Um Sedutor sem Coração - The Ravenels #01- Lisa Kleypas


É muito estranho quando um autor que você gosta muito soa repetitivo em um livro, é como se ele traísse sua confiança e carinho dedicado a ele. Em Um Sedutor sem Coração ( primeiro volume da série The Ravenels), da autora Lisa Kleypas, publicado pela editora Arqueiro, eu me senti assim, um pouco chateada por uma autora favorita soar tão repetitiva.

Devon Ravenel acaba de se tonar Conde após a morte de um primo nada querido, e suas novas terras estão repletas de problemas e caindo aos pedaços, não resta a ele fazer outra coisa que não vender tudo. Mas ao conhecer a viúva de seu primo, Kathleen uma faísca surge entre os dois. Um dilema nasce no coração deles, ele deve tentar restaurar seu território e seguir seus sentimentos? E ela deve dar a chance para um homem conhecido por ser um libertino?

Devo dizer que a narrativa de Lisa Kleypas sempre me agrada, a forma como ela narra em terceira pessoa a vida de seus personagens é sempre interessante, mas esse livro acabou seguindo a fórmula (homem com personalidade duvidosa, mocinha em apuros, desastre que aproxima o casal e mudança radical de personalidades) por ela criada, e seguida em sua série The Hathaways (que por sinal amo!), o que me deixou um pouco cansada, já que eu já sabia o que esperar.

Kathleen é uma viúva que só engana a si própria fingindo que está de luto, mas que na verdade está louca para seguir com sua vida. Embora com muita personalidade e persistência cede rápido aos encantos de Devon, e as dificuldades que impõe a relação deles apenas a deixa chata! Ao mesmo tempo em que é inocente, ganha malícia com uma rapidez surpreendente!

Sua vida foi marcada pelo abandono, já que os pais a deram para uma condessa criá-la, já que viajavam muito e nunca estavam em casa. Por conta disto ela tem dificuldades em mostrar seus sentimentos e até de chorar.

Devon é o típico bad boy que arranca suspiros por onde passa, não quer se casar, não quer responsabilidades até conhecer Kath. Ele rapidamente se torna o homem que havia decidido não ser, e isso é legal, se todos os outros homens de Kleypas não fossem assim! Mesmo assim torci bastante pelo casal.

Alternando cenas da luta pela melhora de seu condado, com cenas de amor tórrido de Devon com Kath, a autora explora um pouco os demais personagens em algumas cenas. West é o irmão de Devon, dono de um humor livre, é como o irmão sem apego a nada, mas logo se identifica com o trabalho na terra e muda sua opinião sobre tudo.

Já as irmãs Ravenel, são três, a mais velha Hellen é tida como a moça perfeita, dona de uma beleza feérica, e que desperta encanto em todos. Já as gêmeas Cassandra e Pandora, embora já tenham 18 anos soam como pré-adolescentes inconsequentes, visto que passaram a vida toda no campo. Me lembraram muito Bea da série The Hathways, logo conquistaram me coração com sua espontaneidade e vivacidade.


Pacote Completo - Big Rock #04 - Lauren Blakely

Chase precisa de um lugar para morar, mas acaba de perder um apartamento que acreditou que conseguiria alugar. Isso porque em Nova York é bem difícil encontrar lugares decentes e precisa ter jogo de cintura e sorte para conseguir fechar o negócio. Enquanto isso, Josie está em busca de uma colega de quarto agora que está morando sozinha e precisa de alguém para dividir as contas. Então eles logo percebem que a solução para seus problemas está no outro. Porém, viver sob o mesmo teto com o melhor amigo por quem se sente muito atraído pode não ser uma opção muito boa, afinal ambos querem preservar a bela amizade e têm medo de que algo possa vir a estragar o bom relacionamento que estão construindo há anos.
Mas, ainda assim, decidem mergulhar nessa experiência criando algumas regras e decidindo que, não importa o que aconteça, as coisas devem ser separadas. E mesmo que avancem um pouco no sinal, precisam saber quando é hora de parar para não ser tarde demais e colocar tudo o que construíram a perder.
Eles sempre se deram muito bem e agora que moram juntos tudo está ainda melhor. Um fica cada vez mais empolgado para ver e estar com o outro, passam a compartilhar suas vidas, seus segredos, suas rotinas. E acabam se envolvendo fisicamente também. E tudo anda maravilhosamente bem. Só que percebem que está na hora de mudar o foco e voltar ao que eram antes para não correr o risco de estragar nada. Mas, agora que outro tipo de sentimento entrou na equação e eles tiveram a chance de experimentar como era estar com o outro, será que conseguem voltar ao ponto antes de tudo isso, sem ficar complicado? 
Esse já é o quarto volume da série Big Rock, de Lauren Blakely, publicada no Brasil pela Faro Editorial, e o terceiro que leio – li este antes do livro três, “Bem Safado”. As obras da autora são narradas em primeira pessoa pelo protagonista masculino, o que é maravilhoso. São muito divertidas, leves, envolventes e bem quentes. Gosto muito dessa soma de elementos (exceto pelo último que não me incomoda se não estiver presente), então é claro que sempre quero ler mais e mais títulos dela.
Gostei muito de ambos os protagonistas. Inclusive, dos três homens criados por Lauren que já conheci – Spencer (Big Rock), Nick (Mister O) e Chase –, este é o meu preferido com muita vantagem. Ele é um fofo, adorável e amigo do peito (literalmente às vezes haha). Eu certamente gostaria de um desses na minha vida. E Josie não fica atrás, adorei sua personalidade e o fato de ela ser uma garota normal, que tem um corpo normal e não liga para isso, afinal adora ser confeiteira (queria uma amiga dessas! Hahaha) e provar seus deliciosos quitutes (que aliás, preciso! Chase faz parecer tudo tão apetitoso que eu queria entrar no livro para experimentar também! Doces, minha perdição! hahaha).
O mais bacana dessa série é que os personagens de um livro são ligados de alguma forma com os de outro volume, seja porque são irmãos, amigos, etc. Então temos a chance de acompanhar todo um núcleo familiar e/ou de amizade muito bacana, e já conhecemos um pouco o protagonista da próxima obra ou revemos os das anteriores em cada exemplar.
A narrativa flui maravilhosamente bem, de um jeito bem especial que nos deixa presos nas páginas de forma interessante e leve. A trama é simples e muito envolvente e os personagens são tão cativantes que a gente sente vontade de fazer parte daquele grupo de amigos de verdade.
Como toda história típica de melhores amigos que começam a se relacionar romanticamente, nós vamos ver ambos os personagens relutantes e com medo de que aquela nova relação possa afetar a amizade entre eles. E aqui não foi diferente. Foi fofo ver essa transição e eles se adaptando a tudo o que estava acontecendo. Porém, Chase e Josie acabam guardando os sentimentos dentro do peito por muito tempo em vez de expô-los ao outro, e acaba demorando demais para isso acontecer na minha opinião, que queria logo os dois juntos. Fiquei desejando mais diálogos entre eles nesse sentido. Não que tenha sido ruim, só que fiquei ansiosa.
Esse título parece remeter a alguma coisa mais, digamos assim, safada. Porém, tem uma explicação para ele que não necessariamente segue essa ideia, e eu gostei bastante. Também quero um Pacote Completo na minha vida, mas, diferente dos livros, a vida real é bem mais difícil e esse tipo de homem já está quase extinto, infelizmente.


Hoje e Sempre - MacGregors #05 - Nora Roberts


No cenário americano na década de 1940, Anna Whitfield quer ser uma médica cirurgiã e leva muito a sério sua carreira e seus objetivos de vida, então não tem tempo ou disposição para relacionamentos amorosos. Principalmente com os homens com quem tem algum tipo de contato, já que todos querer encontrar uma esposa obediente, quieta, que fique em casa cuidando da família e coloque o marido em primeiro lugar. Trabalhar está fora de questão e ser médica, então, que nem profissão de mulher eles acham que é, não deveria nem mesmo ser cogitada.
Daniel MacGregor é só mais um entre tantos homens machistas que só se importa consigo mesmo e quer uma mulher “perfeita” e submissa para formar uma família com muitos filhos para herdarem seu império, que ele construiu com determinação e perspicácia, e aos 30 anos já está alcançando o seu segundo milhão. Quando decide que está pronto para essa nova etapa de sua vida, esse escocês meio bruto decide encontrar uma mulher bonita, de linhagem forte e silenciosa.
Porém, todas parecem apenas vazias. E ele se encanta justamente por aquela que nada tem a ver com que ele deseja. A atração física é mútua e tem muito potencial para dar certo, afinal não falta química entre os dois e sobra personalidades fortes. Claro que com sua sagacidade e persistência, ele tem certeza de que vai conseguir desdobrar aquela bela mulher e fazê-la entender seu ponto de vista. Só que ele não contava é que Anna é dona de seu próprio nariz e destino e não vai aceitar o que ele tenta impor e nem vai mudar por ele, não importa o quanto Daniel deseje isso. Dizem que o amor pode fazer com que tudo seja superado, mas será que esse sentimento é tão forte a ponto de fazer com que duas pessoas tão diferentes e teimosas encontrem algum tipo de equilíbrio?
Uma das coisas que acho bem interessante na vida de um leitor é que nada é cem por cento certo, os gostos podem mudar com o tempo e também o momento da leitura pode influenciar muito no quanto você vai gostar de um livro – ou detestá-lo (e qualquer coisa entre um e outro). A leitura de “Hoje e Sempre” é um exemplo clássico disso na minha vida. Tentei lê-lo há alguns meses e até parecia ser algo interessante, porém não estava na vibe de ler essa obra, então ela não estava fluindo e nem me interessando muito. Por isso, desisti, deixei-a de lado por um tempo até que eu me sentisse no clima para apreciá-la da maneira como gostaria.
Agora eu fiquei interessada na leitura novamente e a peguei para dar continuidade de onde havia parado. E não é que tudo fluiu maravilhosamente bem? Os personagens passaram a ficar bem mais interessantes, a trama me prendeu mais e me conquistou completamente! E agora pude notar a beleza de cada parte, aceitando as coisas que nos deixam indignadas (afinal as coisas não são sempre boas), e amei o resultado final. E vim contar a vocês o que fez eu me encantar com essa obra da queridíssima Nora Roberts.
O maior destaque de tudo é, definitivamente, a protagonista feminina, Anna Whitfield, que é uma mulher de personalidade forte, à frente de seu tempo, que não abaixa a cabeça por nada, muito menos por pessoas que a julgam por ser quem ela estava destinada a ser e por homens que se acham superiores só porque nasceram do sexo masculino. E até mesmo não se diminui ou muda seu jeito/seus pensamentos pelo homem por quem se apaixonou. Então, muitas palmas para ela! Mais ainda por saber que enfrentou tudo isso numa época que ainda era bem difícil para as mulheres, a década de 1940 (não que hoje seja fácil).
Já conheci diversas personagens femininas que acabam cedendo um pouquinho aqui, outro pouquinho ali, para poder se adaptar ao que a sociedade e/ou ao homem que ama e o que esperam delas. Mas não Anna. Ela finca seus pés no chão e, por mais que sofra com as consequências disso, muitas vezes ruins, não muda. Fazendo com que o Daniel comece a se questionar, assim como sua visão do mundo, e passe a aceitá-la. A aceitar que as mulheres também são fortes e capazes e que também merecem seu lugar no mundo. Não foi fácil, não foi rápido, mas aconteceu. E isso foi realmente maravilhoso de acompanhar.
Por conta de comentários machistas e visões fechadas, Daniel definitivamente não poderia nem chegar perto de ser um dos personagens masculinos que me conquistou na vida. Porém, vê-lo mudando, amadurecendo, se adaptando e crescendo como ser humano com certeza fez com que eu começasse a apreciá-lo mais e até terminei a leitura gostando dele. Porque o problema maior não é ter tido pensamentos retrógrados, já que isso muitas vezes vem de família e meio ambiente em que foi criado. O importante é a pessoa ser aberta a novas visões, a poder amadurecer e perceber que o mundo é muito mais do que aquilo que estava acostumado. É aceitar o diferente e mudar.


Onde Habitam os Dragões - Crônicas do Imaginarium Geographica #01- James A. Owen


A primeira coisa que preciso dizer antes de começar essa resenha é uma informação pessoal, mas importante para compreender minha opinião sobre o livro a seguir. Meu livro favorito é O Senhor dos Anéis, com todas as suas longas descrições, sua língua élfica que me utilizo até hoje rs e com toda a emoção que me permitiu rir e chorar (foi o único livro que me fez isso!). Então tudo que vem depois disso no estilo fantasia, me lembra Tolkien, e é minha referência quando leio um livro do gênero. E até acho que algumas destas coisas eu já comentei vez ou outra.

Dito isso sigo com a resenha de Onde Habitam os Dragões (1º livro da Série Crônicas do Imaginarium Geographica ) do autor James A. Owen, pela editora Underworld. Este livro se passa na época da I Guerra Mundial em Londres, onde o assassinato do Professor Sigurdsson reúne três estranhos: John, Jack e Charles.

Os três encontram com Bert, que diz a John que ele é o novo guardião do Imaginarium Geographica, um atlas de todas as terras que já existiram em mito ou lenda, fábula ou conto de fadas. Ele ainda explica que estas terras podem ser visitadas a bordo do navio Dragão Índigo. Ao mesmo tempo em que se vêem perseguidos por estranhas criaturas que os fazem subir abordo do Dragão Índigo e fugir para o mundo da Imaginação. Uma aventura sem precedentes se inicia!

Para mim falar deste livro é difícil, ele mexeu demais com as minhas emoções, pelo fato citado sobre Tolkien acima, o livro é como uma homenagem a ele e a todos os diversos autores de fantasia (se não me engano todos ingleses) de livros clássicos. Cita diversas referências a diversos contos, histórias, livros e autores, não de maneira como muitos livros se baseiam, mas como uma realidade posta.

A trama é narrada em terceira pessoa, e a grande novidade é que os protagonistas são três homens jovens, imagino que eles devam ter entre 20 e 25 anos, porque John inclusive já é casado. Diferente de todos os livros do gênero atuais que têm adolescentes ou crianças como personagens.

A narrativa flui de maneira mágica, e a expectativa cresce a cada capítulo, tanto sobre o desenrolar da trama, quanto quais serão as próximas referências utilizadas. A capa é linda, e apresenta uma ilustração do Dragão Índigo. A diagramação é simples e conta com diversas notas de rodapé. O começo de cada capítulo traz uma ilustração feita pelo próprio autor, que nos ajuda a imaginar os personagens.

John é um personagem que sofre uma mudança muito forte ao longo da trama, no início do livro ele está em um hospital se recuperando dos traumas que viveu na guerra, e depois se vê diante da responsabilidade de ser o guardião do atlas. Jack é o mais jovem e irresponsável, vai aprendendo através da dor que nem sempre está certo, e sobre seu papel diante dos fatos. Charles é mais calmo, é um ponto de equilíbrio entre John inseguro e Jack inconsequente.

Existe uma diversidade enorme de personagens ao longo do livro, de faunos até animais falantes, passando por elfos, anões, goblins e etc. Essa riqueza é encantadora e auxilia muito no desenrolar da história. São personagens muito bem construídos nos critérios da fantasia.

A arte do livro é um espetáculo a parte, repleto de ilustrações com um traço lindo (feitas pelo próprio Owen), capa maravilhosa, traz a sensação dos velhos livros de capa dura e contos que o mundo já esqueceu. A série conta com oito livros publicados, mas infelizmente no Brasil apenas o primeiro saiu, e com o fim da editora Underworld nenhuma outra editora deu continuidade a série, o que é uma falha, então fica a dica para as editoras!


Despertar - Espiral do Desejo #01 - Nina Lane

Dean e Olivia são o tipo de casal perfeito que tem um casamento maravilhoso que muitas pessoas gostariam de vivenciar igual. Eles se amam, se cuidam, têm uma vida sexual incrível e muito ativa, se completam e são dedicados um ao outro. Porém, na vida íntima deles há algumas cicatrizes que precisam ser trabalhadas. E, quando Olivia acaba descobrindo um segredo do passado dele, as coisas ficam piores a ponto de talvez fazer com que o relacionamento dos dois encontre sua ruína. Resta saber se eles vão conseguir lidar com tudo o que estão enfrentando agora e se o amor que sentem um pelo outro será capaz de libertá-los dos problemas e fazer com que superem os obstáculos para voltarem a ser felizes e perfeitos novamente.
Devo dizer que logo que vi a sinopse desse livro e a proposta de conhecermos um casal que já estava junto há alguns anos, fiquei curiosa porque não é algo que vejo com frequência ser trabalhado e também não leio muitas vezes (na verdade, no momento não me recordo de ter lido mais títulos seguindo uma linha semelhante, apesar de conhecer outros). E ainda queria saber como a autora ia trabalhar o relacionamento dos dois, mostrar o que estavam enfrentando em suas vidas e no casamento para depois darem a volta por cima e reencontrarem a felicidade, mostrando que o amor fala mais alto. Porém, infelizmente esse exemplar não funcionou para mim e eu acabei não gostando tanto da leitura.
Primeiro porque o enredo é fraco e não acontece quase nada na vida dos personagens, que estão sempre vivendo as mesmas coisas e depois fazendo sexo. E achei bem desnecessária a quantidade exorbitante de cenas de sexo nesse livro. Parece que a autora só queria encher linguiça e, como não tinha ideias melhores, colocava os personagens explicitamente em momentos íntimos um com o outro ou sozinhos. Desnecessário na minha opinião.
Também me senti um pouco agoniada com a leitura porque parece que só encontrávamos problemas, brigas e desentendimentos. Sei que todo mundo passa por isso e é algo super normal, mas nessa leitura eu confesso que ficava esperando por um ponto de equilíbrio, algum momento que ia haver coisas positivas também e um amor melhor do que o mostrado, que senti que foi mais como uma obsessão de um pelo outro. Eles só brigavam, faziam sexo e as pazes, depois voltavam a se desentender novamente e isso virou um ciclo da primeira até a última página, o que tornou a leitura bem repetitiva e, consequentemente, cansativa para mim.
E me incomodei muito com relação a falta de diálogo dos dois, que podiam resolver questões muito facilmente se simplesmente agissem como os adultos que são e conversassem sobre o que queriam, o que precisavam, o que sentiam. Faltou muita maturidade nessa relação, e olha que ele é dez anos mais velho do que ela e já esteve em vários relacionamentos anteriores, então no mínimo deveria ter uma iniciativa de tentar arrumar o que estava dando errado, mas não acontecia isso.
Apesar disso, não posso negar que a escrita da autora flui muito bem e de maneira estimulante, então mesmo ficando um pouco de “saco cheio”, eu queria continuar lendo para saber se tudo ia mudar, se teríamos uma reviravolta bacana que me deixasse de queixo caído ou algo do tipo. E as páginas eram avançadas rapidamente, já que sua narrativa é leve, rápida e direta, fazendo com que mesmo não gostando tanto, a gente não largue o exemplar e ainda finalize antes do esperado.
O final foi outro ponto negativo porque tudo estava mal, assim como no restante do livro (como comentei anteriormente), e de repente parece que as coisas meio que se resolveram um pouco. Mas isso aconteceu do nada e de uma forma totalmente sem graça ou desenvolvida. E, ainda por cima, foi nas últimas páginas. Ou seja, a gente mal piscou e já estava tudo diferente. Sendo que o resto do livro foi tão igual que dava para a autora ter feito isso muuuuito antes.
Sei que o livro tinha como o propósito ser um pouco diferente dos que geralmente encontramos com facilidade nas livrarias, já que dessa vez temos a chance de conhecer um casal já casado e com um relacionamento que ia bem até aquele momento. E, como comentei no início dessa resenha, eu estava empolgada para conferir isso porque ia sair um pouco da mesmice (não que eu me incomodo com clichês e coisas semelhantes, porque na verdade adoro e sempre vou continuar lendo esse tipo de livro). Porém, devo confessar que os trechos que eu mais gostei foram justamente os que mostravam os dois no passado, como foi que se conheceram, começaram a se interessar pelo outro e como se esforçaram para enfrentarem qualquer barreira e ficarem juntos. Gostei muito de ver aquele homem mais velho, inteligente e com uma vida resolvida, bonito e que chama a atenção por onde passa, se interessando por uma menina que não é tão diferente dele, além de bem tímida e acanhada. E o modo como ele lidou com tudo, com paciência e compreensão e carinho. Foi realmente bem fofo e de fazer suspirar.


O Rei das Cinzas - A Saga dos Jubardentes #01 - Raymond E. Feist

A primeira coisa que me chamou bastante atenção nesse volume foi a capa, que traz essa ilustração linda, despertando bastante a minha atenção para eu ler a sinopse. Quando eu li sobre o que se tratava o livro, precisei dele para ontem, já que a sinopse me encantou no momento que comecei a lê-la, e logo esse título entrou na minha pilha de leituras. Agora, venho compartilhar com vocês as minhas opiniões a respeito dessa obra publicada pela HarperCollins Brasil.
Em “O Rei das Cinzas” conhecemos um pouco mais sobre o mundo de Garn onde há Cinco Grandes Reinos que convivem em paz um com os outros, são eles: Sandura, Itrácia, Zindaros, Metros e Ilcomen. Tudo estava indo muito bem até que Lodavico, o rei de Sandura, que, aliado com outros três reis, resolve trair Steveren, rei de Itrácia, pois o seu reino era muito forte. Visando o poder com a destruição desse reino, Lodavico faz com que a família real, também conhecida como os Jubardentes, seja deposta e todos são mortos, reduzindo um reino próspero a um local em ruinas, abandonado e falido. Então o Reino das Chamas se torna cinzas.
Porém, o bebê recém-nascido da família de Itrácia acabou sobrevivendo, já que durante a batalha ele foi raptado e entregue para uma sociedade secreta conhecida como Nação Invisível, que levou o pequeno para cuidar. Daylon Dumarch, Barão e amigo do rei Steveren Langerene, se sente em dívida com o herdeiro de sangue Jubardente, já que teve uma participação na traição do seu amigo.
Com os rumores de que o filho recém-nascido do rei sobreviveu, e que foi acolhido por uma sociedade secreta, os quatros reis oferecem uma enorme recompensa pela cabeça da criança com medo  de que ele cresça com o desejo de vingança.
O herdeiro cresceu órfão, se chamando Hatushaly, também conhecido como Hatu, e foi treinado nas artes mortais da Nação Invisível junto com os seus amigos, Hava, uma menina bastante habilidosa na luta, e Donte, filho de um membro muito poderoso da Ordem. Ele cresceu sem saber do seu passado, por isso fica em conflito com os seus próprios sentimentos, pois não sabe de suas origens.
Conhecemos também Declan, outro menino órfão que foi criado por Edvalt e se tornou um mestre ferreiro em armas, que aprendeu os segredos da produção do fabuloso aço do rei. Ele vive na pequena vila de Oncon em Covenant, uma região neutra que fica entre dois reinos. As coisas mudam quando traficantes de escravos chegam a pequena vila para capturar jovens para virarem soldados em Sandura. Seu mestre então o envia para Marquensas, para que ele possa levar o seu conhecimento para o barão Daylon Dumarch, pois acredita que ele tenha forças para se opor ao Lodavico, que se aliou a Igreja do Deus Único, e, com isso, está impondo sua religião sobre a população e queimando descrentes pelo caminho.
É nesse cenário que esse primeiro volume se passa, sendo um livro mais introdutório, deixando a gente ciente de toda a história e com um ar de que os próximos terão ritmos mais frenéticos. Não é que esse primeiro volume seja parado, mas ele é mais de ambientação e preparação para os próximos.
A vida de ambos os jovens é rodeada de segredos, e isso faz com que a gente não consiga parar de ler nem por um segundo, pois sempre queremos descobrir mais coisas.


Conheça o Intrínsecos – Clube de Livros da Intrínseca


Oii, gente! Como vocês estão? No post de hoje vim dar uma dica bem bacana! O Intrínsecos é o clube de assinatura da Intrínseca, o qual você paga um valor mensal e recebe uma Caixa especial contendo um título inédito da editora em uma edição especialmente desenvolvida para os assinantes, revista sobre o exemplar e ainda um brinde!
Como funciona?
>> Você escolhe um plano e recebe todo mês em sua casa uma caixa especial com um título surpresa escolhido e editado pela equipe da Intrínseca. A obra é inédita no Brasil e vai vir numa edição capa dura e colecionável, com projeto gráfico diferente, exclusiva para os assinantes.
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>> A edição da caixa é diferente da que será vendida nas livrarias (que só será lançada pelo menos 45 dias depois da caixa). As capas serão lisas e coloridas, com os nomes dos livros nas lombadas e com fitilho para marcar a página.
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O Feitiço Azul - Bloodlines #03- Richelle Mead

Quando você acredita que uma autora já complicou a vida da protagonista o suficiente é porque você não conhece a senhora Richelle Mead, que em seu livro O Feitiço Azul, terceiro volume da série Bloodlines, publicado pelo selo Seguinte, conseguiu fazer todos os problemas possíveis para uma pessoa só rs! Por tratar-se de uma sequência contém spoilers.

Depois de tanto tempo ao lado dos vampiros Sydney Sage já não os olha da mesma forma, ela nem sequer tem mais a mesma fidelidade ao grupo dos alquimistas depois de descobrir que ex-alquimistas existiam. Determinada a descobrir a verdade a respeito deste grupo ela parte em busca de Marcus Finch. Sua tarefa já seria difícil sozinha, mas agora além desta busca ela deve evitar ser morta por uma bruxa que suga a energia de jovens. No final desta jornada qual será a verdade que permanecerá?

Não foi exagero começar essa resenha dizendo que a pobre Sage está com mais problemas do que o normal, ela além de buscar pelos ex-alquimistas, e buscar por essa bruxa sugadora de garotas, ela ainda deve cumprir seu trabalho junto a Jill e sua equipe, Eddie e Angelina, que não param de dar trabalho, e claro lidar com o seu sentimento por Adrian. Quando alguns destes problemas não resolvem se cruzar, e deixar ela mais perdida ainda!

Com tudo isso Sydney evolui cada vez mais de alquimista fiel a ordem, para um dissidente em busca de si mesma. Como ela cresceu dentro das regras dos alquimistas ela nunca teve espaço para ser ela mesma, ela sequer sabe do que gosta ou o que quer. Logo gostar de Adrian, um vampiro, um alvo proibido mexe demais com ela. Sua transformação é lenta, e pode cansar aos que torcem pelo casal, e pelo avanço da trama, mas esta característica só mostra a veracidade dos fatos, ninguém muda velhos hábitos e crenças da noite para o dia.

Se eu tinha birra com Andrian Ivashkov em Academia de Vampiros, e aos poucos estava cedendo a ele com esta série, neste livro entrego os pontos, o vampiro está a coisa mais fofa. Protetor e fiel a Sydney, ele não mede esforços para ajudar a mocinha, ao mesmo tempo em que investe na relação. Torci muito, muito mesmo para essa relação desenrolar, não só porque torço pelo amor, mas porque depois de tudo que ambos passaram eles merecem um alguém para chamar de 'seu'. Os dois juntos fazem muito bem um ao outro, eles se tornam pessoas melhores pela relação que estabeleceram de cumplicidade e honestidade.

Não gostei do clã dos dissidentes, eles são muito extremistas, e embora tragam verdades a Sydney não ganharam minha consideração. O contrário ocorreu com o núcleo bruxo, que tem apenas a Sra. Terwilliger que tem bastante enfoque neste volume, já que elas estão em busca desta bruxa má, ao mesmo tempo que a Sra. Terwilliger ensina cada vez mais feitiços para Sage. Adorei todas as sequências de magia, especialmente a invocação de um pequeno demônio!

O trio Adrian, Sydney e Terwilliger é muito bom junto! Eu gosto muito quando um autor consegue juntar 'raças' diferentes em um grupo de forma homogênea, eles se complementam e evoluem bem.


O Segredo do Meu Marido - Liane Moriarty

Cecilia Fitzpatrick leva uma vida maravilhosa. Tem uma família incrível, filhas adoráveis, um ótimo marido, ambos são bem-sucedidos em seus trabalhos, e tudo ao seu redor é completamente organizado, assim como sua casa. Ela tem grande participação na comunidade, no colégio das filhas, possui diversos amigos e é querida por muitos. Sua vida social também vai bem e ela é excelente em lidar com problemas e resolver situações.
Até que encontra acidentalmente uma carta misteriosa deixada por seu marido para ser lida por ela na ocasião da morte dele. Primeiramente, ela decide respeitar o pedido, porém algo bem estranho acontece e Cecilia percebe que precisa saber o conteúdo, por isso decide lê-la. O que ela não sabia é que encontraria ali uma grandiosíssima confissão de John-Paul, que tem muito potencial para estragar não apenas a vida que eles construíram até então e até a sua família, mas também a vida de outras pessoas ao redor deles, sejam elas importantes ou quase desconhecidas.
Em paralelo, conhecemos Rachel, que perdeu sua filha quando esta ainda era adolescente, mais de vinte anos atrás. Porém, a dor ainda a corrói profundamente e ela continua enfrentando um dia após o outro com muito sofrimento, saudade e pensamentos sobre o que a jovem poderia ter se tornado se ainda fosse viva. E também acompanhamos Tess, que acreditava que tinha um casamento feliz, sincero e normal, até que seu marido e sua prima, que é quase uma irmã para ela, fazem uma confissão que pode mudar tudo.
Agora Cecilia tem uma grande responsabilidade em suas mãos e ainda não sabe como lidar com isso. Afinal, se optar por revelar o segredo, irá prejudicar e mudar a vida de muitas pessoas especiais, mas se guardá-lo para si, fará com que não consiga viver normalmente por muito mais tempo, já que a verdade está correndo seu coração aos poucos.
No início deste ano eu tive minha primeira experiência lendo algo dessa autora com a obra “Pequenas Grandes Mentiras”, e gostei bastante de seu trabalho. Por conta disso, fiquei empolgada para conhecer outros de seus títulos. E o escolhido da vez foi “O Segredo do Meu Marido”, que eu também adorei.
Uma das principais características da escrita de Liane é a sua capacidade de construir personagens tão reais, cheios de problemas, pensamentos conflitantes, vivendo uma vida inteira de coisas diferentes, nem sempre esperadas ou desejadas. Essas pessoas poderiam ser gente que nós conhecemos, já que ninguém conhece perfeitamente o outro, e o ser humano tem a capacidade de só mostrar o que deseja que as outras pessoas saibam. Então somos todos multifacetados, assim como os personagens criados por essa magnífica autora.
E ela mostra como o ser humano é complexo! Em 99,9% das ocasiões (claro que isso não é um número real, apenas uma estimativa de brincadeira) uma situação em que não estamos envolvidas ou que não protagonizamos não acontece da maneira como acreditamos. Isso porque cada ser humano é único e tem sua própria maneira de pensar e agir independente dos demais. E muitos ainda guardam diversos segredos (ou apenas coisas que não saem compartilhando sem motivo aparente) dentro de si, ainda que não percebam.
Acho maravilhoso ter a oportunidade de acompanhar todos esses ângulos que ela nos faz enxergar, nos quais podemos ver cada nuance diferente que uma situação apresenta, ainda que os envolvidos tenham uma percepção daquele momento, que, é claro, é diferente dos demais. Ou seja, como somos apenas observadores daquela trama que está sendo contada, podemos entender o os pensamentos e o que se passa dentro de cada personagem envolvido, assim como suas ações. Então conseguimos perceber que alguns acreditam firmemente saberem a verdade sobre outra pessoa ou algo, mas nós (e a pessoa de fato) sabem que aquilo não é bem assim.
Como deu para notar, esse enredo também é muito reflexivo. Não há como ler essa obra sem imaginar o que você poderia fazer em situações semelhantes. E também sempre começamos a questionar o que é certo e o que é errado. Será que a vida é tão preto no branco como em diversas ocasiões pensamos e agimos sem nem perceber? Ou será que sempre há uma pequena nuance que, se pararmos para analisar, ou se simplesmente vivenciarmos aquilo, poderemos notar que não era de fato como julgamos a princípio?


Menu Para a Semana - Amanda Hesser & Merrill Stubbs

Como sou uma apaixonada por livros de receitas, sempre que vejo um novo ele automaticamente já entra na minha lista de desejados e fico namorando-o até o momento em que finalmente posso adquiri-lo. A obra da vez é “Menu Para a Semana”, de Amanda Hesser e Merrill Stubbs, publicada pelo meu querido selo Companhia de Mesa, da Companhia das Letras.
Com o subtítulo Receitas e Cardápios Para Agilizar a Sua Cozinha, a proposta desse exemplar é auxiliar as pessoas que desejam economizar tempo e dinheiro na hora de preparar uma refeição, sem precisar ficar caindo na mesmice. Para ajudar a chegar a um resultado delicioso e satisfatório, as autoras propõem que a gente se planeje e faça um cardápio de pratos que vamos comer durante a semana seguinte e já separe uma lista de compras com exatamente todos os itens que serão utilizados. Depois, é só tirar algumas horas do seu final de semana e preparar alguns dos pratos, que serão utilizados e adaptados durante as refeições da semana atual.
Muitas das receitas são diretas e rápidas, outras são mais elaboradas, mas como são preparadas antecipadamente, não atrapalha ou cansa na correria da vida, e isso serve para não ficarmos com preguiça ou arrumarmos desculpas na hora de inovar um pouco e comer muito bem no dia a dia também. Ou seja, não precisamos deixar os pratos especiais para ocasiões raras, pois com planejamento e imaginação temos a chance de aprender e preparar facilmente receitas diferentes para a semana inteira!
Para agilizar o processo e facilitar o entendimento dessa ideia sensacional, Amanda e Merrill fizeram respectivamente dois cardápios semanais para cada estação do ano, ou seja, há um total de quatro opções de Menu para serem utilizadas na Primavera, no Verão, no Outono e no Inverno.
E, em cada Menu, encontramos um tipo de Índice de quais Receitas serão preparadas naquela semana, depois uma breve explicação de Como Combinar cada uma delas, inclusive com coisas que você vai precisar finalizar No Dia que vai consumir, seguida de um Planejamento com coisas Para Fazer no Fim de Semana, e depois algumas dicas bem valiosas em um tópico separado com um título que varia de semana para semana. Para finalizar, encontramos a Lista de Compras, já separada por Categorias, como Hortifrúti, Ervas, Especiarias, Despensa, Laticínios e Ovos, Carnes e Frutos do Mar, Congelador, Padaria, Bebidas, entre outros. Ou seja, é tudo minuciosamente explicado e detalhado para ninguém colocar defeito.


Com isso, você já vai entender o processo e conseguir montar os seus próprios cardápios futuramente, para poder criar e elaborar suas próprias receitas e também novas formas de fazer as que já tem em mente. É claro que tudo o que elas falaram são apenas ideias e podem (e devem) ser modificadas para cada pessoa, levando em consideração seu tempo em casa, o tamanho da sua família, o que gostam ou não de comer, se você prepara as refeições sozinha ou acompanhada, a facilidade ou não de encontrar determinados ingredientes, etc., etc.
Mas, durante o livro todo há dicas e opções de coisas diferentes a serem feitas. Por exemplo, ainda na Introdução, elas explicam Como Usar Esse Livro, o que é bem bacana para entendermos o processo da melhor forma possível, já que é tudo bem explicado em tópicos para fácil compreensão. Também há a Sabedoria de Cozinha, onde elas nos contam um pouco sobre como Guardar Ingredientes Frescos, Guardar Comida Pronta, Reaquecer, Congelar, Limpeza e Ingredientes Para Ter à Mão. E no início de cada receita há um pequeno texto com alguma informação ou explicação sobre a receita da vez.


25º Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2018

Desde o dia 03 de agosto está acontecendo aqui em São Paulo a 25º Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Neste ano não consegui ir no primeiro dia como de costume, mas no dia 06 bati meu cartão no evento!

Para analisar o evento se faz necessário separar o mesmo em alguns aspectos diferentes, alguns tiveram saldos positivos outros negativos. O primeiro ponto negativo a se destacar é que ficou muito evidente a diminuição das editoras presentes no evento, cresceram consideravelmente os stands com livros em preço único (em sua grande maioria no valor de R$ 10,00 reais) e senti falta de algumas editoras que costumam estar presentes.

Em segundo lugar fica a questão que já vem caindo ano a ano que são os brindes das editoras, com isso me refiro a marcadores e degustações de livros. Ironicamente as pequenas editoras estavam com muitos marcadores, enquanto que as maiores raramente tinham marcadores a vontade. Degustação de livro apenas uma tinha alguns itens. Eu compreendo que estamos em momento de enxugar gastos, mas como você pretende fazer propaganda de seus itens se você não faz estes investimentos que geram resposta a longo prazo? Quantas vezes um marcador acaba lembrando você de um livro ao usá-lo? Ou uma degustação lhe convence que uma narrativa serve para você?

O tamanho de alguns destes stands de editoras grandes também diminuíram, outro ponto que mostra uma economia por parte das editoras. Os stands com mais destaque foram o da editora Madras com o seu vasto catálogo exposto e ainda com grande variedade de marcadores a vontade; o da Harper Collins com diversos pontos para fotos (a famosa toca do hobbit, a mala de Newt Scamander e os Unicórnios da Larissa Manoela, e o da Submarino com uma ilha destaque para os livros da Darkside Books com ninguém menos do que a boneca Anabelle. Claro a Rocco tinha uma vitrine linda do nosso bruxinho favorito, mas o stand deles estava menor do que da edição anterior.

Eu não vi em nos stands funcionários das editoras fazendo divulgação de livros, ou apresentando os mesmos. Com isso a sensação é que tratava-se de uma feira de compra de livros e não de divulgação, na verdade eu tenho me perguntado muito em todos estes anos qual o real objetivo da Bienal. Se é apenas a venda de livros não precisa de grandes stands e nem de ser bienal, poderia muito bem ser realizada anualmente de forma até mais simples.

Agora o ponto alto e positivo do evento foram as promoções nos stands de dez reais. Para quem tinha tempo e paciência existiam verdadeiras perolas neles! Eu consegui, por exemplo, A Rainha Branca da autora Philippa, O Senhor dos Anéis edição individual das Duas Torres e O retorno do rei (resolvi comprá-las separadas por minha versão única é muito pesada rs!) por esse preços, e estes livros costumam passar da casa dos quarenta reais!

Algumas editoras colocaram alguns títulos de seus catálogos a preços acessíveis, como Welcome to Night Vale (5 reais) e O caçador de Trolls (10 reais) na Intrínseca, ou na Novo Século a série inteira Night Huntress estava por 10 reais cada livro! Mas algumas não fizeram promoção alguma.

Devo ressaltar que não participei de nenhum evento realizado pelas editoras como palestras ou tarde de autógrafos, já que minha prioridade eram os livros e não queria perder tempo com esperas ou filas, então neste aspecto não posso dizer quanto a feira foi boa.

Ao final do evento eu sempre saiu pensando, desta vez em quanto as editoras poderiam promover mudanças. Muitas delas tem o discurso pronto que o país está em crise, e que o brasileiro ainda por cima não tem hábito de leitura. Estas coisas são verdadeiras, mas não mudaram desde a fundação desta editoras. Eu com quase 33 anos nunca ouvi que nosso país estivesse fora de uma crise, ou que as pessoas estavam aprendendo a ler. Então porque não realizar políticas nesse sentido de ensinar crianças o hábito da leitura, de ir para as escolas transmitir isso através de seus livros. Já que é nas escolas que muitos deles aprendem a não gostar de ler através de livros que não falam a sua faixa etária. Porque continuar lamentando a economia ou o comportamento dos clientes, quando eles podem promover mudanças que não só gerariam lucros a eles, como poderiam mudar mentes e gerar até novas políticas? Fica a pergunta, já que não podemos mais ser aqueles que lamentam, ao invés de realizar.

Que venham mais bienais, mas que elas sejam mais do que feiras de venda de livros, que elas ensinem as próximas gerações o valor que um livro tem em uma vida e tudo que ele pode fazer por cada um de nós!






As Elizas - Sara Shepard

Assim que vi que Sara Shepard teria um novo título seu traduzido para o português, fiquei muito empolgada, até porque ela entra no hall de minhas autoras favoritas de todos os tempos. E, após ler viciadamente duas de suas séries, tinha uma certa convicção de que tudo que levaria o seu nome entraria para a minha lista de amados. Mas, como uma obra é sempre bem diferente das outras, as coisas não foram bem como eu pensava, e agora venho compartilhar com vocês as minhas opiniões a respeito desse novo exemplar da Sara.
Nesse volume conhecemos Eliza Fontaine, uma jovem escritora prestes a lançar o seu primeiro livro, que foi encontrada no fundo de uma piscina de hotel, e esse ato foi considerado mais uma de suas tentativas de suicídio. Só que dessa vez ela jura que não pulou na piscina sozinha, e que na verdade foi empurrada por alguém. No entanto, ninguém parece acreditar nela, uma vez que a mesma tem um histórico de tentativas de suicídio em piscinas.
Como nem mesmo o detetive parece acreditar em nossa protagonista, ela resolve começar a investigar o caso por si mesma para tentar descobrir quem que queria machucá-la. Sua única pista é o nome do rapaz que a salvou. E é assim que ela começa as suas investigações.
Somos então apresentados a Desmond Wells, um sujeito esquisito que parece querer criar uma certa conexão com Eliza e acredita ter visto alguém “fugindo” da suposta cena, mas que não viu nada conclusivo.
Eliza é uma personagem pouco confiável, uma vez que ela tem problemas com a bebida e algumas questões psicológicas. Ela precisou lidar com um tumor cerebral no passado e teve muito apagões. Logo de início conseguimos perceber que a sua palavra não é cem por cento certeira, e isso faz a gente ficar com dúvidas o tempo todo.
Enquanto acompanhamos nossa protagonista em busca da verdade sobre o que aconteceu, somos apresentadas também ao seu livro “As Dots”, onde conhecemos Dorothy e sua sobrinha Dot, que são personagens enigmáticas, e que nos traz uma trama obscura sobre Dot que foi para o hospital por conta de um tumor e a sua tia, que ficava com ela o tempo todo, até mais do que sua própria mãe, e que manipulava todos ao redor, inclusive a sua sobrinha.
O livro é cheio de reviravoltas, que fazem a gente ficar cheia de dúvidas, mas confesso que achei a história um pouco fraca e cansativa, e ela não me despertou tanto interesse quanto eu acreditava que iria. Em vários momentos achei que Sara acabou se perdendo e não li com tanto entusiasmo. O final foi bacana, conseguiu dar uma boa explicação para tudo e fechou a trama de forma interessante.


Rebelde e Um Mundo Novo - MacGregors #0.1 e #0.2 - Nora Roberts

Como uma verdadeira fã de romances de época e dos livros de Nora Roberts, sempre tento ler suas obras para me encantar com os seus personagens e o mundo criado por ela. Por esse motivo, comecei a leitura de “Rebelde e Um Mundo Novo”, publicado pela Harlequin Books. Uma coisa que eu não sabia quando comecei a ler é que nesse volume encontramos duas histórias diferentes, já que após a obra “Rebelde” temos o conto “Um Mundo Novo”, o que foi bem interessante, já que eu não estava esperando. Agora venho compartilhar com vocês todas as minhas opiniões a respeito desses títulos.
Em “Rebelde” a história se passa no século XVIII, onde conhecemos Serena MacGregor, uma moça escocesa que não suporta os ingleses por conta de algo terrível que aconteceu quando ela tinha apenas oito anos. Esse acontecimento lhe marcou para sempre e isso faz com que a moça generalize todos eles, achando que nenhum é bom o suficiente para ficar perto dela ou de sua família. Inteligente e muito determinada, ela é uma mulher “livre”, ou seja, não vive de acordo com as regras da sociedade.
Conhecemos também Brigham Langston, conde de Ashburn e amigo do Coll MacGregor, o escocês que sempre o acompanha em diversas viagens. Agora, Brigham está acompanhando o seu amigo até o seu clã nas Terras Altas, na Escócia, pois ele é a favor do príncipe Charles Edward Stuart, que está reivindicando o trono da Inglaterra no lugar do Rei George. Então, pretende lutar ao lado do seu amigo pelo que acredita, mesmo que isso coloque em risco tudo, inclusive suas propriedades e o seu título. Enquanto eles viajam, seu amigo lhe conta sobre a sua irmã de idade mais próxima, uma jovem de temperamento ruim chamada Serena, o que faz com que tenha uma imagem dela. Porém, quando a conhece, repara que ela é muito mais do que imaginou, além de muito bonita.
Serena deveria estar agradecida por Brigham ter trago o seu irmão ferido para casa, mas ela não suporta o fato de ele ser inglês, e não disfarça o seu descontentamento com a sua presença em seu lar. No início, ambos começavam a discutir muito, mas a química entre eles é inegável e assim vamos acompanhamos esses dois se relacionando e se aproximando cada vez mais, o que foi bem gostoso e divertido de acompanhar.
Em “Um Mundo Novo” temos um conto de um pouco menos de cem páginas, que traz a história de Ian MacGregor, filho mais velho de Coll, irmão de Serena da primeira história. Como foi gravemente ferido em uma batalha contra os ingleses, ele anda fraco atrás de uma construção, mas não tem forças suficientes para chegar lá e acaba desmaiando antes de conseguir pedir ajuda. Até que Alanna Flynn, uma jovem viúva que perdeu o marido três anos atrás, sendo que havia se casado há muito pouco tempo antes disso acontecer, acaba avistando um homem caído enquanto estava andando para fazer suas tarefas. Então resolve ajudá-lo e, com isso, o leva para o seu lar e cuida dele até que fique bom novamente.
Quando abre os olhos, Ian vê uma mulher linda. A atração é inegável, mas Alanna resiste bastante, pois não quer voltar a se apaixonar por alguém envolvido com a guerra. Essa é uma história rápida, deliciosa e bem envolvente.
Ambas as narrativas são muito gostosas e trazem personagens maravilhosos. Além disso, a ambientação é incrível e podemos perceber como Nora pesquisa bastante para escrever seus títulos. Gostei muito de acompanhar a história desses dois casais, que, com muita química, conseguiram conquistar meu coração e tenho certeza de que o de muitos outros leitores também – espero que você sinta o mesmo.


Fablehaven - Onde As Criaturas Mágicas Se Escondem #01- Brandon Mull


Oito anos atrás eu me apaixonei pela escrita de Brandon Mull, no livro Fablehaven- Onde As Criaturas Mágicas Se Escondem, publicado pela editora Rocco. Mas com os preços salgados da editora eu nunca conseguia comprar os outros livros da série, até a submarino fazer a boa surpresa de colocar as continuações em promoção, mas tantos anos depois já não me lembrava da estória com detalhes, então a releitura foi inevitável.

Após a morte dos avós, os irmãos Kendra e Seth foram obrigados a ir para a casa de seus outros avós para que os pais realizassem o último desejo dos falecidos avós, uma viagem de navio.  Mas estes avós são estranhos aos dois, e a casa isolada nunca foi visitada antes. Ao chegar a fazenda alguma coisa parecia fora do lugar, a avó parece ter viajado, os funcionários do lugar são misteriosos. Além de uma estranha restrição de não ir a floresta, muito menos ao estábulo. Seth entretanto não gosta de seguir regras, e após provar um pouquinho de leite, ele passa a ver fadas por toda parte, e um novo mundo se abre para estes irmãos.

Como da primeira vez que li, a narrativa realizada em terceira pessoa de Mull é encantadora, e nos faz viajar para dentro desta reserva de animais fantásticos e criaturas mágicas. Com um tom infanto-juvenil acompanhamos as aventuras dos irmãos para descobrir o que é a fazenda que seus avós moram, assim como quem são eles que nunca interagiram com os netos e agora parecem dispostos a compartilhar suas vidas.

A ideia de uma reserva para estas criaturas é mágica e cria um mundo de possibilidades a ser explorado nesta série que conta com mais quatro livros, todos já publicados pela editora aqui no Brasil. Todo tipo de criatura surge na trama desde as clássicas fadas e brownies, até sátiros e um golem. Demonstrando conhecimento a cerca das mitologias envolvendo estes seres o autor conseguiu juntá-las com muita inteligência, ao mesmo tempo que cria um problema a resolver que conecta toda a família. As personalidades únicas de cada um destes seres são exploradas o que trás muita cor e envolvimento.

Seth o irmão mais novo é o típico garoto insuportável, já que não é capaz de seguir regras e menos ainda de fazer o que lhe é pedido. Por vezes é cansativo porque é a partir dele que as coisas começam a dar errado. Mas é também através de sua ousadia e persistência que outras coisas também começam a se encaixar. No fim ele é apenas uma criança curiosa descobrindo o mundo.

Kendra, a mais velha já tem uma personalidade certinha e estudiosa, procura respeitar os pedidos do avô, mas quando o irmão começa a aprontar ela também passa a quebrar suas regras para ajudá-lo. Mesmo na necessidade ela sofre um conflito interno para quebrar regras, e já está deixando a infância para trás, o que também a deixa em uma posição de busca no mundo.

Os avós Soreson são muito divertidos, com personalidades diferenciadas do esperado, e com isso acrescentam um toque único para a narrativa que embora soe comum, segue caminhos muitos próprios com um ritmo contagiante que flui tão rápido que mal sentimos quando a leitura acabar. As páginas nos instigam a ler cada vez mais, já que não entregam rapidamente as informações, é tão aos poucos que tudo é apresentado que chega a existir um ar de mistério em boa parte do livro.


[LANÇAMENTO] Almas Gêmeas - Nicholas Sparks


Oii, gente! Como vocês estão? No post de hoje viemos falar sobre um lançamento maravilhoso e muito aguardado pelos fãs: “Almas Gêmeas”, o novo livro de Nicholas Sparks! O queridinho dos romances emocionantes está de volta com uma trama que com certeza vai nos levar às lagrimas. Você já está preparado?
A pré-venda já começou, então corre para adquirir o seu o quanto antes! O lançamento mundial oficial é 16 de outubro, mas quem comprar na pré-venda já garante um brinde para lá de especial e exclusivo!
Confira a capa, a sinopse e o brinde abaixo:
Sinopse (Skoob)
Hope Anderson está numa encruzilhada. Aos 36 anos, ela namora o mesmo homem há seis, sem perspectiva de casamento. Quando seu pai é diagnosticado com ELA, Hope resolve passar uma semana na casa de praia da família, na Carolina do Norte, para pensar nas difíceis decisões que precisa tomar em relação ao próprio futuro.
Tru Walls nasceu numa família rica no Zimbábue. Nunca esteve nos Estados Unidos, até receber uma carta de um homem que diz ser seu pai biológico, convidando-o a encontrá-lo numa casa de praia na Carolina do Norte. Intrigado ele aceita e faz a viagem.
Quando os dois estranhos se cruzam na praia, nasce entre eles uma ligação eletrizante e imediata. Nos dias que se seguem, os sentimentos que desenvolvem um pelo outro os obrigam a fazer escolhas que colocam à prova suas lealdades e reais chances de felicidade.
O novo romance de Nicholas Sparks, na tradição de Diário de uma Paixão e Noites de Tormenta, aborda as muitas facetas do amor, os arrependimentos e a esperança que nunca morre, trazendo à tona a pergunta: por quanto tempo um sonho consegue sobreviver?