava chegando ao final, essa situação foi jogada muito rapidamente, vindo do nada e acabando na mesma velocidade em que surgiu, e quando você se dá conta o livro acabou. Achei fraco esse desenvolvimento.
Esse livro apresenta uma carga emocional muito alta, não tem como não se sentir tocado com o que aconteceu no passado deles, ou o que o futuro reserva. Também é impossível não se conectar a eles (mesmo que eu não tenha gostado tanto assim dela), e torcer para que tudo se resolvesse de uma forma positiva e que eles pudessem encontrar a felicidade.
A escrita da autora é muito bem feita e fluida, ela soube desenvolver a história de uma maneira magnífica, sem pressa, sem deixar detalhes de lado, e mesmo assim o leitor avança rapidamente na leitura, de tão gostosa que é.
Eu nunca tinha lido nada no estilo Road Trip, mas gostei da experiência, me encantei bastante pela vibe e vou procurar ler mais coisas no estilo mais para frente.
O que posso dizer da capa? Ela é simplesmente maravilhosa e fiquei imensamente feliz em saber que a Suma de Letras tinha escolhido mantê-la. Eu amo fotografias e essa escolhida está simplesmente perfeita, além de ter tudo a ver com a história, já que parece mesmo com a Cam, com seus lindos cabelos loiros, que sempre usa preso em uma trança, na maioria das vezes jogada para o lado, e com fios soldos emoldurando seu rosto. Fora que ela tem um ar meio triste, inclusive pelo jogo de cores preto e branco, o que também tem bastante a ver com alguns momentos da história.
O trabalho da Suma de Letras está muito bem feito, as páginas são amareladas e a fonte não é muito grande, mas é bastante utilizada em muitos livros de diversas editoras, e é confortável para minha leitura. A divisão de capítulos não tem nada de mais, inclusive eles são representados apenas por pequenos números no canto superior esquerdo da página, e as partes que são narradas por Camryn e Andrew são separadas por uma página só com o nome do protagonista da vez.
Outro ponto muito interessante que eu acho que tinha que citar é que achei muito legal da Suma ter feito um trabalho de alta qualidade em tão pouco tempo. Digo isso porque esse livro, em sua versão original, só foi lançado em e-book por enquanto e o lançamento da versão impressa ainda nem aconteceu lá fora.
Entendo os motivos de muitas pessoas amarem esse livro, mas infelizmente eu não fui uma delas. Continuo indicando a leitura, afinal ela foi muito bem escrita e desenvolvida, fora que o romance foi escrito magnificamente, sem pressa e acontecendo gradativamente, e isso conta muitos pontos, porém eu daria 3,5 na nota final, só que aqui no blog não fazemos notas 0,5, então resolvi arredondar para 4 porque acho que se aproxima mais do 4 do que do 3.
Esse livro vai ter uma continuação, só não entendi o motivo, já que ele tem um final. E acho totalmente desnecessário continuar essa história, e mesmo que eu prefira séries, existem títulos que não fazem sentido se alongarem e acho que esse é um deles. Fora que pela sinopse do próximo já até imagino o que vai acontecer e não curti.
Se você busca um romance new adult mais maduro, com personagens bem construídos e com passados emocionantes, gosta de uma história de amor que acontece gradativamente e muito bem escrita, então esse é um livro para você.
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