À Procura de Audrey - Sophie Kinsella

Desde que vi que a Sophie Kinsella iria lançar o seu primeiro livro juvenil, fiquei muito ansiosa para começar esta leitura. Isso porque ela é uma das minhas autoras favoritas do mundo todo, fazendo com que eu devore todas as suas obras, seja com este seu pseudônimo ou com o seu nome verdadeiro, no caso Madeleine Wickham. Então, era mais do que óbvio que eu estava roendo as unhas e contando os dias para ter este volume em mãos. Quando finalmente consegui um exemplar, li bem rápido e, agora, venho compartilhar com vocês as minhas opiniões.
Em “À Procura de Audrey” conhecemos a história de Audrey, uma menina que sofreu abusos psicológicos por um grupo de garotas na escola, fazendo com que ela aos poucos não conseguisse nem mais sair de casa e nem tirar os seus óculos escuros, sendo diagnosticada com transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada e episódios depressivos.
Com a ajuda da Dra. Sara, nossa protagonista tenta aos poucos conseguir se recuperar, mas, para isso, ela passa por um longo caminho, cheio de altos e baixos. Acompanhamos, então, Aud neste longo e tortuoso caminho, e, junto com ela, vivenciamos a rotina de sua família, ela tem dois irmãos, um bem pequeno de nome Felix, que ama pizza e é um amor, e Frank, um pouco mais velho que ela, e viciado em videogames, principalmente em LoC (Land of the Conquerors).
Por conta de Frank ser um viciado em LoC, e querer ganhar o prêmio de seis milhões em um campeonato, ele faz parte de um grupo de amigos que montaram um time para participar deste evento. Com isso, eles sempre têm que treinar muito, e, como na casa de Linus é um pouco difícil de conseguir jogar, ele passa a ir treinar na casa de Frank, ou melhor, na casa de Aud.
Com isso, e seu jeito fofo de ser, ele vai se aproximando de nossa protagonista de uma forma bem carinhosa, e sua presença ensina para Aud uma lição valiosa: “mesmo perdida, uma pessoa pode encontrar o amor”.
Foi muito bom ler este volume, já que ele traz um tema que é muito atual de uma maneira bem leve. Quantos jovens pelo mundo devem sofrer as mesmas coisas que nossa protagonista? Por isso, achei muito legal a forma que Sophie conseguiu abordar um assunto tão importante em uma leitura leve e fluida, que com certeza vai conseguir agradar desde as pessoas mais jovens até as mais velhas.
O único ponto que me incomodou um pouco, apesar de não ser algo necessariamente negativo, foi como ela conseguiu se livrar dos óculos escuros, já que isso era uma coisa tão importante para a menina, e acho que acabou sendo um pouco superficial esta resolução. Mas isso não fez com que eu gostasse menos da história e nem nada do tipo. Acredito que eu só esperava uma resolução um pouco mais detalhada, importante, ou até mesmo mais profunda, pois eu já conheci algumas pessoas que sofreram transtornos parecidos com nossa personagem e sei como estas coisas são difíceis, então acho que, por este motivo, eu esperava um pouco mais.
A capa é uma adaptação da original, a qual achei muito linda e gostei bastante do fato de a ilustração da menina estar usando óculos escuros, pois isso é algo bem importante neste volume, como já comentei anteriormente. A edição impressa é em soft touch (aveludada) com verniz localizado no texto e nas imagens, inclusive da contracapa. A diagramação interna é bem feita para uma leitura tranquila devido ao tamanho da fonte e espaçamentos, além de contar com páginas amarelas.
 A narrativa é rápida e fluida, e contamos com o ponto de vista de nossa protagonista, Audrey, que narra os acontecimentos de duas formas, através da primeira pessoa, onde ela expõe os seus sentimentos, o que achei bem bacana porque nos aproxima bastante da personagem, e também através de um roteiro de filme que ela está gravando. Mas, quase no último capítulo, seu irmão Frank pega a câmera para filmar, então também encontramos um pouco de sua visão. 
Para quem não conhecia a autora, Sophie Kinsella é a ‘rainha’ dos chick-lits e já escreveu treze livros deste gênero, sendo destes, sete da série Becky Bloom, uma das minhas preferidas da vida, cujo sétimo volume, “Becky Bloom em Hollywood”, acaba de ser lançado aqui no Brasil e já estou lendo (a resenha será postada em breve). Eu já devorei e me apaixonei por todas estas obras da escritora (clique aqui e confira algumas resenhas), e também já li os três exemplares dela publicados no país com seu nome verdadeiro, Madeleine Wickham (clique no nome para conferir duas resenhas), mas ainda estão inéditos no país três títulos da autora escritos antes de usar seu pseudônimo. O oitavo livro da série Becky Bloom já vai ser lançado lá fora em outubro e não deve demorar muito tempo para chegar ao Brasil também.
Recomendo este volume para todas as pessoas que gostam de um livro jovem adulto com uma pegada mais juvenil, que consegue agradar a gente do início ao fim com uma história leve e fofa, que traz a vida de nossa querida Audrey, que, apesar de estar vivendo uma situação bem ruim, já que ela não consegue sair de casa e nem tirar os óculos escuros, acaba encontrando o amor, e, junto com ele, vai caminhando para uma recuperação.
Avaliação



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Um comentário:

  1. Amei a resenha! Nunca li nenhum livro da Sophie Kinsella, mas estou ansiosa por essa leitura, ainda mais depois desta resenha. Parabéns pelo blog. :)

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