Esta obra é uma coletânea de
contos com protagonistas femininas que incorporam traços próprios ao universo
feminino com um detalhe em comum a todas elas: todas são vampiras! Bonitas,
sedutoras, manipuladoras e fatais, todas estas vampiras trazem em suas
histórias muito sangue e sentimento.
São oito contos no total, todos
ambientados no Brasil, sendo um deles divido em seis partes, alguns deles são
inéditos mas boa parte já foi publicada em outras antologias de contos da
autora que quis republicá-los por algumas destas obras já se encontrarem
esgotadas.
O primeiro conto é Rock'n Roses,
breve ele narra uma noite na vida da vampira Rose Mistral durante uma caçada em
um bar, ao mesmo tempo que tem seu dia atravessado por uma menina de rua que
mexe com seus sentimentos. Por ele ser muito curto não teve um desenvolvimento
muito bom, senti falta de maior densidade na história e na personagem.
Danse Macabre é quem vem na
sequência, este é um conto extremamente original, porque a protagonista é a
Senhorita Íris, uma vampira com uma coleção muito peculiar, ela abraça grandes
nomes das artes para seres imortais, então grandes compositores, pintores e
escritores compartilham suas noites, e essa ideia foi muito divertida de
imaginar. Ao mesmo tempo trabalha com o gênio forte da vampira que tem que
lidar com as vontades das pessoas que a cercam. É o segundo melhor conto da
antologia.
Depois temos A Santa dos Meninos
de Rua, onde Pipoca é um menino de rua que sonha em ter uma vida melhor, e
durante a noite de Natal recebe duas propostas para sair das ruas, entretanto
sua intuição lhe alerta sobre quem são essas pessoas. É um conto com espírito
de conto, aquela sensação no final que um conto bem escrito dá ao você
compreender totalmente o sentido do que está escrito e achar interessante.
Maya é o conto mais longo, ele
que é dividido em seis partes que se passam ao longo de alguns anos. Todas
estas partes são como crônicas do dia a dia desta vampira de 200 anos com seu
mordomo em New York. É muito bom acompanhar a vida desta vampira rica e que não
se preocupa com nada até se dar conta de seus sentimrntos. É minha parte
favorita do livro!
A Dama Morcega dá sequência, e segue
o clima dos antigos circos de excentricidades, já que a Dama Morcega nada mais
é do que uma vampira que vive em uma jaula e é usada em espetáculos até que um
médico a resgata durante um tumulto em sua apresentação, mas uma mente
perturbada e um ser sedento de sangue juntos nem sempre acabam bem! É um conto
que perturba um pouco, especialmente pelo modo como a jovem é tratada, a autora
aborda um pouco da perturbação mental que o ser humano pode desenvolver durante
suas ambições.
As Vampiras de Kenshin, é conto
mais simples, ele nos conta a história de Negra Luiza uma ex-escrava vampira
que realiza tarefas sob encomenda. Ela não tem muita ideia do que esperar
quando parte em busca de um artista japonês desaparecido, e o que vai descobrir
pode ser perturbador. Não é um conto ruim, mas também não é bom, achei ele um
pouco sem sal em outras palavras.
Em penúltimo temos Dragões
Tatuados, conto que deu origem à série de romances da vampira Kaori (o primeiro
livro já foi resenhado por aqui), ele mostra como foram os primeiros encontros
de Samuel, o observador de vampiros com a misteriosa vampira Kaori. Para quem leu
o livro como eu foi complementar para história central saber como se deu esse
encontro.
A exótica dama oriental e o
inesperado Luar é o último conto que conta com um crossover com o personagem
Luar, da série de livros do autor Kizzy Ysatis. Nos começo do século XX estes
imortais se esbarram pela noite de São Paulo e tentam se conhecer e ao mesmo
tempo se destruir.
A narrativa de Moon é bastante
fluida ao mesmo tempo que é detalha mas sem exageros, assim você consegue
imaginar a cena com detalhes suficientes ao mesmo tempo em que a ação acontece.
Seus personagens são bastante interessantes, e despertam a vontade de histórias
mais longas com eles.
Flores Mortais consegue através
de seus contos captar e apresentar os melhores aspectos do universo vampiresco
sem soar repetitivo ou monótono. É sangrento, é poético, é belo, e nos faz
caminhar com estas imortais ao longo da noite sem medo do que esta por vir!
Avaliação
Oi Bruna!
ResponderExcluirTenho muita curiosidade em ler as obras desta autora, me interessei muito por esta. Adoro contos e estes parecem muito cativantes. Ótima resenha. :)
beijos ♥
nuclear--story.blogspot.com
Nem me fale de meta, pq ano passado eu cai muito em relação ao ano retrasado :/ li metade. Mas enfim esse ano vai ser diferente... hehehehe
ResponderExcluirMas adoro esses lindos seres sobrenaturais, adoro livros e filmes sobre vampiros, lobisomens enfim todo tipo de ser diferente já me deixa interessado, eu não sou acostumado a ler contos, mas gostaria muito de ler esses *-*
Olá!
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar da Guilia Moon quando li uma resenha sobre o segundo romance com a Kaori, e mesmo com algumas falhas, ela consegue ser mais sensual e sem forçar a barra como em outros romances com vampiros.
O que gostei é que cada conto coloca essas vampiras em um cenário totalmente diferente, o que dá uma forte sacudida nessas tramas.
Com certeza, quem que contos vampirescos fora do comum, mas sem perder a sua essência vai gostar desse livro.
Um abraço!
@letiolive (Meu username no Twitter e Instagram.)