Como já
comentei antes, sou fã de Tolkien e de seu trabalho apesar de não ter lido
todos os seus títulos publicados ainda (mas vou conseguir ler todos um dia,
tenho certeza). Então, quando vi que a WMF Martins Fontes publicou uma nova
edição de “O Atlas da Terra-Média” com esta capa lindíssima ilustrada por Alan
Lee, sabia que precisava tê-lo! E agora tive a oportunidade de lê-lo para
escrever uma resenha para vocês e não hesitei, li o mais rápido possível.
Este atlas
foi feito por Karen Wynn Fonstad, uma cartógrafa renomada, mestre em geografia
pela Universidade de Oklahoma, que sempre adorou mapas e teve seu primeiro
contato com “O Senhor dos Anéis” em 1969, através de uma de suas alunas que
escolheu o mapa da Terra-Média como seu projeto semestral. Mas, foi só dois
anos depois, quando ela realmente o leu, seguido de “O Hobbit”, que sentiu uma “necessidade
de exploradora de mapear e classificar aquele mundo recém-descoberto” por ela.
O que, com certeza, todos os fãs agradecem.
Neste livro,
como já deu para perceber pelo título e pelos meus comentários anteriores,
encontramos informações minuciosas sobre a Terra-Média como um todo, ou seja,
podemos conhecer melhor as paisagens, o clima, as línguas, a vegetação, a
população, as guerras e conflitos, e até mesmo as movimentações dos povos e de
personagens principais das obras de Tolkien durante as batalhas e também as
suas jornadas, todos os locais são analisados. Tudo isso através de palavras e
mapas que, com uma grande riqueza de detalhes, compreende tanto a parte
geográfica quanto a história (esta de maneira mais breve, mas ainda completa).
Esta obra
magnífica é dividida em partes e, dentro de cada uma delas, há tópicos,
deixando tudo bem organizado e em ordem cronológica, para irmos acompanhando os
progressos conforme a leitura vai avançando.
Primeiramente
encontramos um Prefácio, seguido da Introdução e as legendas dos mapas, para,
depois, começarmos a leitura do atlas em si. Iniciando com o capítulo “A
Primeira Era – Os Dias Antigos”, seguido pelos “A Segunda Era” e “A Terceira
Era”, “Mapas Regionais”, “O Hobbit”, “O Senhor dos Anéis” e finalizando com o
“Mapas Temáticos”, todos eles são bem explicativos com textos sobre o que
aconteceu em cada lugar e em cada etapa, completando e nos ajudando a entender
melhor os belíssimos mapas.
Este último
capítulo traz mapas específicos dos seguintes assuntos gerais: Topografia,
Clima, Vegetação, População e Línguas, que apresenta, ainda, um tipo de
diagrama com a evolução das línguas.
A “History
of Middle-Earth” ainda não tinha sido lançada quando ela publicou a primeira
edição deste atlas, então, após o lançamento desta série, que tem doze volumes
publicados entre 1983 e 1996 (todos ainda inéditos no Brasil), com novas
informações e anotações de Tolkien, ela as acrescentou e publicou esta nova
edição, que foi a que eu li. No Brasil há duas edições deste atlas, uma
publicada em 2004 e esta outra, a que estou resenhando, em 2013.
Também há
comentários sobre como a autora utilizou as informações que encontrou, tanto as
escritas, quanto as ilustradas por Tolkien e como, após uma extensa
interpretação dos dados, chegou às conclusões finais para a elaboração de seu
trabalho. Então algumas das coisas que são citadas nesta obra foram baseadas no
que ela entendeu já que não tinha informações exatas de tudo.
Como traz
informações detalhadas desde o começo de tudo, a gente acaba encontrando referências
a eventos ocorridos em todas as obras de Tolkien que se passam na Terra-Média,
inclusive “O Silmarillion”, que é passado antes de
“O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”. Então eu acabei descobrindo coisas das quais
ainda não sabia porque só li estes últimos. Eu aconselho para os leitores que
não gostam de estragar algumas surpresas, que leiam todas estas obras de
Tolkien antes da leitura deste atlas.
Confesso que
não conhecia e/ou não me lembrava de todos os nomes citados neste livro, mas
isto não atrapalhou minha leitura pela forma como ela foi conduzida, então o
leitor não fica perdido mesmo que não seja totalmente familiarizado com todos
os termos. Apesar de a experiência com certeza ser muito melhor para aqueles
que os conhecem bem.
Só posso
dizer que uma pessoa como Karen Wynn Fonstad é nada menos do que admirável e
também inspiradora. É magnífico imaginar alguém prestando bastante atenção a
todos os mínimos detalhes que uma outra pessoa escreveu, no caso o mestre
Tolkien, sobre o mundo que ele criou, para transformá-lo em imagens perfeitas
de mapas complexos, mas que são apresentados de maneira simples e que dê,
inclusive, para os mais leigos entenderem muito bem. Até porque os dados que
Tolkien escreveu sobre tudo são bem completos, e há uma grande diversidade de
paisagens e lugares e, mesmo assim, ela conseguiu traduzi-los muito bem.
A arte da
capa desta edição, que por sinal é linda e se encaixou perfeitamente com o conteúdo,
é de Alan Lee, um ilustrador inglês que já ganhou muitos prêmios e é bastante
conhecido por seus trabalhos das obras de Tolkien. Sobre a diagramação, o livro
não é muito extenso, tem 224 páginas, mas o formato é maior do que o padrão do
Brasil (28,00cm x 22,00cm) e o texto está dividido em duas colunas por página e
a fonte não é muito grande, apesar de não ter me atrapalhado em nada, e o
espaçamento está em um bom tamanho. Além disso, é incrível poder conferir, em
grande parte das folhas, as ilustrações ricas em detalhes e coloridas em tons de
preto, cinza e marrom. A única coisa de ruim para alguns leitores é que as
páginas são brancas, mas isso não chega a ser um incômodo para mim.
Uma frase
que está na orelha do livro escrita por Ronald Kyrmse, um estudioso,
pesquisador e consultor da obra de Tolkien, que, inclusive foi o tradutor deste
exemplar, é muito interessante e não poderia ser mais verdadeira, por isso resolvi
colocá-la aqui, já que ela diz muito e eu acho que não poderia fazer melhor. “Fonstad usou
cada uma das inúmeras menções de terreno, vegetação, distância e clima que se
encontram nos detalhadíssimos livros de Tolkien, e os mapas e desenhos do
próprio autor, para ‘reconstruir’ aquelas regiões de ficção como se
pertencessem a um mundo real – e de fato ele se torna real para quem se
aprofunda na leitura.” E eu não poderia concordar mais com ele, já que,
lendo este livro, mais do que nunca, eu senti como se a Terra-Média realmente
existisse e gostaria muito de poder visitá-la.
Já falei antes
aqui no blog que admiro muito mesmo Tolkien, não só como um escritor magnífico
que ele certamente é, mas também como pessoa. E este atlas só aumentou mais
ainda o que sentia de bom por ele, porque é sempre lindo ver como seu trabalho
árduo e complexo conseguiu ser tão bem feito que outra pessoa pôde pegar o que
ele criou e desenhar mapas completos de tudo.
Com certeza
este é um livro indispensável para todos os fãs de Tolkien e da Terra-Média. E
se você ainda não leu este exemplar, corre logo porque vai valer muito a pena!
Mais do que recomendado!
Avaliação
Olá meninas!!!!
ResponderExcluirNossa!!!! Eu não sabia da existência deste atlas! Quero neh? kkkkkkkk
Que trabalho maravilhoso! Adorei! Fiquei mega curiosa!!!!
bjo bjo^^
Este atlas é tudo de MARAVILHOSO! Espero ter conseguido transmitir com a minha resenha o quanto ele vale a pena! Obrigada pelo lindo comentário!
ExcluirBeijão
vc tem pra vender?
ResponderExcluirCaramba meu, como que pode um livro desses nadou encontrar em lugar nenhum.
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