Os Maias - Eça de Queirós

Todos os livros da Zahar são completamente lindos e despertam nossos desejos só de olharmos para eles com suas edições maravilhosas, muitas vezes de capa dura (como a deste exemplar), e sendo diversos deles comentados e ilustrados, sempre com histórias incríveis. Então posso afirmar com toda certeza que sou uma viciada nesta editora, que publica esses volumes maravilhosos pensando totalmente em nós, leitores.
Desta vez o clássico lido por mim foi “Os Maias”, e você provavelmente já deve ter escutado sobre ele alguma vez na vida, seja pelo livro ou pela minissérie homônima que foi transmitida na Rede Globo há muitos anos atrás. Neste volume, conhecemos a história das três gerações da família Maia, então somos transportados para 1875, onde vemos Afonso Maia, um rico e nobre proprietário que se instala no Ramalhete, como é conhecida a mansão da família. Ele tem um filho chamado Pedro, que teve uma educação bastante religiosa.
Vemos que Pedro da Maia se apaixona por Maria Monforte, uma mulher que seu pai não gostava e com a qual ele era contra o casamento. Pedro foge de casa e vai viver com Maria, que lhe dá um casal de filhos. Só que o que ele nunca poderia imaginar é que sua esposa o largaria para viver com outro homem, um príncipe que ela conheceu, levando consigo a sua filha, e deixando apenas o seu pequeno.


Pedro acaba voltando para Ramalhete e fazendo as pazes com o pai, mas ele não consegue viver com o fato de ter sido traído e, por isso, acaba dando um tiro em sua cabeça, morrendo e deixando o seu filho, Carlos, para ser criado pelo avô, que lhe dá uma educação bem rigorosa, no estilo britânico, diferente da educação de seu pai, que era no estilo português.


Carlos acaba se tornando médico, e, ao conhecer uma mulher chamada Maria Eduarda, que era suspeita de ser a mulher do brasileiro Castro Gomes, acaba ficando apaixonado, tentando conseguir a atenção dela. Certo dia, conseguiu a atenção desta mulher, com quem começou a ter um caso e passou a encontrá-la em uma casa que ele havia alugado. Não demorou muito para que as pessoas descobrissem, mas de uma forma que eles acabaram podendo ficar juntos. O que ninguém nunca poderia imaginar é que um indivíduo ia trazer uma notícia que iria mudar completamente o futuro da relação desse casal.
Gostei bastante da escrita de Eça de Queirós, que eu ainda não conhecia, pois ela é inteligente e bem construída, e nos apresenta de forma rica e envolvente esta história que consegue prender a gente a cada virada de página. Narrando as três gerações da família Maia, mas com o foco no Carlos, este é um livro cheio de amor, ódio, traições, descobertas, suicídio, entre outras coisas que deixam a trama ainda mais interessante.
O enredo foi muito bem construído, mesmo que em certos momentos a trama tenha ganhado uma característica mais arrastada porque o foco muda e algumas das cenas apresentadas passam a ser mais maçantes.


“Os Maias” aborda assuntos polêmicos e critica a sociedade da época, com seus problemas sociais e políticos, entre outros. É, também, uma obra demasiadamente descritiva, o que incomoda algumas pessoas, pois deixa a narrativa um pouco mais lenta, mas este fato não atrapalha a minha leitura em nenhum momento, eu até mesmo gosto das descrições, pois sinto como se eu pudesse visualizar melhor tudo o que o autor quis me passar.

Gosto extremamente desta capa, que é simplesmente divina, assim como a folha de guarda com um padrão de azulejos portugueses, ambas produzidas pela empresa Babilonia, grande responsável pelos projetos gráficos dos títulos publicados pela coleção Clássicos Zahar. O miolo da obra apresenta diversas ilustrações inéditas de Wladimir Alves de Souza, retratando cenas e personagens da história.

Provavelmente todos já devem saber que Eça de Queirós é um autor português, e, para quem não tinha conhecimento, esta edição inaugura as obras-primas portuguesas nesta maravilhosa coleção, Clássicos Zahar. Além do texto integral, encontramos neste exemplar uma parte com a cronologia da vida e obra do escritor, um posfácio de Monica Figueiredo, e um anexo sobre o Clube de Eça e as gravuras de Wladimir. Por ser comentada, encontramos também muitas notas históricas e literárias, escritas pela dupla Aluizio Leite e Monica Figueiredo.


“Os Maias” é uma leitura válida para todas as pessoas que gostam de uma excelente história, sendo ela um clássico sobre as três gerações de uma importante família no fim do século XIX, e como suas atitudes e decisões regraram a suas vidas. Uma família cheia de altos e baixos, que nos apresenta a um retrato da burguesia da época. Um livro cheio de intrigas, conflitos, tensões, paixões, traições, tragédias, amor, que nos faz não conseguir parar de ler nem por um minuto. Recomendo demais!
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Descobrindo a Pronúncia do Inglês - Camilla Dixo Lieff, Elizabeth M. Pow e Zaina Abdalla Nunes

Se tem algo que eu tenho dificuldade de fazer é pronunciar certas palavras em inglês, principalmente aquelas que têm o –Th, como Thing, Three, etc. Com isso, estou sempre buscando novas formas de aprender a fazer o som correto na hora da conversação. Como ainda não tenho um nível tão avançado de inglês, estou estudando para melhorar em todos os aspectos.
Um dos grandes problemas ao aprendermos uma língua tão diferente de nossa materna é justamente a diversidade entre as características fonéticas que cada uma apresenta, o que pode afetar completamente o discurso oral e a compreensão acabará saindo prejudicada, muitas vezes levando ao ouvinte um significado completamente diferente do que realmente gostaria de ser dito pelo falante, ou até mesmo um entendimento errado pelo receptor do que foi dito corretamente pelo emissor.
E é por isso que eu precisava vir indicar uma leitura perfeita para todos que também têm dificuldades com pronúncias gerais da língua universal, sendo estudantes atuais de inglês, aqueles que já estão em níveis avançados ou até mesmo quem já sabe muito sobre a língua, mas ainda tem dificuldades com a forma de pronunciar determinadas palavras. Porque, afinal, até em português, nossa língua materna, a gente de vez em quando se depara com uma palavra de difícil pronunciação, por que não passaríamos por algo igual ou até pior com uma língua “nova”?

“Descobrindo a Pronúncia do Inglês” foi escrito e preparado por três profissionais conceituadas da área, as professoras-pesquisadoras Camilla Dixo Lieff, Elizabeth M. Pow e Zaina Abdalla Nunes, e publicado pela WMF Martins Fontes. Esta obra serve como apoio e guia para estudantes do inglês que querem aperfeiçoar a comunicação oral, principalmente os que apresentam dificuldades com a mesma, visto que a forma de pronunciar determinados sons desta língua estrangeira não existe em nosso português. Portanto, este exemplar nos auxilia a desenvolver formas de “superar esta limitação e criar novas categorias de sons”.

O livro é dividido em três partes: a primeira, que é a menor de todas, nos faz perceber e refletir sobre algumas diferenças mais notáveis entre os falantes da língua inglesa e do português, para percebermos os erros ou desvios que podem dificultar o entendimento do discurso. A segunda, dividida em oito unidades, nos ajuda a entender estas diferenças nas palavras soltas, assim como aprender a utilizá-las da maneira correta em inglês, por mais diferente que alguns sons sejam de nossa língua materna. A terceira e última parte, com quatro unidades, foca no contexto do discurso de forma mais completa, com a pronúncia correta na formação de frases. Além disso, há uma parte com as respostas dos exercícios e três apêndices muito úteis.

Mesmo contando com diversas explicações, este é um livro com muitas atividades, visto que todas as páginas e tópicos são acompanhados de exercícios, o que torna o exemplar ainda mais especial, pois não adianta entendermos como se fala só na teoria se não aplicarmos na prática e testarmos nossos conhecimentos com quem entende do assunto, não é mesmo?

Para um resultado ainda mais notável, a edição vem acompanhada de dois CDs de áudio, que nos permitem ouvir a forma correta de cada palavra ou a identificar algum erro presente na pronúncia do locutor, o que eu achei perfeito, já que não teria como aprendermos corretamente a forma de falar sem ouvir as palavras e frases.


Com explicações diretas e fáceis, esta obra é essencial para todos os estudantes de inglês que gostariam de aperfeiçoar o discurso oral, tanto para melhorar a compreensão da língua quanto para produção do discurso sem dificuldades ou problemas. Vale realmente muito a pena ler, ouvir e realizar os exercícios desta obra magnificamente preparada por estas três profissionais admiráveis, e eu não poderia deixar de recomendá-la aqui no blog.

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As Herdeiras Tomam o Palco - As Herdeiras #03 - Joanna Philbin

Desde que li o primeiro livro desta série, “As Herdeiras” (clique no título para ler a resenha), fiquei encantada com a narrativa leve e fluida da autora, que consegue nos conquistar em todo momento. Joanna Philbin fez um excelente trabalho ao dar voz a essas três meninas em uma história juvenil muito divertida sobre as filhas das celebridades.
Nos volumes anteriores, conhecemos um pouco mais da história de Lizzie e Carina, já que em cada volume acompanhamos o foco em uma das três meninas. Agora o ponto de vista principal é de Hudson Jones, a herdeira que é uma ótima pianista e cantora, e filha da popstar Holla Jones, uma mulher perfeccionista que é conhecida em todos os continentes pela sua música. Só que ela consegue ser bem controladora com a filha e acaba querendo que a mesma siga a carreira da sua forma. Ou seja, ela quer transformar a garota em algo que não é, e, para isso, acaba mexendo em todo o seu primeiro álbum, mudando-o completamente.
Na verdade, Holla quer fazer com que a carreira da menina seja parecida com a dela, fazendo com que nossa protagonista se sinta cada vez mais amuada em relação à mãe, e não conseguindo expressar os seus sentimentos. Porém, para a sua sorte, ela tem sempre o apoio de suas duas amigas, que não vão deixá-la sozinha nessas horas.
Este volume começa no mesmo local que o anterior terminou, o que é bem legal, já que, assim, dá uma continuação direta para a história, mas focando em uma personagem diferente. Gosto bastante dessa narrativa, que é rápida e gostosa, e traz de uma forma bem adorável a vida dessas três amigas, que são muito unidas e que enfrentam várias coisas por serem filhas de pessoas ricas, famosas e influentes, mostrando todo o drama que essas jovens passam.
Os personagens são ótimos, cada qual com a sua própria personalidade, e gostei bastante de conhecer o lado de Hudson que eu não conhecia, como o fato de ela gostar de astrologia. Foi bem legal acompanhar o seu crescimento, que já começava desde os volumes anteriores, além de ver sua relação com a mãe mais de perto.
Seguindo o padrão de ilustrações com traços simples e meigos, esta capa remete às demais da série, fazendo com que o leitor consiga associá-las com facilidade. Cada volume possui detalhes em uma cor, que neste caso é o lilás, mas no primeiro é vermelha e no segundo, verde, então a lombada, por exemplo, está nesta cor, e eles ficam lindos juntos na estante. A diagramação interna é confortável para uma leitura agradável.
Esta série possui quatro volumes, todos já publicados lá fora há algum tempo. No Brasil já chegaram os três primeiros, mas ainda não há previsão de quando o último será traduzido, o que eu acredito que não vai demorar muito para acontecer. E confesso que gosto muito mais do projeto gráfico daqui do que de lá, então fico contente que a Galera Record tenha optado por desenvolver o seu próprio.
Recomendo esta série para todo leitor que goste de uma história infantojuvenil deliciosa, que traz a vida de três jovens que são muito amigas e também filhas de pais famosos e recheados de dinheiro, além de serem cheios de expectativas. Este é um volume que aborda sentimentos, dramas, amizade, momentos engraçados, entre outros, de uma maneira leve e com uma linguagem fácil e delicada, trazendo uma história incrível para o leitor.
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O Livro da Loucura e das Curas - Regina O'Melveny

Fazem alguns anos que minha maior frustração é não ter condições financeiras para viajar, meu sonho é pelo menos conhecer alguns cantinhos da Europa, e inalar o conhecimento que transborda por aqueles cantos. Enquanto isso não acontece aproveito as oportunidades que os livros me proporcionam, e poder conhecer um pouquinho estes lugares através de narrativas é bastante rico. Meu passaporte desta vez foi carimbado pelo livro O Livro da Loucura e das Curas, escrito pela autora Regina O'Melveny, e publicado pela Novo Conceito.

Estamos no século XVI, em Veneza na Itália, a médica Gabriella Mondini é uma mulher a frente de seu tempo, além de desafiar a sociedade para exercer sua profissão esconde também seus pequenos dons de cura. Depois que seu pai partiu ela se vê impedida de continuar fazendo o que gosta, e quando seu pai anuncia que não voltará mais, Gabriella resolve seguir a trilha deixada por ele em suas cartas e encontrá-lo a todo custo, mas será que ela será capaz de enfrentar os segredos que lhe esperam?

Gabriella é uma personagem densa, rica em detalhes e história. Seu conhecimento médico, psicológico e holístico é bastante abrangente e nos envolve em seu conhecimento que muitas vezes beira a loucura. A grande mágica da personagem é justamente esse limiar entre a sanidade e a loucura que ela vive transitando diante do desafio que se impôs.  Conhecer a verdade sobre seu pai muitas vezes se revela como conhecer a si própria, e a busca que ela acreditar ser sobre seu paradeiro muitas vezes acaba sendo uma viagem dentro de si mesma.

Sua busca pelo pai transcende quando ela percebe que busca por um ser que nunca existiu. Suas reflexões sobre a vida e sua relação com a família são bastante interessantes, tanto quanto os trechos transcritos do seu livro de doenças onde ela descreve doenças variadas ( este livro é um projeto que ela tinha com o pai e fonte de sua força). A beleza destes relatos se dá no fato das doenças serem pautadas por coisas como a lua, o estado de humor e outras características que nos dias de hoje seriam vistas como ilógicas. Embora ela seja descrita como médica na verdade ela trabalha também com magia natural, através de ervas e intuições, ela era uma curandeira.

Seus companheiros de viagem são seu empregados próximos, Lorenzo e sua esposa Olmina, ambos tem como traço uma personalidade que ora age pela lógica e conhecimento comum, ora pela superstição e conhecimento do oculto. São extremamente dedicados e fiéis a Gabriella, e cuidam da mesma como uma filha, a filha que perderam. São como uma âncora que prende a médica a realidade, ao mesmo tempo que são capazes de alimentar suas loucuras.

Ao longo de sua viagem ela passa pela Alemanha, Holanda, Escócia, Inglaterra, França, Espanha e por fim Marrocos, nos presenteando com cenários variados com culturas e detalhes que fazem da narrativa um relato rico e dinâmico feito em primeira pessoa. O'Melveny explora as características da época como a inquisição e o nascimento dos primeiros raios de razão com bastante habilidade, nos permitindo ter as sensações que a personagem tem a cada cidade que viaja.

O Livro da Loucura e das Curas é como um quadro de Van Gogh, parece retratar a realidade, mas na verdade fala de uma verdade que se esconde nas pequenas coisas e que é transcrita com olhos muito mais abrangentes. É um livro que nos faz viajar, conhecer e sair da normalidade. É bom como uma taça de sorvete gelado no verão, sem esquecermos das calorias. É um lembrete da dualidade, da loucura e da verdade, nos deixando a reflexão sobre o quando afinal estamos deixando a realidade para entrar em um sonho só nosso?!

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Últimos Lançamentos – Editora Aleph


Oii, gente! Como vocês estão? Hoje o post é bem especial porque trouxemos os últimos lançamentos da Editora Aleph para vocês conferirem. Tem muita coisa ótima sendo lançada e nem sabemos por onde começara a desejar! Hahaha E vocês, gostaram de quais? :D

Star Wars: Academia Jedi - Star Wars: Academia Jedi #01 - Jeffrey Brown (Skoob)
O jovem Roan Novachez está ansioso! Agora que terminou a escola primária, tudo o que ele deseja é se juntar aos amigos na Academia de Pilotos. Mas seus planos vão por água abaixo quando ele descobre que foi rejeitado por essa escola e convidado a participar da “Academia Jedi”. Agora, sob a tutela do mestre Yoda e cercado por aliens, robôs e outros Jedi, Roan vai enfrentar todos os desafios comuns à idade, além de aprender diversas lições importantes, como utilizar a força, duelar com seu sabre de luz e o mais difícil: dançar com uma garota.
Star Wars: Tarkin - James Luceno (Skoob)
Após o golpe que deu fim à Ordem dos Cavaleiros Jedi, com os tempos da Velha República cada vez mais no passado, Wilhuff Tarkin é um oficial de confiança em um Império ainda jovem, e sua atual tarefa é gerir a construção de um empreendimento decisivo nos planos da nova ordem: a estação espacial conhecida como Estrela da Morte. A mando do próprio Imperador, o oficial divide com o perturbador Darth Vader a liderança de uma força-tarefa dedicada a encontrar e deter os responsáveis pelo atentado.


O Primeiro Marido - Laura Dave

Eu já havia lido “A Festa de Divórcio”, o outro livro desta autora publicado no país pela Bertrand Brasil e gostei bastante da história. Vocês podem conferir a resenha clicando AQUI. Após passar ótimos momentos com a narrativa ágil e engraçada de Laura Dave, fiquei torcendo para que outro de seus exemplares fosse publicado, e assim ter a chance de conhecer uma nova história escrita por ela.
Isso tudo porque quando gosto da narrativa de uma autora eu facilmente quero ler outros livros escritos pela mesma, então, sempre que possível, faço isso. Para a minha sorte, a editora acabou de lançar (tem pouquíssimo tempo) “O Primeiro Marido”, o segundo livro dela publicado aqui no Brasil de quatro já lançados lá fora (espero que os outros também sejam traduzidos para o português). Por isso fui correndo começar a minha leitura e agora venho compartilhar com vocês todas as minhas opiniões.
Neste volume conhecemos a história de Annie Adams, uma jornalista que viaja pelo mundo para escrever a sua coluna de viagens e tem uma vida perfeita, já que tem um emprego maravilhoso que a leva a lugares incríveis, uma existência boa e um namorado de cinco anos que é cineasta. Quando Nick, seu namorado, resolve terminar com ela, nossa protagonista se vê em um momento bem difícil, já que ela fica bastante triste, indo desabar com a sua melhor amiga, Jordan, que por acaso é irmã do Nick. Mas, depois de um tempo, ela resolve sair e é neste momento que conhece Griffin, um chef de cozinha bem atencioso, que consegue ser o oposto de Nick em diversas maneiras.
Logo eles começam um romance que, em pouco tempo, acaba gerando um compromisso mais sério e vemos que Annie acaba se casando, sem nem conhecer assim tão bem o seu marido, e se muda para uma pequena cidade sem conhecer ninguém também. Vários contratempos surgem em seu caminho, já que Griffin está prestes a inaugurar um novo restaurante e precisa dela mais do que nunca, sua sogra parece que a odeia, sua melhor amiga, Jordan, parece não concordar com a maneira que ela está conduzindo sua nova realidade, seu cunhado está indo passar um tempo na casa deles, entre outras coisas que acabam deixando a vida de Annie de cabeça para baixo.
E tudo parece ficar ainda mais complicado quando Nick, seu ex-namorado, resolve aparecer na sua vida, querendo uma nova chance. Agora, nossa protagonista se vê entre seu casamento e seu antigo amor, com que ela pensava em se casar.
Este é daquele tipo de chick-lit que nos prende desde o primeiro instante com uma leitura rápida e gostosa, cheia de altos e baixos na vida de nossa protagonista, que passa por diversas situações. Este é um romance que nos faz refletir sobre a vida, nossos erros, acertos, etc.
O livro é narrado em primeira pessoa, o que eu acho bem legal já que, assim, ficamos sabendo um pouco mais sobre os pensamentos de nossa protagonista e tudo o que ela está sentindo em determinados momentos. Os personagens são ótimos, cada um com seu estilo, e conseguem envolver a gente cada qual de sua maneira, nos fazendo torcer, se irritar, ficar feliz, ou seja, sentir diversas emoções.
Esta capa é simples e bonita ao mesmo tempo e já passa a ideia de um romance mais leve. A edição impressa conta com verniz localizado nos corações no fundo e o título está em alto-relevo. A diagramação interna é simples, com fonte em um tamanho grande e bons espaçamentos entre palavras e parágrafos para uma leitura bem confortável, além de contar com páginas amarelas.
Esta é uma leitura fácil, rápida e bastante gostosa com uma narrativa bem envolvente. Se você, assim como eu, gosta de um adorável chick-lit, que traz uma narrativa leve e descontraída, com um pano de fundo delicioso e um romance fofo, não pode deixar de ler este volume, pois nele você encontra todas essas particularidades em uma história incrível que vai prender você do início ao fim, e te fazer ficar com um gostinho de quero mais.
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No Coração da Floresta - Emily Murdoch

A primeira coisa que me chamou bastante atenção neste livro foi a belíssima capa, já que ela despertou instantaneamente a minha curiosidade assim que bati meus olhos em um exemplar na Saraiva da minha cidade. Quando li a sinopse, sai de lá com a certeza de que queria começar esta leitura, já que ela me agradou bastante. Outro ponto positivo (que muitos de vocês vão achar besteira) é que “fui com a cara” da autora, que colocou sua foto com o seu cachorrinho. Achei isso tão fofo.
Bom, fofuras à parte, vamos ao que interessa. “No coração da Floresta” traz a história de Carey, uma menina de 15 anos que não teve uma vida nada fácil, isso porque sua mãe, Joelle, uma viciada em drogas e mentalmente instável, levou ela e sua irmã Jenessa para um parque nacional quando ainda eram crianças. E, ao invés de estar sempre com as duas, ela constantemente acaba sumindo durante dias, deixando-as sozinhas nesta floresta, fazendo com que Carey cuide da sua irmã mais nova desde que esta nasceu. Além disso, ambas vivem na miséria, quase sem comida, sem roupas limpas, sem água encanada, ou seja, em uma situação bem ruim.
Certo dia, um homem junto com uma mulher, aparece no trailer das duas irmãs, chamando pelos nomes delas. O que é muito estranho, já que as garotas nunca recebem visitas e raramente veem outras pessoas. Este homem chega com uma carta na mão escrita pela mãe das meninas, dizendo que não tinha mais como criá-las e agora as duas vão morar com ele. Nossa protagonista o reconhece, mas fica quieta. Ambas, então, se veem inseridas em uma nova vida, onde tem roupas limpas, uma casa, comida e até mesmo amor. Muito melhor do que elas poderiam imaginar, só que Carey guarda consigo um grande segredo, algo terrível que aconteceu na floresta, que fez com que sua irmã não conseguisse mais falar, e que faz com que ela fique com medo de que, caso alguém descubra, percam esta nova vida.
Com esta sinopse e a chamada presente na capa, “Duas irmãs e um segredo. O que acontece na floresta fica na floresta”, era impossível eu não querer ler esta obra o quanto antes, porque fiquei realmente muito curiosa a respeito deste segredo, ao mesmo tempo em que me senti bastante apreensiva.
Depois de fechar a última página, posso afirmar com certeza que este é daquele tipo de livro que mexe com nossos sentimentos desde o comecinho da leitura. Nossa protagonista é uma menina forte e corajosa, que já passou por tantas coisas na vida, que a deixou com uma grande marca para sempre. Uma menina que ama sua irmã incondicionalmente e que sempre fez de tudo para conseguir dar uma vida um pouco melhor para ela. Uma garota que já sofreu todos os tipos de abuso, mas que encontrava forças para acordar no dia seguinte.
A obra apresenta uma narrativa rápida, fluida, chocante, que nos emociona e nos prende ao mesmo tempo em todas as páginas até chegarmos ao fim. Este foi o primeiro livro escrito pela autora Emily Murdoch, e ela conseguiu construir uma trama excepcional, cheia de mistérios, dor, esperança, etc.
A Agir Now está realmente arrasando com o trabalho gráfico dos títulos maravilhosos que estão publicando no Brasil e desta vez não foi diferente. Gosto bastante do jogo de cores utilizado na capa, que tem a ver com o conteúdo, da tipografia escolhida para o título, e a edição impressa ainda apresenta verniz localizado na silhueta ilustrada. A diagramação interna também foi muito bem feita, todo início de capítulo apresenta uma faixa com uma imagem de floresta no topo, que às vezes também se estende para a página anterior. O exemplar é dividido em partes e, no começo de cada uma, há duas folhas cinza com uma citação em letras brancas. A fonte e os espaçamentos do texto, assim como as páginas amarelas, fazem com que a leitura seja uma experiência bem confortável.
Recomendo muito este volume para todo mundo que goste de um livro emocionante, que vai te fazer chorar várias vezes, pois ele toca a gente no fundo da alma, com a história de duas meninas que sofreram tanto na vida. É uma história comovente, que mistura esperança, conflitos, abusos, tudo isso em uma narrativa arrebatadora. Ele realmente vale a pena ser lido, pois com certeza vai te conquistar.
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Lançamentos - Editora Shoba

Suilad!!!

Confiram os últimos lançamentos da nossa queria editora parceira, a Editora Schoba:

Anjo Mau  - Milton Tiutiunic

Sinopse:
Mesclando o fictício ao real, esta história cria uma nova realidade sobre Hitler e sobre como e porquê ele fez o que fez.
“A lua era cheia. A data, 21 abril de 1937. Sexta-feira.
E o homem chegou ao seus domínios com a sua presa.
— Que farei agora? — perguntou ao anjo mau.
E respondeu o anjo mau:
— Degole o ser impuro!
E, com uma espada afiada, o homem degolou a criança e bebeu de seu sangue. Derramou o restante do líquido vermelho sobre uma banheira e deitou-se sobre ela.
Então, o anjo mau, com nostalgia, pôs a mão na cabeça do homem e disse:
— Amaldiçoo-o com todo mal possível.
E completou ainda o anjo:
— Teu nome agora será Hitler.”

Autor:

Milton Tiutiunic Lopes nasceu em Sorocaba, descendente de uma família da Croácia. Sob forte influência de autores como Erick Von DaniKen, Paulo Coelho e M.C. Pereda, segue a obra com o intuito literário que mescla o fictício ao real. É médico de formação e em sua primeira obra literária descreve do cotidiano ao surreal.

Estamos Aqui: Histórias das vítimas de conflito no leste africano -Jéssica Paula

Sinopse:
No ano de 2013, Jéssica Paula embarcou rumo à desconhecida realidade das vítimas de conflito na região da Etiópia, Sudão, Sudão do Sul e Uganda. Deficiente física, Jéssica realizou a viagem sozinha.
Com uma trama às vezes cômica, às vezes emocionante, a autora conta histórias de vida das pessoas que encontrou durante a viagem, e os desafios para chegar até alguns dos lugares mais remotos que a literatura real já conheceu.
Jéssica esteve em campos de refugiados na Etiópia. No Sudão, sob 52 graus de temperatura, ela chegou a ser expulsa de um estado em conflito em que a presença de estrangeiros é proibida.
No Sudão do Sul, conheceu crianças soldados. Sem saneamento básico nem energia elétrica, Jéssica teve de se virar para adaptar as condições físicas à estrutura do local.
A obra também traz relatos de pessoas sequestradas para trabalhar na milícia de Joseph Kony, um dos 10 mais procurados do mundo.
No fim da viagem, Jéssica ainda contraiu malária. Mas voltou sã e salva pra contar, para o resto mundo, que eles estão lá.

Autora:

Nascida em Rio Verde, interior de Goiás, Jéssica Paula é jornalista formada na Universidade de Brasília. Estudou reportagem especial e documentário em Madri. Em 2011 realizou ensaios fotográficos sobre etnias indígenas no interior brasileiro. Na Espanha, em 2012, publicou reportagem especial sobre a vida de ciganos romenos na periferia de Madri. Andou por mais de 23 países em busca de histórias. Foi repórter no jornal Correio Braziliense e na TV Brasília. Hoje, atua como jornalista independente e continua em busca de boas histórias ao redor do mundo. 


O poder da justiça - Rafael Lando Lau

Sinopse:
O poder da justiça é, no fundo, a força e a esperança que as ações justas revelam na vida das pessoas quando elas dão a cada um aquilo que é seu por direito. A justiça realiza imensos benefícios e vantagens nas vidas dos seus destinatários e até dos autores das ações justas, inclusive, toda a sociedade. Ora, o que acontece, por exemplo, quando o devedor paga ao credor aquilo que deve e tem por direito?
A resposta a essa questão remete-nos, novamente, às posições ativa e passiva da ação justa. Pois, quando justamente cumprimos com o devido, o maior beneficiário é a sociedade que se nutre de grande harmonia pela boa conduta dos seus filhos.
Logo, o maior objetivo que seja relevante quanto ao benefício referente à prática de ações justas é o constante alcance da harmonia social e a manutenção dos valores positivos da sociedade. Mas para que se verifiquem os demais benefícios das ações justas nas esferas jurídicas individuais dos titulares ativo e passivo de uma relação justa, é necessário que cada pessoa tenha consciência das alterações que podem causar aquilo que cada um dá ou recebe, uma vez que nenhum injusto pode cobrar justiça a ninguém que não comece por si mesmo. E tais benefícios vão desde o reforço pela confiança recíproca, da satisfação presente e futura da boa imagem das pessoas por uma prestação passada (o elemento da ação justa resolveu um problema no passado, mas atuante no presente e no futuro). Aliás, quem não gostaria de ser bem dito pelo seu povo?
Quando se faz justiça, no sentido de dar ou receber aquilo que é seu por direito, mas na perspectiva de uma atribuição negativa, também pode-se ter muitos prejuízos nas esferas jurídicas das pessoas. Veja o caso da condenação de alguém (ação-crime). O condenado acaba por criar gastos ao Estado, por exemplo, dentro da prisão, gastos processuais (custas judiciais) pelas famílias com vista a uma solução do problema, a própria maçada que os conflitos judiciais criam na vida das pessoas, o manchar da honra e bom nome do condenado, o pagamento forçado da dívida (penhora, hipoteca), a dificuldade de vir a ser admitido por alguma empresa etc.

Autor:
Rafael Lando Lau é formado em Filosofia pelo Instituto Superior de Ciências de Educação, ISCED/Luanda, Universidade Agostinho Neto e em Direito pela Faculdade de Direito da mesma universidade (U.A.N.)
É docente efetivo da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, em Luanda, desde 2005, ensinando Introdução à Filosofia, Filosofia do Direito e História e Filosofia das Ciências, no Curso de Filosofia.
É advogado com a Cédula profissional nº 1240, da Ordem dos Advogados de Angola (OAA).
Tem outros livros já publicados com a Texto Editores (Lisboa): O Rosto de Filosofia: Introdução à Filosofia 11ª Classe (2006); Filosofia 12ª Classe (2012); Os Sistemas de Filosofia do Direito (2012); A Policracia no Contrato Político (2014).


Autodesenvolvimento para desenvolvedores - Ricardo Fialho Tafas Junior

Sinopse:
Se pararmos para pensar, existe um motivo para uma empresa investir em seus desenvolvedores. Uma empresa existe para produzir e comercializar seus bens e serviços, ou seja, negociar seus produtos. Portanto, é seguro afirmar que é graças ao produto que a empresa existe. A continuidade dessa negociação faz a empresa continuar existindo; portanto, uma empresa tem seu crescimento diretamente proporcional ao benefício gerado por seus produtos. Como todos os produtos são fruto de alguma atividade de desenvolvimento, o sucesso de uma companhia torna-se diretamente proporcional à qualidade do desenvolvimento desses produtos; e, por fim, esse desenvolvimento será tão bom quanto seus desenvolvedores.

Autor:
Ricardo Fialho Tafas Junior nasceu em Porto Alegre, em 4 de abril de 1981. É graduado em Engenharia Elétrica com foco em Sistemas Digitais e Eletrônica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul desde 2003. Desde o início de sua vida profissional, sempre trabalhou no desenvolvimento de Sistemas Embarcados com Lógica Programável (FPGA) ou na coordenação de equipes de desenvolvimento e aplicações.

Miquilis








A Casa das Marés – Jojo Moyes

Desde que li o primeiro livro desta autora, "Em Busca de Abrigo" (clique no título para ler a resenha), há alguns meses, me encantei pela sua escrita e me apaixonei pelos seus personagens, fazendo com que eu me tornasse uma nova fã, o que consequentemente me deixou ansiosa para devorar outras de suas obras. Desde lá, venho tentando decidir o que ler em seguida dela, que já teve sete títulos publicados aqui no Brasil de um total de treze (com o quatorze quase sendo lançado lá fora também), então, quando tive a oportunidade de começar “A Casa das Marés” (que já havia sido publicado no país alguns anos antes, mas com outra capa e que infelizmente eu não havia lido), não pensei nem duas vezes e logo dei início a esta nova história.
Neste exemplar voltamos para a década de cinquenta em uma cidade litorânea chamada Merham, onde é cheia de regras sociais bem rígidas. É neste cenário que conhecemos a respeitável família Holden, uma família que durante a segunda guerra mundial acolheu a Lottie Swift, uma jovem que ama viver neste local, diferentemente de Célia, a filha legítima do casal, que não vê a hora de ultrapassar os limites desta cidade litorânea e ter uma vida cheia de aventuras.
Elas viviam uma vida normal e pacata até que um excêntrico grupo de artistas se mudou para Arcádia, a velha mansão art déco que foi construída de frente para o mar, e as meninas não resistem a esta tentação e se aproxima deles, mudando totalmente o rumo de suas vidas, já que isso desencadeia uma série de acontecimentos em uma cidade bem rígida, o que foge do padrão e causa choque em seus moradores.
Agora, quase cinquenta anos depois, no início do século vinte e um, uma londrina de nome Daisy, que é decoradora de interiores, é chamada para restaurar a casa, trazendo intensas emoções e fortes lembranças sobre o passado.
O livro é narrado em terceira pessoa, alternando a visão dos diferentes personagens, o que foi bem legal, já que assim conseguimos ter uma perspectiva mais ampla de tudo o que se passa nesta cidade e dos acontecimentos. Gosto bastante da narrativa da autora, que consegue ser leve e agradável, e nos prende com a trama, que é cheia de emoções, em um equilíbrio perfeito, onde encontramos amor, perdas, encontros, desencontros, passado, presente, etc.
A capa é muito bonita e segue o novo padrão gráfico ilustrado que a Bertrand Brasil está usando para as obras da autora que eles já tinham publicado anos atrás. Agora só falta “Baía de Esperança” chegar às livrarias para o trio lançado pela editora ficar combinando na estante, o que deve acontecer ainda em setembro (ou no máximo em outubro). O texto interno está bem diagramado, com fonte em um tamanho confortável para uma leitura duradoura, assim como os espaçamentos. As folhas são amarelas, o que nossa vista agradece.
Uma curiosidade bastante interessante é que “A Casa das Marés”, “Foreign Fruit” no original, ganhou o prêmio de Melhor Romance do Ano pela Romantic Novelists’ Association em 2003 e foi a segunda obra literária publicada pela escritora.
Este é daquele tipo de livro que consegue nos prender com uma história incrível e personagens maravilhosos, além de um enredo cativante, que mistura o passado e o presente em uma narrativa rápida e fluida. Realmente recomendo este volume para todas as pessoas que gostarem deste estilo de leitura.
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Caça ao Tesouro - The Lying Game #04 - Sara Shepard

Eu amo os livros desta autora, que também escreveu “Pretty Little Liars”, mas confesso que primeiro vi suas séries de televisão e só depois fui buscar os exemplares literários. Claro que as séries só despertaram a minha vontade de ler as obras, que são sempre mais completas, e, por isso, comecei minhas leituras. Agora já estou no quarto volume de “The Lying Game” e venho compartilhar com vocês tudo que achei deste título maravilhoso. Como vocês podem conferir aqui no blog, eu já fiz a resenha dos volumes anteriores, "O Jogo da Mentira", "Eu Nunca..." e "Duas Verdades e Uma Mentira", então não deixem de conferir clicando nos títulos!
Vemos que neste volume Emma está avançando cada vez mais com a sua investigação sobre quem poderia ter matado a sua irmã, e, como ela e suas amigas irritaram muitas pessoas com os seus jogos de mentira, sua lista não é assim tão fácil. Fingindo ainda ser Sutton, mesmo sem gostar de enganar as pessoas ao seu redor, ela enfrenta alguns problemas, já que Ethan fica com ciúmes ao ver Emma, que ele acha ser Sutton, com Thayer, já que pensa que ela é a garota por quem ele está apaixonado. Manter as aparências e continuar com a farsa de ser a sua irmã está cada vez mais difícil para nossa protagonista, que tem também que lidar com sua irmã e continuar a enganá-la até descobrir o verdadeiro culpado.
Além de encontrarmos a narrativa de Emma, onde acompanhamos a sua visão, como ela está lidando com a vida de sua irmã e também sua busca para desvendar o assassino, contamos também com a parte narrada pelo fantasma da Sutton, que, por meio de flashbacks, relembra da sua vida, reparando que não soube dar valor a tudo que tinha e que, mesmo sendo uma garota popular, que aparentemente tinha uma existência perfeita, ela não tinha tudo isso como imaginou, já que sua vida não era tão perfeita assim. 
A narrativa é super rápida e gostosa, Sara Shepard consegue prender a gente do início ao fim com uma trama cheia de mistérios e suspense. E o que acho mais legal é que quando achamos que sabemos de alguma coisa, percebemos que muitas vezes estamos enganadas, o que deixa a trama ainda mais interessante, pois criamos várias teorias em nossas cabeças, mas o verdadeiro assassino não é uma coisa tão óbvia o qual já imaginamos desde o início.
Os personagens são ótimos e eles dão um show à parte neste volume, já que junto com eles nos pegamos torcendo, ficando com raiva, nos sentimos felizes, etc. Cada um com o seu jeito de ser ajuda a montar esta trama de uma maneira incrível. Gosto bastante da forma como ela é narrada, alterando os pontos de vistas entre as irmãs, pois, assim, ajuda bastante nós, leitores, a criarmos novas teorias para desvendarmos os acontecimentos daquela última noite de Sutton.
A capa segue o mesmo estilo das demais da série, com o rosto de duas modelos representando as gêmeas Emma e Sutton, enquanto na contracapa elas aparecem de corpo inteiro, e eu gosto muito deste padrão, inclusive as cores bem fortes de cada volume. Todo o trabalho gráfico faz com que saibamos que cada exemplar faz parte de uma mesma série, além de ficarem lindos quando estão todos juntos na estante. A diagramação interna é bem simples, a fonte escolhida para o texto não é muito grande, mas não me incomodou, e os espaçamentos são confortáveis. O único ponto que incomoda muitos leitores é o fato de as folhas serem brancas.
Lá fora todos os volumes de “The Lying Game” já foram publicados, mas ainda não há previsão dos últimos dois aqui no Brasil, o que eu acredito que não deve demorar a ocorrer, visto que os demais não foram publicados com intervalos tão longos, então acredito que até o final do ano que vem já poderemos descobrir o desfecho deste suspense. Mas esta série também tem dois contos, "The First Lie" (#0.5) e "True Lies" (#5.5), que só foram publicados em e-books, e não sei se serão traduzidos pela Rocco Jovens Leitores também, o que eu espero que ocorra (principalmente se puderem juntar os dois em uma edição física porque adoro quando isso ocorre), mas pela ordem cronológica original de publicação, isso ainda pode acontecer, resta torcer muito.
“Caça ao Tesouro” é um livro que consegue prender a gente em todo momento com personagens incríveis e uma história de tirar o fôlego, cheia de suspense e mistérios ao redor da morte de uma menina que era muito popular e que aparentemente tinha uma vida perfeita. Até que uma tragédia ocorre e sua irmã gêmea, desconhecida por todos, assume a sua identidade enquanto tenta desvendar quem pode ter feito este crime. Para quem gosta deste estilo de leitura não pode deixar de ler esta série. Sei que eu estou aguardando ansiosamente a continuação para chegar ainda mais perto da conclusão deste tão intrigante mistério.
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Fenômenos e Mistérios - Wallacy Albino

Recentemente ocorreu aqui em São Paulo o IV Encontro de Ufologia Avançada, na Casa do Consolador, foi meu primeiro encontro ufológico, e o que eu mais gostei foi conhecer alguns dos expoentes da área. Um deles foi o ufólogo Wallacy Albino que na ocasião apresentou uma ótima palestra sobre Ufos na Bíblia. Na palestra ele apresentou seu livro, fiquei bem curiosa com ele, e dias depois meu Pequenu me presenteou com ele. O livro Fenômenos e Mistérios não tem editora já que é um lançamento autônomo.

Fenômenos e Mistérios foi um programa de televisão produzido e apresentando pelo grupo GEUBS (Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista) que tinha como objetivo apresentar, divulgar e debater assuntos relacionados aos mistérios mais conhecidos, sejam eles de origem terrena ou extraterrena. A partir dos programas o livro reúne os principais aspectos e casos que intrigam a humanidade diante destes fenômenos e mistérios, onde ao contrário do que possam esperar ele não busca por soluções, mas sim despertar no leitor a curiosidade e interesse nos temas.

Albino fez uma seleção de assuntos obrigatórios que todo estudante de ufologia ou do insólito deve saber, fazendo um breve resumo de cada caso de modo que o leitor seja capaz de conhecer e pesquisar posteriormente mais a respeito. Embora os capítulos sejam breves as informações são bem organizadas e os principais dados não ficam de fora. É uma excelente obra para consulta rápida e também para iniciantes.

Entre alguns dos temas que o livro trabalha temos os casos mais reconhecidos na ufologia: O Caso Roswell (A queda de uma nave no Novo México), o Et de Varginha (até hoje o caso que mais me impressionou de contato direto destes seres), Caso Barney e Betty Hill (casal que foi abduzido e relatou em detalhes sua abdução), O caso Travis Walton ( abduzido que teve sua história transformada em filme).

Outros assuntos relacionados diretamente ao fenômenos UFO também aparecem como os Crop Circles (famosos círculos criados em plantações), área 51 (base militar americana que esconde estudos relacionados aos extraterrestres), UFOs na Bíblia (citações da bíblia que descrevem claramente naves ou ets) e os famosos MIBS (homens de preto que surgem na casa dos abduzidos).


Por fim temas que não são ligados aos Ufos também são listados como os Chupa Cabras (criatura até hoje não encontrada que dizimava rebanhos), O mostro do Lago Ness (criatura que habita o lago Ness), além dos locais como Stonehenge, Triângulo das Bermudas, Atlântida e pirâmides egípcias.

Infelizmente o livro tem um pequeno problema de revisão gráfica, muitas palavras tem ausência de acento e pequenos erros de concordância são encontrados ao longo dos capítulos, entretanto nenhum destes problemas compromete a leitura ou fluência da narrativa que segue um ritmo muito dinâmico e pontual.

A obra faz um verdadeiro passeio, e permite uma reflexão sobre estes fenômenos. Existe uma verdade grande e que permeia todos estas situações, e essa verdade deveria ser nosso verdadeiro objetivo em vida já que ela nos eleva para novos patamares. Sejam estes seres/criaturas daqui ou do espaço todos eles e nós viemos da mesma essência, e nos conectar a ela é o grande mistério.

Mistérios e Fenômenos é um singelo convite para o abismo que nos deparamos ao pensar, será que aquela estrela que eu observo também me observa de volta? E o que ela observa em mim é o que eu tento descobrir nela? Muitas perguntas, poucas respostas, mas eis a diversão desta vida!

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À Procura de Audrey - Sophie Kinsella

Desde que vi que a Sophie Kinsella iria lançar o seu primeiro livro juvenil, fiquei muito ansiosa para começar esta leitura. Isso porque ela é uma das minhas autoras favoritas do mundo todo, fazendo com que eu devore todas as suas obras, seja com este seu pseudônimo ou com o seu nome verdadeiro, no caso Madeleine Wickham. Então, era mais do que óbvio que eu estava roendo as unhas e contando os dias para ter este volume em mãos. Quando finalmente consegui um exemplar, li bem rápido e, agora, venho compartilhar com vocês as minhas opiniões.
Em “À Procura de Audrey” conhecemos a história de Audrey, uma menina que sofreu abusos psicológicos por um grupo de garotas na escola, fazendo com que ela aos poucos não conseguisse nem mais sair de casa e nem tirar os seus óculos escuros, sendo diagnosticada com transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada e episódios depressivos.
Com a ajuda da Dra. Sara, nossa protagonista tenta aos poucos conseguir se recuperar, mas, para isso, ela passa por um longo caminho, cheio de altos e baixos. Acompanhamos, então, Aud neste longo e tortuoso caminho, e, junto com ela, vivenciamos a rotina de sua família, ela tem dois irmãos, um bem pequeno de nome Felix, que ama pizza e é um amor, e Frank, um pouco mais velho que ela, e viciado em videogames, principalmente em LoC (Land of the Conquerors).
Por conta de Frank ser um viciado em LoC, e querer ganhar o prêmio de seis milhões em um campeonato, ele faz parte de um grupo de amigos que montaram um time para participar deste evento. Com isso, eles sempre têm que treinar muito, e, como na casa de Linus é um pouco difícil de conseguir jogar, ele passa a ir treinar na casa de Frank, ou melhor, na casa de Aud.
Com isso, e seu jeito fofo de ser, ele vai se aproximando de nossa protagonista de uma forma bem carinhosa, e sua presença ensina para Aud uma lição valiosa: “mesmo perdida, uma pessoa pode encontrar o amor”.
Foi muito bom ler este volume, já que ele traz um tema que é muito atual de uma maneira bem leve. Quantos jovens pelo mundo devem sofrer as mesmas coisas que nossa protagonista? Por isso, achei muito legal a forma que Sophie conseguiu abordar um assunto tão importante em uma leitura leve e fluida, que com certeza vai conseguir agradar desde as pessoas mais jovens até as mais velhas.
O único ponto que me incomodou um pouco, apesar de não ser algo necessariamente negativo, foi como ela conseguiu se livrar dos óculos escuros, já que isso era uma coisa tão importante para a menina, e acho que acabou sendo um pouco superficial esta resolução. Mas isso não fez com que eu gostasse menos da história e nem nada do tipo. Acredito que eu só esperava uma resolução um pouco mais detalhada, importante, ou até mesmo mais profunda, pois eu já conheci algumas pessoas que sofreram transtornos parecidos com nossa personagem e sei como estas coisas são difíceis, então acho que, por este motivo, eu esperava um pouco mais.
A capa é uma adaptação da original, a qual achei muito linda e gostei bastante do fato de a ilustração da menina estar usando óculos escuros, pois isso é algo bem importante neste volume, como já comentei anteriormente. A edição impressa é em soft touch (aveludada) com verniz localizado no texto e nas imagens, inclusive da contracapa. A diagramação interna é bem feita para uma leitura tranquila devido ao tamanho da fonte e espaçamentos, além de contar com páginas amarelas.
 A narrativa é rápida e fluida, e contamos com o ponto de vista de nossa protagonista, Audrey, que narra os acontecimentos de duas formas, através da primeira pessoa, onde ela expõe os seus sentimentos, o que achei bem bacana porque nos aproxima bastante da personagem, e também através de um roteiro de filme que ela está gravando. Mas, quase no último capítulo, seu irmão Frank pega a câmera para filmar, então também encontramos um pouco de sua visão. 
Para quem não conhecia a autora, Sophie Kinsella é a ‘rainha’ dos chick-lits e já escreveu treze livros deste gênero, sendo destes, sete da série Becky Bloom, uma das minhas preferidas da vida, cujo sétimo volume, “Becky Bloom em Hollywood”, acaba de ser lançado aqui no Brasil e já estou lendo (a resenha será postada em breve). Eu já devorei e me apaixonei por todas estas obras da escritora (clique aqui e confira algumas resenhas), e também já li os três exemplares dela publicados no país com seu nome verdadeiro, Madeleine Wickham (clique no nome para conferir duas resenhas), mas ainda estão inéditos no país três títulos da autora escritos antes de usar seu pseudônimo. O oitavo livro da série Becky Bloom já vai ser lançado lá fora em outubro e não deve demorar muito tempo para chegar ao Brasil também.
Recomendo este volume para todas as pessoas que gostam de um livro jovem adulto com uma pegada mais juvenil, que consegue agradar a gente do início ao fim com uma história leve e fofa, que traz a vida de nossa querida Audrey, que, apesar de estar vivendo uma situação bem ruim, já que ela não consegue sair de casa e nem tirar os óculos escuros, acaba encontrando o amor, e, junto com ele, vai caminhando para uma recuperação.
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