Um Dia Existimos - As Crônicas Híbridas #02 - Kat Zhang

Eu já havia lido o primeiro volume desta série, "O Que Restou de Mim" (clique para conferir a resenha) um tempo atrás, e, apesar de não ter gostado muito do que li, principalmente por conta dos personagens, resolvi que não iria abandoná-la. Isso porque gosto de dar uma chance a continuações, já que elas podem ir melhorando e eu gosto de saber o que vai acontecer. Então, assim que me foi possível, comecei esta leitura e, agora, venho compartilhar com vocês todas as minhas opiniões.
Este livro conta a história de um mundo onde os humanos nascem com duas almas no mesmo corpo, e, após certa idade (mais ou menos quando a criança completa cinco anos), somente uma das almas continua. Porém, há algumas pessoas que são consideradas híbridas, ou seja, continuam com as duas almas no mesmo corpo, mesmo essas sendo muito diferentes. Foi o que ocorreu com Addie e Eva, já que mesmo agora, durante a adolescência, Addie guarda um grande segredo de ainda ter Eva dentro de si, na sua mente. Ela guarda esse grande segredo, pois estas pessoas híbridas são mal vistas pelo governo já que são consideradas pessoas instáveis e um perigo para a sociedade, e são perseguidas e levadas para fazer uma cirurgia, onde em 99% dos casos a pessoa acaba morrendo.
Addie conheceu pessoas que foram capazes de ensinar Eva, mesmo que somente com o consentimento de Addie, a tomar posse do corpo e conseguir viver a vida com suas próprias vontades, e não somente na mente. O que elas não poderiam contar é que o governo acabaria descobrindo sobre a situação delas, fazendo com que sejam presas. Mas, para a sorte das meninas, elas acabam conhecendo um grupo de rebeldes que lutam pelos híbridos e, juntos, eles fogem. E agora acompanhamos esta fuga, junto com a luta, não só por elas, mas por todas as pessoas híbridas que passam pela mesma situação.
É neste cenário que acompanhamos como as duas enfrentam várias coisas, não apenas externas, já que ambas passam por situações que as fazem discordar, criando brigas e contradições. Foi muito interessante conhecer um pouco mais dos sentimentos de ambas, e aprender um pouco mais sobre a resistência e sobre o mundo onde elas vivem.
Este volume é mais rápido e mais ágil do que o anterior, e nos mostra um pouco mais sobre a luta que nossas protagonistas estão passando. Não foi um livro que amei, mas definitivamente foi bem melhor do que o antecessor.
A narrativa, assim como no primeiro volume, é em primeira pessoa pela voz de Eva, que por não estar sempre no controle, nos conta como é ficar em segundo plano nesta história. Confesso que gostaria que a narrativa também fosse pela visão de Addie, já que ela que é a minha personagem preferida.
A capa segue o padrão da anterior e também foi mantida a original. Eu adoro esse efeito de dois rostos em um, pois tem tudo a ver com o enredo, mas eu ainda prefiro a primeira. A diagramação com fonte e espaçamentos confortáveis e páginas amarelas são ideais para uma leitura mais agradável.
“Um Dia Existimos” é um livro distópico que tem um pano de fundo bem diferente, e que poderia ter tudo para ser uma obra amada por mim. Mas este exemplar ainda fica devendo em alguns aspectos, principalmente no quesito personagens, já que ainda não consegui gostar muito da evolução dos mesmos, porém, gostei mais que o anterior, pois neste volume encontramos mais ação e estratégias para derrotar o governo. Eu recomendo esta história para você tirar suas conclusões por si só, acho que, apesar de não ter amado, ela não é tão ruim, e pode até mesmo ser uma leitura mais prazerosa outra pessoa.
Avaliação



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4 comentários:

  1. Essa não é a primeira resenha que leio sobre os livros dessa série e tbm não foi muito positiva :(
    Eu achei até a ideia interessante, mas com essas resenhas que to lendo está me desanimando muito...rsrs
    mas como vc disse, gosto de dar uma chance tbm e dou essa chance acreditando que os proximos livros possam ser melhores e fechar com chave de ouro uma série...rsrs

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  2. Olá!

    Acho que a série que começou com "O que restou de mim" pecou em usar alguns clichês das distopias como se fosse uma receita para o sucesso, mesmo tendo um mote novo. Poderia ter ido para algo como X-Men, já que os famosos HQs tratam também de preconceito e repressão mas com o foco em que esses diferentes sejam reconhecidos como são e não como lixo da sociedade, o que tornaria a trama bem melhor, mas isso não tira o mérito dessa série e de Um dia existimos.
    Ah, esse efeito da capa me lembrou os anúncios da segunda temporada de Orphan Black, que também tinha esse efeito de dois rostos em um com a foto da Tatiana Maslany. Apesar de que eu agora percebi que tem mais uma silhueta de rosto na capa no lado esquerdo e que é bem diferente da do lado direito. Ou seja, três rostos em um!

    Um abraço!

    @letiolive (Meu username no Twitter e Instagram)

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  3. Pelo que li na resenha o tema é bem sensacional, evocando outros livros já apresentados cujo corpo transmuta ou guarda outra memória. No caso desse livro específico, é o corpo que guarda duas almas, que creio eu, sejam bem independentes. Eu não li o primeiro livro então fico meio no ar quanto a história em si, a não ser que essa seja totalmente independente do primeiro. Em todo caso, gostaria muito de ler o livro.

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