Eu já havia
lido o primeiro volume desta série, "O Que Restou de Mim" (clique
para conferir a resenha) um tempo atrás, e, apesar de não ter gostado muito do
que li, principalmente por conta dos personagens, resolvi que não iria
abandoná-la. Isso porque gosto de dar uma chance a continuações, já que elas
podem ir melhorando e eu gosto de saber o que vai acontecer. Então, assim que
me foi possível, comecei esta leitura e, agora, venho compartilhar com vocês
todas as minhas opiniões.
Este livro
conta a história de um mundo onde os humanos nascem com duas almas no mesmo
corpo, e, após certa idade (mais ou menos quando a criança completa cinco anos),
somente uma das almas continua. Porém, há algumas pessoas que são consideradas
híbridas, ou seja, continuam com as duas almas no mesmo corpo, mesmo essas
sendo muito diferentes. Foi o que ocorreu com Addie e Eva, já que mesmo agora,
durante a adolescência, Addie guarda um grande segredo de ainda ter Eva dentro
de si, na sua mente. Ela guarda esse grande segredo, pois estas pessoas híbridas
são mal vistas pelo governo já que são consideradas pessoas instáveis e um
perigo para a sociedade, e são perseguidas e levadas para fazer uma cirurgia,
onde em 99% dos casos a pessoa acaba morrendo.
Addie
conheceu pessoas que foram capazes de ensinar Eva, mesmo que somente com o
consentimento de Addie, a tomar posse do corpo e conseguir viver a vida com suas
próprias vontades, e não somente na mente. O que elas não poderiam contar é que
o governo acabaria descobrindo sobre a situação delas, fazendo com que sejam
presas. Mas, para a sorte das meninas, elas acabam conhecendo um grupo de
rebeldes que lutam pelos híbridos e, juntos, eles fogem. E agora acompanhamos
esta fuga, junto com a luta, não só por elas, mas por todas as pessoas híbridas
que passam pela mesma situação.
É neste
cenário que acompanhamos como as duas enfrentam várias coisas, não apenas
externas, já que ambas passam por situações que as fazem discordar, criando
brigas e contradições. Foi muito interessante conhecer um pouco mais dos
sentimentos de ambas, e aprender um pouco mais sobre a resistência e sobre o
mundo onde elas vivem.
Este volume
é mais rápido e mais ágil do que o anterior, e nos mostra um pouco mais sobre a
luta que nossas protagonistas estão passando. Não foi um livro que amei, mas
definitivamente foi bem melhor do que o antecessor.
A narrativa,
assim como no primeiro volume, é em primeira pessoa pela voz de Eva, que por
não estar sempre no controle, nos conta como é ficar em segundo plano nesta
história. Confesso que gostaria que a narrativa também fosse pela visão de
Addie, já que ela que é a minha personagem preferida.
A capa segue
o padrão da anterior e também foi mantida a original. Eu adoro esse efeito de
dois rostos em um, pois tem tudo a ver com o enredo, mas eu ainda prefiro a
primeira. A diagramação com fonte e espaçamentos confortáveis e páginas
amarelas são ideais para uma leitura mais agradável.
“Um Dia Existimos”
é um livro distópico que tem um pano de fundo bem diferente, e que poderia ter
tudo para ser uma obra amada por mim. Mas este exemplar ainda fica devendo em
alguns aspectos, principalmente no quesito personagens, já que ainda não
consegui gostar muito da evolução dos mesmos, porém, gostei mais que o anterior,
pois neste volume encontramos mais ação e estratégias para derrotar o governo.
Eu recomendo esta história para você tirar suas conclusões por si só, acho que,
apesar de não ter amado, ela não é tão ruim, e pode até mesmo ser uma leitura mais
prazerosa outra pessoa.
Avaliação
Essa não é a primeira resenha que leio sobre os livros dessa série e tbm não foi muito positiva :(
ResponderExcluirEu achei até a ideia interessante, mas com essas resenhas que to lendo está me desanimando muito...rsrs
mas como vc disse, gosto de dar uma chance tbm e dou essa chance acreditando que os proximos livros possam ser melhores e fechar com chave de ouro uma série...rsrs
Opa esqueci
Excluirdouglas_bouvier@yahoo.com.br
Olá!
ResponderExcluirAcho que a série que começou com "O que restou de mim" pecou em usar alguns clichês das distopias como se fosse uma receita para o sucesso, mesmo tendo um mote novo. Poderia ter ido para algo como X-Men, já que os famosos HQs tratam também de preconceito e repressão mas com o foco em que esses diferentes sejam reconhecidos como são e não como lixo da sociedade, o que tornaria a trama bem melhor, mas isso não tira o mérito dessa série e de Um dia existimos.
Ah, esse efeito da capa me lembrou os anúncios da segunda temporada de Orphan Black, que também tinha esse efeito de dois rostos em um com a foto da Tatiana Maslany. Apesar de que eu agora percebi que tem mais uma silhueta de rosto na capa no lado esquerdo e que é bem diferente da do lado direito. Ou seja, três rostos em um!
Um abraço!
@letiolive (Meu username no Twitter e Instagram)
Pelo que li na resenha o tema é bem sensacional, evocando outros livros já apresentados cujo corpo transmuta ou guarda outra memória. No caso desse livro específico, é o corpo que guarda duas almas, que creio eu, sejam bem independentes. Eu não li o primeiro livro então fico meio no ar quanto a história em si, a não ser que essa seja totalmente independente do primeiro. Em todo caso, gostaria muito de ler o livro.
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