Assim que vi
que Sara Shepard teria um novo título seu traduzido para o português, fiquei
muito empolgada, até porque ela entra no hall de minhas autoras favoritas de
todos os tempos. E, após ler viciadamente duas de suas séries, tinha uma certa
convicção de que tudo que levaria o seu nome entraria para a minha lista de
amados. Mas, como uma obra é sempre bem diferente das outras, as coisas não
foram bem como eu pensava, e agora venho compartilhar com vocês as minhas
opiniões a respeito desse novo exemplar da Sara.
Nesse volume
conhecemos Eliza Fontaine, uma jovem escritora prestes a lançar o seu primeiro livro,
que foi encontrada no fundo de uma piscina de hotel, e esse ato foi considerado
mais uma de suas tentativas de suicídio. Só que dessa vez ela jura que não
pulou na piscina sozinha, e que na verdade foi empurrada por alguém. No entanto,
ninguém parece acreditar nela, uma vez que a mesma tem um histórico de
tentativas de suicídio em piscinas.
Como nem
mesmo o detetive parece acreditar em nossa protagonista, ela resolve começar a investigar
o caso por si mesma para tentar descobrir quem que queria machucá-la. Sua única
pista é o nome do rapaz que a salvou. E é assim que ela começa as suas
investigações.
Somos então
apresentados a Desmond Wells, um sujeito esquisito que parece querer criar uma
certa conexão com Eliza e acredita ter visto alguém “fugindo” da suposta cena,
mas que não viu nada conclusivo.
Eliza é uma
personagem pouco confiável, uma vez que ela tem problemas com a bebida e
algumas questões psicológicas. Ela precisou lidar com um tumor cerebral no
passado e teve muito apagões. Logo de início conseguimos perceber que a sua
palavra não é cem por cento certeira, e isso faz a gente ficar com dúvidas o
tempo todo.
Enquanto
acompanhamos nossa protagonista em busca da verdade sobre o que aconteceu,
somos apresentadas também ao seu livro “As Dots”, onde conhecemos Dorothy e sua
sobrinha Dot, que são personagens enigmáticas, e que nos traz uma trama obscura
sobre Dot que foi para o hospital por conta de um tumor e a sua tia, que ficava
com ela o tempo todo, até mais do que sua própria mãe, e que manipulava todos
ao redor, inclusive a sua sobrinha.
O livro é
cheio de reviravoltas, que fazem a gente ficar cheia de dúvidas, mas confesso
que achei a história um pouco fraca e cansativa, e ela não me despertou tanto
interesse quanto eu acreditava que iria. Em vários momentos achei que Sara
acabou se perdendo e não li com tanto entusiasmo. O final foi bacana, conseguiu
dar uma boa explicação para tudo e fechou a trama de forma interessante.
A obra é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista da nossa protagonista, Eliza, e
o fato de ela não ser uma pessoa confiável acabou agregando mais valor a trama,
pois nos deixava com incertezas e desconfianças, e nos fazia questionar tudo. E
eu gosto bastante disso.
A capa não é
muito bonita e fiquei um pouco decepcionada com a mesma. Mas entendo que a
Harper Collins quis fazer algo parecido com a original e até tem a ver com ela
e com o enredo, porém a do exterior é ainda mais feia do que a nacional, então
acabou que não gostei de nenhuma. Em compensação, a diagramação está bem
confortável para uma leitura agradável e as páginas são amarelas, o que também
ajuda bastante.
Recomendo “As
Elizas” para os leitores que curtem um thriller psicológico no qual temos
várias incógnitas para desvendar. A história não me agradou tanto, mas no geral
é uma leitura interessante, principalmente pelo final.
Avaliação
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