Maddy Fisher
tem dezesseis anos e decidiu que está na sua vez de se apaixonar. Até o momento
ela teve apenas relações bem superficiais com garotos, afinal, beijou alguns
nas festas da vida, mas não porque realmente queria ficar com nenhum deles. Mas
agora ela procura uma relação de verdade, com companheirismo, amor, e, claro,
muitos beijos e também a primeira vez.
Rich Ross é
um garoto diferente, ele mesmo se vê como esquisito, principalmente porque não
se encaixa no que a maioria dos outros meninos da sua idade é. Ele gosta de
poesia, refletir sobre questões da vida, escrever em seus cadernos, e nunca nem
beijou uma garota. Mas gosta de uma menina que está totalmente fora de sua
realidade, afinal ela nem mesmo o nota direito, já que, como ele mesmo acha,
não é digno dela.
Mas o amor
não acontece só porque a gente deseja e até mesmo alguém que nunca paramos para
pensar com esta afinidade pode tocar nosso coração e fazer com que a gente
sinta algo muito, muito especial. E é aí
que a vida destes dois jovens vai se encontrar e eles vão perceber que se
entendem muito bem e se sentem melhores quando estão na companhia um do outro.
Eles simplesmente estavam buscando o que mais desejavam no lugar errado, mas,
quando se olham de verdade, percebem que o que está dentro de nós importa muito
mais, basta saber onde procurar.
Quando o
querido Ale, que cuida da parceria da Galera Record, nos enviou o arquivo com
os próximos lançamentos da editora para solicitarmos os desejados do mês, logo me
encantei pela capa de “Rich e Mad” porque, vamos combinar, ela é
verdadeiramente fofa. Li a sinopse e achei bem interessante, principalmente
porque adoro romances, seja ele voltado para um público de qualquer idade.
Então logo
escolhi o título para ler, mas confesso que estava esperando um pouco mais da
leitura. Não porque seja de todo ruim, mas ela não me agradou da forma que eu
acreditei que iria e minhas expectativas acabaram não sendo atingidas.
Narrado em
terceira pessoa, a trama acompanha Maddy e Rich. Conhecemos ambos os
personagens separadamente, depois como eles começam a se relacionar, a química
entre os dois, a amizade, os sentimentos, e, enfim, o romance. O relacionamento
amoroso do casal é bonitinho e fofo, eles estão descobrindo juntos muitas das
coisas do primeiro amor, tanto na questão sentimental quanto na carnal. É um
amor puro, com traços de inocência e sensibilidade.
A história é
bem reflexiva e cheia de pontos importantes, e a narrativa de Nicholson é
recheada de diálogos, o que faz com que a trama ganhe leveza e bastante
agilidade. Além disso, o autor conseguiu ser bem realista com as questões que
trabalhou no enredo, misturando drama, romance e amizade de uma forma agradável,
bem sincera e dinâmica.
“Não sei quem sou. Não sou quem pensava. Sou mais. Sou
complexa de formas que nunca pensei antes. Não somente feliz ou triste, mas os
dois e todas as tonalidades entre ambos, o tempo todo. [...] Posso pensar em
centenas de coisas diferentes de uma vez. Sou uma criatura insignificante e o
centro do universo. Minha existência não tem significado e minha existência é
seu próprio significado. Eu sou, logo sou.”
O autor
trabalha bastante a realidade dos jovens, com seus questionamentos, dúvidas e
anseios em relação a amor e sexo, sobre a primeira vez, namoro, amizade,
família, além de outros assuntos e preocupações bastante relevantes para os
jovens, e também questões mais sérias que nem todo mundo enfrenta, mas existe e
assombra muitas pessoas. Com certeza dá para o leitor se identificar com alguma
situação vivenciada no livro ou até mesmo os pensamentos de pelo menos um dos
personagens.
É um romance
leve e envolvente e William conseguiu trabalhar questões mais intensas e fortes
de uma forma que não fique pesado ou incômodo e ainda informa os jovens de
maneira prática, levando o leitor a pensar e refletir sobre diversos assuntos.
Por exemplo,
o fato de muitos homens tratarem mal as mulheres, inclusive batendo nelas
durante o sexo, com a justificativa de que esta é a forma de demonstrar amor.
Nossa, fiquei muito, muito, muito revoltada com esta situação. O pior é que
coisas assim existem de verdade e muitos homens tratam mal as mulheres porque
se acham superiores a elas, e elas, por sua vez, se deixam ser maltratadas como
se fossem submissas a eles por medo de perdê-los ou sei lá o motivo real.
Gente, eu juro que fico muito chateada quando leio coisas assim e mais ainda
quando conheço pessoas assim. Cada ser humano não precisa de ninguém mais para
ser feliz, então se alguém te machuca física ou psicologicamente, isto não pode
ser saudável e você tem que ser forte para não se deixar levar por uma situação
tão terrível assim. E deve procurar ajuda, alguém com certeza poderá te
estender a mão nestes momentos.
Ele também
faz uma crítica à figura generalizada do homem, que ainda representa a maioria,
mesmo no mundo atual, e cita a forma como alguns homens tratam o amor, ou a
falta dele, e como utilizam o sexo no lugar dos sentimentos.
Um ponto que
achei interessante é que ele mostra que as pessoas podem, sim, ser diferentes
sem que isso as torne ruins e que elas não deveriam ser excluídas por isso.
Todos nós somos especiais da maneira que somos e, se alguém não entende isso,
não é digno de nossa companhia, pois outras pessoas vão se identificar e gostar
da gente, mesmo que não sejamos iguais a todo mundo.
Mas, apesar
dos pontos importantes e do romance até que fofo, a história não me cativou
completamente e, em muitos momentos eu acabei achando a narrativa chata, lenta
e eu ficava me arrastando nas páginas sem vontade de continuar lendo. E,
confesso, fiquei aliviada quando cheguei ao final. Mas, repito, isso não
aconteceu porque o livro é de todo ruim, só não me conquistou muito, talvez
pelo fato de que este não era o meu momento para lê-lo, ou talvez porque a
forma de escrita de Nicholson não seja a minha preferida.
Como
comentei no início da resenha, a capa foi a primeira coisa que me chamou a
atenção para ficar com vontade de ler este livro, então a acho uma gracinha,
além de combinar totalmente com a trama. A original também era bem bonita, mas
curti mais esta edição que a Galera Record produziu para os leitores nacionais.
Não conhecia
o autor, que na verdade nunca antes tinha escrito para jovens adultos, mas
trabalhou durante anos como produtor de TV fazendo documentários, e escreveu
roteiros para séries consagradas, peças de teatros e filmes, entre eles o
ganhador do Oscar, Gladiador.
Se você
procura romances juvenis com a temática do descobrimento do primeiro amor, do
primeiro beijo, da primeira vez, sem ser daquele tipo bobinho, mas que levanta
questões bastante importantes que rodeiam a cabeça dos adolescentes que estão
numa fase de transição na vida, então talvez se interessem por “Rich e Mad”.
Avaliação
Nossa, não conhecia o livro mais arece ser muuuuito fofo, amei essa capa e o enredo, aind amais por lembrar A Culpa é das estrelas e Como dizer adeus em robo, amo esse dois livros
ResponderExcluirBeijos