>> Nesta
resenha não há qualquer tipo de spoilers, nem dos volumes anteriores da
trilogia.
Desde que Pierce
Oliviera teve uma experiência de quase morte, sua vida mudou totalmente. Isso
porque ela conheceu o misterioso e belo John Hayden, ninguém menos do que o
Senhor do Mundo Inferior. A vida dela e de todos que conhece vive em perigo por
conta das Fúrias, que fazem de tudo para prejudicar (e até matar) as pessoas
perto dele.
Agora, com uma
posição de poder em mãos e um novo problema (além de vários antigos existentes)
ainda mais grandioso do que qualquer outro que teve que enfrentar anteriormente,
Pierce vai precisar de muita ajuda e um grande plano para salvar as almas
inocentes de um destino horrível e ainda voltar a restabelecer o equilíbrio
entre a vida e a morte antes que seja tarde demais.
Esta é a
série/trilogia da Meg que eu menos gosto de longe. O primeiro livro eu curti
bastante, o nível do segundo caiu (e muito!), o terceiro melhorou um pouco em
relação ao segundo, mas ainda assim não foi tudo isso. Já tem resenha dos dois
primeiros, “Abandono” e “Inferno”, aqui no blog, e vocês podem clicar nos
títulos para conferir o que achei das leituras, e quais foram os motivos de eu
não ter criado tantas expectativas para este desfecho, apesar de querer
finalizar a história de Pierce e John.
Pierce é uma
protagonista engraçada e gosto muito das suas tiradas e comentários, mas não é
alguém que eu realmente adore, inclusive porque ela tem algumas atitudes bem
imaturas e/ou inconsequentes. Ela sempre pensa em si própria e no que quer
fazer, rejeitando qualquer pedido ou conselho de outras pessoas e isso me
incomoda. Alguns novos personagens foram acrescentados à trama e acho que foi
uma boa escolha, porque curti eles, mas, para falar a verdade, nenhum dos personagens
desta trilogia me conquistou profundamente, considero que todos são medianos,
não odiei e nem amei nenhum.
Eu não
conheço muito da história de Hades e Perséfone e fiquei interessada em saber
mais sobre eles, porém, mesmo que o enredo desta trilogia tenha sido baseada na
lenda e a escritora tenha explicado certas coisas, ela preferiu focar no
romance entre Pierce e John, que teve muitos altos e baixos, e também muitos
dramas, sendo a maior parte deles desnecessários, e deixou muitas coisas que
poderiam ter sido melhor exploradas de lado.
Mas, um
ponto que curti no romance é que nem tudo são flores em nenhum momento, eles
brigam, se entendem, aceitam um ao outro e tem opiniões divergentes. E também
não são cem por cento melosos ou cheios de declarações de amor, então eu curti
a forma como o relacionamento amoroso dos personagens foi construído e
explorado. Acho que, por mais sobrenatural que seja o livro, esta questão foi
bem realista.
A trama
trata bastante sobre a questão da vida e da morte, e sobre alguns mitos gregos,
como já comentei antes, e algumas destas particularidades acabam apresentando
um teor mais sombrio, mas a escrita da autora faz com que tudo soe bem leve e
descontraído, permitindo que pessoas de todas as idades possam ler sem
problemas.
A autora
sabe nos conectar a acontecimentos dos livros anteriores com facilidade e de
forma sutil e competente. Mesmo quem já leu há um bom tempo como eu, que li o
segundo em agosto de 2014 (ou seja, mais de um ano antes de ler o terceiro),
consegue entender e se encontrar rapidamente na trama, relembrando o que é
importante sem muito esforço.
A melhor
parte desta leitura é o fato de ser da Meg, já que sua forma de escrita é bem
gostosa, leve, envolvente e fluida e, o melhor, tem o seu jeitinho engraçado e
cativante, então a gente acaba gostando de como
ela nos conta as coisas, mesmo que o conteúdo em si não seja tudo isso.
Considero
que este foi um final satisfatório e feliz para a trilogia, apesar de alguns
pontos ruins, como uma “batalha” que ocorreu ter sido fraca demais e mal
desenvolvida, porque a Meg soube trabalhar com algumas respostas e foi fofa ao
enfatizar o poder do amor e a luta do bem contra o mal com um resultado
positivo. Além disso, a gente fica sabendo do que aconteceu com diversos
personagens, já que ela desenvolveu uma finalização bem fechadinha para cada um
deles, incluindo os secundários, e a grande maioria teve algo bom em sua
vida no fim.
“Se um número
suficiente de pessoas escolher se deslocar um pouco para ajudar outra pessoa, o
espírito da bondade acaba vencendo a escuridão, da mesma forma que os raios de
sol irrompem das nuvens depois de uma tempestade e permite que mais atos de
gentileza aconteçam.”
Não sei
leria novamente esta trilogia se eu soubesse que seria assim lá no começo, mas
provavelmente teria feito isso, sim, porque gosto bastante da Meg, que
inclusive é uma das minhas escritoras preferidas, e pretendo ler todos os seus
livros (faltam poucos!).
A capa segue
o mesmo estilo dos livros anteriores e eu gosto dela, apesar de não ser a minha
preferida das três, porque este posto é a do primeiro volume. Curto que as
fotos dos três são sequenciais e desta vez há uma predominância de roxo. A
diagramação interna é simples, mas bem espaçada e com fonte em tamanho
confortável, e, no início de cada capítulo, que por acaso não têm nome nem
número, há um trecho de “Inferno”, de Dante Alighieri.
Recomendo “Despertar”
para todos os leitores que já começaram a se aventurar nesta trilogia, pois
aqui sabemos o que aconteceu com os personagens e com todas aquelas dificuldades
que surgiram lá no começo da história de Pierce. Mas os volumes foram repletos
de altos e baixos que podem incomodar alguns leitores, principalmente os que não
são tão fãs assim de romances. Posso não ter amado tudo o que li, mas fiquei
satisfeita com várias passagens e a narrativa de Cabot sempre me ganha. Se o
enredo te atraiu, indico que faça uma tentativa porque pode gostar bastante,
mas peço para não ir com tanta expectativa para o caso de ocorrer o mesmo que
aconteceu comigo.
Avaliação
gostei da resenha.....
ResponderExcluirAcredita que nunca li nada da Meg Cabot ? :(
ResponderExcluirAcredito que tenha outras series bem melhores que essa ne..rsrs se eu for começar a ler quero ler uma das melhores series, é muito ruim quando o segundo livro cai e muito né, da um desanimo, bom que o terceiro melhorou, essa é uma série que pretendo ler, mas acho q vai demorar um pouco..r.srs
Eu me confundi um tanto com a história de Despertar, pois não acompanhei absolutamente nada sobre os outros livros. mas, percebi alguns aspectos curiosos, como uma maior união do casal, logo pensei que eles possuía mais liberdade. Gostei da série, apesar de ter ficado um pouco perdido, quero muito conhecer a escrita da Meg Cabot.
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