Festim das 12 Cadeiras - Elvis Delbagno

Um casal, Carlão e Laerte todos os anos promove jantares em sua mansão, procurando sempre proporcionar uma noite inesquecível e banhada a muita riqueza. Para o jantar desta edição eles resolvem comprar um novo conjuntos de cadeiras russas. Quando estas cadeiras chegam descobrem que em uma delas um pequeno tesouro em joias foi escondido. Para promover ação e surpresa eles resolvem que quem sentar nesta cadeira leva o achado como prêmio.

Mas o que parece algo simples acaba sendo uma sucessão de encontros e desencontros quando um convidado não comparece ao jantar e os demais resolvem agir por conta própria. Será que até o fim da noite alguém vai sair com o prêmio em mãos? Ou apenas com histórias para contar? Esta é a premissa de Festim das 12 Cadeiras, novo lançamento da editora Schoba, escrito pelo autor Elvis Delbagno.

O livro é narrado em terceira pessoa em boa parte da trama, apenas o capítulo 16 é escrito por um personagem em primeira pessoa. A narrativa de Delbagno é cinematográfica, ou seja, não é estruturada para um livro, é mais como um roteiro de cinema, o que pode soar um pouco estranho especialmente nas transições de cenas que se dão de forma um pouco seca. Além disto é feita de forma escrachada e debochada quando ele fala dos 'podres' dos personagens, o que muito me lembrou a linguagem usada no cinema brasileiro. A crítica também é ferramenta de Elvis, o que eu particularmente gosto muito em qualquer manifestação artística. As referências ao universo cultura das telas é presente, citando filmes e seriados.

Um traço marcante e forte da história é que todos os personagens que surgem tem um forte apelo sexual, o que faz com que eles tenham uma certa unidade. Sejam eles novos, velhos, homens ou mulheres qualquer coisa quase os remete a sexo, e como gostam este pessoal! Não existe cenas de sexo, mas muitas referências a ele, a libido é combustível em suas vidas.

O casal protagonista tem o estereótipo do casal gay afetado, o que eu particularmente não gostei, não por eles serem assim, mas pela forma que eles foram descritos, não gosto de descrições que soem preconceituosas. Acho que eles poderiam ter sido melhor explorados e de forma menos escrachada, já que existe potencial para eles. Embora eles sejam o ponto de junção da trama eles são os personagens que menos foram explorados, e gostaria de saber mais da história deles.

Já os convidados do jantar tem ao longo do livro suas histórias de vida brevemente exploradas, na verdade o livro trabalha mais com suas histórias do que com o jantar em si. Três irmãs já mais velhas e sedentas de sexo são amadas e odiadas pelo protagonista Laerte. Um casal jovem e bonito começa a entrar no jogo os poucos, mas esconde em suas personalidades peculiaridades.

Temos ainda um detetive com uma boa capacidade de observação, um padre que pode até largar sua batina, uma família de vizinhos que onde chega causa confusão, dois irmãos que são velhos conhecidos e por fim um último convidado inesperado para quem lê!
Quando li a sinopse achei a ideia muito boa, e consegui na leitura visualizar o descrito em forma de filme, mas como livro não foi aprofundado o suficiente, senti falta de maiores dados especialmente sobre a razão dos jantares e da importância deste para os personagens. Gostei de conhecer cada personagem mas não gostei como cada uma de suas histórias terminava em sexo. Não é uma questão de ruim ou bom, mas de um gosto pessoal meu.

Festim das 12 cadeiras é um livro peculiar que sai do lugar comum quando nos chama para um jantar de excentricidades, e pode ser divertido para quem gosta de um pouco de loucura e sexualidade. Como diz o autor, puxe uma cadeira e aproveite o jantar!


Fator Nerd #02: Missão Improvável - Andy Robb

Eu já havia lido o primeiro livro, “Fator Nerd: Contatos Imediatos do 1º Amor”, e gostado bastante da história. Só não havia feito a resenha, pois a minha irmã, que leu antes de mim, já havia resenhado ele aqui no blog. Você pode conferir a resenha dela clicando AQUI. Como eu não fiz a do primeiro, resolvi que iria fazer a do segundo para expressar as minhas opiniões sobre esta história sem deixar repetitivo. Então agora venho contar para vocês tudo o que eu achei desta obra.
Nesta continuação vemos que Archie ainda não esqueceu Sarah, e, sendo daquele tipo de nerd que, só de chegar perto dela, já começa a suar frio, ficar com o coração acelerado e pernas bambas, ele enfrenta grandes problemas para conseguir revelar o seu amor.
Acompanhamos Archie no seu dia a dia em uma jornada para conseguir conquistar Sarah, e com isso ele passa por diversas situações. Sem saber o que fazer, ele acaba aceitando a ajuda de sua amiga Clare, uma menina de ideias bem fortes, para fazer ciúmes em Sarah, já que isso sempre dá certo em todos os filmes, se metendo em grandes confusões com essa pequena mentira. Vemos, então, nosso protagonista, junto com os seus amigos, passar por diversas coisas com as quais nos identificamos bastante, já que todos nós já fomos jovens um dia (ou o leitor está com a mesma idade de Archie, podendo vivenciar coisas semelhantes no presente, ou é mais novo e vai vivê-las em breve).
Este volume é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de nosso personagem principal, Archie, e, assim como no primeiro livro, ele nos conta seus pensamentos e ações através do seu MI (Monólogo Interior), onde ele nos diz o que está pensando, mas que não fala para ninguém, fica somente ali, em seus pensamentos. Também conhecemos o garoto através do ME (Monólogo Exterior), onde ele passa para as pessoas uma visão diferente do que o seu MI realmente está sentindo.
Achei bem legal a forma de narrativa que o autor utiliza, já que, assim, conseguimos conhecer um pouco mais nosso protagonista e também as coisas que ele sente, não somente o que ele quer passar para as pessoas em suas ações e palavras. Isso fica bem legal nesta narrativa, pois foi bem gostoso poder acompanhar tudo o que ele estava passando de verdade.


Um Urso Chamado Paddington - Paddington #01 - Michael Bond

Em um dia quente de verão, com a estação de trem lotada de pessoas, sendo várias delas bastante apressadas, e muito barulho, uma coisa, ou melhor, um urso chamou a atenção do sr. Brown. Ele era bem pequeno e usava um chapéu engraçado e estava quietinho no meio de tanta agitação e sons, sentado em cima de sua maleta e com uma etiqueta pendurada no pescoço. Então o homem mostrou o ursinho para sua esposa, a sra. Brown, e ambos foram até ele.
A partir deste momento, a vida do urso vai mudar totalmente. Conversa vai e conversa vem, eles o convidam para se hospedar em sua casa e lhe dão o nome da estação em que ele foi encontrado: Paddington. Agora, vivendo sobre o mesmo teto, este cativante urso vai conquistar todos os moradores da casa com sua adorável inocência e seu jeitinho meio totalmente atrapalhado. Os dias deles serão mais agitados, com certeza, mas também muito, muito divertidos. E a família Brown simplesmente não consegue mais viver sem Paddington, e nem ele sem cada membro da família.
Criado em 1958, Paddington vem conquistando leitores de todas as idades desde então e hoje já é considerado um clássico infantil inglês. Eu nunca tinha lido uma de suas aventuras, e amei poder acompanhá-lo desde sua primeira aparição com este volume. E confesso que, logo nas primeiras páginas, o pequeno urso já tinha me deixado apaixonada.

A escrita de Michael Bond tem um teor mais cômico, é encantadora por conta do personagem principal e de todas as coisas que ele apronta, mesmo sem querer, e ainda deixa nossa imaginação rolando solta. Sua linguagem é bem simples, fácil de ser entendida mesmo pelos mais novinhos, e também gostosa para ser apreciada pelos mais velhos.
Paddington é um ursinho total e completamente adorável! Daqueles que dá vontade de apertar. Ele também é muito sincero, tem um senso de certo e errado bem definido, e se mete em diversas confusões, mas tem uma grande sorte porque no final tudo acaba dando certo, muitas vezes mais certo do que se ele não tivesse metido as patinhas no meio para interferir.

E, mesmo quando apronta estas milhares de confusões e acaba fazendo alguém passar vergonha ou algo assim, a gente não consegue sentir raiva dele, só conseguimos achá-lo ainda mais irresistível por conta de toda a sua inocência e boas intenções. É realmente bastante divertido e a gente não consegue ler o exemplar inteiro sem rir pelo menos uma vez.
Adorei também todos os outros personagens principais, que são eles: Sr. e Sra. Brown, Judy, Jonathan, Sra. Bird, e até o Sr. Gruber, que teve menos participações, mas é um bom amigo de Paddington, então também acaba virando nosso amigo.

Esta é uma leitura bem rápida porque a escrita do autor é deliciosa e muito fluida, além disso, a história é bem curtinha, com apenas cento e quarenta e quatro páginas, então alcançamos o fim rapidamente e logo ficamos desejando mais. A sorte é que esta é uma série bastante extensa, então tem Paddington de sobra para matarmos bastante a saudade.


A Garota Gotic e o Fantasma de um Rato – Garota Gotic #01 – Chris Riddell

Ada Gotic vive no Palácio Sinistro com seu pai, o Lorde Gotic, vários criados e alguns fantasmas, e ainda encontra com diversas visitas, porque Lorde Gotic está sempre convidando gente estranha e interessante para o local, mesmo que sempre se esqueça deles. Mas Ada é uma garota bastante solitária, pois não possui nenhum amigo e nem convive com outras pessoas da sua idade.
Até que um dia a menina acaba conhecendo o ratinho Ishamel, que na verdade é um fantasma e ela é a única que pode vê-lo. Juntos, eles acabam saindo para explorar o castelo e descobrem várias coisas pelo caminho. Neste meio termo, Ada também conhece os irmãos William e Emily, que prontamente se tornam seus amigos, e ainda passa a fazer parte do “O Clube do Sótão”. Quando saem em excursões para descobrir novas pistas sobre um segredo muito suspeito que eles querem desvendar, se deparam com várias criaturas presas e acontecimentos estranhos. Agora precisam descobrir as respostas para o que procuram antes que seja tarde demais.

Esta obra é uma fantasia infantil histórica com estilo gótico, personagens excêntricos, aventura, amizade e companheirismo, e uma boa pitada de diversão. Gostei muito de todos os personagens e da construção deles, principalmente da nossa protagonista Ada, que é uma menina graciosa, corajosa e boa.

O ratinho Ishmael é a coisa mais fofa de todas, uma pena que provavelmente ele não terá participações nos demais volumes por conta do final que teve neste. E, antes que pensem que é algo triste, em parte é, sim, mas também é feliz.

Gostei bastante da leitura, Chris Riddell soube desenvolver uma trama que nos deixa curiosos para desvendar o final, mesmo que o leitor não seja mais tão novinho assim, e sua narrativa é bem gostosa e flui muito bem.

Uma característica bem interessante da escrita do autor é que ele é bastante descritivo, mas não de um jeito chato ou cansativo, apenas consegue nos fazer criar em nossas mentes as cenas, cenários e personagens exatamente como eles são, fazendo nossa imaginação trabalhar muito bem e, consequentemente, enriquecendo o conteúdo da obra.


Tem um pouco de sobrenatural na história, inclusive porque os personagens são seres que não existem de verdade, mais uma vez mexendo bastante com nossa imaginação para pensarmos exatamente em como eles são, e também há alguns mais “normais”, pois já existem em outros lugares mesmo não sendo reais, entre eles posso citar uma vampira.


Brilhantes - Brilhantes - #01 - Marcus Sakey

Quando eu vi este livro pela primeira vez, ainda em inglês, não sabia muito bem o que pensar, isso porque, mesmo a capa sendo bem bonita, ela não me deu muitas dicas sobre o que seria a história. Porém, quando eu li a sinopse, fique encantada com o que parecia ser um grande suspense moderno. Assim que tive a oportunidade de ter este volume em mãos, comecei a minha leitura, passando-o na frente de vários outros títulos que eu gostaria de ler e que estavam na minha pilha de leitura, e agora venho dizer para vocês tudo o que achei da obra.
Neste volume vemos que um por cento das pessoas que nasciam a partir dos anos 80 eram dotadas de uma inteligência avançada. Essa parcela da população foi denominada ‘Brilhantes’, e, por eles possuírem uma inteligência superior, as outras pessoas ficavam com medo e certa desconfiança sobre o que eles poderiam fazer com os seus dons, já que cada brilhante tem uma habilidade específica, seja ela captar os sentimentos de uma pessoa ou até mesmo descobrir os seus segredos com apenas um olhar, entre outros.
Por conta disso, existe o DAR (Departamento de Análise e Reação) onde há agentes que foram treinados para identificar e capturar criminosos e terroristas super dotados de inteligência e levá-los sob custódia do governo. Assim conhecemos Nick Cooper, o melhor agente da DAR, que tem como missão capturar brilhantes acusados de terrorismo. Por ele também ser um brilhante, enfrenta diversos tipos de preconceito, até mesmo por outros agentes que o tratam mal, como se ele fosse uma pessoa anormal. Porém, mesmo enfrentando diversos problemas, dentro e fora do seu trabalho, Nick não se deixa abater, e com certeza faz muito bem o seu serviço.
Agora, ele tem que ir atrás do terrorista John Smith, um cara que acabou matando setenta e três pessoas que estavam dentro de um restaurante, inclusive o senador da república e crianças, sendo o terrorista mais procurado do país. Quando Cooper fica sabendo que ele vai fazer um atentado na bolsa de valores, tenta fazer de tudo para conseguir impedir esse ataque, mas, quando não consegue, se sente bastante culpado pelas mais de mil vítimas dessa tragédia.


Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo - David Levithan e Rachel Cohn

Minha irmã já havia lido uma obra de Rachel Cohn e também alguns livros de David Levithan, e tinha me falado que a forma de narrativa e escrita deste último era ótima, me deixando com bastante vontade de ler suas histórias. Como eu tenho todos os livros deste autor que foram publicados aqui no Brasil, resolvi começar a leitura pelo último lançamento dele no país. E agora, venho dividir com vocês as minhas opiniões a respeito desta obra.
Neste volume conhecemos a história de Naomi e Ely, dois melhores amigos inseparáveis que se conhecem desde pequenos e por isso sabem tudo um do outro. A amizade deles é bem bonita, porém, para Naomi, Ely é muito mais do que seu melhor amigo, é o cara por quem ela está apaixonada. Isso tudo porque mesmo ela sendo linda e podendo ter qualquer garoto aos seus pés, sonha em ficar com o seu melhor amigo e até mesmo se casar com ele no futuro, por este motivo ela o espera querendo que ele seja o seu primeiro homem, e é por isso que a garota não consegue embarcar em um relacionamento muito sério, já que não consegue expor seus sentimentos para Ely. Até aí, tudo bem. Mas o grande problema desta questão é que Ely é gay e, portanto, não se interessa por meninas.
Pra tudo dar certo na relação dos dois, eles têm uma lista do não beijo, que são de nomes de pessoas que eles não podem beijar. E mesmo a amizade deles sofrendo altos e baixos, eles sempre foram grudados e passaram por muita coisa juntos. Tudo estava indo muito bem na vida destes dois, até que Ely revela para Naomi que deu um beijo em seu namorado. Agora o relacionamento deles acaba sendo abalado, não apenas pelo fato da traição em si, mas também pelo fato de que isso acabou afetando o “sonho” que nossa protagonista tinha de que um dia Ely iria despertar em si e perceber o quanto a ama e a quer como mulher.
O livro é narrado em primeira pessoa, mas o que achei bem legal é que não é somente pelo ponto de vista dos nossos protagonistas, mas também por outros personagens que compõem a trama. Assim ficou mais fácil entender um pouco sobre tudo que se estava passando na vida dos dois, mas também tudo que se passa ao redor.


Em Busca de Cinderela - Hopeless #2.5 - Colleen Hoover

Daniel é o melhor amigo de Holder, que se mudou para Austin, fazendo com que nosso protagonista se sinta bastante solitário, já que odeia todos de seu colégio. Tentando escapar da realidade e aproveitando que há um buraco em sua grade de aulas, Daniel se esconde no armário dos zeladores para passar o tempo. Até que, enquanto tira um cochilo, eis que uma garota cai literalmente em cima dele. Ela está chorando e ele tenta consolá-la, mesmo que não se conheçam e nem possam se ver, já que o local está escuro. E eles têm algo em comum: odeiam todo mundo. Conversa vai e vem, eles se sentem próximos um do outro, mas não fazem nada mais do que isso.
Alguns dias depois, os dois tornam a se encontrar no armário e se conhecem um pouco mais, mesmo que sem se verem ainda. Então, em um tipo de brincadeira, eles acabam ficando juntos e trocando juras de amor, apesar de não serem verdadeiras (ou é o que pensam a princípio). Mas colocam um prazo para isso e, depois que o horário acabar, “Cinderela” vai embora e eles combinam de nunca mais se falar e vão permanecer no anonimato.
Um ano se passa sem que nada sobre o assunto venha à tona novamente, nem mesmo aqueles sentimentos puros que Daniel sentiu naquele breve momento dentro do armário com a garota misteriosa, sua Cinderela. Até que ele conhece Six, uma garota com um nome diferente e uma personalidade estranha.
E Daniel percebe que os sentimentos que nutre por Six são bem semelhantes aos que teve no passado pela Cinderela, ao mesmo tempo em que descobre a verdadeira identidade da sua princesa de contos de fadas. Mas na vida real os problemas são igualmente reais e, além deles, segredos e bagagens vão ficar no caminho de Daniel e seu verdadeiro amor. Mas será que seus sentimentos serão suficientes para superar tudo o que estiver no caminho?
Só escuto muitas coisas positivas a respeito de Collen Hoover desde que seu primeiro livro foi publicado, mas nunca li nada da autora até o momento. Quando a Galera Record anunciou o lançamento de “Em Busca de Cinderela”, volume #2.5 da série tão adorada por todos, “Hopeless”, eu fui procurar mais informações sobre a obra e descobri que, apesar de acontecer no mesmo universo dos outros volumes, este é independente e traz a história de dois protagonistas diferentes, que as pessoas já puderam conhecer em "Um Caso Perdido" e "Sem Esperança" como personagens secundários, Daniel e Six.
Depois de finalizada, posso dizer que gostei da leitura, mas acredito que teria sido melhor se eu tivesse lido os outros volumes, mesmo que este seja independente, porque lá conhecemos melhor os personagens e, provavelmente, algumas das coisas explicadas aqui já haviam sido trabalhadas lá, então já dava para criamos sentimentos por eles e aqui só entendermos melhor alguns pontos que ficaram de fora.


Kaori - Perfume de Vampira - Giulia Moon

100 % das vezes que esbarro com informações da cultura japonesa eu lamento por não termos fácil acesso a sua história e cultura nas escolas, é uma pena que o ensino se foque apenas em certos momentos históricos e perca todo um universo milenar de acontecimentos, assim quando em um livro eu posso ter contato a esses fios que nunca antes tive é sempre uma experiência de imersão no tempo, que é o caso de Kaori- Perfume de Vampira, da autora brasileira Giulia Moon, da Giz Editorial.

Japão, Período Tokugawa, a partir de 1647...

Uma linda jovem dedicada a ajudar seu pai tem sua vida atravessada por uma protistuta que quer possuí-la a todo custo. Depois de ter seu pai assassinado por Missora, Kaori resolver planejar sua vingança e por isso resolve entrar para o Kinjurô, mas depois de uma noite de amor  com uma criatura da noite ela nunca mais será a mesma!

São Paulo, 2008...

Samuel trabalha pelas ruas, passa desapercebido tentando catalogar o máximo de criaturas da noite que conseguir, tem tido sucesso e acredita que não desperta atenção de ninguém até tentar salvar um garoto de rua da morte.

Kaori e Samuel, são duas realidades que se atravessam, dois tempos que se entrelaçam, uma vampira que tem um passado marcado por muito sofrimento, sangue e crueldade. Um olheiro que tem a paixão despertada por essa criatura tão bela que aprendeu as artes da sedução antes mesmo de perder sua inocência.
Moon que narrativa é esta?! É incrível o modo como a autora escolheu para escrever, ela alterna capítulos na modernidade com outros que se passam no Japão antigo. Este artifício não é inédito, mas o modo como ela apresenta a sequência dos fatos é muito inteligente e nos permite ter um panorama da história muito abrangente. Sua narrativa é feita em terceira pessoa, focado especialmente nos protagonista Samuel e Kaori. A diagramação é simples, mas cada início de capítulo conta com a marca d'água de um dragão que tem um significado especial no livro.

Kaori é uma vampira bem peculiar, embora tenha tudo para ser a típica carniceira não faz atrocidades de graça, também não fica na ideia de vampira boazinha, e isso faz dela uma criatura muito realista, onde o bem e o mal duelam a todo tempo, entre o que ela quer e o que acredita ser certo. É uma personagem muito rica em detalhes e muito bem explorada em sua sedução.

Samuel é um personagem que começa fechado, beirando a chatice, mas que consegue ter um bom desenvolvimento a medida que a ação começa e ele de fato sai de sua zona de conforto. Embora ele acredite que esteja apenas fazendo seu trabalho ele parece se esconder nas noite junto com as criaturas que observa. Conhecer Kaori fez um pequeno redemoinho em sua mente. Posteriormente Beatriz, a bióloga também é fundamental para que ele se abra para vida.

Beatriz é uma bióloga que trabalha observado os famélicos (eu nunca tinha ouvido nada sobre isso, logo acredito que seja criação da autora, são metamorfos que passam boa parte do tempo em forma de cachorros grandes, e tem inteligência limitada), é dedicada a suas pequisas, mas quando conhece Samuel também conhece o amor e perde de vista alguns de seus objetivos.

José Calixto é um pintor que atravessa a vida de Kaori no Japão antigo, é apaixonado pela arte que faz e perde a razão quando acredita em sua obra, o tempo, o perigo e toda noção de realidade se tornam um borrão quando ele está trabalhando. Conhecer Kaori o fez perder a noção do que o cercava, mas é um homem bom que teve azar.

Kodo, é o samurai escolhido para acompanhar Calixto até o Kinjurô, ele deve manter o pintor seguro até que este termine seu quadro de Missora, emburrado, aos poucos consegue entender a beleza que apenas Calixto enxergava, e encontra outros ideiais para lutar além de seu mestre.
O mais mágico e encantador da trama é passar algumas horas no Japão com sua tradição, detalhes culturais são explorados com delicadeza e profundidade. Notas de rodapé surgem ao longo do livro para breves explicações. Mas não se engane Moon é do tipo que coloca o dedo na ferida, e suas cenas de violência são cruéis e doloridas, e nem tudo termina bem em alguns momentos, e até alguns momentos aflitivos nos pegam de surpresa.

O desfecho da trama foi surpreendente, e deixou o famoso gostinho de quero mais. A autora publicou mais livros da personagem: Kaori 2, Coração de Vampira que é uma sequência e Kaori e o Samurai sem Braço que é um prequel de Kaori 2. Espero lê-los em breve e novamente viajar para esse país tão único que é o Japão!

Avaliação











Em Busca de Abrigo - Jojo Moyes

Em “Em Busca de Abrigo” conhecemos três gerações da família Ballantyne, sendo a avó, a mãe e a filha que são, respectivamente, Joy, Kate e Sabine. Na história, vemos que Kate está passando por uma crise em seu relacionamento, e, para isso não afetar Sabine, ela a manda para a casa da avó para ficar um tempo com ela, até que as coisas em sua vida se resolvam. Só que Sabine nunca falou tanto com a avó e morar com ela é mais difícil do que poderia imaginar, já que em sua casa é cheio de regras, onde a garota não pode comer fora de hora, não pode fazer barulho, os cachorros não podem subir na cama, entre outras coisas que Sabine não estava acostumada.
Este volume retrata a dificuldade de relacionando dessas personagens incríveis e como mudam bastante as opiniões e pensamentos de três gerações da mesma família. É um livro sobre traição, perdão, relacionamentos, etc. Como esta trama trabalha com o ponto de vista destas três personagens, cada hora conseguimos nos identificar mais com cada uma delas e suas opiniões, e entender mais os motivos de suas atitudes. Foi bem bacana o fato de que a autora voltou no tempo muitas vezes para conseguir nos explicar melhor determinadas situações.
O livro não conta somente com a história dessas três protagonistas vivendo entre si e tendo que, cada uma, conseguir se adaptar à visão da outra, tentando se entender e entender a próxima, mas traz também histórias de outros personagens presentes na obra, o que foi bem legal, já que assim a autora conseguiu enriquecer mais a trama, que influencia no enredo principal, entrelaçando tudo de uma maneira super gostosa.
Eu ainda não havia lido nenhum livro de Jojo Moyes, mas já havia escutado diversas pessoas falando realmente muito bem dela, assim como lido várias resenhas positivas a respeito de suas obras. Claro que resolvi que gostaria de ler um de seus títulos e, por isso, escolhi começar por “Em busca de Abrigo”, já que ele foi seu livro de estreia e agora foi republicado pela editora Bertrand Brasil.


Rich e Mad - William Nicholson

Maddy Fisher tem dezesseis anos e decidiu que está na sua vez de se apaixonar. Até o momento ela teve apenas relações bem superficiais com garotos, afinal, beijou alguns nas festas da vida, mas não porque realmente queria ficar com nenhum deles. Mas agora ela procura uma relação de verdade, com companheirismo, amor, e, claro, muitos beijos e também a primeira vez.
Rich Ross é um garoto diferente, ele mesmo se vê como esquisito, principalmente porque não se encaixa no que a maioria dos outros meninos da sua idade é. Ele gosta de poesia, refletir sobre questões da vida, escrever em seus cadernos, e nunca nem beijou uma garota. Mas gosta de uma menina que está totalmente fora de sua realidade, afinal ela nem mesmo o nota direito, já que, como ele mesmo acha, não é digno dela.
Mas o amor não acontece só porque a gente deseja e até mesmo alguém que nunca paramos para pensar com esta afinidade pode tocar nosso coração e fazer com que a gente sinta algo muito, muito especial.  E é aí que a vida destes dois jovens vai se encontrar e eles vão perceber que se entendem muito bem e se sentem melhores quando estão na companhia um do outro. Eles simplesmente estavam buscando o que mais desejavam no lugar errado, mas, quando se olham de verdade, percebem que o que está dentro de nós importa muito mais, basta saber onde procurar.
Quando o querido Ale, que cuida da parceria da Galera Record, nos enviou o arquivo com os próximos lançamentos da editora para solicitarmos os desejados do mês, logo me encantei pela capa de “Rich e Mad” porque, vamos combinar, ela é verdadeiramente fofa. Li a sinopse e achei bem interessante, principalmente porque adoro romances, seja ele voltado para um público de qualquer idade.
Então logo escolhi o título para ler, mas confesso que estava esperando um pouco mais da leitura. Não porque seja de todo ruim, mas ela não me agradou da forma que eu acreditei que iria e minhas expectativas acabaram não sendo atingidas.
Narrado em terceira pessoa, a trama acompanha Maddy e Rich. Conhecemos ambos os personagens separadamente, depois como eles começam a se relacionar, a química entre os dois, a amizade, os sentimentos, e, enfim, o romance. O relacionamento amoroso do casal é bonitinho e fofo, eles estão descobrindo juntos muitas das coisas do primeiro amor, tanto na questão sentimental quanto na carnal. É um amor puro, com traços de inocência e sensibilidade.
A história é bem reflexiva e cheia de pontos importantes, e a narrativa de Nicholson é recheada de diálogos, o que faz com que a trama ganhe leveza e bastante agilidade. Além disso, o autor conseguiu ser bem realista com as questões que trabalhou no enredo, misturando drama, romance e amizade de uma forma agradável, bem sincera e dinâmica.
“Não sei quem sou. Não sou quem pensava. Sou mais. Sou complexa de formas que nunca pensei antes. Não somente feliz ou triste, mas os dois e todas as tonalidades entre ambos, o tempo todo. [...] Posso pensar em centenas de coisas diferentes de uma vez. Sou uma criatura insignificante e o centro do universo. Minha existência não tem significado e minha existência é seu próprio significado. Eu sou, logo sou.”


Coragem para Viver – Marcelo Cezar

Este novo livro de Marcelo Cezar, um dos meus autores mediúnicos favoritos, começa com duas mortes de formas diferentes, mas no mesmo dia e quase na mesma hora, uma por assassinato e outra por suicídio. Uma das pessoas era cheia de vida, a qual aproveitava de forma intensa e perigosa, a outra era apática a tudo e aprendeu desde cedo que deveria ser subordinada ao marido, não ter opinião própria e ser apenas dona do lar.
No decorrer da história, vamos ver o processo da vida de suas famílias e o entrelaçar de ambas, o que vai ocorrer no plano físico e também no plano espiritual. Tudo é muito bem narrado e bem explicado, de forma que conseguimos captar a essência e todo este processo muito rápido.
Apesar de a trama ser mais focada em Mara e Celina, todos os outros personagens, que conhecemos durante o caminho, acabam protagonizando suas próprias histórias. Já que, tanto no plano espiritual quanto no material, as vidas se misturam e se modificam pelo simples fato de coexistirem, e mesmo as nossas pequenas ações podem afetar, talvez de forma grandiosa, ou bem pequenina, a vida de outras pessoas ao seu redor, conhecendo-as pessoalmente ou não.
Do núcleo de Mara, pessoas como Valdir, Rafael, Angelita, que juntos viveram uma mentira por anos, sem se darem conta da verdade. Helinho, com sua mania de manipular e querer ter sempre a aparência de jovem e instinto do mal, que sempre soube da verdade que envolvia sua família, mas que nunca a revelou, muito pelo contrário, chantageou, “matou”, e viveu no erro e na vida que quis para ele. Da família da Celina, que vivia apática a tudo e que, depois do seu desencarne, viveu feliz, porque seu marido deu uma mãe para seus filhos e os amou como se fossem dela. E assim por diante, e isso é a vida. Muitas de nossas existências aqui, como as deles, são semelhantes, porque somos todos humanos com nossos erros e acertos.
Já sabia que existem diversas moradas no plano espiritual e cada pessoa é conduzida para um determinado lar, como se fossem cidades, mais compatível com seu jeito de ser. Só não sabia que surgiam romances nestes locais, mesmo sabendo que são espaços paralelos, universo e terreno. A vida continua mesmo em todos os sentidos. Só não sei se carnal, mas existe o beijo, o carinho, o bem estar de ficar junto e o encontro de duas almas.
Amo ler romances de Marcelo Cezar, pois eles sempre me comovem e todas as vezes eu me sinto renovada e agradecida por estes momentos de leitura. Ele também me transmite (mesmo por foto) aquela sensação de paz e alegria de uma forma bem singela, da qual gosto muito. Então é impossível eu não desejar fortemente todo e qualquer livro que ele publique, os quais já li todos e adorei. Eu sempre devoro seus títulos e não vejo a hora de poder ler sua próxima publicação.


Lançamentos – Agir Now


Oii, gente! Como vocês estão? Hoje nós vamos falar dos próximos lançamentos da querida Agir Now e também do que chegou às livrarias há muito pouco tempo. Confiram e nos digam: conseguem decidir quais mais desejam ou querem todos? Porque nós certamente precisamos de todos! Hahaha
No Coração da Floresta - Emily Murdoch (Skoob)
E se tudo o que você soubesse fosse uma mentira? E se a pessoa que deveria te proteger não tivesse condições nem mesmo de cuidar de si mesma? Carey é uma jovem de 15 anos com uma história de vida difícil. Levada às escondidas pela mãe para um parque nacional quando ainda era uma criança, tudo o que ela e a irmã menor conhecem é a floresta.
Elas só têm uma a outra, considerando que a mãe, viciada em drogas e mentalmente instável, muitas vezes desaparece por dias sem fim. É durante um desses sumiços que repentinamente as meninas se veem diante de dois estranhos, que as tiram da floresta e as levam para um mundo novo e surpreendente de roupas, meninos e aulas.
Agora Carey precisa enfrentar a verdade por trás do seu passado e decidir se vale a pena revelar um terrível segredo, que, caso descoberto, pode colocar em risco a segurança e a nova vida das duas irmãs.
>> Nomeado para inúmeros prêmios, como o Carnegie Medal de literatura.
Caçadora de Tempestades - Jennifer Bosworth (Skoob)
Mia Pierce é viciada em raios. Já sobreviveu a inúmeros choques, mas seu desejo de receber a energia liberada durante tempestades coloca em risco sua vida e a de todos ao seu redor. Los Angeles, onde raramente há tempestades, é um dos poucos lugares em que Mia se sente segura. Mas quando um terremoto destrói a cidade, seu porto-seguro é transformado em um campo minado de caos e perigos. Neste cenário aterrador, dois grupos antagônicos se formam, e ambos vêem Mia como a chave para as profecias de uma tempestade ainda maior que está por vir.
Mia quer confiar no enigmático Jeremy, que prometeu protegê-la, mas teme que ele não seja quem diz ser. No fim, o poder e a paixão que os aproximou pode ser o que vai colocar tudo a perder. Agora Mia precisa aprender a utilizar seus poderes, ou então pode acabar perdendo tudo o que ama.

Vingança - Blood for Blood #01 - Catherine Doyle (Skoob)
Para Sophie, aquele seria só mais um verão lento e abafado em Cedar Hill, fazendo um bico como garçonete no restaurante da família e passando o tempo com sua melhor amiga, Millie. Mas isso foi só até uma família se mudar para o casarão abandonado no fim da rua — cinco irmãos italianos, um mais gato que o anterior.
Sem conseguir resistir aos olhos cor de caramelo de Nicoli, Sophie acaba se apaixonando — e propositalmente ignorando os sinais de perigo que envolvem os misteriosos irmãos. Por que as mãos de Nic estão sempre tão machucadas? Por que ele sempre carrega consigo um canivete monogramado? E por que seu irmão mais velho, o arrogante e irritante Luca, quer proibir os dois de ficarem juntos?
Quando os segredos sombrios dos rapazes começam a vir à tona, Sophie precisa enfrentar dolorosas verdades em relação à própria família. De repente, ela se vê no meio de uma vendeta entre duas dinastias rivais: a família em que nasceu e a pela qual se apaixonou.
Sophie vai precisar escolher entre lealdade e paixão, e, quando o fizer, sangue vai rolar e corações serão partidos, porque, quando se trata de amor, a desonra pode ser uma questão de vida ou morte. Uma mistura ideal de ação, reviravoltas e romance, Vendeta é uma estreia épica que mistura Romeu e Julieta e O poderoso chefão na Chicago dos dias atuais.


Lançamentos de Julho da Aleph

Oii, pessoas lindas! :D Hoje é dia de falar de lançamentos e eu trouxe as preciosidades que a Aleph está trazendo para os leitores nacionais. Só tem livro lindo este mês! Com destaque para as lindezas em quadrinhos! <3 Já quero todos! E vocês?

A Princesinha de Vader - Jeffrey Brown (Skoob)
Nesta irresistível e engraçada obra, da mesma coleção de Darth Vader e Filho, Vader, Senhor Sombrio dos Sith e líder do Império Galáctico, enfrenta os dramas, alegrias e mudanças de humor de sua filha Leia e acompanha a transformação de uma doce menina em uma adolescente rebelde.
Darth Vader e Filho - Jeffrey Brown (Skoob)
Em uma releitura divertida e encantadora, Darth Vader é um pai como qualquer outro, exceto pelo fato de ser o Senhor Sombrio dos Sith. Com ilustrações de Jeffrey Brown, o livro apresenta as alegrias da paternidade por meio da lente de uma galáxia muito, muito distante.

O Trono de Diamante - Elenium #01 - David Eddings (Skoob)
Após dez anos de exílio, Sir Sparhawk, cavaleiro da Ordem Pandion, retorna a Elenia e encontra sua terra natal imersa em sombras. O inescrupuloso Annias, primado da Igreja e membro do Conselho Real, manipula o débil príncipe regente para governar de fato, visando seus próprios interesses.
A legítima soberana, Ehlana, acometida por uma estranha doença, jaz adormecida em seu trono, protegida por uma barreira de cristal. Graças a um poderoso feitiço, seu coração ainda pulsa, mas ela não resistirá a menos que uma cura seja encontrada antes que transcorra um ano. Sparhawk parte, então, em uma busca obstinada para salvar sua rainha e seu reino, travando uma luta incessante contra o tempo, as autoridades vigentes e toda sorte de perigos – reais e sobrenaturais.
Nessa jornada de luz e sombras, ele contará com a ajuda de seus irmãos de armas, de seu escudeiro fiel, de uma feiticeira, de um jovem ladrão e de uma misteriosa menininha, cujas origens são desconhecidas.
Considerado por jogadores de RPG um dos melhores títulos que representam uma quest épica, o livro é o primeiro volume da trilogia Elenium.
Star Wars: Um Novo Amanhecer - John Jackson Miller (Skoob)
Desde os terríveis acontecimentos em Star Wars - Episódio III: A vingança dos Sith, quando todos os Jedi foram perseguidos e condenados à morte, Kanan Jarrus tem vivido na clandestinidade, evitando criar problemas com o Império. Porém, um embate mortal entre as impiedosas forças imperiais e os revolucionários desesperados se mostra próximo demais e impossível de se ignorar.
A honra e o senso de justiça do cavaleiro Jedi despertam, e ele volta à ação em uma batalha de grandes proporções contra o mal. Mas Kanan não vai lutar sozinho. Ele contará com a ajuda de aliados improváveis, incluindo a misteriosa Hera Syndulla - que parece ter suas próprias motivações. Enquanto uma crise de proporções apocalípticas surge no planeta Gorse, o grupo enfrenta as forças mais poderosas da galáxia, em defesa de um mundo e de seu povo. Nesta primeira aventura juntos, os protagonistas da série Rebels conquistam seu espaço entre os maiores heróis da série Star Wars, rumo à luta contra o Império. 


O Sol é para Todos - Harper Lee

Eu já tinha escutado falar deste livro inúmera vezes, mas desde que Obama, presidente dos Estados Unidos, indicou esse volume para a leitura, eu o vejo em todos os lugares. No Facebook, em conversas com meus amigos, em outras redes sociais, e até mesmo em revistas. Nesta onda de escutar tantas indicações, resolvi que deveria dar uma chance para esta famosa obra. Com uma nova edição sendo publicada pela José Olympio, selo do Grupo Editorial Record, percebi que a hora de lê-lo havia chegado, e agora venho compartilhar com vocês as minhas opiniões sobre este famoso clássico moderno escrito por Harper Lee.
Este livro se passa na década de 1930 no Sul dos Estados Unidos e é narrado por Scout, uma jovem menina de apenas oito anos que perdeu a mãe bem cedo, e que tem um irmão mais velho. Ela vive com seu pai, Atticus Fincher, um advogado, seu irmão e com Calpúrnia, a governanta da família, que é negra e que a faz companhia, sendo quase uma mãe para ela.
Logo no início, vemos como nossa protagonista passa seus dias, sua rotina como uma criança comum, que gosta de brincar e desvendar mistérios. No verão, ela tem a companhia de Dill, sobrinho de uma vizinha que sempre vai visitá-la. Gostando de ensaiar peças e se sujar bastante no quintal, ela é uma menina normal que foi criada com certa liberdade, de brincar como ela deseja brincar, de usar calças, etc. Fazendo até mesmo com que sua tia, ao ver seu comportamento, tente lhe educar para agir como ela acha que uma menina deve se comportar, passando a mandar nela.
Em paralelo à história da personagem, conhecemos um caso em que o seu pai está trabalhando, que é o de Tom Robinson, um homem negro que foi injustamente acusado de estuprar uma mulher branca, fazendo com que a sociedade tenha um ódio muito grande por ele. Vemos como a vida dos Fincher é afetada por este fato, já que, antes, todos gostavam deles, e, após o Atticus defender o negro, todos se viraram contra a família, afetando diretamente nossa protagonista e seu irmão, já que a família inteira começa a receber tratamentos como xingamentos, preconceitos, etc.
A pequena Scout então passa a ver o mundo com outros olhos, narrando com profunda tristeza tudo o que ela está vendo, de como as pessoas estão julgando um homem que pode ser inocente, já que as únicas provas contra ele são dois depoimentos de pessoas que levam a vida de modo bem errôneo, mas que, por serem brancas, estão sendo ouvidas.


Magia de Redenção - Hercílio Maes

Meu primeiro contato com a magia prática foi aos dezesseis anos, nesses treze anos pratiquei, parei, li e reli muito a respeito, em especial sobre paganismo e Wicca moderna. Mas sei muito pouco sobre a magia praticada na Umbanda ou Candomblé, por exemplo.
Então quando comecei a ler o livro Magia de Redenção, psicografado por Hercílio Maes, ditado pelo espírito Ramatís, publicado pela Editora do Conhecimento, eu me deparei com um bocado de informações sobre esse universo que desconhecia. Quando comprei o livro, depois de vários meses de espera, eu esperava por informações sobre bruxaria pagã, não me veio a mente que ele se focaria nas praticadas em terreiros, assim foi surpresa quando o livro caminhou para esse lado.
O livro se estrutura por capítulos temáticos em forma de pergunta e resposta. Muitos conceitos são explicados e destrinchados de forma prática, ou seja, além de explicar na teoria o que seria por exemplo um mantra, ele narra como ele atua no astral. São diversos os conceitos explorados, como pensamento, aura, forma-pensamento, feitiço, mau-olhado, magia, conjuro, evocação e até lobisomens.
O espírito Ramatís tem um linguagem ora rebuscada, ora coloquial para trabalhar o que se propõe, de forma direta e objetiva ele aponta os erros e acertos de humanos e espíritos quando o tema é magia. Porque sacrifícios são feitos em trabalhos por exemplo são bastante detalhados. Eu sabia do que se tratava, mas ele foi mais fundo e além no tema.
E ao contrário do que muitos podem pensar a magia não consiste em apenas realizar um ritual, ela é possível de ser feita através de um simples pensamento ou palavra, alias, a força do pensamento é a mais forte de todas as magias! Por isso que um dos conselhos de Jesus é orai e vigiai, afinal nós somos nossos maiores inimigos vibrando contra nosso favor!
É um livro para quem quer descortinar a realidade sem encanto, e fazer de sua leitura uma mudança em seu ponto de vista. Não são poucas as pessoas que vampirizam as outras, enfeitiçam e promovem desconforto, mas uma vez que você toma consciência do processo pode não só mudar os efeitos que lhe causam como evitar que você mesma de maneira inconsciente também o faça.
Magia de Redenção é um compêndio sobre o tema, e independente de sua religião, é leitura obrigatória para compreender as leis do universo atuando. Não é o tipo de livro que você lê uma vez, mas sim que você tem para reler, consultar e refletir. Já que o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória.
Avaliação







Entrelinhas - Entrelinhas #01 - Tammara Webber

Emma Pierce é uma atriz que só teve papéis pequenos ou sem grande divulgação até o momento, entre eles comerciais e filmes para TV, mas seu pai e sua madrasta estão sempre insistindo para que ela consiga algo grande para conquistar a tão sonhada fama – desejada por eles. É aí que surge uma ótima oportunidade, a maior de sua vida: estrelar um filme de grande orçamento e contracenar com o lindo e desejado por todas, Reid Alexander. Trata-se de uma adaptação moderna do clássico “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen, onde Emma vai ser ninguém menos do que a protagonista, Lizbeth Bennet.
Do outro lado, conhecemos mais a fundo o famoso Reid, um dos atores mais bem pagos da atualidade com a sua idade. Ele sempre consegue o que quer, afinal não precisa fazer muito esforço já que as coisas lhe são entregues praticamente de bandeja. E agora, depois de perceber toda a química que eles têm juntos, Reid deseja Emma. Só que parece que não vai ser assim tão fácil consegui-la, afinal, há um terceiro elemento que vai rivalizar com ele na conquista pelo coração da moça, e uma ex-namorada está no cenário com a revelação de um segredo que pode mudar tudo na relação com a Emma.
No meio das gravações para o filme “Orgulho Estudantil”, vamos acompanhar a vida destes protagonistas, que escondem grandes questões familiares não resolvidas, muito romance, segredos, diversão e azaração. Será que Emma vai resistir aos encantos do maravilhoso Reid, sensação do momento e desejo de todas as garotas, ou seu coração quer algo diferente?
Eu estava cheia de expectativas para esta leitura, imaginando que ia amá-la porque adorei a sinopse e só escuto comentários positivos a respeito da escrita da autora, mesmo sem nunca ter lido nada dela. E eu até gostei bastante, mas, conforme as páginas iam sendo avançadas, percebi que estava deixando muito a desejar. Não é que seja uma história ruim, mas achei bem fraca, talvez isto se deva ao fato de ser seu primeiro livro, só que com certeza vou querer continuar conhecendo suas outras obras.
Narrado em primeira pessoa, há dois pontos de vista na história, o de Emma e o de Reid, que podemos acompanhar em partes alternadas dentro dos capítulos. Como já comentei aqui no blog algumas vezes, eu adoro quando a narrativa é assim porque, além de bastante pessoal, é ampla. Mas acho que ficou meio falha neste exemplar porque a autora tinha uma grande possibilidade de exploração e não o fez com maestria.


A Lista - Cecelia Ahern

Eu amo as histórias desta autora e, por esse motivo, tenho todos os livros dela que foram publicados aqui no Brasil. De tanto gostar de suas obras, quase todas elas já foram resenhadas aqui no blog, inclusive fizemos um Especial dedicado somente a Cecelia Ahern (clique no nome dela para conferir todas as resenhas). Então, quando vi que faltava ler este exemplar, logo fui correndo começar minha leitura, e, agora, venho compartilhar com vocês as minhas opiniões sobre esta deliciosa obra.
Em “A Lista” conhecemos a história de Kitty Logan, uma repórter de trinte e dois anos, que vê sua vida começar a desmoronar. Isso tudo porque ela resolveu fazer uma matéria sem confirmar se os fatos eram verídicos ou não, e isso acabou fazendo com que ela arruinasse a sua carreira e sua reputação, e ainda sofresse um processo contra ela. Para piorar as coisas em sua vida, seu namorado acaba deixando-a, sem nenhum motivo aparente, e Constance, sua amiga, confidente, mentora e dona da revista onde ela iniciou a carreira, está muito doente e, portanto, não tem muito tempo de vida.
Quando foi visitar Constance, sua amiga que é uma grande jornalista, no hospital, ela fala para Kitty de uma lista que tem em sua casa, e que a mesma deveria pegá-la para explicar sobre uma grande matéria. Só que ela nunca consegue explicar, já que acaba falecendo antes, deixando nossa protagonista apenas com uma lista de cem nomes, totalmente desconhecidos.
Aos poucos vemos Kitty conhecendo essas pessoas, e junto com ela vamos desvendando o mistério desta lista. E, ao chegar ao final, entendemos o que Constance queria com essa matéria e foi bem bonito.
O livro é narrado em terceira pessoa, o que eu curti bastante já que a história gira em torno de vários indivíduos, sendo que nossa protagonista até mesmo vira coadjuvante em alguns dos trinta e dois capítulos deste volume. A narrativa é rápida, fluida e desperta na gente diversas emoções em toda a leitura.
Confesso que, apesar de simples, esta é a minha capa preferida de uma obra de Ahern publicada no Brasil, de longe. Espero que a Novo Conceito mude o padrão anterior e passe a seguir este novo, porque as capas dos outros livros dela deixam a desejar, sendo a maioria bem feia, e isso faz com que menos pessoas os leiam, o que é um grande desperdício. E também estou torcendo para que eles publiquem nos títulos o quanto antes, visto que ainda há alguns inéditos por aqui.
A diagramação é simples, mas bem feita. Todo início de capítulo há uma ilustração de folhas, a fonte do texto é confortável para a leitura, assim como os espaçamentos. E as páginas são amarelas, o que é sempre um bônus.
Se você é fã de Cecelia Ahern, não pode deixar de ler “A Lista”, que mistura mistério com drama de uma maneira super gostosa e envolvente, nos trazendo personagens incríveis e maravilhosos, que completam a trama e transformam este em um título maravilhoso. Caso você ainda não tenha lido nenhum livro da autora ou não conheça nada sobre a mesma, dê uma chance, pois ela tem obras maravilhosas e esta é uma delas.
Avaliação



Por um Toque de Ouro - Trindade Leprechaun #01 - Carolina Munhóz

Desde que comecei a ler os livros da brasileiríssima Carolina Munhóz, venho me apaixonando por suas histórias e sua forma de escrita. Com isso, sempre que vejo que ela vai lançar um título inédito, já fico feliz e pronta para navegar em um novo mundo. Claro que com este lançamento não poderia ser diferente, então, assim que tive a oportunidade, comecei esta leitura e agora venho compartilhar com vocês as minhas opiniões.
Em “Por um Toque de Ouro” conhecemos a história da irlandesa Emily O’Connell, uma herdeira de uma das mais luxuosas lojas de sapatos e bolsas do mundo. Com muito dinheiro, poder e um corpo de dar inveja, nossa protagonista é praticamente um ícone, que vive em várias festas regadas a álcool e apostas bem altas, e tem uma vida cheia de luxo e glamour. Ela tem uma tremenda sorte, e, por este motivo, vive ganhando suas apostas, como se a sorte sempre estivesse ao seu lado.
No St. Patrick’s Day, um dos feriados mais importantes da Irlanda, nossa personagem principal se vê em uma situação da qual nunca havia passado antes, já que, após ganhar uma partida de poker, ela á assediada sexualmente no banheiro, mas consegue se livrar deste quase estupro de uma forma como se fosse mágica.
A partir deste dia, tudo muda na vida de Emily, que após este episódio começa a reparar em como a sorte está sempre a seu favor. E, mais tarde, quando conhece o americano misterioso estilo bad boy Aaron Locky, ela logo sente uma enorme atração por ele. E, junto com Aaron, a jovem acaba descobrindo várias coisas a seu respeito, coisas que ela nem mesmo acreditava ser realidade e o motivo de sua sorte ser tão grande. Isso tudo porque ele revela que as lendas podem não ser somente lendas e tem uma explicação para suas dúvidas.
A história é incrível e bastante envolvente, já que conta com uma narrativa rápida, leve fluida, que consegue nos prender do início ao fim. Foi muito gostoso acompanhar a vida glamorosa de Emily, e ver que a autora teve um grande trabalho em pesquisar sobre as mitologias irlandesas e a forma como ela explicou sobre a existência dos leprechauns, já que isso resultou em um excelente trabalho, nos trazendo uma obra incrível.