Sou bastante
fã de Tolkien (só não viciada ou fanática, mas que ele é fantástico não tem
como negar!), mas confesso que não li todos os seus livros (ainda!) e não sabia dessa
obra até pouco tempo atrás. Só que, logo no minuto em que soube de sua
existência, sabia que precisava lê-la o quanto antes e foi o que fiz. Agora
posso afirmar, mais do que nunca, que sou apaixonada por Tolkien, não apenas
como o escritor maravilhoso que ele certamente é (porque disso ninguém tem
dúvidas), mas também como ser humano e, acima de tudo, um pai amoroso para seus
quatro filhos.
Em “Cartas
do Papai Noel” o leitor encontrará nada menos do que as cartas com o selo do
Polo Norte que chegavam para os filhos de J. R. R. Tolkien todos os anos perto
do Natal, escritas à mão por Papai Noel e acompanhadas por desenhos lindos e
coloridos, narrando as aventuras que vivenciava naquele ano com outros
personagens igualmente incríveis. Quem as organizou para fazer essa compilação
foi Baillie Tolkien, segunda esposa do terceiro filho de Tolkien, Christopher.
Esse livro é
pequenino, menor do que imaginei, tanto no formato quanto no número de páginas,
mas nem por isso deixa de ser tão fofo e gostoso de ler, pelo contrário, só nos
encanta e nos deixa com um delicioso gostinho de quero mais. E também me
inspirou a fazer o mesmo pelos meus filhos quando os tiver.
Apesar de
serem cartas anuais, dá para encontrar uma certa
linearidade na história, já que os personagens criados por Tolkien sempre citam
coisas do passado que foram contadas nas cartas dos anos anteriores.
Nós só
podemos saber de um lado da história, o lado escrito por Tolkien através do
Papai Noel, do Urso-Polar, o que mais aprontava confusões e fazia todos rirem,
e outros personagens fofos, mas mesmo assim o leitor não fica perdido porque as
cartas, que no livro são apresentadas por ano de recebimento, respondem as
perguntas e solicitações demonstrando, de maneira indireta, o que foi falado
pelas crianças nas cartas que elas enviavam para o Papai Noel.
Com o passar
das páginas vamos conhecendo um pouco de cada um deles, tanto os personagens
quanto os filhos para quem as cartas são destinadas naquele momento, já que o
destinatário muda com o passar do tempo, afinal, quando as crianças vão crescendo
elas deixam de acreditar em Papai Noel.
Então as cartas assinadas por esse bom
velhinho obviamente não tem mais o mesmo significado de quando acreditavam
anteriormente e deixam de ser encaminhadas diretamente para esses filhos que já
estão grandes demais para acreditar nessa magia, mas, ainda assim, eles são
citados vez ou outra nas cartas dos demais filhos, então sempre sabemos mais
sobre cada um deles.
Nessa obra,
todos os textos (das cartas) e as ilustrações foram feitas pelo próprio Tolkien
e enviadas para seus filhos ano após ano em datas próximas ao Natal, desde 1920,
quando seu primeiro filho, John, tinha três anos de idade, até 1943, quando Papai
Noel e o Urso-Polar se despediram da filha mais nova, Priscilla, passando,
nesse meio tempo, também pela infância dos dois filhos do meio, Michael e
Christopher. Confesso que deu tristeza depois da última carta por inúmeros
motivos, mas principalmente porque não sou nada fã de despedidas.
Essa versão
impressa da WMF Martins Fontes está simplesmente maravilhosa! Todas as
ilustrações e textos são os originais, inclusive porque as próprias cartas
escritas por Tolkien foram reproduzidas no livro, com as letras trêmulas do
Papai Noel, as angulosas do Urso-Polar, e as elegantes do Elfo Ilbereth, e a
tradução nas páginas seguintes.
Então o
livro é todo colorido por conta das diversas ilustrações, com fonte e
espaçamento muito confortáveis para uma leitura por mais tempo sem cansar a
vista, as páginas são em papel couché (aquele tipo de folha de revista, porém
mais grosso), e o livro ainda possui orelha, o que eu acho fundamental. Além
disso, no final há uma parte de notas do tradutor, que achei bem legal porque
traz informações importantes sobre coisas ditas nas cartas que eu não sabia.
Com uma
narrativa muito rápida, gostosa, divertida e emocionante (inclusive porque a
guerra é citada), e uma capa tão linda como essas que, além de ser muito fofa,
instiga a leitura, estou completamente apaixonada por essa edição e não canso
de me perguntar como eu ainda não a tinha há mais tempo na estante (foi trazida
para o Brasil em 2012).
Super indico
esta obra, principalmente para os fãs de Tolkien que têm vontade de conhecer
todas as faces do autor, inclusive num momento mais íntimo conversando com os
filhos através de personagens incríveis criados por ele, para todas as pessoas
que gostam de histórias fofas, e também para as crianças que com certeza irão
se divertir com as aventuras do Papai Noel e sua turma.
Avaliação
Que coisa mais fofa! Eu quero!
ResponderExcluirFiquei curiosa demais com sua resenha! Uma ótima ideia para fazer com meus futuros filhos tbm! kkkkk
Que pai amoro e super criativo, adorei mesmo, só me fez gostar mais dele!
bjo bjo^^