A primeira
coisa que me chamou bastante atenção neste volume foi o visual do mesmo, que
apesar de parecer simples é bem trabalhado e muito bonito, e depois que fiquei sabendo
sobre o conteúdo do livro, percebemos que, além de tudo, tem muito a ver com a
história. Eu sempre gostei de releituras, então, quando vi que esta obra era
uma releitura do Batman, e ainda escrito por um brasileiro, fiquei morrendo de
vontade de começar a história. Agora venho dizer os motivos de ter gostado do
que li.
Em “Na teia
do morcego” vemos que Abigail Chaud, uma mulher que ficava bisbilhotando a vida
dos outros com sua luneta, e que supostamente tinha se jogado da escada do seu
prédio, na verdade foi assassinada. Isso porque encontraram marcas violentas de
resistência em seu corpo. Quem seria o assassino? Várias pessoas de seu prédio
não gostavam dela, tendo diversos motivos para acabar com a vida desta moça.
Em
contrapartida conhecemos também um morador de São Paulo (este livro se passa na
nossa grande metrópole) que resolve fazer justiça com as próprias mãos. Ele é
conhecido como Batman, o cidadão tristeza, mas por estar atormentado e vivendo
uma grande crise existencial, suas atitudes são um pouco radicais. Perseguindo
bandidos, estupradores, entre outros, causa diversos incidentes, e coloca a
cidade em caos, como em um dado momento em que ele causa um apagão em São
Paulo, deixando todos sem luz, metrô, etc. Por conta de tudo isso, a cidade
começa a ficar revoltada, querendo que esta figura seja banida das ruas.
Um livro
cheio de acontecimentos, que consegue prender a gente do início ao fim com uma narrativa
rápida, gostosa e fluida, que combina vários elementos criativos e dinâmicos,
além de trazer muitos mistérios, como: “quem será o assassino de Abigail?”,
entre outros, não deixando a trama ficar parada nem por um segundo.
Todo o
projeto gráfico desta edição é simplesmente divino. A Editora Gaivota sempre faz
obras excepcionais e desta vez não foi diferente. Na capa e contracapa, letras
formam os prédios da metrópole, com destaque em cor diferente apenas para o
título e o nome do autor. A folha de guarda e diversas outras páginas
apresentam ilustrações neste mesmo estilo, usando caracteres do teclado, mas
com cores diferentes, tanto as letras quanto os fundos. Diversas outras páginas
são coloridas, as fontes são variadas, os tamanhos também, e ainda há muitos
outros detalhes gráficos enfeitando o exemplar inteiro. Está realmente muito
lindo e tirei algumas fotografias para vocês conferirem e entender um pouco do
que estou falando, mas ao vivo tudo é ainda mais bacana.
A narrativa
conta, ainda, com diversos meios de comunicação, fazendo com que o narrador
seja igualmente suspeito, pois se esconde em meios a cartas, diários,
telegramas, rádio, notícias de jornal, etc. Fazendo com que o leitor entre
nessa “teia do morcego”, cheia de comunicação e diálogos, para desvendar os mistérios
e vivenciar uma história muito bem escrita, inovadora e bastante dinâmica.
Recomendo
este livro para todas as pessoas que gostem de uma trama bem diferente, que
consegue prender a gente com personagens incríveis, muito bem descritos, um pano
de fundo encantador e muito suspense. Além disso, conta com uma narrativa
diferenciada, que utiliza diversos meios para apresentar a história ao leitor,
sendo uma leitura inovadora e bastante gostosa. E ainda se passa em São Paulo,
então existe uma grande chance de você se identificar com algumas coisas, conhecer
algumas das ruas, ou até mesmo já ter escutado falar. Acho bem legal quando uma
história se passa em um ambiente que é mais conhecido para a gente, tornando as
coisas ainda mais interessantes.
Avaliação
Realmente o que me chamou a atenção de cara foi a capa do livro..rsrs
ResponderExcluirEu tbm gosto muito de releituras e sempre que tem uma eu fico empolgado e doido pra ler, então nem preciso dizer que esse livro já entrou nos meus desejados ne..rsrs
E pelo que vi o livro tem os elementos que gosto um suspense :)
Esqueci
Excluirdouglas_bouvier@yahoo.com.br
Olá!
ResponderExcluirQuando li resenha e li sobre a morte da Abigail, logo me lembrei da série Birds of Prey, que contava a história da Canário Negro, e da Batgirl, que após ser atacada de um modo parecido com o do livro, sendo até dada como morta, fica tetraplégica e passa a se chamar de Oráculo. E achei essa morte do livro tão parecida que acho que a Abigail é uma referência à Batgirl, mesmo não sendo uma leitora de quadrinhos de super heróis.
O livro, por sua vez, parece também ser uma obra visual, já que as ilustrações com teclas de computador e o uso de várias mídias na narração torna o texto mais diferente e envolvente.
E não tem como comparar esse Batman ao Hancock do filme com Will Smith, mesmo que o herói do livro age assim com raiva do crime e da imunidade, que infelizmente é muito real não só em São Paulo.
Um abraço!
@letiolive (Meu username no Twitter e Instagram)
Interessantíssimo! Adorei o visual gráfico ;)
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