Vida Após o Roubo - Aprilynne Pike

A primeira coisa que me chamou bastante atenção neste livro foi a capa e o título. Ambos me despertaram muita vontade de começar a ler esta história. Assim que li a sinopse, quis passar ele na frente de várias obras na minha pilha de leitura e, agora, venho compartilhar com vocês tudo o que achei deste título escrito por Aprilynne Pike, que também já teve outros livros publicados aqui pela editora Bertrand Brasil e inclusive já foram resenhados aqui no blog, que são os volumes da série “Fadas” (clique no título para conferi-los).
Em “Vida Após o Roubo” conhecemos Kimberlee Schaffer, uma menina linda e popular que morreu há mais de um ano e que acabou ficando “presa” no mundo dos vivos sozinha sem que ninguém conseguisse vê-la ou ouvi-la. Conhecemos também Jeff, um menino que vivia com sua família em Phoenix, mas assim que as coisas mudaram financeiramente para o seu pai, já que ele conseguiu vender o controle de um negócio do qual fazia parte, sua família resolveu se mudar para Santa Monica, mesmo ele não querendo se mudar, já que ir para uma escola nova é bem difícil.
Quando Jeff avistou uma garota loira deitada no meio do corredor, mascando chiclete despreocupadamente, nosso protagonista logo correu ao seu encontro, preocupado que alguém poderia acabar pisando nela. Essa menina loira na verdade era Kimberlee, que ficou chocada ao perceber que alguém conseguia enxergá-la e escutá-la, e, a partir desse momento, a garota passou a segui-lo em todos os lugares para que ele lhe ajudasse a devolver tudo o que ela havia roubado das pessoas quando ainda era viva, sendo que este deveria de ser o motivo de ela ainda não ter conseguido encontrar a paz.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Jeff, acompanhamos nosso protagonista no seu dia a dia onde ele tenta sobreviver a uma nova escola e uma nova vida, com um fantasma no seu pé, e fica tentando ajudá-la ao mesmo tempo em que tenta fazer com que uma linda ruiva de quem ele está afim o note.
Este é um livro bem divertido, que consegue nos prender do início ao fim com uma linguagem simples e rápida, que nos traz uma história bem gostosa, com personagens incríveis que nos conquistam com o sei jeito de ser em todo o momento.
Adorei a forma de narrativa da autora, que é envolvente, leve e descontraída, além de possuir uma fluidez muito boa, nos fazendo embarcar nas páginas e nos esquecermos do resto do mundo enquanto estamos lendo.
A capa é bem bonita e chamou a minha atenção logo no momento em que pus meus olhos nela. O texto está bem diagramado, a fonte está em tamanho confortável, assim como os espaçamentos, o que contrui para uma leitura bastante agradável. As folhas são brancas, gosto de comentar isso aqui porque, apesar de eu não me importar com isso, tem gente que não gosta.
Este é um exemplar único, ou seja, tem um final e não possui continuações. Porém, lá fora foi publicado um conto, “One Day More”, considerado o volume #0.5, que é como se fosse um prequel desta história, ou seja, nos mostra o que aconteceu antes do começo que encontramos em “Vida Após o Roubo”. Infelizmente este não será traduzido para o português, nem em e-book como foi lá fora, mas eu não consigo evitar pensar que teria sido incrível se a editora tivesse optado por traduzir e incluir no volume físico antes da história desta obra de fato começar, assim saberíamos mais alguns detalhes que a autora achou bacana compartilhar com seus leitores. Mas não precisam se preocupar porque a não existência dele não afeta em nada a falta de compreensão da história, aquelas poucas páginas só serviriam como um extra mesmo, é só que eu, especificamente, gosto dessas coisas.
Recomendo este volume para todos os leitores que desejam encontrar um livro leve e descontraído, que nos conta a história de um jovem que, ao ir para uma nova escola, acaba descobrindo que tem o dom de falar com um fantasma de uma menina que estudava ali, e acaba ajudando-a de diversas maneiras. Esse foi um livro bem fofo e super divertido, que eu recomendo para todo mundo que estiver procurando algo que proporcione ótimos momentos, boas risadas, e uma leitura bem gostosa.
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[SORTEIO] Adeus, Ano Velho. Feliz, Livro Novo! – Edição #06 (20 Livros!)


Oiii, gente linda!!! Como vocês estão? Daqui a algumas horas o ano de 2015 ficará para trás e o lindo 2016 chegará em nossas vidas! Estou sentindo boas vibes vindo aí e espero que o ano novo de cada um de vocês seja incrível e positivamente memorável, com muito amor, felicidade e repleto de coisas maravilhosas! <3 <3
Obrigada por terem nos acompanhado em mais um ano que passou, amamos cada um de vocês, os que vêm no nosso cantinho há anos e também os que chegaram agora. Sem vocês não seríamos metade do que somos hoje e só temos a agradecer! :D E nada melhor do que fazer isso com uma promoção linda e cheia de livros fascinantes, certo?! Então começa hoje a SEXTA EDIÇÃO (nem parece que já foi isso tudo!!) da “Adeus, Ano Velho. Feliz, Livro Novo!” Participem muito!!! Boa sorte a todos!
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Infinito + Um - Amy Harmon

Bonnie Rae Shelby é uma das estrelas do momento, a jovem que canta músicas country com pop tem milhares de fãs, uma grande fama e uma carreira em ascensão. Ela é rica, linda e tem o mundo aos seus pés. Mas por trás de todo o glamour e alegria que demonstra nos palcos, ela esconde uma tristeza tão profunda que a faz querer deixar este mundo. E é isso que resolve fazer no final de mais uma turnê. Deixando tudo para trás, a sensação do momento se dirige até uma ponte com a decisão de largar tudo para lá e apenas se soltar.
Mas o destino – ou algo ainda maior – não pode deixar isso acontecer. E é nesse momento que Finn Clyde entra em sua vida. Ele não é alguém conhecido, não tem muita coisa pela qual lutar no mundo, nem muitas oportunidades por causa de algo bem ruim que enfrentou em seu passado. Mas ele não é e nem nunca foi alguém ruim, por mais que sua aparência de cabelos compridos, tatuagens e semblante fechado digam o contrário (pelo menos para grande parte das pessoas).
E ele ajuda Bonnie justamente no momento que ela mais precisa, mas este encontro vai acabar mudando completamente a vida dos dois, principalmente porque agora ele ganhou uma companhia permanente em sua viagem, mesmo sem nem ter a mínima ideia de quem seja aquela garota misteriosa (que mais parecia um menino), que iria se jogar da ponte.
Bonnie, uma garota que precisa mudar seu futuro, se une à Clyde, que está tentando deixar o passado para trás para conseguir uma nova oportunidade na vida, e eles partem, juntos em uma road trip, cada um para seu destino final. Mas muitas coisas vão ocorrer no meio do caminho, vários desentendimentos e confusões, além de momentos lindos e admiráveis, e, mais importante, o amor. Só que, talvez, o destino destes jovens, os novos Bonnie e Clyde, possa ser o mesmo de outros dois tão famosos que carregaram estes nomes e tiveram um fim trágico. Será que eles estão condenados assim como aqueles dois jovens?
Confesso que apesar de saber quem são Bonnie e Clyde, nunca parei de verdade para conhecer a história dos dois, então achei mais interessante ainda poder acompanhar tudo o que li nesta trama criada por Amy, pois não precisei ficar comparando nada (mesmo sabendo que são diferentes é inevitável, eu sempre acabado buscando as semelhanças e diferenças, não sei se o mesmo acontece com vocês), e ainda fiquei cheia de vontade para conhecer ainda mais estas duas personalidades tão famosas, além do que já foi citado neste livro.
Acho que eu não conhecia nenhuma outra obra de algum estilo literário que eu adore ler que seja uma adaptação da história dos verdadeiros Bonnie e Clyde. E eu preciso admitir que eu simplesmente adoro novas versões de histórias já conhecidas, porque gosto de ver um novo ponto de vista, novos acontecimentos, e ainda que há reconhecimento de alguma parte daquilo tudo. Sinto uma familiaridade ao mesmo tempo em que sou surpreendida e essa é, definitivamente, a melhor parte.
A trama é narrada de duas formas: em primeira pessoa sob o ponto de vista de Bonnie, e em terceira pessoa acompanhando Finn Clyde. Eu sou fã do tipo de narrativa que divide quem é o principal, porque podemos entender melhor cada um separadamente e o que sentem, assim como suas ações e reações, tornando tudo mais amplo ao mesmo tempo em que nos aproxima mais dos personagens.
E eu posso dizer que adorei ambos os protagonistas igualmente. Eles são totalmente carismáticos e interessantes, mesmo que suas personalidades sejam tão diferentes. Os dois se encaixam, como sendo duas metades de algo maior. E o romance entre eles é fofo, inspirador e me conquistou facilmente. A escritora soube desenvolver o relacionamento e os sentimentos muito bem, pois, mesmo tendo ocorrido em tão pouco tempo (a história toda é passada em alguns dias), tudo o que vivenciaram foi bem intenso, honesto e verdadeiro, e, o melhor de tudo, bem trabalhado para parecer real. Então a gente sente junto com eles e torce para que tenham um final feliz e, se possível, muito diferente do original.
“– Quanto é infinito mais um? – interrompi Katy, fazendo a Finn minha própria pergunta.
– Ainda é infinito – respondeu ele, com um suspiro.
– Errado. É dois.
– Ah, é? Como foi que você chegou a essa conclusão?
– Infinito – disse eu, traduzindo o nome “Infinity” e apontando para Finn. Depois apontei para mim e disse: – Mais um. Ou seja, dois, gênio.”
Admito que achei a leitura bem lenta em diversos momentos. Pode ser que isto tenha a ver com meu estado de espírito no momento em que li, e talvez qualquer outro livro teria causado o mesmo efeito, mas sinto que se a autora tivesse cortado uma boa parte das cenas ou encurtado outras, a leitura teria sido muito mais fluida, independente de como eu me sentisse. Mas eu simplesmente adorei o final. Foi fofo, transbordou carinho e amor, e ainda me deixou com um sorriso bobo devido a certos acontecimentos.
Gosto da forma que a autora utilizou para contar a trama, enfatizando que toda história tem seus dois lados e que nem tudo é o que parece. Principalmente porque a grande maioria das pessoas faz isso, e estou falando com relação a tudo e não apenas com famosos (como no caso da Bonnie aqui). Se você parar para pensar, provavelmente já escutou alguém ou mesmo você já chegou a uma conclusão sobre algum fato que soube por terceiros, sem ter certeza da versão original da história, contada diretamente pela pessoa que a vivenciou ou com a qual aquilo aconteceu de verdade. E é assim com nossos Bonnie e Clyde deste livro. Eles vivenciam diversas situações que pessoas de fora acabaram julgando erroneamente, porque só souberam fragmentos da mesma ou porque ouviram de outras pessoas. E, por mais que tudo aquilo parecesse verdade, nós, leitores, além dos protagonistas, sabíamos que nada era exatamente o que parecia de fora. Gostei de verdade da forma com Harmon explorou isso, inclusive colocando em diversos momentos, notícias de jornais, etc., narrando os acontecimentos e a fuga dos personagens principais do jeito que as pessoas de fora entendiam e como aconteceram na realidade.
A escritora também utiliza da fé e da espiritualidade para a construção de diversos momentos importantes no enredo que construiu. Eu gostei de todos eles, que inclusive me fizeram sorrir todas as vezes, mas acredito que nem todos os leitores vão apreciar isso, então achei que valia a pena comentar.
No Brasil outra obra de Harmon já foi publicada, também em 2015, “Beleza Perdida”, que é uma releitura de “A Bela e A Fera”, e mais dois livros estão programados para serem lançados em breve, “A Different Blue” e “Running Barefoot”, ainda sem títulos nacionais. Não há previsão para os demais quatro exemplares que ela já escreveu, mas, caso o sucesso continue, o que eu acredito que vá ocorrer, os demais com certeza deverão chegar aqui também (eu já estou na torcida!).
Das capas existentes para esta história pelo mundo, com certeza a nacional é a mais bonita de longe (só acho que teria ficado ainda melhor se o rapaz também estivesse usando botas). A original, com apenas um violão na capa, é tão sem graça que não teria a mínima vontade de ler, principalmente porque nem parece que é de algo que eu gostaria de acompanhar. Então estou duplamente feliz com a escolha da Verus de optar por algo completamente novo. O texto interno é bem espaçado e a fonte está em um tamanho bem confortável para a leitura, e o exemplar impresso conta com páginas amarelas.
Intensidade, drama, amor, superação, viagem, esperança, mudanças, personagens carismáticos, momentos de fazer suspirar de alegria, outros de tristeza, tudo isso e muito mais compõem “Infinito + Um”, esta obra de Amy Harmon que com certeza vai conquistar o coração de muitos leitores pelo mundo.
Avaliação



Lançamentos de Janeiro da Harlequin


Oii, gente!! Falta muito pouco para o ano novo começar e viemos contar para vocês quais serão os lançamentos de janeiro da Harlequin! Já estou curiosa para conferir todos, confesso! E vocês, o que acharam? :D

Segredos do Paraíso - Andrea Laurence
Herança de Escândalo
O passado volta para assombrá-lo. A campanha de reeleição do congressista Xander Langston está a todo o vapor quando restos mortais são encontrados na fazenda de sua família, deixando-o no centro de um escândalo. Mas ao voltar para casa, é o reencontro com a namorada do tempo de colégio que domina seus pensamentos. A beleza de Rose Pierce apenas aumentara com o passar dos anos. E a paixão que Xander um dia rejeitou provou ser mais resistente do que imaginara. Contudo, Rose tem um segredo que poderá arruinar essa segunda chance ao amor… e a carreira de Xander.
Casamento Secreto
 Amor, honra… e segredos! Anos atrás, Heath Langston casou-se com Julianne Eden. Suas famílias jamais aprovariam a união. Como o matrimônio não foi consumado, cada um seguiu o seu caminho, sem contar para ninguém o que haviam feito. Agora, uma crise familiar força Heath e Julianne a voltarem para a cidade… e para a mesma casa. Heath está cansado de viver uma mentira. Chegou a hora de Julianne assinar o divórcio… ou cumprir a promessa de, finalmente, tornar-se sua esposa por completo.
Casamentos da Sociedade - Tara Pammi & Andie Brock
Marca da Sedução – Tara Pammi
O siciliano implacável: Casado por vingança.
Stefan Bianco tem apenas uma coisa em mente: vingança! E a última pessoa que esperava ver nos braços de seu inimigo era a estonteante Clio Norwood – a única mulher que resistiu a sua sedução. A vida de Clio tornara-se uma sombra do que fora no passado. Porém, o olhar ardente de Stefan traz de volta todos os sentimentos adormecidos. Clio tem os meios para seu plano de vingança, e Stefan a chave que abre as portas para a liberdade dela... mas só se Clio aceitar sua proposta inesperada.
Votos de Desejo – Andie Brock
O sheik sedutor: Casado pelo dever.
O recém-coroado sheik Zayed Al Afzal precisa ganhar o apoio do povo. E isso significa algo que esse playboy convicto sempre evitou – casamento! Seus conselheiros podem ter apresentado pretendentes belíssimas, mas quando Zayed pôs os olhos na estonteante Nadia Amani, soube que havia encontrado a mulher perfeita. E só depois da cerimônia, ele descobre o segredo de Nadia: ela é filha de seu inimigo! Porém, nas estreladas noites do deserto, o ódio se transforma em um desejo que precisa ser saciado.

A Desonra de Lady Rowena - Carol Townend
Os Cavaleiros de Champagne: dever, honra, verdade e valor!
Sequestrada por um homem mascarado, lady Rowena desaparece. Ela sabia que sua vida reclusa no convento estava acabada e sua reputação, em ruínas. Até descobrir que o homem que a abduzira era o cavaleiro preferido de seu pai. Leal e honrado, sir Eric de Monfort fizera o que seu lorde ordenara. E, por mais que seu corpo deseje Rowena, ele não a deixará cair em desgraça. Contudo, o perigo está cada vez mais próximo. E o único jeito de protegê-la é tomá-la como sua... em todos os sentidos.
Par Ideal - Bellagio #03 - Leanne Banks
Trabalhar para Bellagio Shoes pode parecer um sonho. Mas para a exausta e subestimada Amelia Parker, ser assistente de Lillian Bellagio é quase um pesadelo. Tudo melhora quando Amelia é incumbida de acompanhar a chefe até sua propriedade em Keys. Trocar o salto agulha por chinelos não seria nada mau. Principalmente quando sua estada na ilha passa a incluir o sensual e misterioso investidor Jack O’Connell. Ele a desafia a sair da rotina e cometer “loucuras”. Como nadar nua e viver um romance quente e passageiro! Eles até podem parecer opostos, mas logo Amelia começa a pensar se não teria encontrado o seu par ideal...


Doce Perdão - Lori Nelson Spielman

Gosto bastante de livros que falam de segundas chances e coisas do tipo, então, quando vi que este volume seria lançado pela Verus Editora, meu interesse logo foi despertado, uma vez que li a sinopse e me apaixonei pelo que li. Então, assim que me foi possível, comecei esta leitura e agora venho compartilhar tudo o que achei deste exemplar escrito por Lori Nelson Spielman.
Neste volume conhecemos a história de Hannah, uma mulher bem sucedida já que é apresentadora de um programa local diário de New Orleans, sendo adorada por milhares de fãs, além de namorar o prefeito da cidade, Michael Payne. Tudo estava indo bem em sua vida, até que ela recebeu duas pedrinhas do perdão. Vocês devem estar se perguntando o que é isso? Bom, é um tipo de corrente que virou febre no país, na qual as pessoas enviam duas pedrinhas do perdão para quem você já magoou, juntamente com uma carta. Se a pessoa devolver uma pedrinha para quem enviou, significa que você a perdoou.
Hannah recebe a pedra de uma de suas antigas amigas de escola, que foi responsável por várias cosias ruins que ocorreram em sua vida, e isso abre algumas feridas, fazendo com que relembre de um passado que havia tentado enterrar faz tempo. Ela começa a reavaliar as suas atitudes, não só em relação ao passado, mas também as atuais.
Este enredo nos passa uma mensagem incrível e nos mostra sobre segundas chances, perdão, mentiras, o que fazemos para encobri-las, e coisas deste tipo. Gostei bastante de como a autora conseguiu abordar temas tão importantes de uma forma leve e envolvente, nos fazendo refletir sobre nossas atitudes e se temos algum problema “inacabado” no passado e como isso pode afetar nosso futuro.
A narrativa é rápida e fluida, nos prendendo do início ao fim com personagens marcantes, e envolventes, um pano de fundo que consegue nos tocar e mexer com nossos sentimentos, e ainda uma bonita mensagem que nos faz refletir.
A capa é muito, muito fofa e combina com a de outra obra da autora que inclusive já foi publicada aqui no Brasil pela Verus, “A Lista de Brett”, que são independentes, mas que também parece ser ótimo. Uma curiosidade é que estes são os únicos livros que Lori Nelson Spielman escreveu e estão fazendo bastante sucesso, não vejo a hora de ela escrever mais títulos. A diagramação é bem simples, o texto possui bons espaçamentos e um tamanho de fonte ótimo para um maior conforto na hora de leitura, e ainda conta com páginas amarelas.
“Doce Perdão” é ótimo para todo mundo que procura um livro leve, mas que retrata temas importantes que nos fazem refletir sobre a vida e sobre se devemos perdoar o próximo, mesmo que esse tenha nos machucado. Essa é uma obra sobre mágoas, angústias, perdão, amor, entre outros elementos que fazem a trama ficar deliciosa e comovente, além de nos passar uma bela mensagem.
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A Luva de Cobre - Magisterium #02 - Cassandra Clare e Holly Black

Eu sempre fui muito viciada nos livros de Cassandra Clare, e por isso ela é uma das minhas autoras favoritas da vida, fazendo com que eu sempre procure saber mais sobre as suas obras, e leia seus livros. Então, quando esta série juvenil foi lançada no Brasil, li ferozmente e logo queria o segundo volume, que demorou um pouco para sair, já que as autoras demoraram a publicá-lo lá fora (o que só ocorreu em setembro deste ano). Esta série é escrita em parceria com Holly Black, que também tem várias obras incríveis publicadas no país, sendo que algumas delas também já foram resenhadas aqui no blog (clique no nome da autora para conferir), e este volume foi publicado por uma editora diferente em território nacional, chegando pelo selo Galera Junior, da Galera Record.
Em “A Luva de Cobre” vemos que as férias de Callum nunca vão ser como as de um menino “normal”, já que ele agora vive neste mundo totalmente coberto de magia e coisas estranhas acontecendo. Além disso, seu melhor amigo é Devastação, um lobo Dominado pelo Caos, e no qual o seu pai, Alastair, acredita que a alma do Inimigo da Morte (um grande mago que já matou vários inocentes) viva dentro dele.
Começamos o volume, então, acompanhando as férias escolares de nosso protagonista com o seu pai, até a sua ida para o Magisterium, passando pelo momento em que ele descobre que o Alkahet, uma luva de cobre capaz de arrancar a magia de uma pessoa, foi roubada, e ele começa a pensar se isso foi obra de seu pai. E na tentativa de descobrir a verdade, se junta aos amigos e acaba contando que os magos estão atrás do seu pai, e que o mesmo está correndo um sério perigo.
Agora, nosso protagonista e seus amigos entram em uma grande aventura, a fim de avisar a Alastair sobre o risco que está correndo, e neste caminho eles enfrentam grandes desafios, vários segredos, bastante perigo, muita magia, e a amizade deles é posta à prova. Além disso, o segredo de Callum é revelado, e mais do que nunca ele precisa da ajuda dos seus amigos.
O livro é rápido, fluido e contém vários mistérios que nos deixam intrigados com a leitura do início ao fim. Este volume está um pouco mais sombrio do que o anterior e continua sempre cheio de ação e aventuras, não deixando a trama ficar parada nem um pouco, além de nos fazer desconfiar de todos os personagens que podem ter roubado a manopla.
Os personagens são ótimos, cada um com o seu jeito de ser, que nos conquistam em todos os momentos, e nos fazem ficar torcendo para que eles consigam enfrentar todas as aventuras com bastante sucesso. Além disso, neste exemplar conhecemos um pouco mais a fundo alguns personagens, como suas histórias e seus passados, e vemos como eles estão lidando com todas as coisas pelas quais estão passando.
A capa é bem bacana e segue o padrão da anterior, com uma ilustração diferente e que tem tudo a ver com o que acontece neste volume. A diagramação interna é bem confortável para a leitura devido a sua fonte bem espaçada e em tamanhos ideais e as páginas são amarelas. Além disso, em todo início de capítulo há uma ilustração em preto e branco relacionada a algo do conteúdo.
Recomendo este volume para todo mundo eu goste de uma ótima aventura, cheia de magia, mistérios, segredos e bastante ação, que consegue nos prender com uma narrativa rápida e fluida, além de acompanharmos cada etapa do caminho com personagens incríveis. Ambas as autoras tem um jeito cativante de escrever, e dá para notar isso em todo momento. Esse volume nos revelou coisas que ainda não sabíamos e deixou várias outras para o próximo (que só vai sair no final de 2016 lá fora e aqui também, provavelmente), deixando-nos contando os dias para o seu lançamento e também para os demais, já que esta será uma série de cinco livros – publicados um a cada ano.
Avaliação



Vídeo: Resenha O Lado Feio do Amor – Colleen Hoover



Oii, gente! Como vocês estão? :D No vídeo de hoje eu falo tudo o que achei do new adult “O Lado Feio do Amor”, de Colleen Hoover, uma leitura que curti bastante. Espero que gostem!

Resenha escrita: http://goo.gl/nSSwdR
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Para conferir novos vídeos e atualizações do canal, inscreva-se! http://goo.gl/Owvbfc


Me Abrace Mais Forte - David Levithan

Tiny Cooper nasceu para brilhar, sabe disso e quer que o mundo todo também saiba. E é por isso que ele decidiu escrever um musical contando sobre nada menos do que sua vida, desde que nasceu até o presente momento. O grande garoto, então, nos presenteia com músicas, humor e drama, sobre todos os pontos importantes que viveu, seja em relação à homossexualidade, seus relacionamentos amorosos, familiares e de amizade, e muito mais, tudo com muita honestidade.  
“Não dá para controlar o jogo da arquibancada, então amar este esporte quer dizer ter de se entregar ao imprevisível, ao desconhecido. Seu coração sofre a cada perda, mas nunca se quebra. Você canta com alegria invencível a cada vitória, mas permanece vulnerável quando chega o jogo seguinte. Meus pais me ensinaram tudo isso, às vezes me contando, mas quase sempre por meio de exemplos.”
Este volume é um tipo de continuação para “Will & Will”, mas não propriamente dita e vou explicar o porquê. Neste livro, conhecemos os dois personagens que dão nome ao título, pessoas totalmente diferentes, que se conhecem por um acaso e suas vidas mudam por causa deste encontro. E também conhecemos o grande e gay Tiny Cooper, o melhor amigo de um deles, que é muito divertido e teve o maior destaque na trama, bem próximo dos dois protagonistas, e, inclusive, roubou a cena diversas vezes. Tiny é bem escandaloso e se apaixona muito fácil. Por estas e outras, decide escrever um musical, que é apresentado de forma superficial, apesar da grande importância.
E é este musical, em todo o seu glamour e sinceridade, que vamos conhecer aqui nesta nova obra. Então se você quiser lê-la sem ter lido a outra, vai poder e vai entender, afinal é uma história de um garoto homossexual abrindo seu coração e sua vida a seus expectadores, e poderia ser qualquer um. E essa é sua história independente do outro livro. Apesar de a experiência ser ainda melhor para aqueles que já leram o “antecessor”, visto que já conhecia o personagem e já dava para ter criado um carinho por ele.
“A ideia de que dois é o ideal e de que um só é bom como sendo a metade de dois. Você não é uma metade e nunca deve tratar ninguém como metade.”
Esta peça teatral tem um grande nível de intensidade. O próprio Tiny Cooper já é muito muito. Seus sentimentos são bem aflorados, seus dramas ainda maiores, suas emoções, fortes, o ato de se apaixonar, e depois essa paixão amornar até se apagar são frequentes e igualmente rápidos. Ele é energético, animado, impetuoso, alegre, vivo. Mas também tem seus momentos de tristeza, de profundidade. Tudo com ele é muito grande, alto, intenso.
A história de sua vida é inspiradora e envolvente, contém pensamentos bacanas e ensinamentos marcantes, tudo isso apresentado de forma bem humorada pelo carismático protagonista, que nos conta as partes boas, mas também as ruins, as alegrias e as tristezas, dúvidas, anseios, esperanças e certezas. Nos mostra como foi cair e se levantar, inúmeras vezes, e como é, para ele, aprender e aproveitar os momentos em cada uma destas quedas, mesmo quando ainda está no chão.
“Só quero que você fique feliz. Comigo, com outra pessoa ou com ninguém. Só quero que você fique feliz. Quero que fique de bem com a vida. Com a vida como ela é. E eu também.”
Como em suas outras obras, Levithan tem uma característica reflexiva forte em sua escrita, ele nos faz pensar sobre diversos pontos da vida, não somente da nossa, mas também de pessoas próximas e da sociedade de modo geral. Mas tudo isso é apresentado de forma sutil, interessante, gostosa, que mexe com a gente sem ser cansativa ao mesmo tempo em que é fluida.
Apesar de gostar da forma de narrar do autor, ter curtido conhecer o personagem Tiny quando li “Will & Will” (clique para ler a resenha), e ter ficado contente quando soube que este exemplar protagonizado por ele seria lançado, não posso dizer que amei a leitura, porque roteiros de peças não são a minha forma preferida de ler uma obra, mas provavelmente teria gostado bem mais de assistir o espetáculo de verdade.
“É sempre mais fácil culpar os outros por nos impedir de fazer alguma coisa. Mas às vezes a única pessoa que nos impede... bem... somos nós mesmos.”
Meu problema maior com esse tipo de leitura é que não sou o que se pode chamar de uma pessoa muito musical, então não consigo criar ritmos ou melodias e, quando estou lendo, todas as canções soam exatamente as mesmas, só com palavras diferentes. E com certeza é muito mais legal você ouvir coisas diferentes, e sentir com o som e a melodia além das letras.
David Levithan possui diversos livros em seu currículo, sendo que oito deles já foram traduzidos para português aqui no Brasil, todos pela Galera Record, alguns em parceria com outros autores, além de uma antologia de contos que ele fez parte. Destes, os quais tenho todos na estante, já li três, que foram resenhados aqui no blog por mim, e ainda há resenhas de outros títulos das demais meninas. Para conferi-las, clique AQUI, ou vá à área de Resenhas.
“Mas existe uma palavra, essa palavra que Phil Wrayson me ensinou uma vez: weltschmerz. É a depressão que você sente quando o mundo como ele é não se alinha com o mundo como você acha que devia ser. Eu vivo em um grande e maldito oceano de weltschmerz, sabe? E o mesmo acontece com você. E com todo mundo.”
Com certeza tudo vivenciado por Tiny serve de lição para muitas pessoas, principalmente para os jovens, mas não se restringindo a eles. São coisas que grande parte da população passou ou ainda pode passar. São lições para a vida, pensamentos e reflexões que com certeza vão ajudar muita gente. E ainda emocionar e deixar com uma sensação gostosa muitos outros. Eu gostei bastante da leitura e a indico para todos, principalmente os que curtem roteiros de musicais.
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A Desconhecida - Peter Swanson


Saindo da zona de conforto oferecida por mundos fantásticos, as vezes repleto de magia, as vezes banhado em sangue sobrenatural, abri a oportunidade para um livro que não estaria na minha lista de compras mas que decidi ler, A Desconhecida, do autor Peter Swanson, publicado pela Novo Conceito é o livro em questão.

George Foss é um homem que vive sua rotina dia a após dia não esperando grandes surpresas da vida. Seu passado é repleto de acontecimentos, mas já não espera que este sairia mais dos seus pensamentos até esbarrar com uma mulher que fez parte deles vinte anos atrás. Audrey não só revirou sua vida no passado como quer revirar novamente quando pede a ele um favor nada comum, e ainda apaixonado por ela aceita ajudá-la, entretanto nada é o que parece e talvez acabe por arriscar mais do que pode para cumprir sua missão que acaba sendo de vida ou morte!

George é um homem solitário sem relacionamentos sérios, e nem compromissos com nada além do trabalho e sua gata Nora, embora tenha seus quarenta anos é ainda bem infantil e imaturo. É previsível e mantêm uma relação distante com sua ex namorada. Até que esbarra com Audrey que o faz reviver novamente tudo que passou naquelas semanas na faculdade, e mais faz com que ele jogue para cima sua segurança e estabilidade pela chance de tê-la novamente em seus braços, mesmo que apenas uma vez, mesmo que apenas por algumas horas.

Estou para ver um homem mais bobo, mesmo percebendo que estava sendo usado para uma trama de crime, George segue firme em proteger essa estranha desconhecida que mente para ele anos a fio. Não faz sentido que mesmo depois de tanto tempo sabendo que ela foi capaz no passado ele ainda seja capaz de querer ajudá-la. A única justificativa é o fato que ela o leva para horizontes que sozinho jamais iria, mas porque alguém entregaria sua própria vida de bandeja?

Audrey/Jane/Liana é uma mulher manipuladora que tem como justificativa de seus atos seu passado com o pai. Acho que no passado talvez essa possa passar, mas depois de mais velha persistir no erro mostra que sua estrutura psíquica na verdade foi forjada apenas nas possibilidades de pessoas que ela gostaria de ser. Ela alias acredita que é aquilo que forja ser, e que pode deixar seu passado para trás, não importando quem tenha que prejudicar. Cria uma teia para George que fica clara a ele e ao leitor apenas na reta final do livro, mesmo assim faltou na minha opinião mais emoção e justificativas inteligentes para seus atos. Tudo ficou apenas na ideia do querer dinheiro, e histórias com criminosos precisam de inteligência e genialidade para serem interessantes.

A narrativa de Swanson é feita em terceira pessoa sob o ponto de vista de George, alternando capítulos no momento atual da história, e capítulos com a história de vinte anos atrás quando George e Audrey se conheceram na faculdade e o primeiro crime aconteceu. O autor é dinâmico e descritivo, não demora a desenvolver a história, mas não convence do ponto de vista psicológico que seria o ponto forte para amarrar as ações de Audrey.

A conclusão da trama é bem aberta, ou seja, pode ter uma continuação, e deixa uma boa ponta para pensarmos que no fim embora George não seja um criminoso tem traços de obsessão por essa mulher que se mostra desconhecida e mais que isso não confiável. A Desconhecida é um livro que não desperta empatia, apego ou emoção, não é ruim, mas também não chega a ser bom, e pode ficar nos limbos literários.

Avaliação




Como o Grinch Roubou o Natal – Dr. Seuss

Em Quem-Lândia o Natal era uma data muito feliz, e todo Quem que lá vivia, comemorava com muita alegria. Só que uma criatura sempre odiou esta comoção e neste ano resolveu que não haverá comemoração. O velho Grinch armou um plano que vai trazer muito dano e acabar com tudo. E agora, o que será do Natal com todo esse mal?
Com o Natal chegando, resolvi ler algo que se passe neste período para variar um pouco. Digo isso porque não me recordo de já ter lido algo natalino na época de Natal, mas é algo bem interessante de se fazer, que eu sempre quis tentar. Como eu sabia que não faria uma leitura grande por falta de tempo, resolvi pegar algo curto e fofo, e é por isso que optei por esta história tão famosa, que inclusive já virou filme, sobre o qual vou comentar um pouquinho, mais abaixo.
Achei muito interessante a forma de narrativa do autor, que é repleta de rimas, escritas em formato de poemas, cheio de bom humor. Ler em voz alta para as crianças é uma delícia, porque a fluidez deixa tudo mais gostoso e chama mais atenção dos pequenos.

Não posso falar muito sobre o enredo porque a história é curta e iria acabar estragando alguma surpresa que os leitores podem ter ao lerem sozinhos. Mas posso dizer que ela traz uma mensagem muito bonita, além de um final feliz, e com certeza deixa todas as pessoas com um sorriso no rosto ao fechar a última página.

“O Grinch” é a adaptação cinematográfica, lançada em 2000, com Jim Carrey interpretando o personagem que dá nome ao título. Eu assisti a este filme algumas vezes e não sabia que ele era baseado em um livro, então fiquei bem contente quando descobri, há pouquíssimo tempo, por isso fiquei curiosa para conferi-la. Não lembro tão bem assim do filme, afinal já fazem muitos anos que não vejo, mas acredito que tenha ficado fiel, apesar da versão cinematográfica ter muito mais conteúdo, devendo ser algo como uma edição estendida da mesma história, afinal a obra literária é bem curtinha com suas apenas cinquenta e seis páginas.

A edição da Companhia das Letrinhas está um primor. Todas as páginas possuem ilustrações com os traços finos e detalhados do autor em preto, que só são coloridas em partes e somente em tons de vermelho. As páginas são em papel couché (estilo folha de revista, porém muito mais grossos), o texto é bem espaçado e está em tamanho confortável para a leitura, e a folha de guarda é muito fofa. A capa é bem legal e as cores são branco, vermelho, verde e preto, remetendo bem ao Natal, tema principal do livro. Além disso tudo, este exemplar é bilíngue, então, após a leitura em português ilustrada, há a história sendo contada na língua original, mas desta vez só o texto, sem desenhos.

Para quem não conhece, Theodor Seuss Geisel, ou Dr. Seuss, é um importante escritor, que já publicou cartuns e artigos de humor, além de anúncios publicitários. Também ganhou um Oscar pelo desenho animado “Gerald McBoing Boing”, que criou em 1950, e é o autor infantil de língua inglesa mais vendido do mundo. Ele publicou quarenta e quatro obras, as quais ele mesmo ilustrou a maioria, sendo que cinco delas foram publicadas pela Companhia das Letras. “How the Grinch Stole Christmas!” (este da resenha) é uma das mais importantes e conhecidas dele, e foi publicada em mil novecentos e cinquenta e sete.


Recomendo esta deliciosa obra para todos aqueles que querem ler algo fofo, charmoso e divertido neste Natal, que nos mostra que a data vai muito além de presentes. Se você tem crianças em casa, é uma ótima dica para mostrar um pouquinho da magia da data para elas. Mas não é só para os pequenos que este livro é destinado, afinal eu mesma sou adulta e adorei cada uma das páginas.

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O Castelo Animado - Diana Wynne Jones


Já fazem alguns anos que eu vi a animação japonesa de Hayao Miyazaki para O Castelo Animado, eu simplesmente amei, e fiquei encantada quando soube que era a adaptação de um livro. Corri comprar, mas mesmo assim demorei a lê-lo, mais eis que resolvi o problema e li está obra de autoria de Diana Wynne Jones e publicado pela editora Record.

Sophie é a irmã mais velha de três irmãs, é conformada em ser a escolhida para não ter sorte e trabalha resignada na chapelaria da família. Um dia é surpreendida por uma cliente que é ninguém mais que a perversa Bruxa das Terras Desoladas, e que sem maiores explicações lança sobre Sophie um feitiço que a faz se tornar uma velha.

Com medo do que a madrasta faria com ela, Sophie começa vagar sem rumo e acaba se deparando com o famoso e misterioso Castelo Animado do terrível encantador de corações, o Mago Howl. Sem ter nada a perder ela resolve entrar no castelo e procurar por uma solução para seu problema, mas o que ela não sabe é que acabou se metendo em um problema maior ainda que seus anos de juventude perdidos!

Narrado em primeira pessoa, em sua grande maioria pela visão de Sophie, o livro tem uma narrativa única que trabalha aspectos conhecidos dentro da literatura fantástica/maravilhosa mas de forma autêntica. A mitologia criada pela autora embora use de magia e bruxaria é bastante diferenciada de todos os livros do mercado, ora soa infantil pela ingenuidade, ora soa perverso pelos conteúdos mais densos que trabalha.

Sophie é uma jovem muito resignada com seu papel na família, já que na sua cultura para a irmã mais velha não resta sorte e nem boas escolhas. Mesmo assim no fundo de sua alma algo lhe pede mais, e quando é transformada em velha acaba perdendo estas amarras que a impediam de crescer, e é através de um corpo velho que ela consegue encontrar em si mesma quem é e o que veio fazer no mundo. É muito determinada, protetora e bondosa, consegue enxergar as coisas mais sutis ao seu redor, mas demora a ver em si mesma.


Howl, o mago e dono do castelo, é um personagem bastante intrigante. Tem um contrato com um demônio que sustenta o castelo, mas pouco revela sobre este e a natureza de suas ações. Sophie sofre ao vê-lo agindo, sem compreender o porque de sua natureza aparentemente egoísta. A verdade é que ele não é apenas sedutor para as mulheres que encontrar, mas também para quem lê, fiquei encantada com sua personalidade maluca e perturbada.

Calcifer, a chama que alimenta não só o castelo mas que dá força a Howl é enigmático, e pouco fala sobre as verdades que esconde, já que não pode falar como foi seu contrato com o mago, embora peça a Sophie para dissolve-lo. Embora rabugento e de moral duvidosa é uma criatura leal aos habitantes do castelo. Michael aprendiz de Howl é dedicado ao mestre e bondoso. Tenta equilibrar suas necessidades e aprendizado sem colocar na frente das necessidades do mago.

Outros personagens secundários surgem brevemente, como as irmãs de Sophie, a própria Bruxa e etc. As criaturas que surgem também são bastante peculiares como um espantalho encantado e um cachorro enfeitiçado, tudo muito bizarro e mágico. Todas as pontas aparentemente soltas da trama são ligadas de maneira inteligente através dos personagens com suas ricas histórias que se cruzam.


A ideia do castelo, como ele é concebido e trabalha é muito original, pois usa do conceito de realidades paralelas que coexistem. Tudo é muito encantado, ao mesmo tempo em que tem um realismo ímpar na sua densidade. Talvez para quem veja a sinopse e até veja imagens da animação possa parecer que trata-se de uma obra infantil, mas nem o livro, nem o desenho tem esse apelo. Trata-se sim de uma obra atemporal e sem idade certa para aqueles que gostam de boas histórias repletas de entrelinhas.

O Castelo Animado é uma obra mágica como raramente se faz nos dias de hoje já que evoca conceitos que os antigos contos de fadas tocavam sem medo, mas de forma dinâmica. Fala sobre o coração que está escondido e com medo de amar e agir, daquilo que se esconde dentro de nós e da pureza da coisas de forma hilária, sincera e mágica, muito mágica!

CURIOSIDADES: A Autora Diana Wynne Jones foi aluna de ninguém menos do que J. R. R. Tolkien e C.S. Lewis em Oxford, está mais que explicado sua capacidade para escrita, afinal uma pessoa que conhece estes autores deve ter sido tocada de forma bem única não é?!

O Castelo Animado foi lançado em 1986, e faz parte de uma trilogia que conta ainda com mais dois livros lançados no Brasil:  O Castelo no Ar e A Casa dos Muitos Caminhos.

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A Promessa da Rosa – Babi A. Sette

Estamos em Londres no século XIX, mais especificamente em 1840, onde bailes, vestidos pomposos e carruagens reinam e quando o status é algo de extrema importância. Kathelyn Stanwell é a belíssima filha de um conde de pulso firme, que acaba de começar sua primeira temporada. Com certeza ela seria uma debutante perfeita e um par ideal para algum nobre, porém Kathe foge dos padrões, sendo idealista, alguém que não gosta da nobreza, nem de suas regras e etiquetas, e está sempre aprontando alguma.
Em um baile de máscaras, ao qual fica imensamente feliz de ser convidada e de poder participar (já que tem um plano em mente), Kathe acaba conhecendo, em uma situação um pouco inusitada, um homem misterioso, bonito e completamente intrigante: Arthur Harold. Ela se encanta pelo homem e resolve dar um passeio pelo jardim com ele, comportamento completamente impulsivo da jovem, pois algo assim poderia manchar sua reputação. Mas ela tem certeza de que não o verá novamente, já que sua personalidade não deve pertencer à nobreza, afinal eles têm muito em comum e ele parece fisicamente distante da sociedade que ela tanto deseja escapar.
O que Kathelyn não poderia prever é que na verdade Arthur é ninguém menos do que o nono duque de Belmont, e que a ligação entre eles é ainda mais forte do que ela poderia prever. Já que ele é um duque no final das contas! Mas nem tudo são flores, e raiva, ciúmes, inveja e muitos mal entendidos vão se entrepor no caminho destes dois, que precisarão enfrentar mundos e fundos para se libertarem das barreiras da sociedade e também das que o próprio duque colocou entre eles. Kathe vai sofrer, vai lutar, ser desafiada e abandona por quase todos, então terá que ser forte e persistente para ir em frente. E ela irá. Mas no meio de tudo isso, ainda há uma coisa que pode fazer com que seu mundo se perca mais uma vez: seu coração.
Romances de época são grandes queridinhos meus da atualidade e, sempre que vejo o lançamento de um novo, já fico com vontade de ler. Apesar disso, ainda não li muitas obras do gênero, mas posso afirmar que “A Promessa da Rosa” merece destaque e vale muito a pena para quem gosta de romances do estilo, pois a autora conseguiu inovar e ser diferente de vários outros que li.
A historia é repleta de reviravoltas e não gira apenas em torno do relacionamento entre o casal principal, existem outras tramas paralelas ao romance, além de uma grande evolução dos personagens e uma exploração do pano de fundo da época, que mostra que Babi fez uma extensa pesquisa e conseguiu inseri-la muito bem no enredo de modo a só acrescentar conteúdo e qualidade ao mesmo.
A escrita de Sette é gostosa e fluida. A gente se sente tão inserida em tudo que ela escreve de uma forma tão envolvente, que nem percebemos o tempo passar quando estamos lendo. Só sei que estou torcendo para que a autora continue seu lindo trabalho e traga mais romances históricos lindos como este para nós, brasileiros, e também que ela consiga conquistar o mundo com suas palavras.


O grande destaque desta história foi, sem dúvidas, a protagonista, Kathelyn. Ela é uma moça muito a frente de seu tempo, forte, corajosa, determinada, entusiasmada, decidida, destemida, dona de uma personalidade forte e afiada, que ergue a cabeça e vai à luta, mesmo quando as probabilidades estão contra ela, e gostei de sua atitude no momento certo em relação a Arthur. A maioria das mulheres não teria pulso firme como ela teve e, mesmo tendo demorado um pouco para isso, gostei imensamente de suas atitudes. Kathe é admirável e gostei imensamente de conhecê-la e acompanhá-la nesta jornada que foi sua vida.


A Torre Acima do Véu - Roberta Spindler

Sempre gostei bastante de livros de ficção nacionais, então, sempre que é possível, me pego lendo um volume deste estilo. Com este título não poderia ser diferente, e, por este motivo, passei ele na frente da minha lista de leituras. Logo me apaixonei pela escrita dessa autora e, agora, venho compartilhar com vocês todas as minhas opiniões a respeito desta obra.
Em “A Torre Acima do Véu” vemos que uma densa e venenosa névoa surgiu no mundo, causando mortes e destruição em toda a população, fazendo com que as pessoas que sobrevivessem buscassem arranha-céus para poderem viver acima da névoa, já que no solo habitam criaturas misteriosas, conhecidas como Sombras. É nesse cenário que conhecemos Rebeca (Beca), uma garota que vive com a sua família em Rio-Aires, uma megacidade que é controlada por uma poderosa organização chamada Torre, que oferece comida e proteção, pois é ela que controla todo o armamento e tecnologia que resta no mundo, em troca de obediência. Muitas pessoas foram afetadas com a névoa, e algumas acabaram desenvolvendo poderes especiais, como nossa protagonista.
Beca é uma saltadora, ou seja, sua especialidade é saltar entre os prédios, acima da neblina, e, por conta disso, tem agilidade e velocidade acima do normal. Ela trabalha com o seu pai, um ex-mergulhador da Torre, que descia para a superfície para coletar informações, e com o seu irmão, Edu, um garoto que adora tecnologia, sendo um amante da informática. Eles fazem entregas de itens necessários, por este motivo andam perto do perigo, pois vão buscar o que precisam muitas vezes perto da névoa.
Nossa protagonista se vê em uma grande aventura quando passa a ir atrás de um cubo de energia, mas não é a única que está atrás deste apetrecho, já que, aparentemente, ele contém informações sobre os seres que moram na superfície e que são conhecidos como Sombras, sendo um objeto muito importante para a Torre. Agora, ela se vê envolvida em uma busca cheia de mistérios e segredos, sendo que a vida de sua família está em risco.
Este volume é narrado em terceira pessoa, o que é bem interessante porque nos dá uma visão mais ampla da história, fazendo com que a gente consiga acompanhar tudo de uma maneira bem gostosa e de fácil entendimento. O livro é rápido e fluido, além de contar com várias reviravoltas e acontecimentos que são muito bem explicados.
A Giz Editorial fez um ótimo trabalho com a parte gráfica desta obra. A capa da minha edição ganhou uma nova roupagem e é bem bonita, mas eu acho que preferia a primeira. De qualquer maneira, a ilustração é linda, assim como as demais espalhadas pelo miolo, todas feitas por Fabio Nahon (desenhos) e André Ciderfao (arte-final), que deixam o exemplar tão maravilhoso que a gente fica com vontade de ficar folheando para admirá-lo o tempo todo. O texto está bem diagramado, com fonte e espaçamentos confortáveis para leitura. As páginas são amarelas.
Recomendo “A Torre Acima do Véu” para todas as pessoas que curtem uma boa história que mistura vários elementos, como distopia, mistérios, segredos, e ótimos personagens, em uma trama eletrizante e de tirar o fôlego. O final foi bem gostoso, nos deixando com um gostinho de quero mais, além de ter sido revelado muitos segredos. Este volume é daquele tipo que contém uma narrativa movimentada, que em todo momento temos novos elementos que não deixam a trama ficar parada nem por um segundo.
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