Marina – Carlos Ruiz Zafón



O livro se passa na década de 1980 na cidade de Barcelona, onde um menino que mora em um internato chamado Óscar, em uma de suas escapadas caba descobrindo uma casa que parecia abandonada pelo tempo. Nela encontra um relógio, que acaba levando consigo. Depois volta a casa e acaba encontrando com Marina que é a moradora casa, devolvendo assim a ela o relógio, o qual não o pertencia e sim ao pai de dela.

Marina, uma jovem simplesmente misteriosa, que mora com seu pai em uma casa que parece inabitável, mas por de trás das paredes esconde um historia e uma verdadeira família.

Óscar e Marina começam a andar juntos pela cidade. Em um de seus passeios acabam indo ao cemitério encontrando uma figura misteriosa e descobrindo segredos que norteiam a cidade da década de 1940.

Óscar começa a cada dia se envolvendo mais e mais com Marina e seu pai, que acabam de certa forma fazendo parte da família que ele nunca teve, pois dificilmente vê seus pais, nem em épocas especiais como o Natal. É estranho pensar em pais que não tem o desejo de passar o natal com o filho, já que Natal tem a essência de família e amigos, está rodeado de quem se ama.

Juntos, montando verdadeiras peças de quebra-cabeças, descobrem o mistério que envolvia a vida de Mijail Kolvenik e da viúva negra a sua esposa. Um homem que gosta de brincar de Deus e dando vida e reconstruindo o que não lhe foi permitido pela vida, achar uma maneira de burlar o tempo, a doença e a morte. Acaba construindo verdadeiros monstros e perdendo o verdadeiro significado da vida.

No livro são mostrados dois lado de uma verdadeira moeda, tudo parte do principio de como a pessoa vai seguir a diante com a vida, um pode se lidar bem aceitando as consequências aproveitando a vida ao máximo, enquanto o outro simplesmente quer burlar o que não pode se ter, construir um jeito de poder viver, além do que lhe é permitido, enquanto isso acaba perdendo realmente a vida e vivendo somente um pesadelo, destruindo também as pessoas que estão ao seu redor.

Um livro que tem realmente de tudo um pouco, terror, drama e romance, o que faz a história a cada página se tornar uma leitura gostosa, conseguindo assim fazer a gente criar os cenários e os personagens em nossas mentes.
 Escrito por Bruna Campos


Luminoso – Riley Bloom #02 – Alyson Noël


Como algumas pessoas já devem saber, “Luminoso” é o segundo volume da série Riley Bloom. Seu primeiro livro, Radiante, já foi resenhado aqui no blog e caso você ainda não tenha lido a resenha e queira conferir, clique AQUI e conheça um pouco mais do primeiro volume desta série.
Como esse livro é uma continuação, pode ocorrer alguns spoilers do primeiro livro (nada do segundo, podem ficar tranquilos).
No livro um conhecemos a Riley (alguns de você já deveriam conhecer por causa da série Os Imortais), que depois de passar dessa para melhor e cruzar a ponte, ela vai para um lugar chamado Aqui e Agora.
Agora ela consegue entender um pouco mais a sua situação, que ela está morta, mas mesmo assim continua aquela menina teimosa que não escuta muito o que seu amigo, conselheiro e guia, Bodhi, diz. Portanto, se metendo sempre em problemas.
A gente consegue entender um pouco as suas atitudes, já que ela não conseguiu nem completar treze anos, tem apenas doze. E como muita menina desta idade, ela já se acha madura, responsável, mas na verdade não é como pensa.
Como no primeiro volume da série ela conseguiu fazer com que o menino Radiante atravessasse a ponte para o Aqui e Agora, deixando de assombrar o castelo Warmington e obtendo, assim, sucesso em sua missão, ela vai poder desfrutar de suas merecidas férias.
Porém tudo não se trata de uma nova missão, onde Riley deverá enfrentar os seus próprios medos para ajudar Rebeca a parar de assombrar a praia de St. John com o seu cachorro, mais conhecido como "Fera Infernal".
Rebeca faz questão de aprisionar e torturar diversas almas pelo que aconteceu com ela e seu pai durante a revolta dos escravos em sua fazenda em 1773. Apesar de aparentar uma menina fofa e meiga ela é realmente malvada e carrega grande raiva e ódio consigo, o que acaba transmitindo para o seu cão, por isso seu apelido de "Fera Infernal".
A história tem várias lições para levarmos para nossa vida como amor e perdão, etc. Eu super recomendo essa série, até porque é uma história muito bonita e fofinha. Apesar da protagonista ser bem novinha, a história é para jovens adultos, ou seja, não é daquele tipo bobinho que as vezes se torna um pouco chato.
A capa é maravilhosa, acho-a muito fofa e representa bem o livro.


O Poder dos Seis – Os Legados de Lorien #02 – Pittacus Lore


“O Poder dos Seis” é a continuação do livro “Eu sou o Número Quatro”, que já teve resenha aqui no blog. Então se você ainda não leu o primeiro livro dessa série, não deixe de conferir a resenha clicando AQUI, pois é um tremendo livro que tenho certeza que muitos vão amar.
Quem ainda não leu o livro “Eu sou o número Quatro”, aconselho a ler antes de ler essa resenha, pois por mais que eu não faça uma resenha com spoiler, já que o “Poder dos Seis” é o segundo livro da série, essa resenha pode conter alguns spoilers do volume um.
No primeiro livro conhecemos a história do número quatro, que após a morte dos três primeiros de sua espécie, é o próximo a ser caçado. Isso porque quando eles saíram de Lorien jogaram um encantamento neles onde eles só podiam ser mortos em ordem enquanto eles estivessem separados.
Como vimos no final do primeiro livro, a número seis o acha e o ajuda a vencer uma batalha contra os mongadorianos.
Agora John (o número quatro), junto de seu amigo Sam, de Bernie Kosar (sua chimӕra que pode mudar de forma), e da número seis, estão juntos atrás dos outros, mas agora eles devem tomar mais cuidados ainda, pois depois da guerra que teve na escola em Ohio ele se torna o procurado número um da polícia e tem até prêmio por sua cabeça.
Enquanto continuamos ver a história de John conhecemos também outra personagem, a número sete que também vira uma das protagonistas deste livro.  Conhecemos um pouco da sua vida e de como ela e a sua cepan passaram fome e necessidades até serem “acolhidas” em Santa Teresa, um convento que também funciona como orfanato.
Lá, Adelina, sua Cepan, acaba esquecendo a causa delas terem vindo para a Terra e não treina Marina. Para falar a verdade ela não quer nem ajudar a número sete em nada, e só fica falando na Bíblia e dos ensinamentos dela.
Quando seus legados aparecem, ela não tem treinamento e sabe que o tempo está passando e que precisa de todas as forças possíveis para derrotar os mongadorianos. Tendo quase certeza que o John, que tanto passa nos noticiários, é um dos seus, ela faz de tudo para convencer Adelina a não esquecer sua missão.
Sonhando com uma garota de cabelos negros e muito poderosa, ela está pronta para enfrentar o seu destino.
O livro é muito bom mesmo, não consegui largar nem por um segundo até conseguir terminar de ler. Sua narrativa é do tipo que prende e como tem sempre coisas novas acontecendo é até difícil conseguir pausar.
Conhecemos duas visões diferentes na história, o que é bem legal para entendermos mais o que se passa além do número quatro.
É bem legal também ver a história e amizade entre o John e o Sam, que mesmo não sendo um lorieno, é fiel ao seu amigo e está junto dele nessa jornada.
Também conhecemos novos personagens fofos e cativantes e no fim do livro ainda descobrimos uma coisa que nem imaginávamos, o que deixa a história ainda mais interessante.
Eu super recomendo esse livro para todos mesmo, já que ele é capaz de alcançar diferentes estilos literários com a sua narrativa maravilhosa. Por isso, mesmo que você ache que ele não faz muito o seu estilo, dê uma chance, pois provavelmente você vai amar.
Eu, particularmente, amei a capa do primeiro volume que foi lançada primeiro (a versão do filme com o Alex). Achei-a muito linda e é desta edição que eu tenho. Mas, como muitos já devem saber, ela não combina com a capa deste exemplar, que é o segundo volume.
Como a Intrínseca está sendo pensando em seus leitores e sabe que tem muita gente que gostaria de ter a versão original da primeira capa, a que combina com o do segundo livro, eles relançaram o “Eu sou o número quatro” com a capa original também.
A capa do “Poder dos Seis” (que no Brasil é igual da versão Americana) é até bonita, mas não me chama muita atenção, porém acho que ela combina com o estilo do livro.
Agora vou ficar aqui torcendo bastante para que essa do segundo volume também vire filme, e que a gente possa ver um pouco mais do Alex interpretando o John no cinema.
 Avaliação



Como falar Dragonês – Cressida Cowell


Como falar Dragonês é o terceiro volume da série Como treinar o seu Dragão, que conta a história de Soluço Spantosicus Strondus III.
Soluço é um grande Herói, um dos maiores – se não o maior – viking de todos os tempos. Mas seus livros contam a história de quando ele ainda era um menino magrinho que tirava notas baixas em seu programa de treinamento de piratas.
Desde que li o primeiro livro da série fiquei tão viciada que não consegui mais parar de ler. Muito fofos, eles sempre passam uma mensagem legal, que nos mostra que nem sempre preciso ser o melhor em tudo para ser um grande herói.
Nessa aventura os jovens vikings estão na aula de como abordar uma mau inimigo, a missão da vez consiste em abordar um barco de pescadores pacíficos e voltar com um objeto para provar que eles realmente cumpriram a tarefa.
A bordo do Papagaio-do-mar Esperançoso, barco construído por Soluço E Perna de Peixe em sua aula de Arquitetura Naval, eles foram para alto mar para cumprir suas obrigações.
Mesmo com o barco capengando, e toda hora entrando mais água, eles se deparam com uma grande embarcação e Perna de Peixe, tão nervoso para acabar logo com isso e poder voltar para casa são e salvo, acaba dando o grande grito de guerra viking para uma embarcação romana cheio de romanos armados.
Claro que nessa hora a confusão se instala no barco. Soluço consegue ouvir o grande plano maligno e acaba perdendo metade do seu precioso caderno de anotações “Como falar Dragonês”, que contêm informações importantíssimas para um melhor entendimento sobre essas criaturas, algumas vezes assustadoras, outras vezes fofas e amigas como Banguela. E para piorar as coisas seu dragão é sequestrado.
O livro mais uma vez consegue prender a atenção do início ao fim, e a história, como sempre, passa uma mensagem bonita.
A amizade é um dos pontos fortes dessa série. E como eu sempre falo, apesar de ser um livro voltado para o público mais infantil, ele é daquele tipo de livro que agrada a todas as idades.
Super recomendo para todo mundo. Amo demais a série “Como treinar seu Dragão”. A narrativa flui de uma forma tão boa que quando a gente se dá conta o livro já acabou e ficamos com um gostinho de quero mais.
Sobre a capa, eu adoro. Ela tem verniz localizado em alguns lugares o que deixa ainda mais legal. 
 Avaliação


Vida Roubada - Jaycee Dugard


O livro é um relato impressionante, pois foi escrito pela própria personagem. Não é um conto, não é uma ficção. É uma história verídica do seqüestro da jovem Jaycee Lee Dugard, que foi raptada com apenas 11 anos de idade quando ela estava indo para a sua escola e foi puxada para dentro do carro de um casal.
Todo sequestro é odioso, ainda mais se tratando de um pedófilo, que contou com a ajuda da própria mulher para realizá-lo. Jaycee sofreu muito, mas sempre guardou em seu coração a esperança de um dia voltar para os seus. Ela viveu por um tempo amarrada, e muito tempo sem ao menos poder colocar seu rosto para fora do quartinho em que vivia. Banheiro nem pensar, suas necessidades eram feitas em um balde. Escovar os dentes? Longe disso.
Realmente acaba doendo no nosso coração ler essa história sem poder ajudar a Jaycee. No livro muitas vezes ela expressa os seus pensamentos, como uma reflexão do que ela pensou na época nos ajudando a entender mais sobre tudo que ela passou.
Ela passou muitos anos se sujeitando a viver igual a um bicho. Fora isso, era obrigada a fazer sexo. Perdeu a virgindade sem ao menos ter menstruado. Jaycee sempre teve medo de tudo, mas seu medo acabou se intensificando. Para completar, teve duas filhas com esse monstro. Foi quando as coisas pareceram que iam começar a “melhorar” para ela.  Mesmo quando saia com a esposa do sequestrador, abaixava a cabeça e tinha medo de ser reconhecida. Era sofrimento em cima de sofrimento. E ela sempre fazia tudo que mandavam, na esperança de um dia ser libertada.
Temos que ser fortes para ler esse livro, pois acabamos sentindo as mesmas emoções que ela sentia. É tudo muito real. E, apesar de tudo pelo qual passou, ela não tinha ódio deles. Só não queria mais vê-los.
Foram 18 anos passando por toda essa luta. O livro realmente toca a gente de um jeito difícil de explicar.
Como esse relato termina, é fácil de deduzir, pois ela acabou escrevendo o livro, então sabemos que sobreviveu. Mas como todo esse caso finalmente chegou ao fim, só lendo para saber.
Essa é uma leitura que vale a pena, desde que você não sofra lendo, tanto quanto eu. Com certeza é um livro que vai ficar na memória por um bom tempo.


Promoção “Adeus Ano velho, Feliz Livro Novo II”


Oi Gente!
O Natal está chegando e com isso o final do ano também. Como é uma época bem festiva, cheia de presentes, e uma época em que a gente agradece por tudo de bom que teve em todo nosso ano, nós, do House of Chick, resolvemos juntar tudo isso fazendo uma promoção BEM legal para vocês, nossos leitores.
Com o desempenho positivo que tivemos no ano passado com a promoção “Adeus Ano velho, Feliz Livro Novo”, e com a ajuda de algumas editoras e alguns autores, resolvemos repetir a dose e fazer uma promoção ainda melhor que aquela.  Um versão 2.0.
Então muito obrigada pela companhia de todos vocês, leitores do House of Chick, que trouxeram para os nossos dias mais alegrias com comentários fofos e que não nos esqueceram. Podem ter certeza que cada um de vocês é muito importante para todas nós.
E que melhor forma de agradecer do que presenteando?
Então chega de papo e vamos aos prêmios.

Quer saber como participar? Clique em Mais informações.


Uma Noite no Chateau Marmont – Lauren Weisberger


“Uma Noite no Chateau Marmont” conta a história do casal Julian e Brooke, que vivem em NY e são cidadãos comuns. Brooke trabalha em dois empregos para ajudar seu marido, que é um músico, a frequentar um estúdio para gravar algumas músicas e assim investir em sua carreira, na qual ela sempre confiou.
Até que um dia seu talento é reconhecido por um executivo da Sony e Julian, aquele homem que tocava em bares para ganhar dinheiro, se torna um astro do rock “da noite para o dia”.
Agora suas vidas começam a mudar radicalmente. Paparazzi começam a ir atrás deles registrando todos os momentos até conseguir, finalmente, emplacar uma foto reveladora que foi tirada em uma noite no Chateau Marmont, e que pode fazer com que o relacionamento dos dois mude drasticamente, assim como suas vidas mudaram.
Quando peguei esse livro para ler, tinha boas expectativas, mas também estava meio receosa. Vou explicar o motivo. De todos os livros de Lauren, eu já havia lido O diabo veste Prada, e adorei (assim como adorei o filme), apesar de já ter lido há alguns anos, então não lembro muito da história (só do filme, mas como sempre há diferenças), esse era o motivo das minhas boas expectativas. Mas li alguns chick-lits adultos ultimamente que, mesmo com as expectativas altas, acabaram me decepcionando, então esse era o motivo do meu receio ao começar a lê-lo.
Mas posso afirmar que eu simplesmente amei! Acho que a história ficou bem próxima de algo real. Lauren soube passar sentimentos e situações que poderiam ocorrer com qualquer pessoa que tivesse sua vida virada como um ângulo de 180° devido a descoberta do talento de seu marido – que ela sempre soube que existia – e a consequente recente fama.
Outra coisa que achei legal é que geralmente os livros contam a história da pessoa que conquistou a fama, que teve a sua vida mudada porque conquistou algo, e não o lado da pessoa que está ali apenas apoiando. E nesse livro é exatamente sobre essa pessoa que lemos: é sobre a mulher que era apenas uma pessoa normal com empregos normais e com uma vida que não tinha nada de interessante para as mídias, e que de repente é fotografada até em frente à sua própria casa, e tem seu casamento e até o que ela compra no supermercado estampado em todas as revistas de fofocas nacionais.
E também há muitos chick-lits que contam sobre a garota que é solteira com quase trinta anos – ou com um pouco mais de trinta – que não consegue se firmar em um relacionamento sério enquanto todas as suas outras amigas estão se comprometendo, casando e tendo filhos – na verdade existe uma personagem com essas características nesse livro, a Nola, melhor amiga de Brooke. Mas, nesse caso, conhecemos a história de Brooke e Julian, um casal apaixonado e casado há alguns anos e que ainda não teve filhos apenas por opção, mas que não enfrenta problemas no relacionamento e que se amam e se respeitam acima de tudo.
Muitas vezes durante a leitura fiquei com raiva de Julian, querendo entrar na história para apoiar Brooke e querendo que ela xingasse e falasse boas verdades a ele. Porque ele a fez sofrer diversas vezes, além de diversos sacrifícios que ela fez em nome do seu amor, enquanto ele estava aproveitando a boa vida que o sucesso lhe trouxe.
O final é compensador, é tão real. Um amor quase palpável e muito bonito de se ver. Aquele amor que supera barreiras e segue em frente, porque a vida de uma pessoa está ligada à da outra, mesmo com tudo que pode acontecer ao redor. Foi apaixonante, e eu simplesmente amei.
Esse livro é em terceira pessoa e geralmente eu prefiro os escritos em primeira pessoa, mas dessa vez preciso concordar que dessa maneira ficou melhor. Ter uma certa distância do que Brooke pensa pode ter sido compensador, pois talvez pudesse ficar chato e maçante ter que ler os pensamentos dela a respeito de tudo o que passou a acontecer em sua vida.
Gosto muito da capa, é simples e linda ao mesmo tempo, além de seguir o padrão da maioria dos livros de Lauren Weisberger. A diagramação é normal, não há nada de diferente, e as páginas, infelizmente, são brancas.
Eu recomendo esse livro, principalmente para quem gosta de um bom chick-lit, mesmo sem muitas cenas cômicas, mas com ótimos personagens e uma trama cativante.
Avaliação



Footloose – Rudy Josephs


Footloose trás a história de Ren McCormack, um garoto de apenas 17 anos, que após sofrer um trauma – devido à doença de sua mãe – vai morar com seus tios e suas priminhas na cidade de Bomont. Ren ama a música e a dança. Sempre amou.
Mas, ao chegar à cidade, descobre que ambas são proibidas. Ouvir música em volume alto, ou se unir aos amigos para dançar, trazem graves consequências a quem praticou, já que são consideradas crime.
Tudo por causa de um acidente que ocorreu anos atrás, que vitimou alguns adolescentes. Entre eles o irmão mais velho de Ariel, a filha do reverendo Shaw, um dos grandes responsáveis pela elaboração e execução dessas leias, já que ele é, também, parte do Conselho Municipal de Bomont.
Ao chegar, Ren acaba infringindo uma das leis, pois não sabia da existência da mesma, e consequentemente é discriminado pela maioria da população da cidade, que o julga sem realmente o conhecerem.
Agora Ren precisa provar a todos quem ele realmente é, e o que realmente importa na vida. Precisa mostrar que a música e a dança não foram as responsáveis pela perda daqueles jovens, e que dançar deve nos passar uma sensação boa e prazerosa, algo desejável e não reprimido. E isso nos faz perceber como uma pessoa pode fazer o bem e acabar mudando a vida de uma cidade inteira para melhor.
Quando a capa de Footloose foi divulgada eu não conhecia o livro, nem sabia do que se tratava (só sabia que já havia escutado o nome, mas não conseguia ligar ao que), mas fui logo conferir a sinopse e achei bem interessante, até porque eu adoro dança! Aí busquei o trailer do filme e simplesmente adorei. Precisava lê-lo!
Footloose é ótimo e definitivamente é um livro cativante. Muito bem escrito e desenvolvido. Admiro a capacidade de uma pessoa de transformar um roteiro de um filme em um livro, e ainda trazer as emoções às paginas da leitura. E acho que Rudy foi muito feliz em seu trabalho, pois o livro passou uma ideia de real. Mas, para mim, faltou algo para se tornar perfeito. Infelizmente não sei dizer para vocês exatamente o que é, mas não tive aquela sensação de pensar, após a leitura, “OMG! Que livro perfeito!”
Se você acha, pela capa ou pela sinopse que é um livro bobo, não é. Há questões e problemas intensos rodeando a trama, que tem como pano de fundo a dança, ou melhor, a proibição dela e a vontade de fazer com que isso mude.
Eu gostei bastante de Ren, achei ele bem maduro e uma boa pessoa, mesmo depois de ter passado por tudo o que passou. Admirei o personagem. E adorei suas priminhas fofas! De Ariel (eu sou a única que sempre que ouço/leio esse nome lembro da Pequena Sereia? Hahaha), eu gostei, mas não adorei. Tudo bem que a gente entende que, com tudo o que ela passou, a forma como ela age é só um jeito de extravasar tudo, sendo rebelde. Mas passei a gostar mais dela quando passou a se envolver com o Ren, é nessas horas que vemos que uma pessoa pode influenciar outra de forma positiva.
Ainda não vi o filme, nem a versão nova e nem a velha (#shameonme), então não posso compará-lo aqui na resenha, mas como o livro que é baseado no roteiro do filme e não o contrário, acredito que deve ser mais fiel ao filme do que geralmente é.
Achei a capa linda! Foi uma ótima escolha de cena, a foto e a fonte combinam perfeitamente com a essência do livro, adorei! A diagramação é comum, não tem nada demais, mas as páginas são amarelas, o que é um ponto positivo.
Com personagens carismáticos, uma trama envolvente e uma narrativa fluida, Footloose é ótimo e super recomendo a todos.
 Avaliação