A Última Princesa – Fábio Yabu


Em “A última Princesa” conhecemos a vida de uma Princesa que foi banida de seu reino por uma maldição proferida por um feiticeiro e, consequentemente, esquecida por seu próprio povo. Agora, ela vive com seu amado marido em um castelo, onde sua maior alegria é cultivar lindas camélias em uma estufa em forma de palácio de cristal, mas longe de seu lar, de seus familiares e de seu povo, e com saudade de tudo o que deixou para trás.
Algumas vezes, a Princesa recebe a visita de um amigo que também era de seu reino, o inventor Alberto, que é muito inteligente e trás algumas alegrias à vida dela. Por ser um inventor (e visto como doido por alguns, já que nem todo mundo confia em suas criações), ele cria maravilhas tecnológicas e a leva a conhecer um mundo mágico e totalmente novo.
É ele quem possui o sonho mais ambicioso e que leva a Princesa a sonhar com ele: construir a Ave de Rapina, uma máquina voadora mágica que vai ser responsável por quebrar a maldição e levar a Princesa de volta à sua terra natal.
Quando solicitei “A última Princesa” para a Galera Record, minhas expectativas eram normais. Não estava com aquela euforia, mas também não estava indiferente quanto ao livro. A minha curiosidade e algumas indicações foram o que me fizeram ter vontade de lê-lo. E, posso afirmar, agora sou eu quem indico a todo mundo que ler essa resenha. O livro, apesar de ser pequenino (tanto em tamanho quanto em quantidade de páginas – a história acaba na 111), é grandioso de conteúdo. A história é maravilhosa e posso afirmar, sem sombra de dúvida, que ele se transformou em um dos meus preferidos.
Fábio Yabu teve a sensibilidade de pegar a História de personalidades importantes do cenário brasileiro e transformá-las em um conto de fadas absolutamente incrível, admirável e fofo. Ele conseguiu mesclar realidade e fantasia na medida certa, utilizando pessoas ilustres e que fizeram diferença na História nacional. A Princesa – que em nenhum momento do livro foi chamada pelo nome, mas que sabemos se tratar da Princesa Isabel – é uma personagem fascinante e uma ótima protagonista. Gostei muito de acompanhar suas peripécias junto de seu amigo, Alberto, e suas invenções durante a leitura.
Sabe o que transformou esse livro em algo ainda mais grandioso? Ao final da leitura, há uma nota do autor, explicando o processo de criação, como foram suas pesquisas e um pouco da História real por trás dos personagens dessa aventura: Princesa Isabel e Santos Dumont. Como ele diz em um trecho nessas páginas: “Escrevê-lo foi uma experiência emocionante (...)”, posso afirmar, como leitora, que também me emocionei ao ler cada trechinho dele, principalmente o final.
Algumas vezes, quando penso em um livro, logo uma palavra vem à minha mente para defini-lo. Nesse caso a palavra é incrível, acho que ela o define com exatidão.
Os capítulos são intercalados, um ocorre no “presente” e o outro no passado, para explicar como tudo chegou aonde chegou. Gostei muito de como esse recurso foi utilizado aqui.
O trabalho gráfico está maravilhoso. A capa por si só já é linda, com os desenhos e o verniz localizado nas pétalas da camélia que está na mão da Princesa. Em diversas páginas do miolo também há ilustrações lindas que dão um complemento a mais para o conteúdo escrito. Outro detalhe que adorei é que há fotos de “locais, pessoas e objetos que inspiraram essa fábula” no finalzinho do livro.
Separei alguns quotes para vocês lerem:
“– Princesa, eu sou um homem da ciência. Sei das coisas terríveis que aconteceram à sua família, todavia também sei de todas as coisas boas que fizeram em seu tempo, e pelas quais serão sempre lembrados.
– "Lembrados", Alberto? – Ela abaixou os braços, resignada. – Meu povo nem conhece a minha história, não se lembra de mim.
– Eu me lembro. Um dia, outros se lembrarão.”
“(...) lembrando a todos que as cores não tornam as pessoas diferentes,
mas o mundo mais bonito.”
“– E algum dia esse povo me pertencerá?
– Não, minha filha. Um dia, você é quem pertencerá ao povo.”
Se você é fã de contos de fadas, ou de histórias deliciosamente bem construídas, desenvolvidas e que possam cativá-lo logo nas primeiras páginas, e que possuem uma narrativa que flui rapidamente, então peço, leia “A última Princesa”. Tenho certeza absoluta de que, assim como eu, você também vai se apaixonar por essa leitura.
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A Menina Que Não Sabia Ler - John Harding


A primeira coisa que me atraiu nesse livro, foi o título e a capa, atributos fundamentais para me fazerem pegar um livro e lê-lo. Depois de ler a sinopse, então, eu estava crente de que esse seria um típico romance sobre a descoberta das palavras e o conhecimento da leitura.
Era de se esperar: segundo a sinopse, o livro trata da história de Florence, uma garota de 12 anos que mora numa mansão na Nova Inglaterra de 1891, sem nenhuma presença familiar próxima, tendo como companhia apenas os criados da mansão e o irmão mais novo, Giles. Sem nenhuma perspectiva de vida, ela acaba descobrindo a biblioteca da casa, e se apaixona pelo local. Sem ninguém para ensiná-la a ler, a menina aprende sozinha a desvendar as palavras, e essa será a porta de uma grande aventura.
Não é bem assim que a história se desenvolve; embora apareça sim o desenvolvimento do amor de Florence pelos livros, a história passa superficialmente por cima disso tudo, se focando mais nos mistérios da mansão em que ela mora, Blithie, e no aparecimento de uma estranha personagem que significa tudo o que ela mais teme, a Sra. Taylor, sua professora e, mais futuramente, aquela que quer levar seu irmão embora.
A trama é narrada pela própria Florence, o que nos dá uma dimensão grande do terror passado pela garota. No momento em que a professora aparece, tudo o que Florence mais quer é que ela deixe seu irmão em paz e suma, o que são pensamentos considerados um pouco pesados para uma garotinha de apenas 12 anos. Mas a história segue toda uma linha densa e sombria, contrariando a impressão inicial de que esse é apenas um romance; do meio do livro até o final, ele se transforma num eletrizante suspense com mesclas de terror que, com certeza, agradarão bem os admiradores do gênero.
A narrativa de John Harding começa de forma morna e desinteressante—durante diversos momentos, tive vontade de abandonar o livro. Mas à medida que a história deixa para trás o amor de Florence pelos livros e se foca na aterrorizadora professora, o livro dá uma impressionante guinada, e o autor nos envolve em uma narrativa mórbida e macabra, com detalhes aterrorizantes e desnecessários, além de pouco apropriados para a faixa etária do livro. Em compensação, esse foi um livro que não me decepcionou em seu final, mantendo, até mesmo nele, todo o clima sombrio no qual a trama se desenrola.
Clima que nada condiz com a idéia proposta na sinopse, o que definitivamente me irritou. Eu esperava uma história e encontrei outra, e foi muito decepcionante não fazer a menor idéia do que estava lendo. Pode ser só uma frescura de leitora minha, mas eu acho que, se esse é um livro de terror, deveriam deixar  isso bem claro desde o começo, principalmente se tratando dos possíveis leitores. Se algumas passagens pareceram fortes para mim, não quero nem imaginar como elas pareceriam para uma criança. Esse é um ponto negativo do livro, mas o único significante que eu posso citar.
A Editora Leya fez um bom trabalho com a diagramação, e não encontrei erros que atrapalhassem a leitura. A capa, tal como a sinopse, não condiz muito com a história, mas fazendo justiça, é muito bonita: simples e sem floreios, assim como a história.
Para fãs de suspense e terror, que gostam de descrições pesadas, narrativas cruas e diretas, esse livro é uma boa pedida. Mas se quer um romance leve para se distrair, não chegue nem perto. Algumas passagens podem ser demasiado sufocantes, o que explica o porque de eu ter esse livro tão vivo em minha memória.

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Malas, Memórias e Marshmallows – Fernanda França + Promoção


Em “Malas, Memórias e Marshmallows” conhecemos Melissa Moya, uma jovem jornalista que acaba de ser demitida. E o pior, bem no dia do seu aniversário. Quando está chegando em casa nesse mesmo dia, encontra, dentro do elevador, seu novo vizinho, Theodoro Brasil – com quem logo tem uma grande afinidade.
É, justamente, seu novo vizinho e amigo, Théo, quem vai lhe dar as melhores ideias, e abrir as portas para nossa querida protagonista começar a ir atrás de seu grande sonho: viajar pelo mundo. Primeiramente, ela parte numa viagem de negócios com seu ex-chefe para o Uruguai, e é de lá que recebe uma proposta de seu novo melhor amigo, Théo, para um novo projeto: “América sobre rodas”, que consiste em nossa querida jornalista visitar diversas cidades dos EUA, algumas famosas, outras nem tanto, e fazer matérias sobre esses lugares.
Mel precisa deixar sua família, amigos, e sua gata Lady Gaga para trás, para ir em busca de seus sonhos. E começa a olhar a vida sob outro ângulo, e também as pessoas ao seu redor. E durante esse trajeto, que muda a sua vida, que ela também conhece o verdadeiro amor.
Demorei bastante para ler esse livro. Não por ter sido uma leitura ruim, pelo contrário, ela foi super agradável e diversas vezes me fazia esquecer os problemas que estava enfrentando em minha vida devido a uma pessoa pilantra, então agradeço a Fernanda França por me fazer companhia, mesmo que indiretamente, durante alguns momentos nada bons, e me fazer lembrar que a vida não é de todo ruim.
A escrita de Fernanda França é ótima, flui de uma maneira gostosa e nos prende. Sua história apresenta um tom cômico e divertido, além de ser uma fofura e nos fazer acreditar nos sonhos, e nos inspirar a correr atrás deles, como Mel fez.
Só não gostei de alguns detalhes, principalmente no começo do livro, quando Mel conhece Théo, porque eles se tornaram muita coisa, com muita confiança, em muito pouco tempo. Não estou dizendo que todos devem desconfiar de todos, mas no mundo em que vivemos, é melhor ter precaução, e eu não consigo me sentir totalmente confortável em vê-los tão íntimos nesse curto período de tempo, soa meio forçado. Talvez tenha essa sensação pois já confiei e me dei mal, mas enfim. E, na verdade, aconteceu a mesma situação com a maioria das pessoas que Mel conheceu durante a história, mal se conheceram e viraram ótimos amigos, com bastante confiança.
Outra coisa que me incomodou um pouco foi a rapidez com que certos acontecimentos ocorreram, e como deram tão certo. Acredito que dava para ter mais algum desenvolvimento em determinadas situações. Acho que esses são os únicos detalhes que não me agradaram realmente.
Gostei bastante da maioria dos personagens, cada um com suas particularidades e todos muito simpáticos e fofos. Só não curti um ou outro, que não vou dizer quais, para vocês descobrirem durante a leitura. Um deles, inclusive, fazia Mel mudar seu jeito de ser quando estava por perto, e isso me irritava.
Outro detalhe de que gostei, foi que Blanda, a personagem principal de outro de seus romances, “Nove minutos com Blanda”, aparece nesse. Apenas algumas vezes, mas trouxe uma nova importância a algumas decisões de Mel, e acho esse recurso bem interessante. Apesar de não ter lido esse título, tenho bastante vontade de conhecer a obra.
A autora também introduz um assunto muito importante na história: adoção de animais. Ela trata isso de uma maneira tão legal, e espero que ajude a inspirar muitas pessoas a adotarem um dia.
Ah, tenho tanta vontade de conhecer os EUA, e sei que um dia vou! E ler todas as peripécias da carismática Mel durante sua incrível viagem, só me fez ficar com ainda mais vontade de visitar os locais em que ela passou. Todas as descrições são incríveis e me fez imaginar cada lugarzinho falado no livro.
O final foi uma gracinha. Mas acredito que Fernanda poderia ter introduzido um ótimo epílogo, tenho certeza que só ia ficar ainda melhor, mesmo sabendo que esse livro vai ter continuação.
Parabenizo a Editora Rai por ter publicado essa obra da autora, pois, apesar de não conhecê-la pessoalmente, Fernanda França parece ser uma pessoa maravilhosa e desejo a ela muita felicidade em sua vida pessoal e profissional. Inclusive, a cada página virada, eu comparava Mel a Fernanda. Não sei o motivo certo, mas tenho a sensação de que são parecidas.
O trabalho gráfico da editora Rai está lindíssimo! A capa apresenta diversas fotos de locais visitados por nossa adorável protagonista, e outros elementos que tem tudo a ver com a história do livro. Em cada começo de capítulo há um desenho de um elemento citado nele, além de uma breve descrição da cidade que Mel vai visitar no capítulo em questão. Fora que o título está ótimo e serve como um perfeito resumo da história. A revisão também está muito boa!
Indico “Malas, Memórias e Marshmallows” a todos que gostam de histórias leves e inspiradoras, com toques de humor e aventura, e claro, um casal gracinha. Se você também gosta de prestigiar autores nacionais, super vale a pena a leitura desse.
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Quem quiser entrar em contato com a fofa da Fernanda, seguem seus contatos:

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E tenho duas ótimas surpresas para vocês! Muito em breve vou postar uma entrevista com a autora, na coluna In Our Living Room. Tenho certeza de que vocês vão gostar!
A outra surpresa é para vocês que adoraram a resenha e ficaram cheios de vontade de ler o livro. Uma promoção super fácil de participar para concorrer a um exemplar de “Malas, Memórias e Marshmallows”!
Regras:
- Curtir as Fan Pages do House of Chick e da Rai Editora
- Deixar um comentário nesse post  com seu nome, e-mail e link do Facebook.
Essa promoção é válida até 05/08/2012


Monster High – O Monstro mora ao lado – Lisi Harrison

Eu já havia lido o livro um da série, apesar de não ter feito a resenha para vocês, pois a Bruna já havia postado a resenha dela aqui no House of Chick, e, como li muitooo tempo depois dela, não achei necessário publicar a minha também.
Bom, então quem quiser ler a resenha do primeiro livro da série, escrita pela Bruna, clique AQUI e confira. Vale super a pena.
Quem não tiver lido o primeiro, não precisa se preocupar, pois essa resenha não possui nenhum spoiler.
“Monster High – O Monstro mora ao lado” mantém seu ar juvenil, sendo uma leitura bem leve e agradável para todas as idades. Nessa sequência, vemos que o livro retorna no momento exato em que o primeiro terminou.
Cleo começa a perceber que está perdendo sua popularidade para Frankie e Melody, e resolve fazer algo para que isso não aconteça: oferece para suas amigas uma chance de participarem de um editorial da Teen Vogue. Mas não vai ser tão fácil assim, já que Frankie e Melody irão estrelar o filme O Monstro mora ao lado.
Enquanto isso, Melody e Frankie têm que tomar cuidado com as peripécias que Bekka está tramando em cima de seus namorados. Ou seja, as duas estão passando por diversos problemas, que precisam ser resolvidos, e novas situações são criadas ao longo da trama.
Nesse volume, também conhecemos uma nova personagem secundária irada, Julia, uma zumbi, que teve pouca participação nesse livro, mas que deve aparecer mais nas sequências da série.
Gostei muito de como os problemas cotidianos de adolescentes foram tratados pela autora de forma leve, destacando que todos são diferentes de modo positivo. Foi legal também ver a relação com os pais, mostrando que podemos contar com a ajuda deles.
Uma novidade deste segundo volume é que, além de Melody e Frankie, o livro é narrado também por Cleo, já que ela ganha capítulos mostrando um pouco do seu ponto de vista. Confesso que a achei muito mimada, não que isso já não fosse passado no primeiro livro, mas acompanhando a sua parte durante a leitura, me peguei pensando várias vezes em como ela é fútil. Também há um capítulo narrado por Billy, um personagem que eu adorei, já que ele é fofo, amigo, engraçado, e sempre está disposto a ajudar.
Assim como o final do primeiro livro, esse acaba de uma forma que a gente fica querendo ler o próximo. O que é bem legal, já que a autora sempre coloca novidades que nos deixa malucos pela continuação.
 A capa é linda, a iD manteve a original, que segue a mesma linha do primeiro volume. A única coisa que eu não gostei muito foi que, diferente do primeiro, a lateral das páginas não ganharam uma cor diferenciada. Eu gostei muito do primeiro ser super rosa.  A diagramação é bem bonita e em cada início de capítulo tem um bonequinho que representa o personagem que está narrando.
Claro que existem algumas coisas ou outras que eu acho que não eram necessárias, como por exemplo, citar os nomes de todos os gatos da Cleo. Mas, ainda assim, o livro é ótimo.
Super recomendo para todos. A série Monster High é daquelas que apresenta uma leitura bem gostosa e a gente lê super rápido. Os livros não são daquele tipo de livro cabeça e tal, mas sim daquele tipo que nos diverte e passa alguns ensinamentos para os jovens. Essa série é bem juvenil, voltado mais para o público infantil e jovem adulto, mas, em minha opinião, ele é um livro para todo mundo que goste do estilo. Eu, mesmo com 22 anos, gosto bastante. E também adoro todo o material promocional que encontramos por aí, como bonecos, itens escolares, roupas e até o jogo Uno, entre outras coisas. Queria ter várias delas! hahaha


Filha de peixe, peixinho é. Minha mãe sempre causa grandes confusões, será que vou seguir esse caminho ou não?
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Doidas e santas - Martha Medeiros

   “Doidas e Santas” é um livro que reúne algumas das melhores crônicas da escritora brasileira Martha Medeiros. Famosa por suas colunas publicadas em jornais, essa gaúcha já publicou também livros de poesia. Um de seus maiores sucessos é o romance "Divã", que foi brilhantemente adaptado para o cinema e alcançou grande bilheteria.
   As crônicas selecionadas para compor “Doidas e Santas” possuem temas bastante atuais. Aos poucos, parte da rotina de Martha – e, de certo modo, o de toda mulher moderna – toma todas as páginas. Ela comenta livros, filmes, notícias e pequenos episódios cotidianos, com um senso de humor inabalável e muita sensibilidade.
   Uma característica de Martha é a metalinguagem, ou seja, muitas vezes ela escreve sobre o próprio processo de escrever, aproximando o leitor dos assuntos explorados. Ela também faz referência a inúmeros personagens, recomendando e instruindo o acesso a cultura de primeiríssima qualidade.
   Além da qualidade do livro, o trabalho feito pela equipe de diagramação é igualmente fantástico. A capa é muito pertinente, capaz de sintetizar de forma muito eficiente o conteúdo das crônicas. O papel tem textura agradável e é muito bonito, mantendo por longo período aquele aspecto de recém-comprado.
   A leitura de “Doidas e Santas” é muito divertida e interessante, recomendada para um tipo de público exigente e interessado em conhecer a crônica interpretada como um diferente e dinâmico gênero textual. Simples textos certamente poderiam preencher as 230 páginas do livro, mas Martha não se contenta e nos concede algumas lições sobre as maravilhas e problemas incluídos no singelo ato de viver.
Quote
"A população do planeta está em plena atividade, todos trabalhando, planejando, comemorando, matando, sobrevivendo, um mundo no gerúndio, sem interrupções, e a gente consumindo tudo isso, soterrados por tanta notícia, por tanto apelo, por tanta exigência de opinar, concordar, discordar. Você poderia estar ouvindo uma música agora, olhando pro céu. Você poderia estar regando suas plantas, poderia estar observando o barulho da chuva, poderia estar preparando um chá ou lendo um belo poema em vez desses meus lamentos. Não, não me abandone, mas deixo aqui uma perguntinha: você tem recebido notícias de si mesmo?"
(Trecho de “Notícias de tudo”, P. 144.)

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Damas de Honra – Jane Costello


“Damas de Honra” conta a história da divertida Evie, uma mulher de 27 anos que tem problemas com compromisso – seu relacionamento mais longo não durou mais do que algumas semanas –, e que vai passar um ano agitado em meio a tantos casamentos, já que o livro é passado em um período de menos de um ano, em que algumas de suas melhores amigas e sua mãe se casam, e ela é uma das damas de honra de cada um desses eventos, junto com suas outras melhores amigas.
Em uma de suas aventuras perto do altar – já que ser dama de honra é o mais próximo que ela deverá chegar um dia desse local – conhece Jack, um homem que a faz suspirar logo de cara, e por quem Evie logo se interessa. Só tem um pequeno problema: ele é o acompanhante da linda, sensual e egocêntrica Valentina. Ou seja, ou ele não tem nada na cabeça, ou é um partido já comprometido.
Gostei de Evie e de quase todas as suas melhores amigas, inclusive da bitch do grupo, Valentina, já que é legal ter uma personagem desse estilo, pois elas trazem cenas ótimas para a trama. A única que não gostei mesmo foi a Charlotte, que no começo do livro é gordinha, e fica se sentindo inferior a todas as outras (eu, particularmente, não entendo o motivo de Charlotte se sentir tão para baixo, já que ser gordinha não é nada ruim, nem nenhum problema, e acho que ela podia olhar mais para si própria sem se diminuir perante a todos as outras pessoas do mundo, principalmente dos homens), até que fica magra e coloca suas asinhas de fora, já que faz uma sacanagem com uma de suas amigas. Isso me irritou profundamente, e se eu já não gostava dela, nesse momento comecei a odiá-la. Pessoas sem caráter são sem noção.
Outros personagens que adorei foram a mãe doidinha de Evie e seu noivo, que têm umas atitudes meio “fora do normal”, o que é bem engraçado, além deles serem um casal super legal e de alto astral, que não se importam com que os outros pensam e só querem ser felizes.
Como um bom Chick Lit, claro que podemos esperar um casal ser formado durante a história, e em “Damas de Honra” não foi diferente. Gostei bastante do casal, e Jack é um ótimo partido que me fez suspirar em muitos momentos.
Esse não é um livro super hilário, que vai te fazer gargalhar em todas as páginas, mas é uma leitura leve e divertida, e ótima para passar o tempo. Os personagens são bem construídos e preservam sua identidade da primeira até a última folha e são uma ótima companhia durante uma tarde tranquila.
Algumas das cenas mais engraçadas eram as que Evie tinha que contornar a situação com seu ex-namorado, Gareth, um chato de galochas que apresentou as tiradas mais sem noção do livro e me fizeram rir, principalmente porque Evie tentava ser legal com ele, mesmo tendo que ouvir todas aquelas asneiras.
A diagramação é simples, mas a capa, que é soft touch e apresenta umas bonequinhas vestidas de noivas, é uma fofura e tem tudo a ver com a história. Ah, e adorei o subtítulo “Quatro casamentos e nenhum funeral”, já que remete ao filme “Quatro casamentos e um funeral”, que também é uma comédia romântica. Só não achei a narrativa de Jane Costello tão parecida com a de Sophie Kinsella, que é citada na própria capa.
Essa é uma leitura rápida, já que flui de uma forma sutil e gostosa, nos encantando a cada página com suas tiradas inteligentes e sua narrativa cativante. Acredito que “Damas de Honra” poderia ser transformado em um delicioso filme de comédia romântica, e tenho certeza de que os amantes do gênero aprovariam.
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O Filho de Netuno – Os Heróis do Olimpo #02 – Rick Riordan


"O Filho de Netuno" é a continuação do livro "O Herói Perdido" da série "Os Heróis do Olimpo", do escritor Rick Riordan, já famoso pelos livros de Percy Jackson. Neste livro, Percy retorna a história de um jeito diferente. O herói está sem sua memória e, apesar de não saber quem é nem de onde veio, ele descobre que muitas coisas vão depender dele. Percy encontra o Acampamento Júpiter onde são treinados os semideuses romanos e assim sua jornada começa. 
Hazel é uma garota diferente, que na verdade nem deveria mais fazer parte desse mundo. Seu passado ainda a atormenta e coloca o mundo em risco. Frank é um garoto desastrado e aparentemente sem habilidade nenhuma, a não ser com o arco e flecha, que sempre soube ser descendente de heróis mas ainda não sabe nem ao menos quem é seu pai. Os dois tem seus próprios segredos e, juntamente com Percy, terão de enfrentar os mistérios da Profecia dos Sete, resgatar Tânatos (a morte) que está aprisionado, impedir Gaia de concluir seus planos e tentar impedir uma nova guerra.
É incrível o quanto eu queria ler esse livro. Assim que terminei de ler "O Herói Perdido" fiquei louca pra saber como seria a continuaçao dessa história. Esse livro também  é narrado por três personagens, além do já conhecido Percy, Hazel e Frank contam a história a sua maneira. História essa que tem um toque um pouco diferente do anterior e também de todos os livros da série de Percy Jackson. Ele é passado no acampamento romano, com inúmeros novos personagens e também todos os nomes dos deuses, locais e seres são os nomes romanos (ex: Júpiter ao invés de Zeus), o que na verdade é uma coisa boa, misturar a cultura grega com romana é bastante interessante. 
Mas, além de qualquer coisa, o livro é incrivelmente viciante assim como o anterior. Recheado de mistérios e novidades que fazem você querer saber o que vai acontecer na página seguinte, na próxima e na próxima.
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Esclarecimentos + Top Comentaristas 04

Olá gente! Tudo bem?
Post rápido para fazer alguns esclarecimentos sobre o House of Chick nesse período que estamos passando sem muitas atualizações. E, também, sobre o prêmio do Top Comentaristas 04, do mês de junho.
Em nossa vida pessoal aconteceu um problema que acaba afetando nosso desempenho aqui no blog, já que nossa cabeça está a mil com algumas situações, o que acaba afetando o que fazemos, ou que precisamos fazer. Com isso, as atualizações estão mais espaçadas, alguns sorteios ainda não foram realizados e alguns prêmios ainda não foram enviados aos ganhadores.
Queremos pedir imensas desculpas pelo ocorrido, esperamos que possam entender. Não é nada intencional, mas a vida, infelizmente, às vezes nos faz passar por coisas inexplicáveis e absurdas e só temos que continuar tentando nos recuperar de cabeça erguida. Não esquecemos o House of Chick e nem nunca vamos esquecer, e muito menos abandoná-lo. Vamos, inclusive, tentar fazer tudo o mais rápido possível para vocês não se sentirem lesados com nada.
Em breve vou fazer os sorteios pendentes e os prêmios atrasados também serão enviados a seus respectivos donos, com algum brinde a mais como pedido de desculpas. E-mails, tweets, comentários, e etc. que ainda não tiverem sido respondidos, não nos esquecemos de vocês também e em breve iremos respondê-los. Blogueiros que nos visitaram e deixaram comentários, também vamos retribuir as visitas.
E obrigada aos que nos presenteiam com palavras de carinho! Vocês são demais! 

Top Comentaristas 04
Regras:
>> Deixar um comentário (que tenha conteúdo e que tenha a ver com o post. Comentários do tipo: Adorei! ou similares não vão valer!) em qualquer post participante do Top Comentaristas Nº 04;
>> Preencher corretamente o formulário encontrado no final de cada post;
>> Estar presente em pelo menos uma das redes sociais do blog (Ser seguidor do Twitter @HouseofChick e/ou Curtir a Fan Page do House of Chick no Facebook)
Atenção!
Sem o preenchimento do formulário a participação não será validada!
Ganhador:
Será o ganhador aquele que mais comentar nos posts válidos no período da promoção, sem esquecer-se de preencher o formulário. Em caso de empate será feito um sorteio entre todos os empatados.
Prêmio:
>> kit do livro Garotas de Vidro de Laurie Halse Anderson, publicado pela Novo Conceito.
Período:
>> Esse Top Comentaristas tem início no dia 11/06/2012 e vai até o dia 15/07/2012.
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Review: Filme Branca de Neve e o Caçador



FICHA TÉCNICA:
Diretor: Rupert Sanders
Elenco: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Ian McShane, Toby Jones, Nick Frost, Ray Winstone, Sam Claflin, Bob Hoskins, Eddie Marsann, Lily Cole
Produção: Sam Mercer, Palak Patel, Joe Roth
Roteiro: Hossein Amini, Evan Daugherty
Fotografia: Greig Fraser
Duração: 129 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Aventura
Lançamento no Brasil: 1 de junho.
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Roth Films / Universal Pictures
Classificação: 12 anos

          Kriten Stewart, em Branca de Neve e o Caçador, deixa de ser a tão mal-falada Bela, da saga Crepúsculo, e aparece como uma princesa que foi aprisionada no alto de uma torre após uma mulher má matar seu pai e roubar o reino. No entanto, a bela Branca de Neve (sim, foi um trocadilho, me matem) foge e a Rainha (Charlize Theron) contrata um caçador para pegá-la, para ela, assim, roubar o coração da garota e continuar sendo jovem e a mais bonita de todas.
          Sei que a primeira pergunta que vocês tem em mente é se a Stewart atuou bem ou se continuou com a mesma poker face em todas as cenas. Tcharam!! Eu gostei! Claro que, pelo visto, os dentes da frente dela são um tanto quanto grandes, o que faz com que ela continue com a boca aberta mesmo em silêncio mortal, mas isso aí ela terá que ver com seu dentista... Ah! E quanto ao "um caçador", na verdade ele não é um qualquer, e sim o lindo, gostoso, maravilhoso Chris Hemsworth, ator de Thor, que arrancou suspiros de toda a plateia (sendo os meus o mais alto!). Há também um segundo mocinho, mas não chegou a ter um triângulo amoroso.
          Resumindo, a história é muito boa e ficou uma ótima versão mais sombria do conto de fadas Branca de Neve. Pelo volume de pessoas que vi na sala, acredito que vá ficar o mês todo de junho nos cinemas. Por isso, se você tiver nesses dias de bobeira em casa, recomendo assistirem esse filme!

---> A editora Novo Conceito lançou o livro do filme! Veja a capa aqui.



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No Closet de... Zoe Hart – Hart of Dixie



Oii gente! Como vocês estão? Hoje tem uma coluna nova aqui no House of Chick, e queremos saber a opinião de vocês sobre ela. Se gostam ou não, o que podemos mudar ou acrescentar para ficar melhor, essas coisas.
Mas antes gostaria de pedir desculpas a vocês pelo sumiço esses dias. Aconteceu um problema aqui com a gente, por termos confiado em uma pessoa errada, o que acabou nos magoando e impossibilitando de pensar em algo para escrever para o blog. Mas agora que o pior já passou, podemos voltar ao ritmo. ;}
Essa nova coluna é especial para quem curte moda, já que vamos comentar sobre as roupas de algumas personagens e/ou atrizes, que adoramos o estilo de se vestir, e queríamos muito ter algo parecido em nosso guarda-roupa (ainda vou ter um closet, espero! Haha)
Para estrear a coluna, nada como falar de uma personagem que adoramos: Zoe Hart da série Hart of Dixie. Além da série ser ótima e uma das nossas preferidas, a personagem é uma fofa, e se veste com roupas incríveis que nos fazem babar em todos os capítulos. O estilo vem de Nova York, cidade da nossa querida protagonista.
Looks Diversos
Zoe Hart (é interpretada pela queridíssima atriz Rachel Bilson – que também se veste com looks incríveis na vida real –, a Summer da série The OC) é uma médica recém formada em Nova York que, por ironia do destino precisa se mudar para uma cidade no interior: Bluebell, Alabama. Sem deixar seu estilo nova-iorquino para trás, a personagem aparece em cenas com roupas lindas e desejadas, que deixam várias fãs da série babando. 
Looks com short

Zoe abusa de shorts, calças e saias com blusinhas folgadas e poucos acessórios, mesclando um visual mais arrumado ao mesmo tempo em que é despojado. O melhor é que dá para usarmos aqui no Brasil tranquilamente. É muita inspiração!
Looks com calça

Três itens estão presentes na maioria de seus looks: salto alto, casaquinhos lindos (inclusive blazers) e bolsas grandes. Outros itens que aparecem muito para completar seu visual são os cintos.
Looks com calça
A maioria dos looks é neutro, e as cores que predominam são preto, cinza, branco e caramelo. Mas, de vez em quando, ela surge com alguma peça em vermelho, colorida, com brilhos ou animal print.
Looks com saia
Vira e mexe, ela aparece com vestidos lindos, que podem ser utilizados em diversas situações, do trabalho até ocasiões mais chiques, passando por um passeio tranquilo no shopping.
Looks de vestido






Looks de vestido

Com certeza Zoe Hart é a médica mais estilosa da televisão! E vocês, o que acharam dos looks dela?
E então, gostou do post? E quem você gostaria de ver nessa coluna? 


Parabéns, você encontrou todas as pistas! Agora é só voltar ao post inicial e preencher o formulário corretamente!
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Asas – Fadas #01 - Aprilynne Pike


Em “Asas”, conhecemos Laurel, uma menina de 15 anos que tem a pele perfeita, sem nenhuma espinha, um cabelo lindo e sedoso, o corpo magro e atlético, um rosto lindo e uma graciosidade admirável. Ela se muda para uma nova cidade, Crescent City, com seus pais adotivos e começa a frequentar um colégio – novidade para ela, que sempre havia estudado em casa.
Mas Laurel não consegue se adaptar tão bem assim à sua nova vida, já que os aposentos do colégio são fechados e ela começa a se sentir sufocada ali dentro. Além disso, é totalmente fã da natureza e uma vegetariana das mais radicais (qualquer outra coisa a fazem passar mal). Ela logo conhece David, de quem se torna amiga rapidamente.
Um belo dia, uma espinha surge em suas costas, que começam a crescer e se transforma em algo totalmente inusitado (não vou dizer o que é, para ficar na surpresa, como foi comigo), que Laurel não consegue entender. Então, com a ajuda de David, ela corre atrás de respostas e acaba descobrindo que é uma fada (bem diferente das que estamos acostumados a ver por aí, devo confessar).
Durante essa busca de identidade, Laurel conhece Tamani, um elfo que pertence ao seu mundo verdadeiro e quem vai ajudá-la em suas descobertas. Inclusive uma dúvida que logo surge em sua mente: de quem ela realmente gosta? David ou Tamani?
Gosto bastante de ler livros de fadas, apesar de não conhecer inteiramente a mitologia delas. Mas gostei muito da mitologia criada pela autora, porque é totalmente diferente de tudo o que já li, e gosto muito quando as histórias fogem do habitual. E achei interessante a abordagem utilizada por Pike, a qual, devo confessar, além de criativa foi surpreendente, já que eu não esperava por algo assim.
Nesse triângulo amoroso, Laurel fica inteiramente dividida entre seus dois pretendentes, David o amigo humano (para quem vai a minha torcida), carinhoso e que a entende melhor do que ninguém, além de aceitá-la exatamente do jeito que é, e Tamani, um elfo sentinela, com quem Lauren tem um passado do qual não se lembra totalmente, apesar de sentir algo forte por ele (achei Tamani bem possessivo, não curti isso). Gostei dos dois personagens masculinos, a construção deles, e como podem ser tão diferentes e mesmo assim bastante incríveis.
A leitura flui de uma maneira gostosa e as páginas acabam rapidamente. Esse volume – o primeiro de uma série de quatro – é mais uma introdução ao mundo das fadas criado por Aprilynne, já que começamos a conhecê-lo juntamente com a protagonista. Gostei disso, já que as dúvidas que Laurel apresentava, eram justamente as mesmas do leitor, então desvendá-las juntamente com ela foi uma ótima maneira de sermos introduzidos a seu mundo, de uma forma sutil e sem nos perdermos.
Algumas pessoas acabam se incomodando com isso, pois o começo do livro é um pouco lento, já que estamos começando a entender o que se passa com Laurel. Eu, particularmente gostei bastante do começo, mas o final realmente começa a ficar bem mais movimentado. Por isso, acredito que os próximos volumes da série possuam mais ação do que esse, que é mais introdutório.
A capa está incrível, e passa totalmente o sentido da história. O trabalho gráfico dela também está lindo, com textura soft touch (emborrachada), verniz localizado nas gotas de orvalho, e o título em alto relevo. A diagramação está simples, e a contra-capa é rosa.
Recomendo para quem gosta de histórias fofas, inusitadas e bem construídas, com o pano de fundo mágico que é o mundo das fadas (que deve começar a se desenvolver mais no próximo volume), e uma narrativa leve e contagiante. Principalmente para o público juvenil, e para os amantes do gênero.  
Avaliação

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Como (quase) namorei Robert Pattinson – Carol Sabar


Em “Como (quase) namorei Robert Pattinson” conhecemos Eduarda Carraro, que tem uma “identidade secreta” virtual: ela é a crepuscólica, uma garota totalmente apaixonada por nada mais, nada menos, do que a saga Crepúsculo e, não podendo ser diferente, pelo protagonista da série, o incrível, carinhoso e desejado Edward Cullen. Enquanto Duda suspira pelo homem de seus sonhos, o leitor é levado às gargalhadas com uma velocidade incrível. O livro, portanto, começou com o pé direito e só de ler as primeiras páginas já dá para perceber que se trata de uma história bem engraçada.
Surge uma oportunidade para ela passar 2 meses estudando inglês em NY e se muda para lá acompanhada de sua irmã mais velha, sua prima (e melhor amiga) e mais uma amiga, o que gera diversas confusões. A primeira delas envolve uns certos livros e, em meio ao desespero, Duda resolve tentar pedir ajuda a seu vizinho, que é o dono do apartamento em que está hospedada. Só que o que ela não contava é que esse vizinho tem exatamente a mesma aparência (apesar de mais gostoso) de Robert Pattinson, o intérprete de Edward Cullen nas telonas. Agora Duda não consegue mais controlar suas pernas (que ficam bambas de imediato), sua cabeça e o mais importante: seu coração.
Acho que minhas expectativas estavam muito elevadas quando comecei a leitura desse livro. É difícil ver uma resenha com menos do que nota máxima para ele, e isso só me empolgou mais. Fora que adoro Crepúsculo e queria ver como a autora iria lidar com a situação sugerida no título. Sim, foi o título e saber que a história se tratava de um chick Lit, que me fizeram ter muita vontade de ler, em primeiro lugar. Confiei tanto que não precisei nem ler a sinopse.
Claro que não me arrependo nem um pouco de ter lido “Como (quase) namorei Robert Pattinson”, pelo contrário, adorei as situações vividas por Duda e gostei de diversos personagens criados por Carol Sabar. Só que as minhas expectativas não foram atingidas pelo modo como Duda ficou dependente do amor que começou a sentir por seu vizinho.
Quando vou fazer a avaliação – o que eu já começo a pensar desde o começo da história –, eu paro para refletir quantas casinhas o livro vale, em minha opinião. Afirmo que esse começou com 5 casinhas. Sim, o começo estava maravilhoso, super engraçado e fofo. Duda era uma personagem divertidíssima, até que conheceu Miguel Defilippo e se apaixonou por ele. De repente, Duda não consegue pensar em mais nada que não seja seu vizinho que, por incrível que pareça, não teve muita participação em sua vida – e nem no livro, já que ele some bastante! – em nenhum momento. Ou seja, para mim, Duda se apaixonou pela imagem dele. Isso soou bastante fútil sob meu ponto de vista.
Então, quando eu ainda tinha esperanças de que ela se tocasse e olhasse para o lado, conseguia me divertir horrores com a história, apesar de Duda começar a me irritar com algumas situações e pensamentos sobre sua nova paixão. Até aí o livro estava valendo 4 casinhas. Só que, passando um pouco da página 300, vi que Duda não iria melhorar. Pensei que, depois de um acontecimento que a fez refletir sobre várias de suas ações, ela realmente ia começar a perceber sua infantilidade e sua futilidade, mas isso não aconteceu.
Nem preciso comentar que não queria que ela ficasse com o Miguel, na verdade minha torcida era de Pablo, seu amigo espanhol, moreno e sexy. Torci até o último minuto para que os dois ficassem juntos. Inclusive, acredito que a autora quis fazer uma brincadeirinha com esse triângulo amoroso, um personagem tinha a cara cuspida e escarrada idêntica à de Robert Pattinson, o outro era moreno, forte, quente, amoroso e estava sempre ao lado da protagonista. Isso por acaso não lembra Edward e Jacob? Pois é, totalmente! Adorei isso! Só gostaria mais se o caso entre Duda e Miguel tivesse sido melhor desenvolvido/explorado. (Falando assim, parece que em Crepúsculo eu sou Team Jacob mas, pelo contrário, sou Team Edward, mesmo gostando bastante do Jacob também.)
Apesar de ser um livro grandão, as letras são bem confortáveis e a história flui de uma maneira super gostosa. Gostei muito do modo de escrever de Carol, sua narrativa é bem envolvente e diverte o leitor com um jeitinho brasileiro, cheio de elementos nacionais, que não tem nem como não sorrir, ao perceber que falo, e ouço pessoas ao meu redor falando, exatamente assim em muitas vezes, isso fez com que me sentisse mais próxima à trama.
Adorei o trabalho gráfico do livro. A capa está linda demais, com diversos elementos que remetem as capas da saga Crepúsculo. Nas páginas havia alguns detalhes gráficos como os tweets da crepuscólica e bilhetes. Cada capítulo tem um nome e os achei bem divertidos.
Recomendo a leitura para quem gosta de passar alguns momentos prazerosos lendo algo leve e divertido, enquanto solta muitas gargalhadas.
Avaliação



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