[VÍDEO] TAG DOS 50% | Mid-Year Book Freak Out Tag



Oii, gente! Como vocês estão? Gravei esta Tag, que achei muito bacana porque fala sobre nossas leituras de 2015. No caso deste vídeo, falei dos livros do primeiro semestre e no próximo que vou postar lá no nosso canal falarei das obras do segundo semestre. Espero que gostem! :D


Lançamentos e Novidades – Editora Charme


Oii, gente!! Como vocês estão? :D Hoje viemos falar dos próximos lançamentos da Editora Charme, e de alguns títulos lançados no final do ano passado, os quais já estamos muito, muito ansiosas para conferir! E vocês, gostaram de quais? Também comentamos sobre algumas novidades muito bacanas a respeito da editora, confiram!!
Deixe o Amor Entrar - The Love #01 - Melissa Collins (Skoob)
O que aconteceria se você perdesse tudo? Se as pessoas que deveriam amá-la incondicionalmente não existissem mais, como seu mundo mudaria?
Madeleine Becker perdeu tudo aos dez anos de idade quando seus pais morreram. Arrancada de sua casa e de tudo o que sempre amou, ela é forçada a recomeçar a vida. A única maneira de seguir em frente é bloquear o coração e manter todos a uma distância segura. Sua lógica: ela não se machuca se não se apaixonar.
Essa teoria vai pelos ares quando ela conhece Reid Connely, no primeiro ano de faculdade. Ele é lindo e sombriamente misterioso. E entende bem demais a dor de Maddy, mas compartilhar a sua significa derrubar muros que ele mesmo ergueu em volta de seu coração. Em conflito entre amar Maddy e esconder o passado misterioso, Reid começa a reavaliar seu mundo. A força interior de Maddy, a personalidade espirituosa e a beleza de tirar o fôlego ajudam Reid a fazer as pazes com seu passado.
Juntos, eles descobrem o que acontece quando deixam o amor entrar.
>> A série conta a história de Madeleine Becker e Reid Connely. Ambos vêm de um mundo de dor. Apesar de seus melhores esforços para manter seus corações intactos, o amor entra em suas vidas. O bad boy, Reid, vai embora quando as coisas ficam muito difíceis, mas ser obrigado a ficar cara a cara com os horrores de seu passado, só ajuda a fortalecer o vínculo que ele criou com Maddy, na qual eles aprendem a abraçar o amor que os envolveu. Convidamos a todos a seguirem Maddy e Reid em sua jornada, onde eles aprendem a deixar o amor entrar em suas vidas, de forma que ele possa ficar e brilhar para sempre.
Entrega Total - The Plus One Chronicles #03 - Jennifer Lyon (Skoob)
Na explosiva conclusão da trilogia The Plus One Chronicles, Sloane Michaels, o homem absurdamente rico, dono de uma beleza selvagem e ainda obcecado por amor e vingança, vai enfrentar uma escolha impossível: perder a mulher que ama ou trair a memória de sua irmã gêmea.
Vendo o homem que ela venera prestes a se destruir em nome do ódio, Kat Thayne sabe que deve fugir e nunca mais olhar para trás. Porém, agora não é mais se escondendo que ela resolve as coisas. Kat se transformou em uma lutadora feroz, e o homem que a ajudou nessa conquista é o mesmo a quem agora ela deve dar forças. Só que a paixão ardente e o amor conquistado a duras penas, que unem Kat e Sloane cada dia mais, também devem sobreviver aos antigos segredos e mentiras que estão vindo à tona. O perigo mora ao lado. E Kat logo entende que está arriscando mais do que o coração para ficar com Sloane… Ela está arriscando a própria vida.
>> Previsão de Lançamento: 25/03/2016, e comprando o seu exemplar diretamente na loja da Editora Charme, você concorre ao sorteio dos dois primeiros livros da série (Uma Proposta Sedutora e Só Você), AUTOGRAFADOS pela autora Jennifer Lyon! Corre porque a promoção é válida para compras efetuadas até o dia 28 de fevereiro.
Conserte-me - Wrecked #02 - JL Mac (Skoob)
Viver sozinha no mundo é tudo o que Josephine Geroux já conheceu. Sua vida mudou drasticamente depois de uma tragédia quando ainda era criança. Ela enfrentou a juventude com admirável esforço e aprendeu da maneira mais difícil como se adaptar e sobreviver. Apesar de tudo, ela conseguiu chegar à idade adulta sã e salva.
Após tal caos, manter uma vida livre de complicações é sua maior prioridade.
Tudo mudou quando um homem com olhos cor de âmbar invadiu seu mundo e reivindicou seu coração. Ela se entregou em mais de um sentido. A atração entre Jo e Damon parecia ser o destino fechando um círculo.
Com outra perda devastadora, Jo luta para se manter de pé. Ela se vê dividida entre um futuro promissor e agarrada a um passado devastador. Mas esse não é o problema mais preocupante em suas mãos.
Ela deve se convencer a deixar o passado para trás, onde ele pertence. Mas, em sua jornada para encontrar a coragem e o encerramento, ela faz exatamente o oposto. Uma velha ferida causada por um ato hediondo fica exposta. A verdade é catastrófica e Jo fica impotente observando as ruínas de seu mundo frágil suportarem mais turbulências.
Pode algo concebido da tragédia e da maldade terminar bem? Pode algo tão completamente envenenado conquistar a adversidade? Jo tem que tomar uma decisão: aceitar as circunstâncias na qual se encontra ou lutar com uma ferocidade inabalável para consertar o que foi destruído.


O Primeiro Telefonema do Céu - Mittch Albom


A criatividade é um processo longo e exigente, você pode ser criativo hoje e amanhã perder a inspiração, pode ter uma ideia genial e nunca mais surgir nada, por isso eu admiro as pessoas criativas, mesmo que elas façam apenas uma coisa, mas mais ainda as que conseguem ser continuamente assim. O Primeiro Telefonema do Céu, do autor Mittch Albom, publicado pela editora Arqueiro é um exemplo de criatividade, mas com seus altos e baixos.

A pequena cidade de Coldwater seguia seu ritmo, nada de novo acontecia até que um belo dia Tess Rafferty recebe um telefonema, é sua mãe que morreu a quatro anos. Outros moradores começam a receber telefonemas também de seus entes que já partiram, e uma onda começa a se aproximar da pacata cidade.

Mas o que parecia um milagre e uma prova de fé não soa como verdadeiro para Sully Harding, ex-piloto das forças armadas que acabou de ter sua vida revirada por fortes emoções: a queda do avião que pilotava, a morte de sua mulher e um período na prisão. Então quando ele se vê diante da missão de recomeçar, essas ligações começam assombrá-lo e ele parte em busca de respostas. O que ele vai encontrar talvez não seja o que esperava!

Achei genial a ideia de pessoas receberem ligações dos que partiram, primeiro porque é simples e não soa impossível, depois porque de alguma forma acredito que com o tempo é um fato que possa vir se tornar realidade. E é interessante se pegar pensando de quem você gostaria de receber essas ligações e como elas seriam.

A narrativa de Albon é o problema, embora seu ponto de partida seja ótimo ele teve problemas no seu desenvolvimento, o livro poderia ter se resolvido bem antes, e a sensação de quem havia mais do que necessário perdurou por metade do livro. Os fatos demoram muito para desenrolar a ponto de quase despertar o desinteresse. Ela é feita em terceira pessoa sob o ponto de vista das pessoas que receberam as ligações, embora se foque mais na linha investigativa de Sully.

É interessante conhecer um pouco da história de vida de cada personagem e suas ligações com as pessoas que ligam para elas, mas as ligações em si são muito vagas, e fazem com que o fato que é surpreendente fique maçante. O personagem de maior destaque em complexidade é Sully, ele leva nas costas quase toda a atenção do livro, já que seu passado vai se descortinando ao longo das páginas.

Sully é um marido em luto, ele carrega mais culpas do que possui, pelo marido que deveria ter sido, pelo pai que não consegue ser e pela vida que se perdeu por pequenos detalhes. Detalhes estes que fazem ele perder de foco o que de fato é o mais importante na sua vida. Sua investigação não só esclarece a verdade quanto as ligações, se são falsas ou verdadeiras, como a verdade a cerca de sua própria vida. A morte é um processo para quem fica, mas é mais difícil quando de alguma forma o indivíduo sente que teve contribuição com ela, Sully tem que vencer mais do que sombras, ele tem que vencer ele mesmo, aquele que ele olha todos os dias no espelho.

O desenrolar da história é bom, eu honestamente não desconfiava da verdade por trás de todo o processo, algumas pistas de fato foram jogadas, mas as peças só se encaixaram quando tudo veio a tona. Se o autor tivesse cortado boa parte da enrolação o desfecho seria ótimo, e o livro teria muito mérito.

O que mais me fascinou no desenvolvimento foi a capacidade do autor de conseguir simular como seria se as pessoas soubessem que ligações dos mortos estavam ocorrendo. E em como tudo o caos começou a reinar, e me lembrou muito a sensação que Ensaio sobre a cegueira me despertou: quando seus interesses são os mais importantes não importa por cima de quem ou o que você tem passar por cima.

Embora o livro trabalhe com diversos aspectos interessante como fé, superação, resignificação e recomeço, o ritmo foi o seu vilão. Porque embora a morte precise de tempo para curar suas feridas ela precisa de profundidade e continuidade, senão é como chorar constantemente por uma memória que já não se sabe mais de quem. O Primeiro telefonema do Céu é assim, um grande telefonema que só se ouviu os ecos.

Avaliação








Eu Estive Aqui - Gayle Forman

Quando eu li a sinopse deste livro, fiquei precisando saber mais sobre a história na hora. Só ela já despertou uma tamanha curiosidade em mim que foi até difícil não poder começar a ler no mesmo segundo. Claro que assim que me foi possível, comecei a leitura e venho contar para vocês tudo o que achei deste volume escrito por Gayle Forman e traduzido aqui no Brasil pela editora Arqueiro.
Em “Eu Estive Aqui” conhecemos a história de Cody, uma jovem que mora em uma cidadezinha no “fim do mundo” e que sempre sonhou em deixar a sua cidade natal para estudar em uma cidade grande. Mas as coisas não foram fáceis para ela, e a garota não conseguiu realizar esse sonho. Por conta disso, nossa protagonista trabalha com faxinas para juntar dinheiro, mora com a sua mãe e imagina que sua melhor amiga, Meg, que cresceu com ela e com quem sempre dividiu todos os seus segredos, esteja tendo uma vida ótima, já que conseguiu ir estudar em uma nova cidade, pois recebeu uma bolsa de estudos.
Quando Cody recebe um e-mail de Meg avisando que ela iria se matar, no início pensa que é uma brincadeira e avisa aos pais de sua melhor amiga, porém ela acaba tendo a infeliz notícia de que isso realmente aconteceu, fazendo com que nossa protagonista comece a se perguntar o que levou a sua amiga a escolher tirar a sua própria vida.
Ela, então, vai para a faculdade de Meg recolher as suas coisas, e se vê na obrigação de descobrir tudo o que aconteceu, então começa a procurar sobre a vida de sua melhor amiga, sobre as pessoas com quem ela andava, e descobre que a menina tinha muitos segredos guardados, e que nem tudo era como ela imaginava.
Este é daquele tipo de livro que consegue mexer coma gente do início ao fim, já que ele desperta muitos sentimentos e que nos faz pensar sobre a vida, sobre o próximo, sobre nossas atitudes e escolhas e como não devemos julgar ninguém. É um livro extremamente bonito e transmite uma mensagem muito importante, que muitas vezes é pouco explorada.
A narrativa é em primeira pessoa pela visão de Cody, o que foi muito bacana, já que assim conseguimos acompanhar seus sentimentos, descobertas, certezas, incertezas, etc. O livro é bem rápido e fluido, nos trazendo personagens bem cativantes e super bem descritos, que nos conquistam com o seus jeitos de ser.
A capa é muito bonita e segue um padrão semelhante com o de outros títulos da autora publicados no Brasil, mas “Eu Estive Aqui” é um volume único e não tem qualquer relação com os demais. As folhas do miolo são amarelas e a fonte e os espaçamentos são confortáveis para uma leitura bastante agradável.

Indico esta obra para aqueles que gostam de uma história que retrata temas um pouco mais pesados, só que trabalhados de um jeito mais leve e comovente, que nos mostra como devemos respeitar os outros e tentar não julgar ninguém. Este volume traz um enredo marcante, que consegue mexer com nossos sentimentos, sendo um livro realmente interessante, e bem envolvente. Gosto bastante da mensagem que ele transmite, e espero que todos gostem desta história como eu gostei.
Avaliação



[Resultado] Adeus, Ano Velho. Feliz, Livro Novo! – Edição #06


Oii, gente! Como vocês estão? Hoje é um dia bastante esperado porque trouxemos os resultados da última promoção que fizemos aqui no blog: Adeus, Ano Velho. Feliz, Livro Novo! – Edição #06! Vem conferir se você foi um dos ganhadores!
Mas, antes, gostaria de lembrar que o sorteio valendo este kit lindo da edição vira-vira de “Crepúsculo” e “Vida e Morte” ainda está rolando e você pode ser o felizardo!! Participe!!

PROMOÇÃO ATIVA
Regras:
• Para participar é super fácil! Deixe um comentário em qualquer post publicado em janeiro de 2016 aqui no blog, com pelo menos três linhas + meio de contato (pode ser e-mail ou rede social). E pronto, você já estará concorrendo!
• No início do mês de fevereiro, vamos sortear um dos posts publicados durante janeiro e depois um dos comentaristas deste post.
• Os Sorteios (post e comentário) serão realizado via Random.org.
• Os comentários pelo Facebook vão ser numerados após os comentários do blogger. Ou seja, se tiver 10 comentários no blogger, o primeiro do Facebook será o número 11 e assim por diante.

RESULTADOS

Obrigada pela participação de todos, seus lindos! Em breve teremos mais promoções por aqui, então fiquem de olho!


Destinado - Perdida #03 - Carina Rissi

Desde que li o primeiro volume desta série, isso alguns anos atrás, fiquei louca por esta história, que me apresentou personagens incríveis e uma narrativa bem gostosa. Então, é claro que assim que saíram as continuações eu fui correndo colocá-las na minha pilha de leitura. E agora venho compartilhar o que achei deste livro e o porquê de Carina Rissi ser uma das minhas autoras brasileiras favoritas de todos os tempos.
Nesta resenha pode haver alguns spoilers leves sobre os demais volumes da série, “Perdida” (clique no título para conferir a resenha) e “Encontrada”, então aconselho que não leia se não gosta de spoilers ou se não leu os anteriores ainda.
Em “Destinado” vemos que Ian e Sofia continuam vivendo o seu grande amor, o que não foi fácil, mas nada que vale a pena é. Ian se esforça bastante para ser um bom pai, um bom marido e eles vivem felizes na companhia de Nina, filha do casal. Quando certo dia o celular de Sofia toca, vemos que Ian fica desesperado com a possiblidade de poder acabar perdendo ela de novo, escondendo, então, esse aparelho estranho em uma gaveta, longe de sua esposa.
Tudo estava indo bem, até que sua irmã, Elisa, acaba achando este aparelho, e por conta de sua curiosidade é mandada para o futuro, para o mundo de Sofia. Claro que isso se torna uma grande confusão, e então a fada madrinha de Sofia aparece e propõe que a mesma vá para o futuro para resgatar Elisa e isso não trazer nenhuma consequência para vida de todo mundo.
Fica combinado, portanto, que Sofia iria para o século XXI por pouco tempo, mas, quando ela está prestes a fazer esta viagem, Ian se agarra nela, indo para o futuro também, e lá ele conhece Rafael e Marina, um casal de amigos da moça, que estão super dispostos a ajudar nossos protagonistas nesta grande confusão.
Acompanhamos esses quatro se metendo em várias roubadas e nos divertindo bastante em todos os momentos. Gostei bastante de acompanhar esta história e de ver como nosso protagonista conseguiu se virar no nosso século e conhecer os amigos de sua esposa. Foi muito bom ver como esses dois juntos enfrentam todas as barreiras que aparecem no caminho.
A narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista de Ian, o que foi bem legal, já que assim conseguimos entender tudo o que ele sente e nos apaixonamos cada vez mais pela sua personalidade. O livro é rápido, fluido e bastante gostoso, e consegue prender a gente a cada linha com uma história incrível e personagens igualmente maravilhosos.
A capa é muito linda e tem tudo a ver com o exemplar, e possivelmente é a minha preferida até agora. Adorei os detalhes lindos que a Editora Verus pensou na hora da criação da mesma. A diagramação é simples e muito confortável para uma leitura agradável por conta do tamanho de fonte e dos ótimos espaçamentos. A edição ainda conta com folhas amarelas.
Carina, como sempre, conseguiu arrasar, fazendo com que este volume não fique devendo nem um pouco em relação aos anteriores, mantendo a história com novidades e sem perder o ritmo.
Para quem não sabe, esta série terá um total de seis volumes, sendo que os três primeiros, que contam com os protagonistas Sofia e Ian, já foram publicados, o quarto, que será protagonizado por Elisa e Lucas, tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano, mas os demais, um de Valentina e mais um com Sofia como protagonista, ainda não possuem previsão de publicação. E a história do primeiro livro também vai virar filme, mas ainda não há grandes informações sobre o longa, mas o provável lançamento dele é em 2017. Assim que descobrirmos novidades, contamos a vocês.
Recomendo esta série deliciosa para todo mundo que esteja em busca de uma história incrível, com personagens cativantes e uma narrativa rápida e fluida que segura nossa atenção com um plano de fundo que mistura passado e futuro de uma forma maravilhosa e de um jeito que nos deixa com um gostinho de quero mais.
Avaliação



A Sereia – Kiera Cass

Kahlen vivenciou um naufrágio, no qual viu todos os tripulantes do navio se afogarem, mas, contra todas as probabilidades, ela sobreviveu. Mas não de forma normal. A Água, que é uma entidade, lhe deu uma nova chance de viver, só que ela teria que lhe servir pelos próximos cem anos como uma sereia. Ou seja, sua vida até aquele momento acabou e ela foi considerada morta, mas ganhou a juventude e a beleza e um quê de imortalidade (não pode morrer, ficar doente ou mudar com os anos) por aquele período de tempo.
Porém, tudo vem com um preço e, em troca de sua nova vida, que é normal, como as de outras pessoas, só que sem poder falar e com a juventude e a quase imortalidade, e de tudo de bom que vem com ela, a garota precisará cantar para navios, pois sua voz atrairá as pessoas e as conduzirá à morte, pois seus afogamentos são os únicos capazes de alimentar a Água e ela poder continuar servindo os seres humanos que estão vivos ainda. Ou seja, é a troca de centenas de pessoas por bilhões que necessitam de água para viver.
Kahlen sempre foi uma menina certinha e fazia tudo o necessário para cumprir suas obrigações, por mais que sentisse o peso da morte e ficava ainda mais retraída e deprimida a cada vez que cantava. Até que conhece o bondoso Akinli, que viu nela mais do que a aparência estonteante e o fato de ela não poder usar sua voz para falar com ele (pois isso resultaria na morte do garoto), e os sentimentos entre eles ganham tamanha intensidade que nada mais importa.
Só que nossa protagonista não pode ficar com ele, já que entre as poucas regras impostas pela Água, esta é uma das mais importantes. Mas, talvez, nem Kahlen nem Akinli tenham controle sobre o que sentem e a força disso poderá destruí-los completamente.
Desde a primeira vez que a Editora Seguinte anunciou o lançamento deste livro, estava bastante empolgada para ler, afinal sou fã da autora, então fiquei contando os dias para tê-lo em mãos. Quando a fofa da Diana, que cuida das parcerias com a editora, enviou um e-mail oferecendo provas para os primeiros a responderem, logo saí respondendo e, por sorte (eu nunca estou online nestes momentos!), eu consegui ser uma das contempladas. Assim que ele chegou, fui correndo ler, cheia de expectativas, mas, infelizmente, elas foram por água abaixo.
O que acontece é que Kiera soube construir muito bem sua mitologia de sereias, nos explicando tudo certinho, e de um jeito que não fica chato, apenas interessante. Confesso que acho que poderia ter tido mais detalhes, ou um aprofundamento em certas situações, mas entendo que ela tenha escolhido optar por algo mais simples e não acho que isso tenha sido ruim.
Porém, acho que faltou algo mais nas outras áreas da história. Por exemplo, a protagonista, Kahlen, é uma moça boa, que apesar de não ser mais totalmente humana, tem muita humanidade e sentimentos dentro de si, vivendo e sentindo muito intensamente algumas das situações que presencia. Eu não posso dizer que não tenha gostado dela, nem que não tenha torcido por seu final feliz, mas também não consigo afirmar que a adorei ou que ela será de alguma forma marcante para mim.
Outra coisa que me incomodou nela foi a grande imaturidade da protagonista. No primeiro capítulo a conhecemos brevemente antes de ela se tornar sereia e como foi a transformação, e no próximo capítulo já se passaram oitenta anos e vamos acompanhá-la agora, ainda com a aparência de uma jovem, belíssima e letal, mas parece que aquele tempo não aconteceu de fato. Kahlen tem um estilo mais intelectual, não gosta de baladas, nem de sair, nem de ter contatos com seres humanos normais, gosta de ler e ficar na dela, dentro de casa, e foi assim que viveu por todas aquelas décadas, mas continua tendo uma personalidade bem juvenil e romântica, que não condizem com tudo o que viveu. Teria me convencido mais se ela tivesse vivido como uma jovem inconsequente a vida inteira e que só agora quisesse amadurecer.
E, com sinceridade, não gostei nem um pouco do relacionamento amoroso desta história. Claro que dá para entender que Cass quis usar o recurso de almas gêmeas, daquele tipo que um olha para o outro e é amor porque não existe mais ninguém no mundo que poderia ser literalmente perfeito para a outra pessoa, mas isso não me convence. Eu aceitaria toda a grandiosidade deste sentimento se eu visse eles se apaixonando de verdade, se sentisse junto com eles, até mesmo se passassem mais tempo juntos (não digo em dias, meses ou anos, mas, sim, palavras, frases e parágrafos), mas não é isso que acontece. Eles mal se falam (ela tem que ser muda na frente de pessoas normais), não tem assuntos tão variados ou importantes, se encontram muito, muito, muito pouco, e passam apenas um dia realmente juntos, mas que também não foi tão mostrado assim. E, mesmo assim, suas vidas mudam completamente, fazendo com que algo quase impossível de acontecer ocorra, de tão grande a necessidade que um tem do outro, a ponto de poderem morrer por conta da distância.
E aí vem outro ponto que me incomodou, tudo aquilo que lemos até aquele momento, todos os sentimentos, aflições, coisas importantes que Kahlen tanto viveu, comentou, reclamou, amargurou, guardou, etc., vai embora. Nada mais tem importância a não ser Akinli. Isso poderia ser normal se as coisas ao redor continuassem a acontecer também, afinal paixão às vezes cega as pessoas, mas, não. Tudo realmente foi esquecido e passou a girar em torno do seu amor por ele e da necessidade que um passou a ter pelo outro. E também foi tudo muito rápido, o ritmo estava seguindo uma constante, mas de repente muita coisa acontece, explicações são raras, e depois acaba.
Posso até dizer que conheci Kahlen até certo momento da leitura, mas não posso dizer nada disso a respeito de Akinli. Sei que ele não é o protagonista e ela sim, porém, pela importância que ele adquire, esperava conhecê-lo mais. Se existisse um jogo de adivinhações e me falassem características dele para eu acertar que era deste personagem que se tratava, eu não iria ganhar este jogo. Pelo menos adorei as outras sereias, irmãs de Kahlen, Miaka, Elizabeth, Aisling e Padma, elas são divertidas, leais, amigas, que sabem balancear os momentos bons com os ruins (a protagonista não sabe, ela é depressiva, acho inclusive que só teve raros momentos de felicidade – só com Akinli, ou seja, depois da metade para o final do livro).
E a Água (que é viva como um tipo de deus), é uma personagem que desperta sentimentos conflitantes, tanto nos demais personagens quanto nos leitores, afinal ela é vilã, com tudo de ruim que faz as sereias sentirem, mas também é uma vítima, porque não poderia sobreviver sem isso, e ela obriga ao mesmo tempo em que protege, ajuda e ainda tem o poder de acabar com tudo. Foi interessante ver como a autora construiu e utilizou esta entidade na trama, pois ficou coerente e até mesmo aceitável sua existência desta forma.
Mesmo enfatizando os pontos que me incomodaram na leitura, avaliando de maneira geral eu a achei mediana, visto que não fiquei com vontade de abandoná-la e li até o fim. Penso que poderia ser melhor, mas é interessante e gostei de passar aqueles momentos com o livro em mãos, mergulhando em suas páginas.
A escrita de Cass é muito, muito gostosa e envolvente. Quando abri meu exemplar e comecei a ler, logo embarquei nesta trama que ela construiu e me via virando as páginas rapidamente, até que pareceu tudo mais do mesmo, sem algo realmente emocionante ocorrendo, então meu interesse foi decaindo, assim como meu ritmo de leitura, que depois de um tempo acabou sendo arrastado.
Para quem não sabe ou não prestou atenção no nome da escritora, Kiera Cass é autora da série “A Seleção”, que também chegou ao Brasil pela Editora Seguinte, e fez muito sucesso, tanto lá fora quando por aqui, e eu a adoro. Tem resenha dos quatro primeiros volumes aqui no blog, “A Seleção”, “A Elite”, “A Escolha” e “A Herdeira”, além do livro de contos, “Contos da Seleção” (clique nos títulos para conferir as resenhas). Dos já publicados, tanto no exterior quanto em território nacional, só falta eu ler "Felizes para Sempre", que também é um exemplar de contos, mas é uma das próximas leituras e em breve terá resenha por aqui também. "The Crown", último volume da série, tem previsão de lançamento mundial em maio deste ano e não vejo a hora de conhecer o desfecho.
Uma curiosidade é que este livro havia sido escrito em 2009 e publicado de forma independente. Mas esta aqui é uma nova edição, com o conteúdo um pouco modificado, pois teve a supervisão dos editores de Kiera, e está sendo publicada com lançamento oficial hoje, vinte e seis de janeiro de 2016 (sim, por isso publiquei a resenha nesta data!). E, diferente de seus trabalhos anteriores – a série “A Seleção” – este é um volume único.
A edição que eu tenho em mãos, como comentei lá no início da resenha, é uma prova, ou seja, não posso dar detalhes certeiros de como ficará a versão impressa final, mas já deu para ter uma ideia da diagramação, que eu acredito que irá se manter assim, com uma ilustração de concha no início de cada capítulo, texto bem espaçado e com fonte em tamanho confortável para leitura. A capa é muito bonita e é uma adaptação da original para nosso idioma.
De maneira geral, posso dizer que “A Sereia” é uma obra gostosa e envolvente, mas faltou profundidade. Por ter sido reescrita e reeditada, depois de ter tido a experiência de escrever vários títulos de sucesso, realmente esperava mais do que algo mediano. Vale a pena para os fãs da autora conhecerem esta sua outra faceta, tão diferente da série “A Seleção”, só peço para não darem um mergulho muito fundo para não se decepcionarem também.
Avaliação



Perigosas - Pretty Little Liars #08 - Sara Shepard

Este volume fecha o segundo arco desta série literária e nos revela a identidade da segunda -A, o que, somente por este motivo, já era um dos meus livros mais esperados de todos os tempos (ou seja, antes de ter meu exemplar em mãos, já estava cheia de ansiedade). Afinal de contas, as revelações são sempre as melhores partes. Então nem preciso comentar sobre a ferocidade que comecei esta leitura, e agora venho compartilhar com vocês tudo que achei deste exemplar.
Nos próximos cinco parágrafos pode ter acontecido de eu ter soltado pequenos spoilers de exemplares anteriores sem grandes importâncias, mesmo tentando evitar a todo custo, então se você não gosta de spoilers de jeito nenhum, aconselho que pule.
Em “Perigosas” vemos que enfim o assassino de Alison está atrás das grades, e as meninas finalmente podem respirar com tranquilidade. Mas nem tudo são flores, e a vida delas como sempre vem acompanhada de inúmeros problemas.
Hanna está cada vez com mais dificuldade para ser a menina popular que era. Afinal de contas, ela prometeu para si mesma que nunca voltaria a ser uma perdedora como antes. Então, para isso, vemos que está fazendo de tudo para se manter no auge, mas a sua ida para a reabilitação acaba sendo revelada por -A para todo mundo que a garota conhece, e está dificultando as coisas para Hanna, já que não quer ser considerada uma maluca. Mas, sem se importar com o preço, vemos que ela faz de tudo para chegar aonde quer.
Aria finalmente encontrou alguém que a entende e a ajuda, apoiando-a até mesmo nas questões espirituais. E ela que o considerava um típico garoto de Rosewood está se surpreendendo com o quanto gosta dele, afinal de contas, já foi apaixonada por ele uma vez, mas Alison provou que na verdade ele era afim dela, e não de Aria. Mas quando uma nova personagem entra em cena, a vida desta protagonista, que finalmente parecia ter ido para os eixos, vira de cabeça para baixo. As coisas começam a mudar, colocando até mesmo o seu relacionamento à prova.
Emily finalmente parece ter aceitado que não viu a Alison no incêndio, e resolve dar continuidade a sua vida. Após ter ido passar um tempo como uma amish, graças a -A, ela aceitou que deveria dar o adeus que tanto relutava. Mas a chegada da nova personagem também vira a vida dela de pernas para o ar. Até porque, antes mesmo de se imaginar, ela já se vê apaixonada por essa pessoa, e sendo capaz de fazer tudo para ela, o que nem sempre é bom.
Spencer, que tinha conseguido finalmente ficar de boa com seus pais, fez com que as dúvidas que -A plantou em sua cabeça levassem ao término o casamento deles, e agora, mais uma vez, as coisas não estão boas para o seu lado. Sua mãe parece não ver mais graça da vida, e sua irmã a culpa por tudo, além de parecer esconder alguma coisa e saber mais do que diz, deixando Spencer novamente sem ter o apoio de ninguém.
A narrativa está super rápida e fluida, deixando a gente com os olhos grudados em todas as páginas, inclusive porque este é o volume onde tudo é revelado. Com certeza foi o meu livro preferido de todos até agora (li estes oito mais um extra), e amei acompanhar estas quatro protagonistas incríveis, apesar de ser bem chato ver que elas muitas vezes acabam cometendo os mesmos erros do passado.
Para quem ficou como eu, se fazendo várias perguntas, até mesmo a respeito do primeiro volume, inclusive sobre a morte de Ali, elas finalmente foram reveladas, nos mostrando que tinha muito mais história do que imaginávamos.
A capa é semelhante às dos volumes antecessores, principalmente do quinto até este oitavo, pois representam o segundo arco da trama. No caso deste exemplar, as cores são amarelo e vermelho e a personagem de destaque (na capa da frente uma boneca e na de trás uma garota) agora é a Aria. A diagramação é igual ao restante da série, com fonte e espaçamentos confortáveis para a leitura. E a edição impressa conta com folhas brancas.
Não vejo a hora de ler os demais nove livros da série, sendo oito sequenciais mais um extra, e fico contente que a Rocco Jovens Leitores já publicou quase todos aqui no Brasil, só faltam os dois últimos, que eu acredito e espero! que serão publicados ainda em 2016. E, se tudo der certo, eu vou terminá-la este ano mesmo e pretendo fazer todas as resenhas também.
A série de televisão homônima está atualmente na sexta temporada e eu a adoro completamente e indico para quem gosta dos livros ou para quem quer conhecer a história por outro formato, pois, apesar de diferentes, têm bastante em comum, e a essência também é a mesma.
Recomendo este volume para todo mundo que assim como eu gosta de uma história cheia de mistérios, que consegue nos prender do início ao fim com várias dicas, insinuações, pistas, sendo muitas vezes até mesmo pistas erradas, mas que neste volume finalmente encontramos muitas questões reveladas. Se você acompanhou a série literária, sabe que este foi um dos livros mais esperados de todos os tempos, e, se ainda já começou Pretty Little Liars, mas está longe dele, acelere as demais leituras, pois você realmente vai amar “Perigosas”.  
Avaliação



Destruidoras - Pretty Little Liars #06 - Sara Shepard

Eu já tinha lido o primeiro livro desta série há bastante tempo, mas havia parado a minha leitura das continuações no terceiro volume. Como sou uma amante da série de televisão e amo muito os livros, fiquei pensando comigo mesma sobre o motivo de eu ter parado. Não sei se foi para ler outros títulos ou coisas do tipo, só que agora resolvi continuar de onde parei. Por isso, reli o terceiro, “Perfeitas”, e venho lendo um atrás do outro desde então, e fico feliz por ter tomado esta decisão, pois estou adorando.
Os próximos cinco parágrafos apresentam spoilers dos volumes anteriores, então aconselho que não leiam se não gostam de spoilers ou se não tiverem lido os demais exemplares desta série.
Em “Destruidoras” vemos que após as quatro amigas encontrarem o corpo de Ian na floresta, e ninguém acreditarem nelas, achando que ele é um foragido, e que elas podem até mesmo estar ajudando, as coisas não estão nada fáceis para essas meninas (não sei se algum dia depois da morte de Ali foi). Pior ainda, é que cada uma como sempre, tem um grande problema pessoal para resolver, mas elas sempre aparentam estar sozinhas e sem a ajuda de ninguém por perto.
Hannah foi obrigada pelo pai, a levar Kate por todo o lugar que ela vai. Mas para essas duas tudo parece uma competição, até mesmo em relação a garotos, e perder para sua meia irmã que sempre usa o seu pai para conseguir o que quer, iria realmente deixar Hannah maluca, afinal de contas, ela é Hannah Marin a Fabulosa. Mas ter alguém colada em você, em uma competição, pode realmente ser difícil.
Spencer está mais do que certa de que ela é adotada, e por este motivo, todos da família dela odeiam até mesmo a sua presença. Como ela está cansada de ser a largada, ela começa a ficar empolgada em relação a poder ter uma vida com essa outra família, e para isso acontece, ela vai fazer de tudo para poder ter alguém que ame ela de verdade, mesmo se metendo em várias confusões pelo caminho.
Aria resolve se mudar para a casa do seu pai. Já foi bem difícil ver a sua mãe sem falar com ela por conta do termino do seu relacionamento com Byron, e agora que as duas estão bem de novo, ela não vai deixar Xavier (o novo namorado da mãe) estragar tudo, já que está cansada de ver sua mãe sofrer e agora seu novo namorado está até mesmo a ameaçando. Neste volume vemos Aria também se aproximando de um personagem muito importante, Jason DiLaurentis, que parece saber muito mais do que imaginamos.
E para completarmos vemos que Emily, está bem feliz com o seu novo namorado, ela realmente gosta dele de verdade. Mas, para a sua infelicidade, a mãe de Isaac parece não ir muito com a cara dela, e isso está cada vez mais visível para nossa protagonista. Será que a mãe dele descobriu sobre o passado dela?
Esse volume foi realmente incrível, vimos nossas quatro protagonistas se metendo em várias confusões, descobrindo novas pistas, se perguntando sobre o que viram e o que as coisas realmente são: verdades ou não. Vemos como elas estão sofrendo e, com um novo -A por aí, as coisas não vão ficar nem um pouco fáceis, já que elas podem estar enganadas sobre muitas coisas. Mas algo é certo, -A tem um jeito de ferrar com cada uma delas, e muitas vezes elas até mesmo ajudam.
O final foi incrível, e, por isso, comecei logo em seguida o próximo volume, já que ele deixa a gente com um gostinho de quero mais. Como só faltam dois livros para finalizar este arco, já que a cada quatro volumes temos o final de um arco, falta pouco para encontrarmos a revelação de quem é –A desta vez. Mas posso afirmar que neste exemplar as coisas já começaram a esquentar bem e foi muito gostoso acompanhar.
A capa é bem bonita e segue um padrão com as demais obras da série, e por ter apenas o rosto e o pescoço da personagem aparecendo, que aqui é a Hanna, dá para saber que faz parte do segundo arco. Adoro que capa uma delas tem uma cor diferente e, neste caso, é roxo com letras verdes. O único defeito da parte gráfica é que não há qualquer indicação na capa de que este é o sexto volume da série, então na hora da compra as pessoas ainda precisam buscar informações na internet para saberem a sequência e não ler na ordem errada, mas isso dá muito trabalho e sei que tem gente que vai desistir antes de escolher ler esta série, o que é uma pena. O texto interno é bem diagramado, a fonte e os espaçamentos são bastante confortáveis para a leitura, e as folhas são brancas.
Para quem não sabe, esta é uma série literária extensa, mas ótima. No total são dezesseis obras sequenciais, sendo que já foram publicadas no Brasil quatorze delas, mais duas extras (#0.5 e #4.5), que também já chegaram por aqui. Com o atual ritmo de lançamentos, não duvido que ainda em 2016 os dois volumes faltantes, "Toxic" e "Vicious", cheguem em território nacional, nos resta torcer. A série de TV já está na sexta temporada, atualmente em exibição, e foi renovada para a sétima, que infelizmente será a última.
Recomendo “Pretty Little Liars” para todo mundo que, assim como eu, goste de uma série cheia de mistérios, segredos, revelações, e que ainda conta com personagens incríveis, cada um com seus problemas, e olha que não são poucos, e uma narrativa rápida e fluida, que prende a gente desde a primeira linha. Se você gosta da série de televisão, provavelmente vai amar os livros, já que mesmo tendo muita coisa diferente, traz a mesma essência, que nos deixa querendo e querendo cada vez mais.
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Minueto da Madrugada - As Crônicas Ridell #01 - Décio Gomes

No interior da Inglaterra ouvimos um relato de uma mansão que tem um passado sombrio em um grande isolamento. Uma verdade adormecida, uma maldição lançada, eis o clima do livro Minueto da Madrugada- As Crônicas Ridell, do autor brasileiro Décio Gomes, publicado pela editora Schoba.

Rosa Vogelsang muda-se da Alemanha para o interior da Inglaterra em busca de uma nova vida depois da morte da mãe. Ela agora é a nova governanta na isolada mansão Ridell, onde o jovem casal Dianne e Joseph começam a construir sua nova família. Embora o isolamento a assuste tudo corria bem naquela imensa casa, até que a jovem começa a descobrir algumas coisas estranhas de sua senhora ao mesmo tempo em que algumas outras inexplicáveis acontecem. O lar que deveria emanar luz começa a atrair trevas, e Rosa precisa descobrir o que aquelas paredes escondem, o que a Mansão Ridell guarda em suas paredes, quais segredos as areias do tempo encobriu?

Olhe para capa do livro o que ela desperta? Um ar gótico e sombrio, um momento perdido no tempo e um ar fantasmagórico? Eis exatamente o clima bem exposto em sua capa. A narrativa de Gomes é feita em terceira pessoa, focando-se nas ações de Rosa, mas não ficando apenas nestas. É bastante descritivo mas vivaz, sem perder o ritmo da história que nos deixa constantemente em um clima de suspense depois do primeiro contrato.

A trama trabalhada soa muito familiar aos filmes de suspense com fantasmas, mas mesmo assim soa criativo já que a escrita privilegia maior aprofundamento do que as telas. Ao contrário de um filme que a ação se dá de forma muito direta e rápida, o livro vai aos poucos nos envolvendo em uma densa neblina de terror. Não chega despertar medo, mas tem instantes de apreensão já que imaginar as cenas é mais aterrorizante do que vê-las prontas.

Rosa é uma jovem muito dedicada ao trabalho, e depois que faz amizade com Dianne, sua patroa, faz de tudo para vê-la bem já que seu marido é ausente, mas quando descobre as ações desta começa a teme-la. É muito fechada, pouco sabemos de sua vida na Alemanha, e eis aqui minha única frustração no livro, queria saber um pouco mais da sua história de vida, foi apenas a morte da mãe que a fez sair de seu país? Embora nova tem força de vontade e determinação, e é decisiva no desfecho do livro, que por sinal é muito tenso e sombrio.

Dianne é uma figura enigmática, tem ações muito macabras rapidamente, como se uma força oculta a guiasse, mas age de forma doce e companheira com as empregadas, em momento algum faz mal a elas. Entretanto quando se trata do marido, este faz com que suas emoções fujam do controle. Honestamente fiquei com pena de seu desfecho, não que ela tenha que ser eximida de suas culpas, mas de alguma forma ela cativou minha empatia!

As empregadas que passam pela casa não são muito exploradas, são ganchos para situações e ações, mas são bem colocadas nas cenas. Assim como o cocheiro/jardineiro que tem apenas meia dúzia de falas. Joseph Ridell, o marido pouco aparece, e desperta raiva pela sua indiferença com a amorosa Dianne. Ele tem o clássico perfil de homem que deixa a mulher em casa e faz o que quer pelas ruas.

Minueto da Madrugada trabalha com os principais artifícios de uma boa história de terror, mas de forma limítrofe, uma hora soa como uma história de amor mal sucedida, ora como uma história de vingança sobrenatural, nos colocando sempre nessa linha tênue entre uma realidade triste e uma 'pararealidade' trevosa.

PS. Embora trate-se do segundo livro das crônicas ele tem a história que aconteceu primeiro do que o primeiro livro (Albertine), e pode ser lido de forma independente. Infelizmente não consegui o primeiro livro, mas espero que em breve possa lê-lo, já que personagens do segundo livro tem suas histórias continuadas.





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Cress - Crônicas Lunares #03 - Marissa Meyer

Cinder, uma jovem ciborgue, ou seja, que tem partes mecânicas no corpo, vive em um mundo que já foi assolado por diversas guerras, agora é abalado por uma doença fatal denominada Letumose, e vive sob um grande perigo de ser comandado ou, pior, exterminado pela pior de todos, a rainha lunar, Levana.
Um plano maléfico encontra-se em ação e tudo parece sair como a Rainha Lunar planejou, mas Cinder não pode deixar isso acontecer e vai fazer de tudo para mudar os rumos desta história. Depois de muitas reviravoltas, acontecimentos inesperados, e grandes revelações, Cinder é foragida. Agora, ela e seu primeiro companheiro de viagem, Carswell Thorne, vivem na nave Rampion e seguem nesta jornada, com a ajuda de Scarlet e Lobo, para bolar um plano para derrubar a Rainha Levana e encontrar uma saída para a atual situação do universo, uma cura para a fatal Letumose, e a salvação de toda a população da Terra.
No meio do caminho, eles acabam encontrando mais uma aliada, Cress, uma hacker que vive isolada e aprisionada num satélite desde que era apenas uma menina. O grupo decide resgatá-la para que ela os ajude a seguir com o que precisam. Mas os planos nem sempre saem como planejado e o grupo se separa. Enquanto lutam contra o perigo, pela busca da sobrevivência e para se manterem livres, algumas mortes aparecem pelo caminho e muitas outras dificuldades também, tornando tudo ainda mais difícil e a luz no fim do túnel parece estar ainda mais distante, se isso era possível. Resta saber se com um bom trabalho de equipe, mesmo que esta esteja desfalcada, e a ajuda das pessoas certas vão levá-los para o caminho certo ou esta direção simplesmente não existe.
Apesar de esta resenha ser do terceiro volume da série “Crônicas Lunares”, vocês podem lê-la tranquilamente, pois não há qualquer tipo de spoiler, nem deste nem das obras antecessoras. E tem resenha de “Cinder” e “Scarlet” aqui no blog, cliquem nos títulos para conferi-las respectivamente.
Confesso que o primeiro exemplar não me agradou tanto assim, mas o segundo me deixou vidrada e adorando cada página. Não posso dizer que este terceiro teve o mesmo efeito do anterior para mim, apesar de ter curtido mais do que o primeiro, mas não posso negar que a autora evoluiu em sua forma de narrativa e a trama encontra-se bastante eletrizante.
O enredo é bem desenvolvido, cheio de momentos de tensão e outros mais amenos, com muitas explicações e detalhes bem trabalhados. Meyer consegue manter nossa atenção ao mesmo tempo em que nos insere naquele universo que criou, de uma forma tão bem feita que realmente parece que tudo aquilo é de verdade, isso porque cenários, personagens e ações, são amarrados e condizentes com o que foi criado.
Além do mais, acontecem diversas reviravoltas e muitas ocasiões com grande importância vão sendo apresentadas, pois, mesmo que inicialmente não pareçam ser relevantes, acabam sendo mais para frente. Inclusive alguns detalhes que já começaram a serem mostrados nos volumes anteriores ganharam mais força aqui, como a aparição de Cress, que se tornou uma das personagens principais, e algumas outras particularidades foram citadas aqui para serem utilizadas nos demais exemplares.
A minha protagonista preferida continua sendo a Scarlet, de longe, e o Lobo o meu personagem masculino favorito também. Apesar da importância de ambos neste volume, eles acabaram ganhando um pouco menos de destaque do que os demais. Iko é incrível e eu a adoro profundamente, além do mais, ela sempre me diverte. Cinder é ótima, Cress é adorável, e Thorne, o mais divertido. Só acho o Kai meio enjoadinho e, em diversas ocasiões, quando chegava no capítulo protagonizado por ele, eu acabava ficando meio de saco cheio, com vontade de pular, apesar de não ter feito isso.
Até posso afirmar que Marissa é uma escritora excelente, e tem tudo para ir muito longe (mais ainda do que já foi – e olha que ela já alcançou bastante!) e que com certeza vai, o que vem se provando a cada novo livro desta série, tão querida por muitos leitores. Eu, inclusive, ficava maravilhada em todo momento sobre o que estava lendo, pois tudo se encaixa perfeitamente, ocorre e é revelado na hora certa, nos mantendo interessadas no assunto e no que vai vir a acontecer em seguida.
Mas infelizmente não posso dizer que amei a leitura, porque acabou sendo bem arrastada para mim e eu demorei mais dias do que o normal para finalizar. Não porque tenha sido ruim, só acho que às vezes as cenas acabaram sendo mais longas do que o necessário e se algumas tivessem sido cortadas teriam o mesmo efeito, só que com uma fluidez mais notável. E admito que esse fator deve me incomodar mais do que outras pessoas, visto que eu não gosto de demorar tanto tempo lendo algo, porque parece que minha vontade de continuar vai se esvaindo e eu fico com necessidade de começar algo novo, principalmente porque eu tenho tantas outras opções na estante me esperando.
Em meio a muita ação, planejamentos e estratégias, descobrimos novas revelações importantíssimas, aprendemos mais sobre o passado de algumas pessoas, nos despedimos de personagens, damos boas-vindas a outros, e ficamos envolvidas por uma trama complexa e toda interligada, com pano de fundo político, tecnológico e com pitadas de fantasia.
Essa série na verdade é composta por seis volumes, quatro deles contam com mocinhas boas dos contos de fadas como protagonistas, Cinder (Cinderela) no primeiro, ela em companhia com Scarlet (Chapeuzinho Vermelho) no segundo, as duas junto com Cress (Rapunzel) no terceiro, e todas, incluindo Winter (Branca de Neve), no último. Porém, ainda há dois exemplares que completam a série, o #3.5, "Fairest", que na verdade conta o lado e a história da Rainha Levana (Rainha Má), que eu considero essencial, e ainda um livro extra, “Stars Above”, que na verdade traz diversos contos (nove), sendo que alguns antes só tinham sido publicados em e-books e outros são inéditos, que servem de complementos para a série, mas que não são necessários para o entendimento da mesma.
No Brasil, os três primeiros livros já foram publicados (os títulos originais foram mantidos, sendo eles os nomes ou apelidos das protagonistas), e a previsão é que pelo menos mais dois cheguem ainda em 2016, "Fairest" e “Winter”. Não encontrei informações sobre o último, “Stars Above” por aqui, que inclusive também é inédito ainda no exterior, visto que seu lançamento está previsto para o início de fevereiro. Mas acredito que não deva demorar tanto assim para seu lançamento aqui também.
A diagramação segue o padrão do resto da série, e eu gosto da fonte e dos espaçamentos do texto, que são muito confortáveis para uma leitura agradável. A capa é bem bonita, o título na edição impressa está em prateado, e as páginas são amarelas.
Para aqueles que buscam obras com personagens jovens adultos bem construídas, com um enredo bastante interessante e muito bem desenvolvido, personagens carismáticos e uma bela adaptação dos contos de fadas, com os vilões e mocinhos tão conhecidos e amados por nós, só que apresentados de uma forma diferente em um mundo distinto, a série “Crônicas Lunares” é a pedida certa para você! Cress mantém o ritmo e desenvolvimento dos demais volumes, prendendo nossa atenção e nos deixando ávidos por mais.
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[Vídeo] 10 Melhores Leituras de 2015


Oii, gente!! Como vocês estão? Em 2015 eu li cento e oito livros e foi bastante difícil escolher apenas dez para montar minha lista de preferidos do ano, mas acho que fiz ótimas escolhas. O que acharam das minhas escolhas? Concordam com alguma delas? E vocês, leram quantos livros? Quais foram os seus dez preferidos?


O Último Reino - Crônicas Saxônicas #01 - Bernard Cornwell

Muitas pessoas me indicaram a leitura das Crônicas Saxônicas, e eu já tenho o box por aqui fazem alguns anos, com a virada do ano resolvi tomar vergonha na cara e ler o primeiro livro da série, O Último Reino, escrito pelo autor britânico Bernard Cornwell, e publicado pela editora Record.

Uhtred é da aristocracia de Nortúmbria, pela primeira vez ele sai com o pai para um conflito, mas tudo dá errado e aos dez anos de idade se vê sem o pai e nas mãos dos vikings que invadiram seu país. Mas o que pareceria ruim para muitos para ele foi uma infância felicidade e aprendizado, ele se tornou um deles, um dinamarquês, já que o Deus cristão não fazia sentido e o panteão pagão sim.

Já acostumado a sua nova família parte em batalhas sucessivas ao longo da Inglaterra para dominar cada canto desta, mas sua vida é atravessada por uma tragédia e pelo rei Alfredo de Wessex, do último reino inglês que não cedeu a invasão dos guerreiros do norte. Agora do lado inglês ele se vê todo tempo em dúvida de qual o lado que de fato deve estar, o lado que seu sangue origina ou aquele em que sua alma faz sentido. Enquanto Uhtred tenta compreender seu lugar no mundo a Inglaterra tenta resistir, será que Uhtred fará a diferença?

Cornwell faz sua narrativa em primeira pessoa a partir do protagonista Uhtred que conta sua história de algum ponto do futuro distante. É uma narrativa dinâmica que constantemente fornece ação e informação ao leitor. Ao mesmo tempo em que conta fatos históricos verídicos (o autor explica alguns deles ao final do livro) que se passaram na Inglaterra, ele trabalha a história de vida do personagem. Os anos se passam, e em momento algum o livro perde seu interesse, a leitura sempre chama por mais.

Uhtred é um guerreiro, inglês ou dinamarquês, o que ele descobre gostar de fazer é estar na linha de frente de uma batalha. E toda sua história seja de um lado ou outro leva a este rumo. Ele é muito prático, e se adapta bem as diversas mudanças que ocorrem na sua vida. Embora pareça que ele tenha se decidido ao final de qual lado ele iria ficar da guerra, ele vacila a todo momento devido ao cristianismo atravessar a vida dos ingleses, sua visão do mundo ser pagã.

É um personagem detalhado que cresce com o livro não só porque muda sua personalidade mas também porque começa o livro como uma criança e termina adulto. É leal a quem ama, e essa é uma das muitas descobertas que ele faz com a vida, que o amor acima de qualquer nação é sua maior lealdade.

Ragnar é o líder viking que adota Uhtred, embora seja letal em batalha trata o jovem como filho, e o ensina a ser um dinamarquês. É muito dedicado a família e aos filhos, e ao invadir novos territórios não quer apenas riquezas, mas terras férteis para viver, já que seus país de origem não possibilita isso. Ravn, o pai de Ragnar é cego, mas é sábio e bardo, e é quem ensina lições valiosas a Uhtred.

Brida, uma garota inglesa que se vê em meio a uma invasão em seu vilarejo se torna amiga de Uhtred, assim como nova integrante do grupo dinamarquês, onde se adapta muito bem. É companheira e ousada.

Do lado inglês temos o padre Beocca que é o padre que vivia na fortaleza da família de Uhtred, ele conhece o menino desde pequeno, devoto tenta em todos os encontros salvar a alma do protegido, e suas sucessivas tentativas acabam por atrapalhar e muito a vida de Uhtred, já que ele é o responsável pelo encontro de Uhtred com o Rei Alfredo, ou diria mala Alfredo? Imaginem uma figura que aprontou todas, e depois resolve se redimir com a religião e ainda por cima vive doente, eis o rei.

Diversos outros personagens aparecem ao longo da vida de Uhtred, são muitos ao longo dos anos, mas todos com personalidades marcantes. Cornwell sabe arquitetar bem as tramas políticas ao mesmo tempo que as envolve na vida do protagonista. As cenas de batalhas são vividas e nos fazem sentir dentro de uma parede de escudos!

" A guerra é travada no mistério. A verdade pode levar dias para viajar. Adiante da verdade voa o boato e é sempre difícil saber o que realmente está acontecendo, e a arte é arrancar o osso limpo do fato da carne podre do medo e das mentiras"- (pág. 321)

O Último Reino, é uma viagem na história, para tempos que as rixas de sangue imperavam, a sobrevivência era a lei e a fé começava a traçar caminhos duvidosos. Pegue sua espada e seu escudo porque aqui a batalha é continua, não só pela terra mas pela sua fé!




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