Imagine no ar um cheiro de
baunilha, folhas de árvore pelo chão, casas antigas e imponentes, restaurantes
com o melhor churrasco, e uma garota doce, pronto você está no universo de A
Garota que perseguiu a Lua, da autora Sarah Addison Allen, da editora Planeta.
Emilly Benedict se mudou para
casa do avô em Mullaby depois da morte da mãe. Ao chegar a cidade conhece o avô
que não sabia que exista, um homem gigante e gentil que não sabe como lidar com
a neta. A cidade poderia ser como outra qualquer do interior americano, mas
existem coisas inexplicáveis que desafiam a razão de Emilly: primeiro o papel
de parede de seu próprio quarto muda sem explicação, segundo luzes estranhas
aparecem na noite e somem do nada, terceiro sua mãe parece não ter sido na
cidade a pessoa que ela conheceu.
O que poderia ser apenas uma
história de recomeço na verdade é uma trilha de mistério, Emilly precisa não só
encontrar um lugar onde sua mãe não era querida, como amenizar o que ela deixou
para trás. Ao mesmo tempo em que conhece
Julia, uma doceria encantadora com quem cria laços, e Win, o filho misterioso do
prefeito.
Encantadora é a palavra que
define a narrativa de Allen, que é capaz
de criar um clima acolhedor e único, com muito doce no ar! A narrativa se desenvolve
em terceira pessoa, sob o ponto de vista em especial de Emilly e Julia. Embora
os acontecimentos não se deem de forma rápida é tão delicioso descobrir os
cantos e os habitantes de Mullaby que você mal percebe que a ação é branda.
Emilly é uma adolescente que só
conheceu a mãe, não sabe nada sobre a família da mãe e logo sobre sua história.
Quando se vê na casa do avô e descobrindo o que sua mãe fazia na sua idade, ela
se choca com a mãe que não conheceu. Verdades mal interpretadas, mentiras
propagadas e fatos ocultos formam o passado da família Benedict. E Emilly
precisa elaborar seu luto sem manchar a
memória que tem dela.
Julia Winterson nasceu em
Mullaby, tem uma história de vida triste, e se muda da cidade quando era ainda
adolescente. Depois da morte do pai, volta para acertar os negócios do pai. Mas
o que nunca imaginou foi que o trauma de seu passado que a marcou para sempre
volta para cobrar uma resolução. E isso só é possível com Sawyer, e depois de
perdoá-lo. Sua história é tocante, profunda, linda! A razão pela qual ela faz
bolos é uma sublimação tocante! Julia, quero um de seus bolos!
Vance, avô de Emiily, é um homem
gigante, e quando digo gigante me refiro a um homem grande mesmo, de mais de
dois metros. Ele tem dificuldades em lidar com Emilly por medo de repetir os
erros que teve com sua filha. Quando se dá conta de que elas são diferentes, e
elabora a morte da esposa se torna um avô adorável e presente.
Win Coffey, filho do prefeito é
quem puxa o sobrenatural na trama, com uma estranha característica, cria a
revolução tanto quanto ao modo como sua família lida com isso a gerações,
quanto a trazer a verdade sobre a história da mãe de Emilly. O único,
talvez 'defeitinho' do livro, seria uma
explicação mais aprofundada sobre essa característica dos Coffey.
A capa representa bem a atmosfera
mágica mas totalmente tocável do livro. Cada início de capítulo tem uma
diagramação diferenciada, que traduz bem a fluidez que as palavras são trazidas
por Allen.
O fim é lindo, vibrei muito por
Julia, fiquei muito contente, pois cada um de seus bolos foi capaz de atrair o
que desejava. E agora toda vez que eu fizer um doce, vou me lembrar do que
quero atrair, sempre achei os doces mágicos, féericos, mas ver isso colocado em
uma história foi simplesmente encantador!
A Garota que Perseguiu a Lua é
como uma fábula, nos ensina sobre o perdão mesmo quando o coração já parece tão
despedaçado que não pode mais colar; a esperança diante do que parece ser o
pior a acontecer; a magia nas pequenas coisas da vida e sobre o milagre que a
cada dia nos convida a dançar com a vida.
Eu gosto muito de fábula e gostei da resenha, mas ainda estou em dúvida sobre a leitura.
ResponderExcluirA capa do livro não me atraiu muito, mas como não se deve julgar um livro pela capa, eu leria se tivesse a oportunidade.
Eu amei a capa deste livro, achei linda mesmo. E a história tbm parece ser bem interessante!
ResponderExcluirAdoro livros que trazem alguma mensagem positiva, e este me encantou com certeza!
bjo^^
Oieee!!!
ResponderExcluirQue linda resenha!!!
Amo a capa desse livro e tenho muita vontade de ler também!!
Me parece uma historia doce em todos os sentidos que flui bem e faz o leitor se envolver totalmente com a historia!!
Falar de perdão e valor em coisas pequenas na vida é muito inspirador e importante!!Amei!!
Espero ler em breve beijos ;)
Eu me encantei por este livro logo pela sua capa e título, mas infelizmente ainda não o li.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Oi, Bruna!
ResponderExcluirA capa do livro é o que mais chama a atenção logo de cara, pois é muito bonita. Quanto a história gostei mais ainda. Só olhando pela capa não fazia ideia do que o livro trata. Gostei muito do seu comentário final, que diz que o livro é como uma fábula, os elementos abordados despertaram meu interesse no livro.
Na primeira vez que fui em uma livraria aqui no rio, o primeiro livro que vi foi este, como eu sou apaixonada pela lua, me encantei já pelo nome, mas na época não gostava de ler, e hoje eu sinto uma vontade tão grande de ler este livro, nunca vou me esquecer dele <3
ResponderExcluirTe convido a participar do meu grupo de divulgação do facebook http://www.facebook.com/groups/427842127299750/ http://meninasquaseinvisiveis.blogspot.com.br/