As Confissões das Irmãs Sullivan - Natalie Standiford

Desde que eu havia visto a capa deste livro em inglês há alguns anos, fiquei louca para ter este título em mãos. Assim que vi que a Galera Record iria lançar este volume, fui correndo solicitá-lo para resenha a fim de saber mais sobre este história que, pela sinopse, já havia me conquistado. Agora, venho contar para vocês as minhas opiniões a respeito deste título, que é um lançamento aqui no Brasil.
Logo no início da história, somos apresentados ao natal da família Sullivan, que sempre passam a ceia na casa da Poderosa, avó das irmãs Sullivan. Naquela dia, tudo estava parecendo normal, até que a Poderosa chama a família para uma conversa, e avisa que está morrendo e, para piorar a situação, que tinha tirado toda a família do testamento. Como ela é a fonte de toda a renda, os Sullivan iriam ficar na pobreza. Ela tomou esta decisão porque se sentiu ofendida por alguém da família, e a única forma de ela pensar em por todos no testamento mais uma vez seria se a pessoa que a ofendeu fizesse uma carta pedindo desculpas e confessando seu crime.
Depois de pensarem, os Sullivan chegaram um acordo de que quem deveria ter ofendido a Poderosa foi uma das meninas, mandando, assim, as três irmãs escreverem uma carta confessando a suas atitudes, fazendo, então, com que cada uma delas relate o que acha que fez de errado, para obterem o perdão da avó e a família não perder todo o dinheiro para a instituição que ela escolheu, a Poncho Caninos, que doava ponchos para os cachorros das pessoas que eram pobres demais para comprarem capa de chuva para seus animaizinhos.
Então, começamos a acompanhar a confissão de cada irmã, começando por Norrie, a filha mais velha, que acabou se apaixonando por um cara mais velho, e, por isso, seus relatos são em relação ao seu novo amor, onde ela tomou novas decisões por conta dele. Na segunda parte, vemos a história da irmã Jane. Ela é um pouco doidinha, e, portanto, se mete em várias confusões, então a sua parte é a mais divertida do livro, pois, junto com elas, damos boas risadas. A terceira parte da história é narrada por Sassy, a irmã mais nova, de apenas quinze anos, e a mais dramática. Ela tem umas ideias um pouco estranhas, por isso, a parte dela, apesar de ser interessante, é um pouco sem nexo.
As três irmãs são bem diferentes, e todas as três foram muito bem construídas, cada uma com suas características e peculiaridades que fizeram da leitura uma ótima pedida. Gostei bastante de como a autora conseguiu entrelaçar todas as histórias, de uma maneira que uma puxasse para outra, fazendo com que narrativa ficasse ainda mais gostosa e interessante.
Confesso que eu gosto muito mais da capa original, porém a capa desta edição nacional é bonitinha também, só não me deixa louca para lê-la só de olhá-la. A diagramação também está bem legal, cheia de detalhes gráficos, como envelopinhos no começo de cada capítulo. A fonte e o espaçamento, juntamente com as páginas amarelas, deixam nossa leitura muito mais confortável.
Gostei bastante deste livro, pois a sua narrativa foi leve e bem fluida, trazendo uma leitura rápida, que nos prende do começo ao fim com as histórias das irmãs. Gostei bastante deste suspense, para saber o que poderia ter feito a Poderosa tirar toda a família do testamento e, apesar de esperar um pouco mais para o final, esta obra me agradou bastante.
Recomendo este título para todo mundo que goste de uma boa história, que é bem leve, fluida, e que trás uma trama bem gostosa. Esta é uma leitura muito boa, que vai te fazer rir em vários momentos e refletir em outros. Os personagens também são muito bem construídos e, por isso, se você é assim como eu e gosta deste tipo de obra, deve ir correndo garantir o seu exemplar e começar a ler esta história.
Avaliação


Lançamentos – Editoras Gente e Única


Oii, gente! Hoje vamos falar dos últimos lançamentos da Editora Gente e do seu selo de ficção, Editora Única! Gostei de todos eles, mas confesso que meus preferidos são os dois da Única. E vocês, de quais mais gostaram? :D
Os Filhos de Odin - Padraic Colum (Skoob)
Leitura obrigatória para os fãs dos quadrinhos e filmes da Marvel!
Antes de o tempo como nós o conhecemos começar, deuses e deusas viveram na cidade de Asgard, que significa Local dos Deuses. Uma era de mágica, quando seres míticos podiam usar seus poderes e definir os caminhos do futuro, e proteger o mundo.
Entre as cruzadas de Odin para encontrar a sabedoria necessária para salvar o mundo, os feitos incríveis de Thor e seu martelo e as travessuras de Loki, o agente do bem e do mal, Padraic Colum reconta as sagas nórdicas revelando o tempo em que a magia, os poderes e as maravilhas fantásticas corriam pelo universo.
Em Os filhos de Odin, descubra a origem das histórias de Odin, Thor e Loki, onde Asgard foi construída e o que estava escondido durante o Ragnarök, o Crepúsculo dos Deuses. As histórias que encantam a todos nós nos cinemas possuem um enredo ainda mais fascinante do que você imagina!
Leia as maiores aventuras dos deuses nórdicos!
A origem daqueles que ainda hoje nos surpreendem com sua força e seu poder!
Melhor que Chocolate – Amor e Chocolate #01 – Laura Florand (Skoob)
Se existe um top 3 categoria “melhores coisas do mundo”, ele está neste livro: Amor. Chocolate. Paris.
Que atire a primeira pedra quem não gostaria de ter essas três coisas misturadas em meio a uma aventura inesquecível. Pois é mais fácil do que parece, basta abrir este delicioso (sem exageros) romance de Laura Florand.
Cade Corey é uma jovem executiva que cuida do negócio bilionário de chocolate da família, uma empresa popular nos Estados Unidos. Ela sonha em construir uma linha premium de seus produtos, e, como boa conhecedora do seu negócio, sabe que encontrará o chocolate perfeito em Paris. Na verdade, o chocolate perfeito está, mais especificamente, nas mãos igualmente perfeitas de Sylvain Marquis, o melhor chocolatier da cidade.
O problema é que Sylvain se recusa a associar sua arte a uma grande empresa que só pensa em destruir sua técnica para reproduzi-la em grande escala. Isso para ele é um insulto, e não uma proposta! Contudo, embora o francês jure que está em paz para tocar a vida, aquela americana teimosa não lhe sai da cabeça. E Cade sente o mesmo: adoraria simplesmente fechar negócio com outro especialista parisiense, entretanto, não consegue esquecer os olhos cortantes de Sylvain e sua personalidade arrogante, porém tão viciante quanto seus doces.
Paris está prestes a ficar pequena para o que existe entre eles. Pegue uma boa xícara de café e saboreie tudo aquilo que é melhor que chocolate. Você não vai se arrepender!
Se Joga! - Nancy Levin (Skoob)
Encontre a coragem que nem sabia que possuía
Você não está feliz com os rumos que sua vida tem tomado e está deixando seus sonhos de lado. Sente-se num beco sem saída. E está errado! Existe uma nova rota. Só precisa fazer uma escolha – e esta é a coisa mais difícil pela qual já teve de passar. Falta coragem? Então este livro vai ajudá-lo.
Nancy Levin teve de suportar uma grande dor, e sobreviveu! Sua superação aconteceu por meio do método que agora ela compartilha com você. São dez passos para se jogar em direção ao que sempre desejou, e finalmente realizar o que seu coração tanto lhe pede.
Essa é uma jornada de aceitação e verdade para que você consiga visualizar-se livre. Ao fazer sua escolha, terá clareza sobre seus limites, as pessoas certas ao seu lado e autodomínio para ir aonde quiser. Quando estiver pronto, saltará. E não estará sozinho! Este livro o acompanhará para que consiga lidar com as consequências da mudança e tenha uma transição suave. Por fim, o grande trunfo: dizer sim. Para você. Para sua vida. Para seus sonhos.
Se joga! Esta ordem exige muita coragem e determinação. Eu sei que você tem medo. E prometo guiá-lo do começo ao fim com ferramentas práticas e resoluções íntimas que vão curar o seu interior.
O Queridinho do Chefe - F. William Smullen (Skoob)
Qual a melhor estratégia para ser bem-sucedido no trabalho? Ganhar o chefe, oras!
 Quantas vezes você se viu empacado esperando pela resposta do seu chefe? Ou estagnado porque parece que ele nunca lhe ouve? Como mudar isso? Encontrar outro emprego? Desistir? Ou aprender a transformar até mesmo a chefia mais difícil num grande aliado e facilitador do seu crescimento profissional?
Fala-se muito mal de pessoas que conseguem ser “queridinhas” do chefe, mas o que esses profissionais têm pode levá-los muito mais longe: inteligência emocional, senso de cooperação e os ouvidos abertos de quem importa para suas ideias.
William Smullen percorreu todos os níveis hierárquicos militares e seu último cargo público foi como chefe de gabinete do então Secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin L. Powell. Dentre suas responsabilidades ele tinha de assegurar a imagem positiva e o sucesso de todas as empreitadas de Powell. Uma missão que trouxe grandes frutos para Smullen, alavancando sua carreira e tornando-o um dos maiores palestrantes e referência em comunicação empresarial, reconhecido internacionalmente.
Neste livro, ele revela o segredo que aqueles que alcançam grandes cargos rapidamente se recusam a contar: como desenvolver um relacionamento com a chefia de modo que acelere seu crescimento, e o de seu chefe também!
Smullen mostra como você pode ir cada vez mais longe trabalhando em parceria com seu chefe! Você ainda tem vergonha de ser o queridinho do chefe?


In Our Living Room- Krishna Monteiro





Na Coluna In Our Living Room de hoje conhecemos um pouco mais sobre o autor Krishna Monteiro, autor do livro O que Não Existe Mais, publicado pela editora Tordesilhas.

Sobre a Autor: Krishna Monteiro nasceu em 1973, em Santo Antonio da Platina, no Paraná, e esteve rodeado de livros desde pequeno. Depois de graduar-se em economia e obter um mestrado em ciências políticas, optou por entrar na carreira diplomática, em 2008. Foi editor de textos literários da revista Juca – diplomacia e humanidades, publicada anualmente pelo Itamaraty, e cocriador do blog Jovens Diplomatas. Em 2010, tornou-se vice-chefe de missão da embaixada brasileira no Sudão. Morando pela primeira vez em terras estrangeiras, foi tomado por lembranças de outras paisagens e cenas de infância escondidas na memória, e começou a escrever contos, em parte inspirados em sua própria história, em parte inventados, que resultaram no livro O que não existe mais. Atualmente, é Cônsul Adjunto do Brasil em Londres.O que não existe mais é sua estreia como escritor.

Canais para se comunicar com o autor e saber mais sobre seus livro:  Facebook .


A cada dia consigo atribuir significados diferentes aos livros, e como eles surgiram e se mantiveram na minha vida, mas é certo que o modo como temos nossos primeiros contatos definem o quanto fácil será nossa aceitação deles em nossas vidas. Como foi seu primeiro contato com os livros, e você consegue se lembrar do primeiro livro que leu?

Tive a sorte de ter pais que valorizavam a leitura. O primeiro contato com os livros ocorreu de forma natural, ao ver meu pai e minha mãe lendo, em casa. Minha mãe era professora. Desde cedo, teve a sensibilidade de sugerir livros adequados ao mundo de uma criança. Lembro que li muitos livros infantojuvenis, mas os primeiros títulos que me marcaram foram os de Monteiro Lobato e Júlio Verne. Gostava também do universo das antigas enciclopédias de antigamente, em encadernações pesadas, com vários volumes.  
A transição para outro tipo de leitura aconteceu por volta dos 14 anos, quando comecei a ler os livros de Herman Hesse. Um deles me marcou muito: Demian – história da juventude de Emil Sinclair.

Refletindo acerca de tudo que você já leu, e o que marcou sua história como leitor, quais são seus autores favoritos? Quais as obras que ainda lhe trazem boas recordações e você colocaria na lista de não morrer sem de ler?

Difícil responder, há tantas coisas. Mas se fosse fazer uma lista de livros prediletos, eu citaria Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar; Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa; Guerra e Paz, de Tolstoi; O Exército de Cavalaria, de Isaac Bábel; Rumo ao Farol, de Virginia Woolf; O Quarteto de Alexandria, de Lawrence Durrell; As Ilusões Perdidas, de Balzac; Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez; Conversa na Catedral, de Mário Vargas Llosa.

De leitor ávido a escritor existe um caminho, embora eu particularmente acredite que quem lê muito acaba querendo também colocar para fora o que te transforma, nem sempre é tão fácil escrever aquilo que desejamos, como você deixou de ser apenas leitor para se tornar escritor?

Sempre quis escrever. Mas, durante muito tempo, senti que ainda não tinha vivido ou amadurecido o suficiente para isso. Não que necessariamente os tenha agora (risos).
Guardei muitos escritos na gaveta, li livros de criação literária, rascunhei uma coisa aqui, outra ali, joguei fora muitos escritos. Com o tempo, naturalmente, fui encontrando alguns temas, situações, personagens, transpondo-os para o papel, vendo como falavam. Acho que se trata de um processo de aprendizado e prática: encontrar uma voz que você mesmo ache interessante, como leitor.

Qual é o papel do livro para você? Um item de entretenimento, um convite à reflexão e à crítica, ou apenas uma manifestação da sublimação do autor?

As três coisas, em minha opinião. Se pensarmos em um livro como Cem Anos de Solidão, veremos que ele é uma grande peça de entretenimento (a ponto de ter se tornado um best seller), um convite à reflexão sobre a história e dilemas da América Latina e, também, a manifestação de questões íntimas e pessoais de García Márquez. Penso que o “grande livro”, aquele que chamamos de “clássico”, consegue reunir de forma orgânica esses três elementos. 

O Mercado editorial brasileiro é tido como difícil e preconceituoso com os escritores brasileiros. Poucos são os escritores que conseguem publicar seus livros, e ainda contam com divulgação das editoras. Como foi o processo de publicação do seu livro?

Como vivo fora do Brasil há alguns anos, não tenho muitas condições de fazer uma análise responsável sobre o mercado editorial. Mas, vendo-o de longe, como um observador curioso, percebo que há muitas editoras independentes surgindo e que o espaço para autores nacionais tem aumentado, inclusive com muitas feiras e eventos literários. Acho que isso é até mesmo um reflexo da maior projeção literária do Brasil no exterior, que vem ocorrendo nos últimos tempos.
Durante a escrita dos contos que compõem meu livro, eu os enviei para uma leitora crítica (profissional que lê seus textos e emite um parecer sobre questões como enredo, personagens, linguagem, vocabulário etc). Essa leitora sugeriu que eu tentasse publicá-los e ofereceu-se muito gentilmente para intermediar o processo junto a uma editora.
Acho que o melhor caminho para quem deseja publicar um livro não é mandá-lo diretamente a uma editora, mas sim submetê-lo à análise de um leitor crítico ou de um professor de criação literária. Essas pessoas poderão dar orientações muito úteis sobre o mercado editorial. Também existe a possibilidade de mandar o manuscrito para a análise de um agente literário.

Pensando na narrativa encontrada no seu livro, O que não existe mais, nos deparamos com um estilo de escrita que eu defini como surrealista, onde as ideias se encadeiam como em um sonho com lógica de detalhes próprios. Essa característica é algo que busca ou que apareceu de maneira natural quando começou a escrever?

Sempre penso no aprendizado da escrita como um processo de incorporação de influências. Algo semelhante ao que fazem aqueles aprendizes que, nos museus, sentam-se diante dos quadros de seus grandes mestres e tentam copiá-los. A cópia sempre sairá imperfeita e nunca chegará aos pés do original. Mas, executando-a, aquele que aprende a pintar adquire noções de cor, perspectiva, composição. Aos poucos encontrará seu próprio estilo.
Acho que, ao aprender a escrever, buscamos naturalmente como modelo autores que admiramos como leitores. Com o tempo, incorporamos seus ensinamentos. Os escritores de que mais gosto tem uma prosa bastante metafórica, carregada de símbolos, com uma grande carga onírica. 

De maneira geral escrever não é um processo fácil, além de vocabulário, regras gramaticais, devemos ser criativos e trazer um diferencial do que já existe no mercado. Esse processo é difícil em um livro com muitas páginas, mas em um conto é mais ainda visto que são poucas as páginas para comunicar o que um livro todo trabalha. Como é o processo da escrita de um conto? Porque escolheu escrever contos e não um livro de uma única história?

Em minha opinião – e muitas pessoas podem discordar dela – o conto é um gênero mais fácil de praticar para quem está aprendendo o ofício da escrita. O número de variáveis é menor, as dimensões do tempo e espaço não se estendem tanto. Acho que foi por isso que escolhi escrever contos, de início.
Meu processo de escrita sempre surge com a ideia do personagem central do conto e uma situação dramática em que ele está envolvido. Pode ser, por exemplo, um galo de briga recordando sua vida (tema do conto “Quando dormires, cantarei”), ou um personagem real, como o escritor Guimarães Rosa prestes a assinar um pacto com o diabo numa encruzilhada de Minas (“As encruzilhadas do doutor Rosa”, segundo conto do livro).
De posse de um personagem e de uma situação dramática, a escrita flui naturalmente, como se o personagem falasse por meio da voz de quem escreve e soubesse a hora certa de contar e calar.

Com muitas camadas de significado seus contos possibilitam algumas interpretações, assim como trabalham com assuntos densos. Parece uma viagem ao inconsciente e suas inúmeras facetas. Qual é sua fonte de inspiração? Existe algum tipo de teoria ou autor que ajuda neste processo?

Sempre gostei muito de escritores e pintores que lidam com símbolos, camadas e mais camadas de significados. Acho que, com o tempo, fui incorporando intuitivamente essas questões e temas, mas não saberia sintetizá-los numa teoria específica. 

O tema de seu livro é a ausência/ falta, o que te motivou a escolher trabalhar com um objeto tão profundo e que ainda é tão desconhecido embora presente da vida do ser humano? Como é dar forma a algo que nos marca de forma tão profunda e ao mesmo tempo tão silenciosa?

Aquilo que você, na pergunta número 4, chamou de “manifestação da sublimação do autor”: recordações e questões presentes em mim, que, de certa forma, me incomodavam, tinham de ir para o papel para serem solucionadas. Nesse sentido, acredito que, ao escrever, não escolhemos nossos temas, somos escolhidos por eles. Penso que cada um de nós tem uma trajetória de vida distinta – feita de traumas, momentos felizes – que marcam e fazem de você aquilo que é e surgirão naturalmente no que for escrito. A “ideia” de um personagem ou de uma situação dramática, assim, talvez seja apenas a manifestação de algo inconsciente, que deseja falar, viver.    


 Em nome do House of Chick, agradeço sua entrevista.



A Vingança dos Sete – Os Legados de Lorien #05 – Pittacus Lore

Quando eu terminei o livro anterior desta série, “A Queda dos Cinco”, fiquei muito inquieta, pois ele acaba de um jeito que precisamos saber o que vai acontecer no próximo, até porque o futuro de alguns personagens fica incerto. Confesso que até procurei por spoiler para saber se um personagem que eu tanto gosto estava vivo.  Claro que não recomendo isso para ninguém, pois em minha busca acabei descobrindo mais coisas do que deveria, mas até que não atrapalhou a minha leitura.

Quem quiser conferir as resenhas dos volumes antecedentes, basta clicar nos títulos (na ordem): Eu sou o Número Quatro, O Poder dos Seis, A Ascensão dos Nove, A Queda dos Cinco.
Quando tive a oportunidade de ter este quinto volume da série em mãos, comecei a ler feito louca, e devorei cada página como se fosse a última. Este é daquele tipo de obra que vicia, e por este motivo, até declaro que ele desperta em mim alguns efeitos colaterais como apreensão, ansiedade, felicidade, falta de sono e de apetite (já que não consigo nem parar direito para fazer essas coisas), entre outras sensações diversas.
Vou tentar fazer uma resenha livre de spoilers, porém, como este já é um volume avançado, eu posso acabar falando sobre o anterior para ter como explicar alguma coisa, então caso você ainda não tenha lido nenhum, e não queira saber nada, pode parar por aqui e ir correndo comprar este exemplar, ou pode pular os próximos dois parágrafos, que é quando eu faço uma retomada dos acontecimentos, e ler os demais, que só comento sobre o que achei da leitura, sem qualquer informação reveladora.
Vemos que após a grande armadilha que o traidor da Garde fez nossos protagonistas passarem, eles agora estão separados e perderam um importante membro. Mas também encontraram um novo aliado, não muito esperado, que vai acabar se mostrando mais do que útil em diversas situações. Foi muito triste como acabou o quarto livro, e senti muita falta deste membro aqui.
Mesmo após essa inesperada traição, que gerou batalhas, nossos guerreiros continuaram firmes e fortes, e estão prontos para a próxima, organizando, assim, sua vingança contra os mogadorianos. E, com a ajuda do novo integrante, eles planejam grandes passos que vão caminhando para o começo do fim.
As cenas deste exemplar foram eletrizantes, e em vários momentos tivemos muita ação e aventuras, que não deixaram a trama ficar parada nem por um minuto. Os personagens como sempre foram incríveis e, com isso, facilmente nos apaixonamos por eles.  Muitas descobertas foram feitas e alguns tópicos começaram a se revelar, fazendo com que a história fique ainda mais gostosa.
A narrativa, além de rápida e fluida, é como nos outros livros, alternando o ponto de vista de alguns protagonistas, nos trazendo, assim, vários narradores e diferentes perspectivas, o que eu particularmente gosto bastante, já que, deste jeito, consigo entender a história de maneira geral e mais ampla, sabendo o que nossos personagens principais sentem, passam, pensam, etc.
A capa é belíssima e segue um padrão com os demais volumes, fazendo com que saibamos que elas são todas pertencentes a uma mesma série. A diagramação interna também segue o mesmo estilo dos quatro primeiros, com fonte e espaçamento iguais e em tamanhos muito bons para leituras confortáveis. E as páginas são amarelas.
Recomendo esta série para todo mundo que, da mesma forma que eu, ama uma boa história, cheia de reviravoltas e cenas eletrizantes, que prendem a gente do início ao fim com uma narrativa rápida, gostosa, fluida e bem emocionante.
Se você ainda não leu nenhum título desta série, vá correndo comprar “Eu sou o número Quatro”, pois realmente vai valer a pena. Eu, agora, estou aguardando ansiosamente o lançamento da continuação, “The Fate of Ten", pois preciso saber mais sobre esta história, e como ainda não foi publicado nem lá fora (previsão para agosto deste ano lá, e aqui no Brasil deve chegar em novembro), tenho que ficar aqui roendo minhas unhas e contando as horas para o lançamento.
Avaliação



Proibido – Tabitha Suzuma

O amor é um sentimento tão bonito e intenso, que todos deveriam vivê-lo, mesmo que seja só por um momento. Só que é ainda melhor quando podemos senti-lo plenamente e receber o mesmo em troca. Quem somos, eu ou você, para julgar o que uma pessoa sente pela outra, seja ela quem for? Cada um deveria saber de si e de seus sentimentos e respeitar o próximo. Mas sabemos que não é assim que a vida é, as pessoas julgam e fazem sofrer quem menos merece. E isso é extremamente triste e doloroso. É sobre um destes amores “impossíveis” que este livro fala. Porém, se você tiver uma mente aberta, aventure-se nas páginas deste incrível romance e conheça a vida dos protagonistas Lochan e Maya.
Ele, com dezessete para dezoito anos e prestes a se formar no ensino médio e ir para a faculdade, tem pânico de conversar, se relacionar com estranhos e falar em público, e é um excelente aluno, porém tímido. Já em casa é outro, fala, brinca, e é muito apaixonado pelos irmãos mais novos e lutou muito para não demonstrar os sentimentos que nutria pela irmã, pois tinha medo de expor o que sentia, já que não achava certo.
Ela, com dezesseis, quase dezessete anos, é mais extrovertida, sensata, doce e amorosa, e carrega consigo uma grande carga de sofrimento e pobreza. Sempre dizia que Lochan era sua alma gêmea, e foi mais ousada, mesmo ainda bastante cautelosa.
Ambos são jovens, bonitos e muito batalhadores, fazendo todo o serviço da casa, como se fossem os pais dos mais novos, e perderam sua juventude cuidando dos três irmãos, ajudando-os, criandos-os, e não tinham tempo para nada pessoal. Mas o amor solta borbulhas, que são reações inexplicáveis e vão mexer com a cabeça destes jovens como jamais antes.
Então, chegou uma hora que aconteceu algo a mais entre os dois. E tudo se desenvolveu de forma muito suave, com um relacionamento bem inocente, principalmente porque ambos tinham medo de se envolverem fisicamente, e, mesmo quando as coisas ficavam mais quentes, era tudo movido pelo amor, não pela carne.
O amor nos leva a caminhos particularmente maravilhosos, ainda mais quando é correspondido. Tudo vira e se torna mais forte até mesmo na hora das loucuras. O que eles não fizeram por amor?
Sei que muitas pessoas, ao se depararem com o tema do livro, vão, ao primeiro impacto, ficar chocadas. Acredito que a sociedade nos conduziu a isso, assim como a nossa crença por valores que cultivamos em uma vida inteira. No entanto, acho que todos deveriam ler e tentar compreender as razões das escolhas do próprio coração. Não vou julgar o que é certo ou normal, mas também não acho que isto precisa ser visto como errado ou anormal, e as escolhas cabem a cada ser humano e como cada um enfrentará suas próprias escolhas.
Achei incrível como este livro foi narrado, de forma bem terna e romântica pelos personagens principais em primeira pessoa, através de capítulos intercalados, ora por Maya, ora por Lochan, o que nos faz conhecê-los muito melhor e cria uma forte conexão entre protagonistas ficcionais e leitor. Inclusive, não fiquei nem um pouco chocada com nada que aconteceu entre eles, visto que eles são jovens maravilhosos e também têm o direito de amar, não importa quem. Talvez se eu fosse psicóloga e levasse pelo lado médico, veria o relacionamento deles de forma diferente, mas não sou e vi como algo sentimental.
O amor que estes jovens também nutrem pelos irmãos mais novos é incrível e, juntos, sempre fazem o que podem para manter todos unidos, visto que seu pai primeiro os abandonou sozinhos com a mãe. Depois, a mãe, querendo ser “garotona”, não dava a mínima para os filhos, só lhes dava pouquíssimo dinheiro e, muito raramente, ia a casa. Ela ainda se envolveu com um rapaz mais novo e só tinha olhos para ele, aí virou alcóolatra e foi viver sua vida com o namorado, do jeito que mais lhe convinha, independente e sem as crianças.
O único ponto nas atitudes de Maya e Lochan que eu realmente não gostei foi nas partes em que eles protegeram a mãe e suas atitudes ridículas e deploráveis, mas aceitei suas decisões porque eles tinham medo de que os menores fossem mandados para a adoção.
Mas, o que mais me deixou triste foi o desfecho desta história, quando ocorre uma tragédia, como era de se esperar, porque estas coisas, como disse anteriormente, são condenadas por grande parte da sociedade. Então esta foi a forma que a autora encontrou para finalizar o livro, terrível e dolorosamente real, mostrando como a cabeça do ser humano se transforma por medo das consequências lamentáveis da própria situação. O que não precisava ser assim, nem em um livro, muito menos na vida real, e é isto que me deixa mais arrasada.
Já li outra obra que abordou este mesmo assunto, só que com uma visão espiritualista, que também foi resenhado aqui no blog, “Desejo”, de Mônica de Castro (romance mediúnico), e vocês podem conferir o que achei clicando no título.
A Editora Valentina mais uma vez trouxe um exemplar impecável para os leitores nacionais. Eu gosto muito desta capa produzida aqui no Brasil, que é linda e, inclusive, a edição mais bonita deste livro se compararmos com as já publicadas nos outros países. Ela transmite toda a sensibilidade da história, o amor, e a dificuldade do casal.
A diagramação está linda, com detalhes gráficos em quase todas as páginas. As da esquerda apresentam arames farpados no topo da folha, e no início de cada capítulo há um coração duplo feito de arame farpado com o número do capítulo no meio – sendo no coração de cima quando narrados por Lochan e no de baixo quando narrados por Maya –, que remetem à capa original. A fonte e o espaçamento estão em tamanhos confortáveis e as folhas são amarelas, facilitando a leitura.
Acho que você deveria ler “Proibido”, pois não vai se chocar e, sim, ficar comovido por algumas situações que fazem com que acabemos por chorar, as vezes sem nem perceber, só sentimos as lágrimas rolando. E vai amar os protagonistas e sentir o orgulho por tudo que fizeram e como viveram. Uma leitura intensa, comovente e sensível que vale todas as páginas de leitura.
Avaliação



True – True Believers #01 - Erin McCarthy

Rory Macintosh tem vinte e um anos, é estudiosa, sendo sempre uma das melhores alunas, e está a caminho de se formar com honras na faculdade, mas não tem muitas habilidades quando o assunto são conversas casuais ou paqueras. Ela divide o quarto com duas garotas que são o seu oposto total: experientes, lindas e superestrelas sociais, que acabaram tornando-se suas grandes amigas.
Até que, depois de uma experiência terrível e bem humilhante, que quase foi ainda pior, ela confessa para suas melhores amigas e colegas de quarto que ainda é virgem. As duas, então, resolvem criar um plano para aumentar sua autoconfiança e assim fazer com que as outras pessoas percebam como ela é inteligente e legal. Para isso, resolvem contar com a ajuda do bad boy Tyler Mann. Mas ele vê algo a mais nesta garota, alguma coisa que o intriga a ponto de querer aproximar-se dela, para conhecê-la de verdade, mesmo sabendo que esta provavelmente é uma ideia errada.
Então, antes que Rory e Tyler pudessem se afastar, começam a gostar muito um do outro e percebem que já estão bastante envolvidos. Porém, ele tem uma família desestruturada, que, com um passo em falso poderia destruir todo o seu futuro – e o de Rory também. Será que o amor falará mais alto e eles estarão dispostos a enfrentar tudo o que estiver em seus caminhos, mesmo que esta não seja a mais sábia das decisões? E como isso vai afetar a vida de cada um deles e os que estão ao redor?
Estou apaixonada por este livro! É tão fofo, envolvente, leve, divertido e emocionante ao mesmo tempo! Ele já entrou para minha lista de preferidos e um dos melhores do gênero new adult que li até hoje.
Gostei muito dos dois personagens principais, o que muitas vezes não acontece, então muitos pontos positivos. Rory é uma garota nerd, lógica, não gosta/tem dificuldade de aprendizado com a literatura, e uma grande facilidade com matérias exatas, estuda para se formar em medicina e trabalhar sendo médica legista, e não tem muitas habilidades sociais, o que dificultou seu relacionamento com os garotos desde sempre. Gostei bastante da Rory e alguns de seus pensamentos se assemelham a coisas que eu faria/como pensaria, então me identifiquei com ela em certos momentos, mesmo que eu e ela sejamos bem diferentes de forma geral.
Tyler é aquele cara que tem uma típica aparência de bad boy, tatuado e forte, que fica com várias mulheres, mas que no fundo é uma pessoa doce, amorosa, que adora ler (mais pontos positivos!), é tudo de bom, e é exatamente o meu tipo de homem. Sério, estou apaixonada e quero um Tyler da vida real para mim, mesmo que isso significasse todo o resto da bagagem emocional e familiar que ele carrega consigo. Falando em família, amei a forma como ele interage com seus irmãos mais novos, com tanto carinho e amor, e até como age com sua mãe drogada.
Aconselho que não leiam a sinopse oficial deste livro, porque considero que uma das informações é um tipo de spoiler, visto que o comentado ali só vai se revelar quase na página cem. Não é que vai estragar a leitura se você souber disto antes, mas acredito que seja mais interessante descobrir junto com a protagonista.
O que achei interessante é que Rory não é virgem porque é super estudiosa e não faz mais nada da vida, o que acontece é que ela não teve um relacionamento amoroso significante antes, que a fizesse ter vontade de fazer alguma coisa além dos beijos. Acho isto legal porque realmente acontece com as pessoas da vida real, talvez por serem tímidas, não se sentirem preparadas, etc., mesmo com mais de vinte anos de idade. É algo bem normal, por mais que a maioria dos livros taxe isso de absurdo.
Curti bastante o desenvolvimento amoroso do casal, já que eles não apenas se olham e já se amam. Há um interesse de ambos, um pelo outro, mas que, inicialmente, não passa disso. Rory acredita que ele não se envolveria com alguém sem graça como ela, e ela também se sente atraída por outro tipo de homem. Enquanto Tyler a acha brilhante e sente uma admiração por ela, só que se acha pouco para a garota, como se não chegasse aos seus pés, afinal tem uma família desajustada e luta bastante para estudar com o intuito de virar paramédico e ajudar seus irmãos mais novos, enquanto ela com certeza terá um ótimo futuro.
Depois, eles passam mais tempo juntos, uma amizade vai nascendo, e começam perceber que gostam um do outro, por mais que não tenham pensado em ficar juntos inicialmente, então a paixão surge e, depois, o amor. Eles se completam e é lindo de se ver. É como uma história real, e tudo ocorre gradualmente e de maneira que faz o leitor sentir junto com os personagens.
O que eu mais curti é que o relacionamento é cheio de amor e outros sentimentos, e não apenas carnal, visto que esta parte só está presente de maneira pouco explorada. Inclusive, não há cenas de sexo explícito, o que não é tão comum nos livros do gênero New Adult que eu li, apesar de a autora ter usado algumas palavras que algumas pessoas possam considerar mais vulgares.
Os personagens secundários, mesmo aparecendo bem menos, ganharam ótimas participações e bem relevantes em diversos momentos. O que é ainda mais interessante porque já pudemos conhecer um pouco dos que vão ganhar destaque nos próximos livros, o bastante para já despertar nosso interesse em continuar acompanhando a série.
Gostei bastante das colegas de quarto de Rory, Jessica e Kylie, que são o oposto da protagonista, mas são muito legais e se importam com ela de verdade. Claro que algumas pessoas vão achar terrível a ideia que elas tiveram para “ajudar” a garota, inclusive eu também achei inicialmente, mas, parando para analisar a situação e a real intenção delas (como foi mostrado num papo escutado sem querer por Rory), acho que elas só queriam fazer algo de positivo para a amiga, mesmo que com uma ideia meio ruim de demonstrar isso.
Este exemplar faz parte de uma série independente, ou seja, cada volume é narrado por um protagonista diferente, mas que se conhecem de alguma maneira e, por isso, os protagonistas de um acabam fazendo participações nos outros também. Então podemos acompanhar os desenvolvimentos de suas vidas mesmo quando os personagens principais mudam. No caso desta série, True Believers, cada exemplar é narrado por uma das amigas (na ordem): Rory, Jessica, Robin (teve pouquíssima participação neste primeiro) e Kylie.
Há um final nesta obra, mas eu queria tanto, tanto, tanto, mais! A autora optou por deixar pontas soltas na história, que eu espero que sejam desenvolvidas nos próximos livros, porque eu realmente preciso muito saber o que vai acontecer com Tyler e seu futuro, depois de uma coisa que surgiu para atrapalhá-lo ainda mais ocorreu. Erin McCarthy poderia pensar em escrever uma continuação direta para a história de Rory e Tyler que eu iria amar.
O significado do título é lindo e precisava ser em inglês por este motivo. Eu adoro quando os títulos fazem realmente sentido com a trama. E, eu amo esta capa! Acho tão lindinha e passa todo o clima do livro. Esta é uma versão da edição alemã da obra, mas a nacional é ainda mais bonita porque tem um efeito diferente na imagem. A diagramação interna é simples, porém confortável para uma leitura mais fácil, com fonte e espaçamento em tamanhos ideais, e ainda conta com folhas amarelas.
Esta é uma história de amor, mas não apenas o carnal, o da paixão, e, sim, também o da amizade, o amor pela família e ao próximo. E, como eu amo qualquer coisa relacionada a este forte sentimento, me senti completamente envolvida com “True”. Mas também sei que este não é um livro para todo mundo, porque tem um teor mais fofo, mais doce, então o leitor tem que gostar deste tipo de romance.
A leitura é rápida e sensível, cheia de pontos adoráveis e momentos emocionantes. A escrita de McCarthy é tão envolvente e gostosa, que a gente fica preso às páginas sem perceber. Eu, por exemplo, quando estava lendo, não queria largá-lo nem por um minuto, mas, quando isso acontecia (porque precisava, não porque queria), só ficava pensando em voltar para o livro logo. Ou seja, sempre que surgia um tempinho, uma oportunidade, por menor que fosse, eu voltava a ler. Resultado: terminei em apenas dois dias, o que não acontecia comigo há um tempo já.
A escritora soube criar uma história bem realista, com personagens verdadeiros, momentos intensos, um pano de fundo forte e significativo na vida de Tyler, que nos aproxima ainda mais dele, fazendo com que a gente torça por um futuro melhor, e para que Rory faça parte dele, porque ela se encaixa perfeitamente naquele cenário diferente do dela e faz com que tudo pareça melhor do que realmente é.
Este é o tipo de leitura que eu mais gosto, leve, envolvente, fofa, com personagens carismáticos, uma ótima protagonista, uma figura masculina encantadora, uma narrativa fluida, um romance adorável, momentos alegres intercalados com tristes, união, amizade, e o final “feliz”. Super recomendado!!
Avaliação



Parceria Madras Teen

Suilad!!!


Conheço a editora Madras a cerca de 13 anos, acompanho e leio os livros da editora durante todos esses anos, e ela está entre minhas editoras favoritas, porque trabalha com ótimos autores e com temas que eu tenho interesse profundo! Logo falar sobre seus livros antes de qualquer coisa é sempre um prazer.

Quando soubemos do lançamento do selo Madras Teen nos interessamos é claro - eu então nem se fala rs!, e eis eu aqui para dizer que fomos aceitas!! A partir de agora a Madras Teen é nossa nova parceira!

Vamos conhecer um pouco sobre a editora?

                       

A Editora Madras é uma editora holística e maçônica que tem 19 anos de existência. Tem como objetivo promover lançamentos que agreguem valores aos seus leitores através do que há de melhor no mercado mundial que possa contribuir para o crescimento intelectual, cultural, filosófico e espiritual de quem lê. Ela conta com mais de 2.500 títulos publicados, e agora a partir do ano de 2015 lança seu novo selo Madras Teen.

A Madras Teen tem como alvo o público jovem que gosta de literatura fantástica, o acervo será composto exclusivamente por autores nacionais, valorizando os talentos de nosso país. Para acompanhar os lançamentos da editora curta a página no Facebook ou acesse o Site .



E o primeiro lançamento já divulgado pela editora é o livro o Filhos de Lilith - O Despertar, da autora Eliane Velasco, conheçam a sinopse:

O Despertar - Alice não se lembra de seu passado, de quem era ou de onde veio. Fatos por ela desconhecidos sobre sua antiga família humana e sua ascendência a ligam diretamente a Lilith, a mãe dos súcubos e íncubos, senhora do inferno, esposa de Lúcifer e rainha das bruxas, tornando-a objeto de desejo de todas as criaturas da noite. 

Tudo que Alice sabe é que seu corpo anseia desesperadamente por sangue e prazer. E, para saciar-se, está disposta a tudo. É assim que Carol a encontra, no centro de São Paulo, e oferece-lhe abrigo, proteção e esclarecimentos. Entretanto, há também um antigo clã de vampiros interessados na garota, que não hesitará em tentar aliciá-la, usando como artifício o belo e sedutor João Eduardo. Batharyal, um notório anjo caído, rei dos ladrões, também possui seus próprios planos para a confusa Alice e entrará nessa disputa. 
Porém, uma estranha força a mantém ligada a seu criador, o excêntrico íncubo Alejandro, que conhecendo-a como ninguém, não hesitará em lançar mão de sua maior fraqueza: o amor por um humano…

Adicionem no Skoob o livro!



Em nome do blog House of Chick agradecemos a editora pelo voto de confiança, e espero que seja um ano de muito sucesso para nós, repleto de bons lançamentos e ótimas leituras!






Meia-Noite na Austenlândia – Austenlândia #02 – Shannon Hale

Charlotte Kinder é uma mulher bem-sucedida, inteligente, rica, mãe de dois filhos, calma e comum, que se divorciou há pouco tempo, depois que seu marido a traiu e a deixou e, agora, está prestes a se casar com a amante. Vivendo entre encontros às escuras desastrosos, ela praticamente desiste de relacionamentos amorosos. Mas nem tudo está acabado. Eis que, em um fim de semana sem os filhos, ela decide ler todas as obras de Jane Austen, que lhe despertam as mais variadas sensações boas: frio na barriga, gargalhadas, palpitações, etc.
Nossa protagonista percebe que Austen tem uma grande habilidade de fazer com que sinta, o que acaba se revelando algo novo e esperançoso para ela. Então, em um verão quando os filhos ficarão com o pai, Charlotte decide visitar a Inglaterra, e pensa em seguir roteiros inspirados na autora que tanto mexeu consigo.
Mas parece que as coisas serão ainda melhores. Eis que Charlotte acaba descobrindo um pacote de duas semanas que não traz apenas roteiros relacionados ou inspirados em Jane Austen, mas, sim, a experiência de viver em um romance da escritora de verdade!
Pembrook Park, em Kent, na Inglaterra, convida seus hóspedes a voltar no tempo, vivendo de acordo com os costumes da época, como na Inglaterra regencial, com roupas e espartilhos, passeios, comidas, bailes, e, o mais importante: homens que são perfeitos cavalheiros.
Claro que, ao mergulhar naquele mundo, nada mais será real, Charlotte terá um novo nome e uma nova identidade, podendo escolher qual personalidade mais lhe convier, e viverá um verdadeiro romance como as heroínas criadas por Austen (ou quase, porque, na verdade, os homens são atores contratados para cortejarem as mulheres e as fazer se sentirem entretidas e felizes).
Conforme os dias passam e ela está mais imersa neste mundo, começa a se perguntar o que ali é realidade e o que não passa de encenação. E, quando um cadáver surge em um quarto secreto, Charlotte começa a se questionar se está vivendo num mundo imaginário inspirado em Jane Austen ou se está vivenciando uma realidade estilo livros de Agatha Christie. Será que tudo não passa de uma brincadeira de mau gosto ou ela realmente está correndo sérios perigos? E o que seu coração quer dizer com todos aqueles pulos? Ela realmente está se apaixonando por um dos atores ou aquele sentimento é só alegria por ganhar algum tipo de atenção?
Shannon Hale é uma autora com diversos títulos e séries publicados lá fora e aqui no Brasil também (no país foram seis livros de séries variadas mais contos,). Apesar de algumas de suas obras estarem presentes na minha estante, esta é a primeira experiência que tive lendo algo dela, e gostei de sua forma de escrita, leve e divertida, me deixando com bastante vontade de conhecer outros de seus livros.
Achei a trama desenvolvida pela autora bem criativa e curti muito acompanhar esta mistura de realidade do nosso tempo com um “teatro real” do século XVIII. Era divertido ver os pensamentos e ações de hoje em dia misturados com situações antigas. Fiquei imaginando como seria viver esta experiência também, e cheguei à conclusão de que seria incrível se existisse mesmo uma Austenlândia (sem a parte macabra) e a gente pudesse visitá-la em uma viagem de férias.
A narrativa intercala momentos no presente de Charlotte em sua estadia em Austenlândia, com momentos de seu passado, apresentados em pequenos trechos. Achei desnecessário este vai e vem, levando em consideração que as coisas do passado não tinham tanta relevância ao que ocorre em seu presente, que não poderiam ter sido citadas no texto normal, até porque vários dos relatos não precisavam nem mesmo existir.
A escrita da autora é bem envolvente e instigante. Junto com a protagonista, criamos várias teorias e expectativas para saber se tudo o que ela viu ou acredita ter visto é mesmo real, fruto de sua imaginação ou faz parte do “faz de conta”. Só acho que, mais da metade para o fim, a autora repete muitas vezes as palavras “depois da meia-noite”, acredito que tenha ficado meio forçado e desnecessário dizer isso tantas vezes.
Apesar de a narrativa ter sido escrita em terceira pessoa, o foco principal era a protagonista Charlotte e seus sentimentos, pensamentos e ações, o que acabou sendo ruim porque não pudemos conhecer tão bem assim os personagens secundários.
O romance é fofo, mas demorou a acontecer porque a autora quis aumentar bastante o suspense. Ou seja, a gente fica um bom tempo tentando descobrir qual dos dois que mais se aproximam de nossa protagonista é o cara por quem ela vai se apaixonar, e quem poderia ser o verdadeiro assassino, responsável pela morte real – ou não – que aconteceu naquela casa.
Um ponto que pode incomodar é que Charlotte, apesar de estar beirando os quarenta anos de idade, tem algumas atitudes e pensamentos bem joviais, como se fosse muito mais nova do que é na verdade. Isso não me incomodou tanto assim, porque não acho que todas as pessoas precisam ser tão sérias só porque já são mais do que adultas e podem, sim, ter medos “bobos”, mas sei que alguns leitores não vão gostar nada disto.
Quando descobrimos uma verdade quase no fim do livro, a autora pecou bastante na reação das pessoas em relação a isso. Afinal, uma coisa terrível havia acontecido e todos ficaram calmos e tranquilos, permanecendo no local e demorando a chamar autoridades que deveriam estar lá desde o primeiro momento para investigar com vontade. Esta foi, com certeza, a parte mais negativa de toda a história.
Este livro na verdade é o segundo e último volume de uma série, cujos ambos os títulos já foram lançados no Brasil. Até onde eu sei, esta não é realmente uma continuação de “Austenlândia”, primeiro volume da série homônima, o único ponto de comum é o cenário, já que ambas as histórias ocorrem neste ambiente que remonta os romances de Jane Austen. Tem apenas um momento que um personagem cita um acontecimento anterior neste mesmo local, que eu acredito que seja uma referência direta a este primeiro volume (não tenho certeza absoluta porque não o li).
Eu acho esta capa legal, mas ela não me chama tanta atenção assim, apesar de remeter ao conteúdo, tanto na parte da frente, com este clima de Jane Austen, quanto na contracapa, com elementos que lembram Agatha Christie. E é bem interessante que as capas dos dois volumes sigam um padrão, fazendo com que a gente reconheça facilmente que pertencem a uma mesma série.
A versão impressa traz capa com textura soft touch (aveludada), verniz localizado em alguns detalhes gráficos, e folhas amarelas. A diagramação interna está bem feita apesar de simples, com fonte e espaçamento em tamanhos que facilitem a leitura sem cansar a vista.
Recomendo “Meia-Noite na Austenlândia” para todos que buscam uma leitura para entreter, enquanto viajam numa aventura recheada de referências a Jane Austen, mistérios e romance, com uma trama gostosa, leve e divertida.
Avaliação



Resultados de Promoções

Oii, gente! Como vocês estão? Hoje é dia de resultado de algumas promoções que foram finalizadas aqui no blog. Confira se foi um dos diversos ganhadores e entre em contato conosco o quanto antes para enviarmos seus prêmios! Obrigada pelas participações, seus lindos! <3
Promoção Adeus Ano Velho, Feliz Livro Novo – Versão 5.0
Esta promoção foi muito especial para a gente porque tivemos muito mais participações do que imaginamos! Principalmente nos concursos culturais, que geralmente apresentam poucos concorrentes, mas desta vez foram muitos! Obrigada a todos vocês que tiraram um tempinho de seus dias para escrever ou fotografar uma ideia para participar, foi realmente muito importante para nós receber o carinho de vocês! Infelizmente não dá para premiar todos, mas continuem visitando o blog porque teremos muitas surpresas maravilhosas este ano e muitos sorteios virão! :D Agora vamos aos resultados?
- Outlander - A Libélula no Âmbar, de Diana Gabaldon;
- O Melhor de mim, de Nicholas Sparks;
- O Bicho-da-Seda, de Robert Galbraith;
- Mentirosos, de E. Lockhart;
- After, de Anna Todd;
- Intenso Demais, de S. C. Stephens;
- Terra de Histórias #01: O Feitiço do Desejo, de Chris Colfer;
- Terra de Histórias #02: O Retorno da Feiticeira, de Chris Colfer;
- 365 dias Extraordinários, de R. J. Palacio;
- kit do livro Laços Inseparáveis, de Emily Giffin;
- Diário de um Banana, de Jeff Kinney;
- Diário de um Banana: Rodrick é o Cara, de Jeff Kinney;
- Diário de um Banana: A Gota D'água, de Jeff Kinney;  
- Peter Pan, de James Matthew Barrie (edição bolso de luxo da Zahar);
- Vidas Trocadas, de Katie Dale;
- A verdade de cada um, de Zíbia Gasparetto;
- Os diários de Bluebell – A vida depois de Iris, de Natasha Farrant;
- O Caderno de Maya, de Isabel Allende;
- Destinos, de Aprilynne Pike;
- O Azarão, de Markus Zusak (edição normal);
- 3 O Azarão, de Markus Zusak (edição econômica);
- A Verdadeira Bela, de Li Mendi (com autógrafo nominal para o ganhador);
- Um Lugar para Esperança, de Sherryl Woods;
- Viradas do Destino, de Susan Meier;
- Disfarces da Paixão, de Olivia Gates & Maureen Child;
- Testes de Paixão, de Julia James & Heidi Rice;
- Toque de Ousadia, de Caitlin Crews;
- A Teoria de Tudo, de Jane Hawking;
- Marcadores e Brindes.


After – After #01 – Anna Todd

Theresa Young ou, como prefere ser chamada, Tessa, é uma jovem focada, que teve seu futuro totalmente planejado pela mãe, que sempre cuidou para que a garota tivesse uma boa educação, e a inspirou em sua obsessão pela vida universitária desde nova, para que ela estudasse muito com apenas o objetivo de, anos mais tarde, frequentar a Washington Central, mesmo local onde ela mesma havia estudado no seu tempo.
Com isso, Tessa, que acaba de se mudar para a faculdade, acredita que sua experiência será totalmente tranquila e acadêmica inclusive porque ela não gosta de festas ou badalações, tem um namorado seguro, é bem sistemática e só quer saber de estudos. Mas, após conhecer um certo bad boy tatuado e com piercing nos lábios, que chegou como uma grande tempestade em sua vida,Tessa percebe que estava extremamente enganada.
Hardin é lindo e mal humorado, adora festejar, e é o completo oposto de nossa protagonista. Além disso, ele pode ter qualquer garota que quiser, mas resolve cismar justamente com a certinha e virgem, Tessa. A partir daí, é uma viagem sem volta, os dois começam brigando, depois surge um interesse mútuo e eles sempre buscam um ao outro. Só que Hardin mais maltrata do que a trata bem, mais a faz se sentir mal do que é carinhoso, apesar de estes momentos também estarem presentes na relação de altos e baixos.
Portanto, eles passam a ter um relacionamento que de saudável não tem nada. Tessa é tão boba (por não querer usar palavras piores) que não consegue se livrar desta situação de forma nenhuma, mesmo sabendo que depois de perdoar Hardin mais uma vez, e de novo, e de novo, etc., ele com certeza vai aprontar novamente, e ela continua dando outras chances ao cara. Se isso não é doentio, não sei mais o que é, afinal Theresa é tão maltratada, xingada, abusada psicologicamente, que ela realmente deve ter um problema sério por continuar aceitando isso.
Desculpem-me, fãs de #Hessa, mas eu não consigo, de maneira nenhuma, shippar torcer para este casal dar certo. Já não tinha lá muita simpatia por eles dois juntos muito antes de acabar a leitura, mas o final foi tão revelador, mostrando mais ainda a atitude ridícula e repulsiva de Hardin, que eu nunca poderia torcer para que ela ficasse com ele. O pior é que sei que ela vai ficar e isso me enerva profundamente! Ele é babaca demais e não merece uma nova chance, muito menos tantas outras como Tessa sempre dá!
Para quem não sabe, “After” na verdade nasceu de uma fanfic da banda One Direction, escrita por Anna Todd na plataforma de leitura Wattpad, onde bateu a marca de um bilhão de acessos, para depois tornar-se livro físico publicado por várias editoras ao redor do mundo. O personagem principal, Hardin Scott foi inspirado pelo Harry Styles, mas os outros integrantes também viraram personagens.
O sentimento que mais tive lendo este livro foi raiva, mas a leitura também foi um vício inexplicável, porque eu estava lá odiando as coisas, Hardin e suas atitudes, Tessa e sua falta de atitude e amor próprio, e, mesmo assim, não conseguia parar de ler, nem largar a leitura, nem mesmo pular partes!
Estou revoltada com o livro, com os personagens, seus comportamentos, e, o mais importante, comigo mesma! Os meus sentimentos são tão conflitantes que eu fico com esta sensação de ser a própria Tessa da vida real (não tão chata, por favor! Haha), só que o meu caso não é gostar de um homem que me trate mal (eu nunca conseguiria viver assim!) e, sim, de um livro. Eu leio e fico com vontade de continuar para saber o que vai acontecer ao mesmo tempo em que quero jogá-lo pela janela (claro que isso também nunca iria ocorrer, afinal não existe a menor possibilidade de eu fazer qualquer mal a um livro) para não precisar mais passar por isso! Hahaha
As personalidades dos protagonistas são complexas, como qualquer ser humano comum, e as destes trazem características pertinentes a jovens de suas idades. Eles apresentam dúvidas, medos, dificuldades, passados com problemas, questões familiares mal resolvidas, futuros sem direção certa, mesmo que as coisas possam ter algum planejamento e estejam no caminho, ainda não estão naquele ponto maduro de certezas (apesar de grande parte da população nunca alcançar esta direção totalmente concreta), mas também são sonhadores, buscam aquilo que desejam, se divertem, ainda estão começando a ter responsabilidades mais avançadas, vivem entre amigos, etc.
Apesar dos momentos ruins que Hardin a faz passar, em alguns momentos dá para ver a evolução da garota, que começa a ficar mais à vontade consigo mesmo e com sua sexualidade, passa a se sentir mais livre da vida que sempre foi planejada para ela e passa a se descobrir, a ser ela mesma e o que quer ser. Só acho que os fins não justificam os meios e, ao mesmo tempo em que ele a ajuda, também a inibe, sendo tão babaca e falando coisas tão cretinas para ela o tempo todo, fazendo-a se sentir muito mal em diversas situações.
Julguem-me pessoas que nos dias atuais não estão nem aí para fidelidade e acham normal trair seu namorado (ou namorada, noivo(a), marido, esposa, etc.), eu não consigo achar isso nada legal e nunca vou entender o motivo de haver um relacionamento sério com uma pessoa se você a trai com outras. Não faz sentido para mim. E, é por conta disso, que achei no mínimo ridículo o joguinho de Tessa com seu namorado inicial, afinal ela brinca, trai, ignora, larga, sacaneia o garoto milhares de vezes e ainda tenta voltar com ele, mesmo sem querer de verdade (coerência, cadê você?). É uma falta de respeito sem tamanho.
“After” é narrado em primeira pessoa por Tessa, mas Hardin com certeza é o personagem principal desta história, afinal ele passa a ser o centro do mundo dela, que faz e sente tudo ao redor dele. Como o relacionamento do casal principal, este exemplar é recheado de altos e baixos, mas, pelo menos, a narrativa é ágil e nos prende com facilidade.
Este é um título new adult e tem cenas de sexo explícito, além de Hardin falar sem pudor nenhum em diversos momentos. As coisas são bem reais, nada ficou fantasioso ou daquele estilo de “tudo são flores”, há altos e baixos no relacionamento do casal, mas também em suas personalidades e em suas vidas. E isso é muito interessante porque eu odeio aquele tipo de livro que dá tudo certo com muita facilidade, já que a vida real não é assim nunca.
E, este livro faz parte de uma série de quatro volumes, sendo que três deles têm mais de 500 páginas cada um. No Brasil, o primeiro foi publicado no final do ano passado e o segundo já tem capa e título oficial, "After - Depois da verdade", com 632 páginas (mais de cem a mais que este primeiro!), e já está em pré-venda com lançamento previsto para março.
Acho meio desnecessário essa quantidade de livros na série e ainda com tantas páginas assim por exemplar. Inclusive porque neste primeiro volume mesmo não há muita coisa diferente acontecendo, então fico imaginando se os próximos três serão só mais brigas e reconciliações durante todas as páginas. Acredito que a autora tinha conteúdo e folhas o bastante para começar, desenvolver e finalizar a história de #Hessa em um só volume e deixar os próximos para romances dos outros amigos de Hardin, talvez representando cada um dos membros da One Direction. Eu com certeza iria querer ler, porque teriam que ter desenvolvimentos diferentes deste, certo?!
No momento não sei se vou ler as sequências, porque acredito fortemente que será mais do mesmo, exceto pelo final do último que vai trazer o tão esperado desfecho (acredito que nunca tenha torcido tanto para um casal não ficar junto quanto torço por este!), e confesso que estou curiosa para saber se eles vão mesmo se entender ou desistir de vez (segunda opção, por favor!). Então talvez eu pule do primeiro para o último livro, mas vou pensar ainda, de qualquer forma, o que eu ler será resenhado aqui no blog.
Então só posso chegar à uma conclusão com tudo isso: Anna Todd realmente sabe como nos prender na trama! Tipo, não é que sua história seja tão original que não possamos encontrar outras semelhantes por aí (e antes que falem alguma coisa, não, não acho isto ruim), nem que a gente não imagine o que vai acontecer a seguir, afinal é um ciclo vicioso de momentos “fofos”, discussões sem parar, vida normal, momentos “fofos”, discussões sem parar, vida normal, e assim sucessivamente página após página. Não é que seus personagens vivam existências excêntricas ou algo semelhante a isso, pelo contrário, são gente como a gente, quase como se fossem mesmo reais. Mas sua escrita é tão gostosa e envolvente que a gente só quer continuar seguindo em frente, mais e mais, mesmo nos momentos de raiva, até o final.
E, por falar em fim, o que foi aquilo que aconteceu?! Já dava para encontrar indícios que levariam a exatamente um caminho assim por conta das pequenas atitudes de Hardin super desconfiáveis, mas realmente constatar que ele fez mesmo aquilo é demais para mim. Principalmente por saber que, mesmo assim, eles vão voltar a ficar juntos futuramente (não, isto não é um spoiler – eu ainda nem li as continuações –, apenas especulações que considero totalmente certeiras, afinal são quatro livros e eventualmente eles vão ficar juntos!) e isso me incomoda demais da conta. Não acho que mereça um perdão, mas quem sou eu para julgar atitudes alheias?
Não sou muito fã desta capa, não, aliás, não gosto nem um pouco dela, mesmo fazendo sentido com o conteúdo. Não a acho bonita e não chama minha atenção de maneira nenhuma, daquele tipo que, caso eu nunca tivesse escutado falar neste livro e ele estivesse exposto na livraria, eu não iria pegar para ler a sinopse. Em compensação, a diagramação interna está muito bem feita, com fonte e espaçamento em tamanhos confortáveis para uma leitura duradoura, e um símbolo gráfico de infinito com corações, igual ao da capa, em cada início de capítulo. Além disso, ainda conta com folhas amarelas.

UPTADE: Atualizei o post com a nova capa do livro. A minha edição recebeu uma jacket, mas as edições futuras já serão impressas com esta nova. Diferente da anterior, acho esta linda e eu adorei que mudou, além de combinar perfeitamente com os demais livros da série.
Resumindo, não é um livro de todo ruim, principalmente pelo fato de a autora ter uma capacidade incrível de nos prender mesmo que a gente saiba o que vai continuar acontecendo nas páginas seguintes, além de despertar sentimentos na gente (e leituras interessantes fazem isso mesmo!), mas acredito que teria sido muito melhor e com um resultado mais agradável, se ela tivesse cortado a quantidade de páginas pela metade e não enrolasse tanto assim com as mesmas coisas. Recomendo com algumas ressalvas.
Avaliação