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Mesmo que esta resenha seja da continuação de “Abandono” (clique no título para
ler a resenha), vocês podem lê-la tranquilamente porque não há nenhum tipo de
spoiler, nem deste, nem do primeiro volume.
Pierce Oliviera
tem dezessete anos e já vivenciou uma experiência de morte, que por acaso é bem
diferente do que as pessoas acham, e conseguiu a sorte de poder voltar à vida.
Mas agora ela está apaixonada pelo senhor do Mundo Inferior, o imortal John
Hayden, que a levou para viver com ele depois de experiências traumatizantes no
livro anterior.
John a
mantém ali com ele para protegê-la de todo o mal, inclusive das Fúrias, que
querem usá-la por pura vingança contra ele, mas talvez ele tenha alguns outros
motivos mais pessoais para deixá-la por perto. Só que, apesar de Pierce estar
longe do perigo iminente, todos que ela ama não estão. E Isla Huesos, onde eles
vivem, guarda mais segredos obscuros do que todos poderiam supor. Agora que um
dos membros mais queridos de sua família está precisando de sua ajuda, ela vai
ter que convencer John a voltar para o mundo real para salvá-lo antes que seja
tarde demais.
Esse foi, em
minha opinião, definitivamente, o pior livro da Meg e totalmente desnecessário!
Os personagens estavam péssimos e nada aconteceu em 99% do tempo. Achei muito
chato e irritante o fato do John manter Pierce como prisioneira para o bem
dela, mentir sobre diversas coisas e ela nem mesmo ficar triste ou chateada com
ele! A submissão de Pierce está MUITO evidente, John manda em tudo como se
fosse seu dono e ela obedece quase (quase MESMO) o livro inteiro, o que foi bem
chato. Além disso, cadê a força deles? A vontade de lutar para encontrar uma
saída? Não, aqui eles só querem se esconder das Fúrias e qualquer outro perigo
existente pela eternidade e acham que este é um bom plano.
Apesar de
não ter gostado do livro de maneira geral, há muitos pontos positivos também.
Como, por exemplo, a narrativa de Meg é gostosa, rápida e envolvente, além de
ser bem humorada, e, quando percebemos, já chegamos ao final do livro sem nem
sentir. A obra apresenta um clima bem sombrio, mas que é apresentado com muita
leveza, característica da escrita da autora. E ela sabe nos introduzir nos
acontecimentos anteriores de forma fácil e natural, sem ficar forçado e nos
ajudando a lembrar, mesmo que o tempo de leitura entre o primeiro e o segundo
livro seja grande.
Os
personagens principais mantém suas características pessoais e são divertidos,
mas não consegui ver muito amadurecimento de nenhum deles, nem mesmo de John
com todos aqueles anos de existência. Também surgiram alguns novos personagens
neste volume que deram um gás a mais na história porque são engraçados e
importantes na trama.
Acho muito
legal a ideia de Cabot de pegar o mito de Perséfone e Hades e fazer uma nova
versão, jovem e mais descontraída, com aquele jeitinho dela de criar e contar
histórias. Neste volume sabemos algumas coisas a mais do original, inclusive aquelas
que são “verdadeiras” e que vão acabar modificando ou sendo muito importante na
vida dos personagens criados por ela. Este volume também revela bastante do
passado de John, o que nos ajuda a entender o presente e a situação como um
todo.
Quando o
livro estava se encaminhando para o final (e eu agradecendo porque realmente
queria acabar logo) é que as coisas foram melhorar, já que Pierce conseguiu
convencer John de que precisava ajudar o primo, mesmo que já não houvesse mais
tempo. Então eles acabaram descobrindo coisas realmente muito importantes que
vão mudar totalmente o rumo da história.
Mesmo não
tendo gostado deste volume e o achado um desperdício, tenho vontade de ler o
último porque curti bastante a leitura do primeiro e quero ver como será o
desfecho desta história criada por Meg Cabot, que definitivamente sofreu a
maldição do segundo livro, mas não quer dizer que não possa fechar bem no
próximo, último da trilogia.
O título
original é “Underworld” e não sei o motivo de a Galera Record ter optado por
traduzi-lo como “Inferno”, já que, na trama, o sentido do mundo inferior para o
qual Pierce vai (e onde John vive) não tem tanto a ver com a tradução nacional,
se fosse uma tradução mais literal, Submundo, teria ficado milhões de vezes
melhor e mais conivente com o enredo.
A capa é
legal porque segue a ideia da primeira, mantendo um certo padrão para a série,
além de transmitir todo o clima do livro, mas não gostei dela tanto assim e, se
não fosse pelo nome da Meg ali em cima (e o fato de ter lido o primeiro),
provavelmente eu nem teria tido vontade de lê-lo. Acho que isso se deve ao jogo
de cores no tom azul, eu gosto muito da cor, sendo uma das minhas preferidas,
mas ficou sem graça demais nesta capa. Talvez, se a menina e o braço do rapaz
estivessem em cores normais, eu teria gostado mais. Por outro lado, a diagramação
interna está bem feita, em todo início de capítulo há um trecho de Inferno, de
Dante Alighieri, com um detalhe gráfico abaixo, e todo o texto está com fonte e
espaçamento confortáveis para uma leitura por um período maior de tempo sem
cansar a vista, além de contar com folhas amarelas.
Eu realmente
adoro os livros de Meg Cabot e ela também é uma das autoras de quem mais gosto,
uma pena que este volume não me agradou, inclusive foi o que menos gostei entre
todos os títulos que ela escreveu e que li (que foi a maioria dos publicados no
Brasil).
Recomendo esta
obra para aqueles que leram e gostaram de “Abandono”, já que este volume é uma
ponte entre o primeiro e o terceiro livros desta trilogia. Só adianto que não
acho que devam ir esperando uma história magnífica que vá prender seu fôlego ou
ficar desejando por mais, porque isso não acontece.
Avaliação
Não fiquei com vontade de ler este livro. É tão chato quando uma autora cai na maldição do segundo volume e a história não evolui, né? E uma pena também, porque Meg Cabot é uma ótima autora. Também não sou tão fã assim desta capa não. kkk Beijinhos
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