#MergulheEmNeilGaiman – Principais obras de Neil Gaiman no Brasil + Promoção


No post de hoje vamos apresentar principais obras de Neil Gaiman que já foram publicadas aqui no Brasil. Esse post faz parte da semana especial sobre o autor para comemorar o lançamento do livro “O Oceano no Fim do Caminho”, que acaba de sair aqui pela Intrínseca, simultaneamente com o lançamento lá fora.
Quem quiser conferir o primeiro post, #MergulheEmNeilGaiman - Conhecendo o autor + Promoção, basta clicar no título.
Para adicionar algum dos livros no Skoob, basta clicar no título.
Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino.
Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.
O mistério da estrela – Stardust conta a história do jovem Tristran Thorn, que promete capturar uma estrela cadente para conquistar o coração de sua amada. Para levar a cabo a missão, Tristran tem que atravessar o portal que separa o vilarejo de Muralha. Poucos ousam cruzar o portal, exceto durante a Festa da Primavera, que acontece de nove em nove anos. Nessa época, uma grande feira se instala no local e os moradores de Muralha, bem como visitantes de todas as partes do mundo, entram em contato com os seres que habitam o outro lado. Foi o que ocorreu muitos anos antes, quando Dunstan Thorn, o pai de Tristran, cruzou o portal e conheceu uma bela e misteriosa jovem de olhos cor de violeta, a verdadeira mãe de Tristran.
Em sua jornada pela Terra Encantada, Tristran Thorn, que desconhece sua origem, mas tem a força impetuosa dos apaixonados, enfrentará perigos e armadilhas, conhecerá seres fantásticos, que vivem num mundo regido por leis próprias, e precisará de inteligência, coragem e uma boa dose de intuição para realizar o Desejo de seu Coração, ao melhor estilo das narrativas de fantasia. Sua luta, no entanto, revela-se outra ao longo das páginas. E sua saga é temperada pelo bom humor, a ironia e a visão singular do bem e do mal, do certo e do errado, do real e do imaginário, da vida e da morte que caracteriza a obra de Neil Gaiman.

Sandman
Sandman é uma revista de história em quadrinhos, sucesso de crítica e público. Foi criada por Neil Gaiman em 1988 para a Vertigo, selo para adultos da Editora DC Comics. Suas histórias descrevem a vida de Sonho, o governante do Sonhar (o mundo dos sonhos) e sua interação com o universo, os homens e outras criaturas. Um épico original que mistura mitologia grega clássica, lendas urbanas modernas e fantasia negra, numa prosa contemporânea de primeira linha, apresentando ao público o Mestre dos Sonhos (Sandman) e sua família, os Perpétuos.



A história de Coraline é de provocar calafrios. A narrativa dá muitas voltas e percorre longas distâncias, criando um ‘outro’ mundo onde todos os aspectos de vida são pervertidos e desvirtuados para o macabro. Ao mesmo tempo sutil e cruel, o autor gosta de desafiar as imagens simples dos livros infantis tradicionais. No livro, a jovem Coraline acaba de se mudar para um apartamento num prédio antigo. Seus vizinhos são velhinhos excêntricos e amáveis que não conseguem dizer seu nome do jeito certo, mas encorajam sua curiosidade e seu instinto de exploração. Em uma tarde chuvosa, a menina consegue abrir uma porta que sempre estivera trancada na sala de visitas de casa e descobre um caminho para um misterioso apartamento ‘vazio’ no quarto andar do prédio. Para sua surpresa, o apartamento não tem nada de desabitado, e ela fica cara a cara com duas criaturas que afirmam ser seus “outros” pais. Na verdade, aquele parece ser um “outro” mundo mágico atrás da porta. Lá, há brinquedos incríveis e vizinhos que nunca falam seu nome errado. Porém a menina logo percebe que aquele mundo é tão mortal quanto encantador e que terá de usar toda a sua inteligência para derrotar seus adversários.
Após a morte de sua esposa em um acidente de carro, Shadow é liberado da prisão antes de cumprir totalmente sua pena. Perdido, acaba por conhecer um homem misterioso, chamado Wednesday, que será muito mais importante na vida de Shadow do que ele imagina. Na verdade, Wednesday é um antigo deus, certa vez conhecido por Odin, o Pai de Todos. Ele está percorrendo os Estados Unidos a fim de reunir seus companheiros esquecidos para uma batalha épica contra as divindades do mundo moderno: internet, televisão, cartões de crédito, telefone, rádio... Shadow aceita ajudar Wednesday, e eles se lançam a uma tempestade psicoespiritual que se torna demasiadamente real em suas manifestações. A esposa morta de Shadow, por exemplo, continua a aparecer, e não apenas como um espectro - a dificuldade de ambos em manter seu relacionamento se torna sombriamente engraçada, assim como o resto do livro.
 Mais do que um turista na América, Neil Gaiman oferece uma perspectiva de fora para dentro - e, ao mesmo tempo, de dentro para fora - da alma e espiritualidade do país e do povo americano: suas obsessões por dinheiro e poder, sua miscigenada herança religiosa e as consequências sociais, e as decisões milenares que eles enfrentam sobre o que é real e o que não é.
Em 'Lugar Nenhum' Neil Gaiman conta a história de Richard Mayhew, um jovem escocês que vive uma vida normal em Londres. Tem um bom emprego e vai se casar com a mulher ideal. Uma noite, porém, ele encontra na rua uma misteriosa garota ferida e decide socorrê-la. Depois disso, parecer ter se tornado invisível para todas as outras pessoas. As poucas que notam sua presença não conseguem lembrar exatamente quem ele é. Sem emprego, noiva ou apartamento, é como se Richard não existisse mais. Pelo menos não nessa Londres. Sim, porque existe uma outra - a Londres-de-Baixo. Constituída de uma espécie de labirinto subterrâneo, entre canais de esgoto e estações de metrô abandonadas, essa outra Londres é povoada por monstros, monges, assassinos, nobres, párias e decaídos - e é para lá que Richard vai.
>>SORTEIO valendo um exemplar do lançamento “O Oceano no Fim do Caminho”. A promoção é pelo Rafflecopter, e para validar a participação tem que comentar no primeiro post sobre o autor (CLIQUE AQUI), e é válida até as 23:59hrs do dia 03/07/2013. Participem, e boa sorte! :D

PS.: Esse é o segundo post da Semana Neil Gaiman aqui no blog, quem comentar aqui pode preencher o formulário no campo correspondente ao segundo post. 
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O Mistério do Chocolate - Hannah Swensen Mysteries #01 - Joanne Fluke

Antes de falar do livro em questão tenho que dizer uma coisa sobre mim: amo cozinhar, já fiz diversos cursos e tudo mais! E uma das coisas que mais gosto de fazer e comer são cookies. Sentir aquele cheirinho de baunilha no ar é muito delicioso! E porque estou dizendo isso?  Porque o livro O Mistério do Chocolate (Livro 01 da série Hannah Swensen Mysteries), da autora Joanne Fluke pela Leya, é recheado de cookies deliciosos S2!

Nesta obra conhecemos a confeiteira Hannah Swensen proprietária do Jarro de Cookies, um lugar aconchegante que vende café e cookies na pequena cidade de Lake Eden.  Mais uma dia estava começando como de costume se não fosse o estranho atraso do entregador do laticínios da cidade.

Hannah desconfiada procura por ele nos fundos de sua loja, e se depara com uma cena inesquecível: Ron LaSalle está morto em seu caminhão, e os famosos cookies de Hannah estão espalhados ao seu redor. Determinada a ajudar seu cunhado a conseguir sua promoção a detetive, Hannah passa a investigar o caso, espalhando pela cidade cookies e perguntas.

Que leitura deliciosa! É assim que resumo este livro, Fluke escreve de forma cativante e sabe colocar os inebriantes cookies na obra de forma a dar água na boca. A narrativa é em terceira pessoa, sendo boa parte do ponto de vista de Hannah. O livro conta com a diagramação simples, mas com uma fonte reduzida. O destaque fica por conta dos detalhes, a página de rosto tem uma imagem linda de cookies e em cada início de capítulo lá estão os redondinhos! Não fosse o suficiente, alguns finais dos capítulos contam com as receitas do cookies mencionados no próprio capítulo (desnecessário falar que vou fazer né?!).

Hannah é uma personagem que dá gosto de seguir, é determinada e impulsiva. Diante do perigo da investigação não hesita, vai em frente mesmo quando as coisas ficam complicadas para o seu lado. E o que mais gostei nela, ela não perde tempo com homens, eles estão lá, mas ela tem certeza que está muito bem sem eles!

Andrea, sua irmã, é uma mulher um tanto atrapalhada, tem bom coração, mas enfia as mãos pelas pernas quando o assunto é cuidar de Tracey. Ela mostra uma grande mudança no livro, de mãe distante para uma mãe preocupada. Sabe reconhecer os talentos e ajudas da irmã, e também a ajuda de vez em quando nas investigações.

Lisa é a ajudante de Hannah no Jarro de Cookies, uma moça muito dedicada ao trabalho e nos cuidados com o pai. Tem papel fundamental para que os negócios continuem quando Hannah começa as pesquisas. É uma personagem fofa!

Bill é o cunhado de Hannah, e quem está investigado oficialmente o crime. Embora também contribua para a solução do mesmo, boa parte do trabalho é feito por Hannah. Confesso que esse é um aspecto estranho do livro, afinal Hannah não é uma policial, mas se você deletar esse detalhe nada mais sai fora do lugar.

Outros personagens coadjuvantes vão surgindo ao longo da trama, como a mãe  de Hannah, o dentista Normam, além dos diversos moradores da cidade investigados. Todos relatados com riqueza de detalhes, e que contribuem para a solução do caso.

O desfecho do crime é muito bom, não desconfiei do assassino em nenhum momento. A trama me lembro muito um capítulo do seriado CSI, claro em uma versão mais leve e divertida.

A série já conta com mais um livro publicado no Brasil, O Enigma do Morango, que tem seu primeiro capítulo já no fim de O Mistério do Chocolate, resultado: li e estou muito curiosa para voltar as ruas de Lake Eden e entender o que aconteceu no próximo crime. O Mistério do Chocolate é um livro leve e cheiroso que indico para todas as pessoas que gostam de um pouco de açúcar na vida!

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#MergulheEmNeilGaiman - Conhecendo o autor + Promoção



O post de hoje é sobre o consagrado autor Neil Gaiman, que provavelmente a maioria de vocês já conhece, mas mesmo quem não se lembra de ter escutado algo a respeito dele, já deve ter ouvido falar de alguma de suas obras, isso porque ele já escreveu mais de 20 títulos, entre eles livros e HQs, e já inspirou (ou escreveu o roteiro) filmes e capítulos de séries – inclusive apareceu em Os Simpsons –, e até ópera.

Mas por que estamos falando dele agora? Para comemorar o lançamento do seu mais novo romance voltado para o público adulto, O Oceano no Fim do Caminho, que acaba de ser lançado mundialmente, inclusive aqui no Brasil, pela Editora Intrínseca, e vai ter resenha aqui no blog em breve.

Neil Gaiman nasceu na Inglaterra, mas hoje vive nos EUA com sua mulher, Amanda Palmer, que é de uma banda chamada Dresden Dolls. Desde pequeno ele era um leitor ávido e vivia lendo obras de J.R.R. Tolkien, C.S. Lewis, Edgar Allan Poe, entre outros.

Começou sua carreira como jornalista e depois logo foi para o mundo dos quadrinhos, seguido de romances de ficção adulta e infantojuvenil. A obra que mais o fez ser reconhecido foi Sandman, que teve 10 volumes e lhe rende muitos novos fãs ainda hoje.

Entre suas outras obras mais conhecidas podemos destacar Stardust, que teve resenha aqui no blog (para ler é só clicar no título), e que foi adaptado para o cinema com um elenco de peso, incluindo Robert De Niro, Michelle Pfeiffer e Claire Danes; a obra juvenil Coraline, que virou animação pela Disney; Coisas Frágeis, que apresentam contos e poemas; e o ambicioso romance Deuses Americanos.





Fique de olho aqui no House of Chick, pois essa semana teremos outros posts sobre o autor.
Quem quiser saber sobre tudo o que está rolando na Semana Neil Gaiman, promovida pela Editora Intrínseca, basta acompanhar as postagens dos parceiros da editora através da hashtag #MergulheEmNeilGaiman.
E para alegrar bem a vida de vocês, tem promoção valendo um exemplar do lançamento “O Oceano no Fim do Caminho”. A promoção é pelo Rafflecopter e é válida até as 23:59hrs do dia 03/07/2013. Participem, e boa sorte! :D
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Adeus, por enquanto - Laurie Frankel

Quando vi a capa deste livro pela primeira vez, logo me interessei e fui procurar sobre o que era a história, e assim que li a sinopse adorei a premissa do livro, e fiquei tão encantada que mal podia esperar para começar a ler sobre esta história que parecia ser linda e tocante ao mesmo tempo. Agora, depois de ter lido, venho contar para vocês as minhas opiniões a respeito desta obra de Laurie Frankel.
O livro conta a história de Sam, um expert em computação que inventa um software para ajudar a sua namorada, Meredith, a suportar a morte da avó, já que ela era uma menina alegre, cheia de vida e se tornou uma pessoa triste quando esse fato ocorreu em sua vida. Sam, então, criou um programa que permite que ela fale com a avó tanto em ligação de vídeos, como por e-mail. Para isso ele juntou todas as informações trocadas pelas duas, para que o programa pudesse responder e interagir exatamente do modo como a avó fazia, com uma projeção da mesma, que sorri como ela, fala como ela, de uma forma totalmente inteligente, já que sua projeção consegue interagir com os parentes vivos, fazendo assim com que sua namorada pudesse adiar o adeus para sempre. Como o programa dá tão certo, eles resolvem então abrir um negócio e ajudar as pessoas que estavam passando pela mesma dor que Meredith passou.
O livro é uma história de perda e como ela nos atinge de uma forma brusca, pois quase nunca queremos aceitar, então essa com certeza é uma leitura que fala, além de tudo, sobre superação.
Com uma leitura gostosa, emocionante e envolvente, nos pegamos tendo diversos tipos de sentimentos durante toda a trajetória do livro. Ele realmente consegue tocar nosso coração e passar uma mensagem para o leitor. Os personagens são cativantes e bem construídos, com ótimos diálogos que nos fazem pensar na vida e em tudo ao nosso redor.
Para quem tem um coração mais mole como o meu, pode preparar a caixinha de lenço para quando for realizar esta leitura, pois ela realmente vai ser necessária, as lágrimas saíram com muita facilidade. No livro vemos como o programa afeta a vida de nossos protagonistas e de outros usuários e, mais de uma vez, me peguei pensando se seria legal haver um programa assim.
Sobre a capa, ela é maravilhosa e representa bem o tema central do livro, além disso, as páginas são amarelas. A diagramação está maravilhosa com um bom espaçamento entre as letras o que deixa a leitura mais confortável para que a gente consiga ler por horas durante o dia sem cansar a vista.
Como essa é uma leitura cativante, a narrativa nos prende de tal forma que não dá para conseguir parar de ler até chegar à última página. Além disso, o livro passa um ensinamento para os leitores e consegue tocar nosso coração, sendo uma leitura leve e doce que nos surpreende.

Gostei bastante de ler “Adeus, por enquanto”, e por isso recomendo para todas as pessoas que gostam de uma história linda, que aborda sobre perda e superação, e que nos faz pensar sobre a vida.
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O Último Lobisomem - Glen Duncan


"Não sei se tudo é um acidente que se elucida ou um desígnio inescrutável. Não sei como as pessoas deveriam viver - mas sei que devem viver, caso consigam suportar. Você ama a vida porque a vida é tudo que existe. E só sei isso porque descobri - novamente - o amor. Não há justiça: isso eu sei. Poucas preciosidades para mostrar ao longo de duzentos e um anos." - Pág. 306

Na obra O Último Lobisomem, escrita por Glen Duncan, lançada pela editora Record, Jake Marlowe é um lobisomem, mas não qualquer um, ele é o último lobisomem, já que o vírus que infectam os humanos e os transforma em lobos está extinto. Quando se vê diante desta realidade Jake desiste de lutar por sua vida, e de lidar com os fantasmas de todos que matou que o assombram dentro de si, inclusive de sua primeira e pior morte.

O WOCOP (World Organization  for the Control of Occult Phenomena) tem como objetivo matá-lo, e Jake está disposto a deixá-los alcançar seu objetivo. Entretanto, enquanto aguarda sua última lua cheia, um assassinato inesperado e um encontro extraordinário fazem com que mude sua perspectiva da vida, fazendo-o lutar por sua vida e pelo amor.

Narrado em primeira pessoa, o livro é o diário que Jake escreveu sobre sua própria história, logo, até o capítulo 55 é sob sua perspectiva que a história se desenrola. Do capítulo 56 até o fim do livro a perspectiva passa a ser narrada por Talulla. A narrativa é dividida em três partes, sendo a primeira, segunda e terceira lua, que são as três transformações.

A mitologia criada por Duncan é muito interessante e diferente do que costuma aparecer nos livros, o que fez com que eu gostasse do livro mesmo diante do meu total desinteresse por lobisomens. O estilo da escrita lembrou muito Anne Rice, com uma diferença, enquanto Rice descreve cenas de sexos com suas preliminares e de forma não direta, Duncan é direto, explícito e as vezes até deselegante.

Jake é um personagem forte, em meio a ação divaga pelo passado e resgata escritores e outros pensadores para complementar seu discurso. Luta fervorosamente contra a vida, contra o amor e o apego, e quando acredita que conseguiu vencer encontra o que mais temia, o amor!

Sua libido é alta devido a transformação, assim o sexo é algo que passa por sua cabeça com muita frequência, ele lida com o assunto com muita praticidade e desapego, como ele mesmo diz: foder, matar, comer. Antagônico, ele alterna uma face monstro onde procura alimentar a besta que nasce a cada lua cheia, e uma face homem sensível que lamenta depois da pedra atirada. Para lidar com esta dualidade ele possui um humor fatalista, palavras ácidas e paciência curta. Mas a identificação com o personagem é inevitável.

A capa é simples e conta apenas em destaque com as fases da lua, lua esta que é fundamental no enredo do livro. A diagramação é simples e conta com uma fonte pequena. Embora tenha apenas 334 páginas, o tempo de leitura foi o dobro do normal, não sei se por uma fase minha ou pelo ritmo mais exigente que o autor tem, longe dos fáceis YA. Duncan capricha nas descrições, e com elas você tem real noção da vida lupina.

O Último Lobisomem é um livro atual com cara de clássico, com muita ação, sangue e sensualidade. É um exemplo de como fazer uma trama sobrenatural com maturidade e profundidade. É uma obra inteligente e indicada para quem não tem medo do bicho-papão rs!

P.s Publicado anteriormente no Blog Criando Testrálios.

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Mau Começo – Desventuras em Série #01 – Lemony Snicket

Mesmo antes de ler este livro, eu já tinha escutado falar, e muito, sobre ele. Primeiro porque teve o filme estrelado por ninguém menos do que Jim Carey, e segundo porque o autor, Lemony Snicket, já é bem famoso, e, por este motivo, muitas pessoas falam de suas obras. “Mau começo” é o primeiro volume da série Desventuras em Série e eu estava super empolgada para começar a ler essa obra, e agora venho compartilhar com vocês as minhas opiniões a respeito dela.
O livro conta a história de três crianças de sobrenome Boodler, Violet, a irmã mais velha, Klaus, o irmão do meio, e Sunny a irmã mais nova, que é apenas um bebê. Eles levam uma vida normal e feliz com seus pais, até que em certo dia, quando um incêndio acontece na casa destas três crianças, elas acabam ficando órfãs, sendo obrigadas a ir morar com o detestável Conde Olaf. A partir daí, a vida das crianças muda bastante, pois eles agora estão tendo que morar com esse senhor sinistro que é capaz de fazer tudo para conseguir colocar as mãos na fortuna da Violet para quando ela fizer dezoito anos.
Os personagens são muito bem construídos, e cada um deles tem uma característica peculiar. Violet, com seus quatorze anos, é uma menina amável e super inteligente, que adora inventar coisas, Klaus, o irmão do meio e único menino, é um ávido leitor que adora devorar inúmeros títulos, e Sunny, a bebê, que apesar de só falar pouquíssimas palavras, adora morder tudo e todos. Além dos três órfãos principais, também encontramos outros personagens como o inescrupuloso Conde Olaf, o grande vilão desta série, que é um cara misterioso, cruel e bastante sombrio, que obriga as crianças a fazerem trabalhos domésticos e os priva de tudo.
O livro é narrado em terceira pessoa, mas em algumas páginas somos pegos com uma narrativa em primeira pessoa, o que foi bem legal. O narrador constantemente conversa com nós, leitores, e nos explica alguns significados. Adorei a forma como Daniel Handler, com o pseudônimo de Lemony Snicket, conduziu a história e conseguiu nos prender durante toda a leitura com seu modo cativante e inteligente de escrever.
Sobre a capa, eu a achei bem bonita, e há verniz localizado na ilustração, e acho que conseguiu representar bem a história. A diagramação está perfeita com a fonte das letras em um bom tamanho e espaçamento, deixando a leitura mais confortável e, possibilitando assim, que a gente consiga ler por mais tempo sem cansar a vista. O livro tem um tamanho bem pequeno em comparação com o padrão dos outros títulos que encontramos por aí, mas suas páginas são amarelas e dentro dele encontramos diversas ilustrações que dão ainda mais charme a leitura.
Eu assisti ao filme que foi inspirado neste título há muito tempo. Para vocês terem noção de quanto, assisti pela primeira vez no cinema na época do seu lançamento, e mesmo tendo assistido mais vezes, foram há bastante tempo também, por isso não consigo me lembrar de como foi retratada a história no filme, então não posso dizer para vocês se houve alguma mudança drástica, ou se foram feitas leves modificações na história.

Recomendo esta leitura para todas as pessoas que gostam de um bom título, voltado para o público mais jovem, que mesmo não tendo muitos momentos felizes, retrata uma história incrível e cheia de aventuras que vai te prender do início ao fim.
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Resultado do Top Comentaristas 13


Oii gente! Post bem rapidinho só para dar o resultado do sorteio do Top 13. Obrigada a todas as meninas que participaram! Também quero agradecê-las, do fundo do meu coração, pelos parabéns que me enviaram no mês passado, vocês me deixaram muito felizes! Não tinha sido eu quem coloquei o post, então não tinha visto e depois preferi agradecer nesse post aqui. Então, MUITO OBRIGADA! :D
Mas enfim, vamos ao que interessa!
O sorteado poderia escolher um desses três livros:

As meninas abaixo comentaram em pelo menos 60% dos posts, então estão participando do sorteio.
1.       Ana Paula de Carvalho Martins
2.       Thaynara Aparecida Ribeiro
3.       Pamella Gomide
4.       Suzane Andrade Dos Santos
5.       Andreza Galvão
Parabéns, Ana Paula! Mande seus dados e qual o título escolhido para promo.hoc@gmail.com, pois em breve enviaremos seu prêmio!
Se você não ganhou, ou quer participar do Top do mês de junho, veja as REGRAS E PARTICIPE!
As opções de prêmio do TOP 14 são:

Boa sorte!


Hadley – Fashionistas #02 – Sarra Manning

Esse é o segundo volume da série as Fashionistas, publicada pela Editora Prumo aqui no Brasil, e como protagonista temos Hadley, uma das quatro meninas que divide o minúsculo apartamento da agência de modelos Fierce, que fica localizado em Londres. O primeiro volume, chamado Laura, já foi resenhado aqui no blog e vocês podem conferir a resenha clicando no título.
Antes de começar vou fazer dois comentários, essa resenha não apresenta nenhum spoiler do livro anterior e nem da série, que por sinal é composta de quatro volumes independentes. Você pode ler qualquer um dos quatro, que são narrados por cada uma das meninas moradoras do mesmo apartamento (Laura, Hadley, Irina e Candy), em qualquer ordem que não vai estragar nenhuma surpresa, mesmo que possa encontrar as outras meninas fazendo participações recorrentes na história das outras, mas nada muito relevante.
Nesse novo título conhecemos um pouco mais sobre nossa protagonista da vez, e ele se passa na mesma época do livro anterior, porém agora o enfoque é na carreira de Hadley, que desde nova estava na mídia tendo seu programa de televisão, fama, sucesso e dinheiro, mas que ao completar dezoito anos é obrigada a processar seu próprio pai que está sumido com seus dezessete milhões de dólares, já que ele era o contador da filha.
Com uma carreira em decadência, nossa protagonista continua achando que ela é boa demais para algumas coisas, e não aceita fazer qualquer papel, muito menos namorar qualquer pessoa que não esteja a sua altura, e que ela possa dar o pé na bunda no final, em entrevistas ela tem que estar na primeira página, entre outras coisas assim. Sendo uma menina mimada, que acha que tem o mundo aos seus pés, e que não desce do salto mesmo quando a situação aperta.
Mas quando nossa protagonista se torna uma das pessoas mais odiadas da Inglaterra, ela acaba tendo que revisar os seus conceitos e ver como a vida é realmente, e fazer de tudo para tentar rever essa situação.
Apesar de não ter muito romance neste volume, podemos encontrar um pouco dele mais para o fim do livro, o que gostei bastante já que ele é daquele tipo que nos faz ficar torcendo para dar certo e sem nem perceber, à medida que vamos lendo acabamos estampando um pequeno sorriso no rosto.
O livro é narrado de uma forma gostosa e cativante de se acompanhar, e, por este motivo, quando vamos reparar já estamos quase na última página. Sarra sabe bem como utilizar os elementos que ela tem para construir boas histórias sob diversos pontos de vista (já que cada livro é narrado por uma protagonista com uma personalidade totalmente diferente das outras), sem ficar chata e nem cansativa.
A diagramação está perfeita com espaçamento ideal para que a gente consiga ler por mais tempo sem se cansar e, apesar da letra estar um pouco pequena, ela não me incomodou durante a leitura, e as páginas são brancas. A capa é linda e representa bem a história, já que nossa protagonista é loira, assim como a menina ali representada. A parte impressa está maravilhosa, já que há verniz localizado no título, nos olhos, na boca, nos brilhinhos da pulseira e a logo da editora. A lombada também segue o padrão do livro anterior, mudando apenas a cor.
Assim como no primeiro volume da série, no final há um glossário para o leitor entender mais sobre os jargões da indústria de cinema e TV (no livro anterior era um glossário fashionista), que eu achei muito útil.
Recomendo esta leitura para todas as pessoas que gostam de uma boa história que é leve, descontraída e que mesmo não sendo daquele tipo que muda a nossa vida, consegue desempenhar bem seu papel de um bom título, gostoso e realista, com uma excelente narrativa.
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Hollywood é como a Escola – Zoey Dean

Apesar de eu ainda nunca ter lido nenhum livro desta autora, eu já a conhecia pelos seus títulos anteriores. Minha irmã já havia lido As Patricinhas, lançado pela editora Bertrand Brasil e Garotas Em Ação, lançado pela Nova Fronteira, e tinha adorado a forma que a autora escreve, fazendo com que eu ficasse com grandes expectativas quando comecei a ler esse novo título.
A história narra a vida de Taylor Henning, uma menina que vai para Hollywood cheia de sonhos e esperanças, já que ela ama filmes e seu sonho é fazer parte da indústria cinematográfica, e, por isso, quando surgiu uma grande oportunidade depois de vários trabalhos aqui e ali, de poder ser assistente de uma executiva de Hollywood em um dos maiores estúdios da atualidade, ela embarcou nesta vida que para ela era cheia de glamour e de coisas boas.
Mas, chegando à cidade das celebridades, ela descobre que nem tudo é como ela pensava, já que logo no início Taylor se sente parte de outro mundo, uma vez que todos falam de assuntos que ela não sabe tão bem, vestem as roupas da moda de grifes importantes, e além de tudo fazem o que for preciso para alcançar seus desejos, independente de em quem tenha que pisar no meio do caminho para chegar ao topo. Até quem ela pensava ser sua amiga no começo do livro e de sua carreira, se revelou uma pessoa prepotente, ambiciosa e totalmente falsa.
O livro mostra bem que Hollywood, que todos pensam ser apenas glamour, também tem seu lado ruim, e apesar da nossa protagonista não ter uma chefe assim malvada, ela encontra outras pessoas no caminho que desempenham este papel. Seu emprego, que era dos sonhos, acaba sendo para ser servir café, tirar várias xerox, atender telefones, anotar recados, etc., mas mesmo assim nossa protagonista se esforça para ser uma boa assistente.
Para conseguir sobreviver neste ambiente, Taylor faz um acordo com Quinn, uma adolescente mimada que a ajuda a sobreviver em Hollywood e em troca nossa protagonista fica lhe devendo um favor, seja lá o que ela pedir. Com a ajuda de Quinn, ela começa a se vestir melhor, já que a adolescente dá algumas roupas para Taylor das quais nem ela nem suas amigas querem mais, dentre várias outras ajudas, para que nossa protagonista consiga se destacar.
Narrado em primeira pessoa, este livro contém uma história que consegue nos prender do início ao fim. Com sua escrita rápida e fluida nos pegamos em meio a vários acontecimentos e querendo saber sempre mais sobre as coisas que acontecem com nossa protagonista.
A capa é muito bonita e representa super bem o título, mesmo que de uma forma simples, além de tudo ela tem alguns detalhes de estrelas em prata espalhadas tanto na capa como na parte de trás do livro. As páginas são amareladas e a fonte está em um bom tamanho, além de ter um espaçamento bastante agradável na hora da leitura, pois nos ajuda a ler por mais tempo sem cansar a vista.

“Hollywood é como a Escola” é uma leitura leve, descontraída e divertida que nos proporciona bons momentos e boas risadas. Indico a leitura para todas as pessoas que gostam de livros deste estilo.
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Faça seu Pedido – Mandy Hubbard

No fofo “Faça seu Pedido” de Mandy Hubbard conhecemos a protagonista Kayla McHenry que está prestes a completar dezesseis anos, aquela idade mágica para algumas meninas, que ganham uma festa em estilo princesa para comemorar. Mas Kayla não deseja nada disso, na verdade ela quase implora para que algo aconteça e a fatídica festa que sua mãe se empenhou tanto em fazer para que seja perfeita e rosa (!) – cor que na verdade ela também não gosta – não seja realizada.
Mas seu desejo não se concretiza e agora ela precisa cumprimentar pessoas que nem ao menos conhece, enquanto tem que ficar circulando pelo local fingindo que gosta pelo menos um pouco daquela tortura (coisa que definitivamente não está acontecendo). Para piorar, sua única e melhor amiga desde sempre, Nicole, resolveu sair para comemorar os três meses de namoro com Ben, por quem Kayla coincidentemente é apaixonada há anos, justamente no mesmo dia de seu aniversário e vai se atrasar para a festa, deixando Kayla lá sozinha.
Quando finalmente seu aniversário está chegando ao fim, está na hora de assoprar as velas e fazer um pedido, então ela resolve desejar que todos os seus pedidos de aniversários anteriores se tornem realidade, afinal, isso nunca havia acontecido antes.
Só que Kayla não acreditou de verdade que esse pedido iria ser realizado até que, de repente, ela começa a ser rodeada de coisas estranhas que pareciam impossíveis, e se dá conta que seus desejos realmente estão acontecendo, e a cada dia uma nova surpresa aparece para ela. Mas o pior de tudo é que o único desejo que ela consegue se lembrar foi o do aniversário de quinze anos, mas esse definitivamente não pode acontecer, afinal ela não pode ser beijada pelo namorado de sua melhor amiga, Ben Mackenzie.
Já conhecia esse livro há anos e sou louca para lê-lo desde então, mas só agora tive a oportunidade, e posso afirmar que adorei a história, me diverti bastante e dei várias risadas enquanto ia acompanhando as confusões geradas pelos desejos da protagonista e o modo como ela ia lidando com tudo aquilo.
Vou começar falando do quanto eu gostei de Kayla, ela é super divertida, sarcástica, zoa com tudo e todos, inclusive com ela mesma, não se deixa intimidar pelos populares, mesmo que ela seja tudo o que eles não gostam, e continua de cabeça erguida mesmo que passa por algum mico muito grande.
A única coisa nela que me incomodou profundamente foi toda sua obsessão pela melhor amiga, Nicole, que é insuportável. Sério, não entendo as atitudes dessa menina em momento nenhum, ela deixou Kayla de lado em todas as situações importantes, mantendo segredos em várias ocasiões e até sentindo vergonha da protagonista agora que está bonita, coisa que até pouco tempo atrás ela não era (não vou explicar o porquê para não soltar nenhum spoiler). Mesmo que mais para a frente ela tenha dado uma explicação razoável, suas atitudes durante todo aquele tempo não foram justificáveis para mim e eu continuei não gostando nem um pouco dela, do começo até o final do livro.
Achei interessante que Kayla não se lembrava dos desejos que tinha feito na vida, e ia descobrindo eles junto com o leitor, gostei disso porque ninguém normal lembraria, então trouxe mais realidade à trama.
Esse livro segue o estilo de filmes da Disney, apresenta uma história leve, descontraída e engraçada, com personagens espirituosos, e uma lição de moral no final, que com certeza pode fazer algumas pessoas olharem para suas vidas também. Falando nisso, já teve um filme, aqui no Brasil chamado “16 Desejos”, com enredo parecido. Eu o assisti há anos, então não me lembro de todos os detalhes, mas sei que, além dos desejos anteriores das protagonistas começarem a ser realizados com essa idade, o filme não tem nada a ver com o livro, que teve desejos e desenvolvimento melhores.
Também gostei das notas de rodapé explicando as diferenças daqui para os EUA, apesar de eu já saber do que foi citado, tenho certeza de que ajuda muito aos leitores que não sabiam dessas informações.
Gostei que os pedidos do seu passado se mostraram bem coerentes com a idade que ela tinha quando os desejou, e admito que teve momentos que eu queria que os desejos não sumissem e ela pudesse “ficar” com eles.
Enquanto a leitura ia avançando, eu ficava tentando adivinhar como o livro iria terminar, queria saber se seria diferente das outras coisas no estilo desse que existem por aí, ou se seguiria o mesmo caminho, mas foi mesmo diferente.
Apesar disso, não gostei tanto assim do final, eu curti o que aconteceu, mas senti falta de mais explicações, um maior desenvolvimento do romance (afinal é uma das minhas partes preferidas), que apesar de fofo aconteceu meio do nada, faltou a realização de um pedido e não sabemos o motivo, e dá para acabar com uma pergunta na cabeça: “O que aconteceu depois?”.
Kayla até teve algumas ideias do que poderia ter sido toda essa experiência, mas ficou por conta da imaginação do leitor acreditar nisso ou não, já que não sabemos se tudo o que ela pensou realmente fez algum sentido. Queria mais. E acho que como acabou parece que a autora não sabia mais o que fazer então resolveu terminar assim mesmo.
Conforme a leitura vai seguindo e os desejos vão sendo revelados, aprendemos mais sobre a personagem e depois descobrimos os motivos que a levaram a agir do modo como age, e também podemos acompanhar seu crescimento, já que ela aprende gradativamente conforme os desejos vão sendo realizados e começa a olhar as coisas com outros olhos.
Amo essa capa! A acho linda, tem a ver com o conteúdo e ainda é rosa (adoro!). E só um detalhe ficou diferente da original, não tem uma vela em cima do cupcake em formato de pônei, mas depois de ler vi que ficou melhor sem ela por causa da cor do pônei, que é preto e na história é cor-de-rosa. A capa impressa está maravilhosa, com verniz localizado no cupcake e nas balinhas, e ainda no título e nome da autora na lombada, que por sinal fica linda na estante.
A diagramação está muito bem feita, apesar de simples, com fonte grande e espaçamento ótimo para melhor avanço da leitura, além de contar com páginas amareladas.
Essa é uma leitura muito fofa, recheada de ironia, com situações hilárias, personagens incríveis, uma narrativa em primeira pessoa ágil e muito gostosa de acompanhar, com aquele toque de realidade e fantasia misturadas, que com certeza vai conquistar leitores que gostem desse estilo de livro.
Avaliação



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Brincos de Ouro e Sentimentos Pingentes – Luiz Antonio Aguiar

Nessa obra de Luiz Antonio Aguiar conhecemos o primeiro amor sob a perspectiva da protagonista Manuela, que atualmente tem dezesseis anos, mas que conheceu o sentimento, pelo mesmo cara, quando ainda tinha onze anos.
A história, narrada em primeira pessoa, começa com Manuela no dia de seu aniversário de dezesseis anos, se arrumando para sua festa e pegando em suas mãos um brinco que trás muitas memórias a respeito do dono de seu coração há anos.
Logo em seguida somos levados a uma viagem ao passado da protagonista, aos onze anos, mostrando como esse sentimento começou a surgir quando ela estava se preparando para uma apresentação de dança e, por causa do destino (e do brinco), acabou conhecendo Pedro Cláudio, oito anos mais velho do que ela.
A partir desses acontecimentos, essa história de amor é desenrolada através de uma narrativa intercalada entre várias idades (11, 12, 13, 14, 15 e 16), sem estar na ordem certa, mudando de passado para presente e para passado de novo, constantemente.
A narrativa do autor é bem construída e diferente do que estou acostumada a ler, mas ainda assim gostei da experiência. Se você gosta de algo bem poético, inclusive partes em prosa e poesia sendo intercalados para representar a história, então acho que também vai gostar de conhecer o trabalho do autor.
Só que a história não pôde me conquistar totalmente por causa de um detalhe muito importante: a idade da protagonista. A intensidade de seus sentimentos, o amadurecimento precoce dela e o fato de Pedro Cláudio demonstrar interesse por ela com apenas onze anos de idade quando ele tinha dezenove, me incomodou profundamente.
E isso foi, sem sombra de dúvidas, o que mais me perturbou na história: a pedofilia que foi subentendida, já que parece que um cara maior de idade se interessou por uma menina tão novinha (nessa idade eu ainda brincava!). Sim, eu tenho nojo desse tipo de coisa e isso não me saiu da cabeça, mesmo que não tenha de fato acontecido nada entre eles nessa época, e tenha sido um tipo de amor platônico por parte dela, mas somente a ideia, a corda que ele dava através da troca de olhares e toques, já é bem desconcertante. Depois desse ano, mesmo que ela ainda sendo menor de idade, aquilo deixou de ser platônico e virou algo real e eles ficaram juntos, e ainda assim senti algo esquisito lendo aquilo, talvez pela forma como tudo tenha começado.
Mas tenho que admitir que (tirando a idade, em minha opinião) a trama transborda realidade e as angústias do primeiro amor não exatamente correspondido, dá para sentir junto com a protagonista, tudo o que ela sente, é lindo e angustiante.
Eu acho tão bonito ser criança, brincar e aproveitar aquele tempo sem preocupações, então ver esse abandono da infância é meio triste. Até porque, na verdade Manuela é muito madura e não conseguimos ver nenhum tipo de imagem infantil nela, nem mesmo nas partes narradas com onze anos.
Não gostei da protagonista, apesar do autor ter conseguido dar o tom certo a personagem (de novo, se esquecermos de quantos anos tinha), além dela ser bem avançada para sua idade (quando tinha apenas 11 anos já tinha namorado com váááários garotos, alguns mais velhos), a achei meio irritante e mimada, daquelas que não se importam com os outros (além dela mesmo e dele) contanto que ela se dê bem naquela situação.
O par romântico, Pedro Cláudio, também não encheu meus olhos (mesmo se fosse considerar que ele – ou ela – tivesse outra idade), primeiro porque ficou interessado em uma menininha, segundo porque é um ‘banana’ e teve atitudes bem medrosas, fugindo para não ter que lutar pelo que queria.
Podemos conhecer mais do interior de Manuela, seus sentimentos mais profundos, através das conversas que tem com ela mesma, inclusive muitas vezes ela expressa seus sentimentos através de poemas lindos.
Com certeza vai haver algum tipo de identificação de alguns leitores que lerem essa história, principalmente na parte do que é gostar de alguém pela primeira vez, os medos e anseios a respeito disso, e o amor inicialmente platônico, afinal quem nunca passou por isso?
Gostei do final, talvez porque dá para supor um tipo de amadurecimento por parte de Manuela, se a história continuasse, eu iria torcer para que aquilo se desenvolvesse e ela passasse a pensar mais nela do que nele, buscando sua própria felicidade, mas sem magoar outras pessoas.
Como eu disse antes, não é que eu tenha desgostado do escritor, de sua forma de narrativa ou não vá ler nenhuma de suas outras obras futuramente, mas o fato da protagonista ser tão jovem me incomodou bastante. Para vocês entenderem melhor, não foi a diferença de idade entre eles que me aborreceu, nem foi ela se interessar por um carinha bem mais velho, se fosse essa mesma história, mas com uma personagem mais velha (tipo ela com 16, ele poderia até ter 26), tenho certeza que minha visão a respeito seria outra e com certeza o livro teria me agradado muito mais.
Apesar de ter 140 páginas a leitura é muito rápida, primeiro porque a fonte utilizada é grande e o espaçamento está ótimo, segundo porque, pelo tipo de narrativa, há páginas com apenas um pequeno trecho, e terceiro porque, graças a esse lindo trabalho gráfico da editora Biruta (eles são perfeitos nesse quesito sempre!), algumas páginas não apresentam nenhum tipo de texto, somente uma página colorida ou com alguma ilustração.
O livro é lindo e foi todo foi feito a partir de um jogo de três cores: rosa, preto e branco, então as páginas e a fonte são intercaladas com elas, além de serem recheadas de ilustrações de folhas. Todo início de capítulo começa com a idade do momento em um tamanho bem grande e rosa.
Essa não é uma leitura que eu recomendo para as crianças, prefiro indicar para os leitores mais velhos que gostem de uma narrativa com linguagem mais jovem. Além disso, se você não se importa com a questão da idade, talvez possa gostar muito da obra.
Avaliação



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