Elena Volpe
ama as artes e é restauradora em Veneza. Estava trabalhando em um afresco
datado de 1700 em um palácio, onde ficava totalmente sozinha para se concentrar
no processo de restauração, tentando desvendar os detalhes utilizados pelo
autor na época de criação e, assim, trazer a forma e as cores corretas para a
obra.
Até que vê
sua realidade mudar quando o dono do local, o Conde Jacopo Brandolini, trata
com um chef de cozinha de nome Leonardo Ferrante para este ficar hospedado no
palácio até a inauguração de seu restaurante. Com a chegada do chef, ela
sentiu-se invadida, pois antes passava horas a fio mergulhada na mais profunda
concentração, sem mais ninguém no local, exceto pelo zelador que ia até lá de
vez em quando. Até que Leonardo consegue distrai-la, chamando sua atenção.
“Senhoras e
Senhores, tenho a honra de lhes apresentar um homem que fez da culinária uma
arte, um espetáculo tanto para os olhos quanto para o paladar: o chef Leonardo
Ferrante.”
Com um
pequeno passar de tempo, Leonardo consegue atrai-la e eles passam a se
envolver. Depois, a situação começa a ficar mais quente por conta das
artimanhas sexuais dele, que lhe apresenta coisas que até então ela não havia experimentado,
já que não procurava e nem estava preocupada ou carente. Leo consegue
balançá-la de um jeito que faz com que ela se entregue de corpo e alma a ele,
sem medir as consequências.
A
protagonista é uma jovem de vinte e nove anos que mora em Veneza, uma das
cidades mais calientes da Itália e
nunca havia vivido aquela loucura sexual. Todos ali exalavam desejos e os dela
estavam guardados a sete chaves, o que acabou vindo à tona com Leonardo,
deixando-se seduzir por ele, que só queria sexo diferente. Então ela foi levada
pela leveza e descontração e o desapego pelo “papai e mamãe”. Só que, sendo ela
como era, se apaixona por ele e faz coisas que nem mesmo podia crer.
As cenas envolvem
pela forma como Leonardo faz Elena entender seu próprio corpo. A sexualidade da
personagem surgiu para alguém como ela, que nunca antes tinha tido tantas
experiências diferentes, e este foi o lance. Tudo o que ele queria era
despertar nela, de maneira forte e intensa, o até então adormecido.
“Meu corpo nu não é mais uma visão a ser evitada, mas
algo de íntimo e familiar. Uma paisagem que habito sem mais inibições. [...]
Foi Leonardo quem me fez redescobrir uma feminilidade na qual eu não prestava
atenção antes.”
Mas, para
Leo, relacionamentos só através de sexo, ele não queria qualquer envolvimento
emocional mais profundo, e lhe propõe a sexo e mais sexo. E, se por acaso ela
se apaixonasse, eles terminariam. Por outro lado, Elena era envolvida com um
amigo, Filippo, com quem compartilhava tudo, só que, com a saída dele para
outra cidade, fez com que ela se aproximasse ainda mais de Leonardo.
Como se
tratando de uma trilogia erótica italiana, pensei que encontraria cenas mais
pesadas e extremamente tórridas, mas não vi coisas tão além do nosso imaginário
(exceto por uma ou outra), apesar de terem sido bem quentes. Tem coisas que ele
fez que realmente superam as expectativas porque mostram um lado interessante e
da criatividade de um chef de cozinha, com os temperos e odores que ele usa
para satisfazer desejos ocultos na protagonista.
Eu achei a
leitura cativante, mas é para quem busca realmente uma obra erótica, pois há
muitas cenas explícitas e o relacionamento dos dois gira predominantemente em
torno de sexo. Então, para quem gosta deste tipo de romance, vai achar
interessante que Leonardo sai do comum, e leva Eleva a um novo patamar na
descoberta da sua sexualidade através de sensações, priorizando, para isso, os
sentidos de paladar, olfato e tato.
Saindo do
foco sexual do livro, a parte artística da trama realmente me atraiu muito, já
que a arte é um assunto que me fascina. E a maneira com que a autora nos
apresentou a este mundo através da própria protagonista, Elena, me fez ficar
ainda mais encantada com o tema.
O último
capítulo foi gostoso e fofo de ler, porque acredito no amor e sempre espero que
as coisas acabem por ser resolver, apesar de imaginar que não vai ser como eu
gostaria que fosse daqui para a frente, porque prefiro Filippo e, não, Leonardo.
Mas só poderemos saber isso mais a fundo na sequência do livro, para, então,
descobrirmos se será assim ou ainda acontecerão coisas que até eu duvido (em
relação ao amor). Faltam “Eu te Sinto” e “Eu te Quero” da trilogia para eu ler
e resenhar aqui no blog, o que pretendo fazer futuramente.
A capa deste
exemplar é sugestiva e você logo percebe que se trata de uma obra erótica. Não
chama a minha atenção e preferia que tivessem feito uma escolha mais bonita, já
que esta é bastante sem graça. Mas gosto muito do efeito de cores no título.
Dentro, o texto está bem espaçado e com uma letra não muito grande, mas não
incomodou minha leitura, principalmente por contar com páginas amarelas.
“Chega um
ciclone erótico”, esta frase presente na capa representa bem a obra, mas vocês
precisam mesmo ler para saber como exatamente ela se encaixa na trama.
Recomendo para os leitores que buscam uma história quente e envolvente passando
em um cenário incrível, que é a romântica e sensual Veneza.
Avaliação
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