Sol da Meia-Noite – Crepúsculo #05 – Stephenie Meyer


Na época em que Crepúsculo saiu nas livrarias eu quis imediatamente ler, pelo simples fato que sou fã de vampiros e de Anne Rice. Confesso que na época o primeiro livro mexeu comigo, mas o segundo volume foi ódio mortal, mesmo assim segui até o fim meio de saco cheio de tanto drama e alguns absurdos hehehe. Não fazia ideia que Sol da Meia Noite iria sair até que me deparei com ele, e pense porque não? Afinal quem vai narrar é um vampiro, vai ser mais true não? É não exatamente não Sra. Stephenie Meyer?!
Em Sol da Meia Noite conhecemos a mesma estória de Crepúsculo, mas sob a ótica do vampiro Edward, desde o seu primeiro encontro, passando por momentos que sabemos que aconteceram, mas não como aconteceram. A narrativa é feita em primeira pessoa, e devo dizer que se achava que a Bella era lamúrias sem fim é porque não conhecia a mente do Edward! Simplesmente não comprei a ideia que Meyer vendeu de que uma vez vampiro e sua personalidade não evolue, visto que a mente e o corpo seguem percursos próprios. Depois de cem anos duvido que alguém continue nos mesmos erros e personalidade. Sim alguns vampiros se tornam mais letais e abandonam qualquer traço de humanidade, outros passam disso para quase humanos, entre tudo isso eles aprendem e mudam, mas o Sr. Cullen? É como um adolescente e desculpa isso não cola!
Outro aspecto que em Crepúsculo já me incomodava e nesse só piorou foi a perseguição de Edward a Bella, chega um determinado ponto da trama que ele ou está com ela, ou vigiando ela através da mente dos outros. Não é isso que chamam de relação tóxica? Ele não consegue respeitar as decisões dela porque ela é uma humana e é frágil, não aceita os sentimentos dela porque ele é um monstro indigno de amor e quer impor todo relacionamento em cima da ideia que ele não é capaz de ser homem ( isso porque me desculpe com Carlisle como exemplo ele devia ser muito diferente).
O livro têm 736 páginas que até caminham bem, mas que trazem páginas e mais páginas de "vou embora", "sou um monstro e vou matar ela" e "o cheiro dela é incrível", é repetição, atrás de repetição. Eu esperava por uma mente mais perturbada no sentido vampírico, como os vampiros mais tradicionais (oi Lestat?!), mas são breves as cenas que eu me via pensando "ah sim ele é um vampiro", a maior parte do tempo ele parece um ser humano imortal um bocado burro. Mesmo a mudança dele de parar de atacar ela e passar a namorar ela foi muito fraca.
Minha impressão sobre Meyer e os vampiros é que ela gosta deles, mas desde que eles não sejam maus, e eu aceito isso, o seriado True Blood, por exemplo, explorou isso muito bem. Me parece que a autora não conseguiu dimensionar a natureza real dessas criaturas, seus dilemas e experiências. Ela sempre fala do ponto de vista de uma humana e nunca senti ela vestido a camisa dos vampiros.


Indicação: Auguste Dupin – Edgar Allan Poe


🌷 Boa Noite, gente! Tudo bem? Hoje viemos indicar um livro bem bacana que li recentemente: Auguste Dupin, de Edgar Allan Poe, que é considerado o primeiro detetive da literatura mundial.

Adorei conhecer esse personagem e as histórias protagonizadas por ele. Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Poe e também curti bastante. Espero ler mais obras dele futuramente.

Inclusive, essa edição está linda e ainda inclui Extras maravilhosos: o poema “O Corvo”, que é um dos trabalhos mais famosos do autor, traduzido por ninguém menos do que Machado de Assis, e o conto “O Escaravelho de Ouro”.

SINOPSE:

Décadas antes do icônico Sherlock Holmes fascinar os leitores com sua astúcia e inteligência, Edgar Allan Poe – a mente por trás de grandes obras da literatura mundial, bem como da gênese do conto da maneira que conhecemos – escreveu “Os Assassinatos da Rua Morgue”. Nesse conto, somos apresentados ao peculiar Le Chevalier C. Auguste Dupin, criminologista notável por sua inteligência durante a investigação de misteriosos casos de assassinato.



E é claro que Poe estava, mais uma vez, fazendo história: Dupin foi o primeiro detetive da literatura, naquela que é considerada a primeira história do gênero a ser publicada. O trabalho do autor foi responsável por influenciar não só a criação de Arthur Conan Doyle como toda história policial, desde aquelas escritas no século 19 até as que são lançadas atualmente.

Agora, esse legado ganha um tributo nesta edição, que reúne “Os Assassinatos da Rua Morgue”, “O Mistério de Marie Rogêt” e “A Carta Furtada”, ou seja, a trilogia completa protagonizada pelo detetive de Poe – Auguste Dupin, o primeiro detetive.

 



Cozinha Vegetariana do Mediterrâneo – Malu Simões e Alberto Musacchio

Já comentei algumas vezes por aqui como somos apaixonadas por livros de culinária. Sempre que vemos um exemplar do gênero, principalmente em edições bonitas, já queremos colocá-lo na nossa estante e testar as receitas. A escolha da vez foi essa obra maravilhosa, que nos apresenta a Culinária Italiana através de receitas que revelam os segredos da cozinha do Hotel-Fazenda Montali. Então vamos aprender pratos bem variados como massas, obviamente, saladas, sopas, doces, pães, café da manhã, etc.
Mesmo que o título e as receitas sejam Vegetarianas, não necessariamente são restritas para o público alvo. E pessoas com os mais variados paladares vão se encantar com diferentes receitas. Há pratos bem fáceis de serem preparados e também alguns mais elaborados. Há legendas com o nível de dificuldade dividido em três níveis: Fácil, Médio e Difícil. Eu fiquei bem empolgada para experimentar tudo! Já até escolhi a primeira delícia que vou preparar: Gateau di Patate, petiscos individuais de batata com queijo provolone (confira na segunda foto).

O livro foi dividido em quatro partes, correspondentes aos pratos do típico jantar do restaurante: Entradas, Primeiros Pratos, Segundos Pratos e Sobremesas. Há molhos e cremes no capítulo de Noções Básicas. Também há opções veganas ou sem glúten em algumas receitas. Além disso, há várias técnicas, dicas e explicações bem bacanas, que ajudam na hora da preparação. E as receitas e as fotos nos inspiram a buscar os melhores ingredientes para preparar os pratos deliciosos.


Além de tudo isso, há diversos textos com fotos que trazem informações, trechos de História, curiosidades, etc. tanto sobre pontos da Itália e Brasil quanto de ingredientes, flores, arquitetura, tradições, negócios e outros. Fazendo com que o exemplar seja bem completo e interessante, já que ultrapassa a barreira das receitas e nos faz viajar sem sair do lugar.
A edição está lindíssima. Com 28,2 cm x 21,4 cm, Capa Dura, miolo em folha de papel couché (estilo folha de revista, porém bem grossa), belas fotografias, tudo muito colorido, alta qualidade de impressão e diagramação bem confortável para a leitura, assim como para um entendimento fácil do conteúdo.





Esqueceram de Mim – Kim Smith


Quem foi criança nos anos 1990 deve lembrar do famoso filme “Esqueceram de Mim”, protagonizado por Macaulay Culkin, que depois até ganhou uma sequência. Nele, conhecemos o arteiro Kevin McCallister, um menino de 8 anos que aprontava todas. Em uma dessas situações, ele fica bem chateado com a mãe e deseja que sua família desapareça.
Quando acorda no dia seguinte, ele percebe que desejo se realizou. Sozinho em casa na véspera de Natal, Kevin faz tudo o que sempre quis, e percebe que precisa aprender outras coisas também. Até que descobre que dois ladrões planejam assaltar sua casa e bola vários planos malucos para impedi-los de fazer isso, usando várias artimanhas infantis bem divertidas para se defender. E percebe que a solidão não é o que ele realmente queria.
A resenha de hoje é uma dica incrível para quem tem crianças em casa ou por perto para presentear. A Intrínseca resolveu trazer um projeto bem bacana com uma pitada de nostalgia para os leitores brasileiros: a Coleção Pipoquinha. Filmes Clássicos infantis que marcaram época e eram reprisados na Sessão da Tarde, ganharam uma versão em livro ilustrado e com capa dura.



Além de trazer esse clima nostálgico para quem conhece as histórias e também apresentá-las aos novos leitores, as tramas são leves, divertidas e deliciosas, do tipo que as crianças adoram. O mais bacana é que depois de ler, vocês podem fazer uma Sessão de Cinema em casa e assistir aos filmes.



Esse livro foi baseado no filme clássico do diretor Chris Columbus, com roteiro de John Hughes. As ilustrações belíssimas ficaram a cargo de Kim Smith. E estou completamente apaixonada por seu trabalho! Já quero todos os outros volumes dessa coleção na minha estante. No Brasil, a Intrínseca também publicou “De Volta Para o Futuro” e “E.T – O Extraterrestre”, e assim que eu adquiri-los, volto aqui para indicar para vocês.


O Ickabog - J. K. Rowling


A última coisa que eu esperava nesse ano, e nesse momento era me deparar com algo inédito da autora J. K. Rowling, mas eis que surge o livro nesse ano que está cheio de surpresas e finalmente alguma boa! O Ickabog foi escrito pela autora dez anos atrás para seus filhos, esta quando se deparou com a pandemi resolveu lançá-lo gratuitamente pela internet em capítulos para entreter as crianças. Os capítulos continuarão disponíveis no site até dia 12 de agosto, e após essa data será lançado oficialmente em 10 de novembro com ilustrações de crianças brasileiras que serão escolhidas em um concurso da editora Rocco.

Cornucópia é um reino feliz governado por Fred, o intrépido, dono de um ego grande e vaidoso que ao lado de seus amigos Lorde Cuspêncio e Lorde Palermo passa seus dias caçando. A rotina seguia seu curso até que um lenda que era desacreditada passa a assombrar o Rei. Quando o medo surge as rédeas do certo e errado se perdem, e a sede pelo poder de alguns ultrapassa os limites. Será que este pequeno país será capaz de descobrir a verdade e se salvar da escuridão?

Eu acreditava que um livro com uma abordagem dita infantil não seria longo, menos ainda forte ou complexo. Mas se tratando de quem é eu deveria esperar que algo bom viria, e com isso me dar a certeza de que é uma pena que a autora tenha parado sua carreira de livros infanto-juvenis. Isso porque temos aqui uma estória repleta de mensagens, com detalhes muito peculiares e um ser inédito!

Enquanto eu lia esperava algo como a repetição característica dos contos de fadas, mas isso não aconteceu, ao contrário logo no início temos mortes, alias elas são muitas o que faz com que talvez a leitura não seja para crianças tão pequenas (embora eu ache que quanto mais cedo uma criança entra em contato com esse tema na fantasia, mais fácil é quando acontecer na realidade).  Os personagens têm personalidades marcantes e bem traçadas, que fazem com eles sejam interessantes e alguns deles extremamente irritantes.

Os vilões são o típico caso de pessoas que subestimam a inteligência das pessoas, e são bem feitos porque me despertaram raiva do começo ao fim. Fazem qualquer coisa da mais cruel, a mais burra ou absurda para conseguir ouro e poder. E que bela confusão eles fazem nesse país onde tudo já funcionava bem! Paralelos com alguns países na atualidade ou políticos de um certo partido burro são inevitáveis rs!