Kacey sempre
foi amiga da família Titus. Quando mais nova, era vizinha deles e vivia
brincando com os garotos, Jake e Travis, mesmo que de uma forma diferente.
Travis sempre aprontava com a garota quando mais novos, fazendo brincadeirinhas
de mal gosto, como puxar seu cabelo, colar chicletes nela, trazer animais
peçonhentos para sua presença, entre outras coisas. As intenções dele por traz
disso tudo eram boas, afinal, ele queria salvá-la e ser seu príncipe encantado,
mas tudo saía diferente do esperado e, quando Travis aprontava com Kacey, era
Jake quem a ajudava, a apoiava e a fazia se sentir melhor, rendendo a ele o
posto de melhor amigo e, ao primogênito, o apelido carinhoso de “Satã”.
O tempo foi
passando e o relacionamento de Jake e Kacey foi se desenvolvendo para algo mais
amoroso e carnal, mas, depois de um fatídico dia em que eles ficam juntos de
verdade e ela também perde seus pais, Jake percebe que não pode perder a melhor
amiga, inclusive porque é mulherengo demais para ficar com apenas uma garota, e
resolve se afastar, justamente no momento em que ela mais precisou de seu
melhor amigo, o que foi uma atitude babaca de um perfeito cafajeste.
Agora, anos
depois, Jake reaparece na vida de Kacey com uma proposta que vai mudar todo o
seu futuro. Ele é rico e quer ser eleito o presidente da empresa de sua
família, para isso precisa construir uma boa imagem de si para o conselho. Kacey
está cheia de dívidas, trabalhando como garçonete para conseguir pagar sua
faculdade e mais várias outras contas, e não tem ninguém mais. Então Jake a
pede para fingir ser sua noiva por quatro dias para convencer a todos de sua
boa fama, já que ela é uma boa moça e traz consigo uma ótima imagem, e pagará a
Kacey para fazer isso. Ela estava relutante em aceitar, mas algo a fez mudar de
ideia, a vovó Titus está muito doente e quer vê-la. Então ela poderá sanar suas
dívidas e ainda ajudar uma das poucas pessoas que sempre foram importantes em
sua vida.
Só que,
durante a viagem, ela encontra com Travis, aquele garoto de quem não gostava
por conta de tudo o que a fez passar quando mais novos, mas agora as coisas não
parecem iguais. Ele age diferente, eles conversam e se entendem, e ele parece
estar sempre por perto para ajudá-la. Casey fica confusa, já que sempre gostou
de Jake, e nunca de Travis, mas agora seus sentimentos estão mudados, a atração
está mais forte e ele está mais aberto a falar sobre a verdade de como se
sentia. A vida de Kacey acaba de mudar e, desta vez, para bem melhor.
Como não são
todos os livros do gênero new adult que eu adoro, resolvi manter minhas
expectativas para a leitura desta obra mais baixas, mas, olha, adorei a trama criada
por Rachel Van Dyken e minhas expectativas foram excedidas!
A escrita da
autora é bem leve e descontraída, além de muito gostosa, daquele tipo que a
gente lê muito rápido e nem sente o tempo passar, mas se diverte em cada
momento. Também curti a interação entre os personagens, que brincam e implicam
uns com os outros de uma forma divertida e realista.
A narrativa
foi feita em terceira pessoa, mas é daquele tipo que a gente sabe o que os
personagens pensam, então dá para ter uma visão mais ampla da história ao mesmo
tempo em que podemos entender a parte de seus sentimentos.
Adorei o
prólogo, que conta um pouco do passado deles e da tal aposta do título, e, desde
este começo eu já tinha um pretendente preferido, e fui Team Travis até o
final. Não que eu realmente precisasse torcer por alguém, porque desde o início
da leitura já percebemos que a ideia de triângulo amoroso fica somente nisto
mesmo, na idealização de que poderia ser desenvolvido, mas Jake não está
interessado (pelo menos não o suficiente para largar sua vida de várias
mulheres de lado) e Travis é muito mais interessante, então o relacionamento
amoroso entre ele e Kacey não foi dividido ou duvidoso.
Apesar de Kacey
começar gostando de Jake, e sentindo um tipo de raiva de Travis por tudo o que
ele fazia com ela quando mais novos, não dá para sentir nada de negativo a
respeito deste segundo, porque sua personalidade é incrível, ele é super fofo e
tem os motivos dele para agir como agiu quando mais jovem, mesmo que o
resultado não fosse como ele esperava, suas intenções eram boas (o que acaba
sendo engraçado para o leitor, mas nada disso para Kacey hahaha).
Gostei
bastante de Kacey e de sua personalidade. Ela não é enjoada, sabe o que quer e
consegue se manter fiel ao que pensa. Também achei ótimo que ela não se
intimida ou fica para trás quando implicam ou fazem alguma brincadeirinha de
mal gosto com ela, revidando sempre que necessário. A relação dos personagens é
bem verdadeira, parecia que eu estava conversando com alguém real a respeito de
suas vidas.
Travis é um
personagem apaixonante! E do tipo de homem que eu me interessaria na minha
vida, já que ele é um amor de pessoa, é bondoso, carinhoso, e gosta dela desde sempre
(mesmo que não soubesse demonstrar isso de uma maneira agradável – ou de
maneira nenhuma), não é mulherengo, pelo contrário, é mais sossegado, ou seja, é
o oposto dos bad boys, que fazem tanto sucesso com as outras garotas por aí.
Ele realmente é um cara especial.
“Quantas pessoas poderiam dizer isso de
fato? Que, pela vida toda, a única pessoa com quem queriam passar a eternidade
nunca havia mudado nem hesitado. Ela. Sempre fora ela. E ele ia lhe mostrar o
quanto a amava.”
Gostei muito
do relacionamento amoroso do casal, que foi sendo desenvolvido de uma forma
muito boa e real, conforme as páginas de leitura vão sendo avançadas,
principalmente levando em conta tudo o que já compartilharam juntos antes, e o
pano de fundo dos sentimentos de Travis, que já existiam anteriormente, tornou
tudo ainda mais contagiante. Não tem cena de sexo tão explícito, mesmo que tenha
cenas mais quentes, mas gostei de como a autora as desenvolveu porque ficou
natural sem ficar vulgar.
Outro grande
destaque foi a vovó Titus, que é uma comédia e também uma das personagens que
mais gostei! Não tem como não rir das coisas que ela diz e faz. E é ótimo ver
que ela está sempre ali, apoiando o amor de Travis e Kacey, antes mesmo de
alguma coisa acontecer entre os dois de verdade.
Apesar de o
título ser “A Aposta”, a aposta propriamente dita não é lá estas coisas e nem
tem destaque na história, o que de um lado foi bom para não ficar tão ‘batido’,
mas por outro não faz muito sentido colocar este título, já que não tem tanto a
ver com a trama de maneira geral.
A história
não é inovadora, nem isenta de clichês, ou recheada de drama, mas a forma como
a autora a elaborou, sabendo misturar vários elementos simples e desenvolvendo-os
de uma maneira envolvente e fofa, no melhor estilo de filme de comédia
romântica de sessão da tarde (bem que eu queria que virasse filme mesmo, adoro!),
tornou esta uma ótima leitura.
Acho esta
capa linda e foi ela que me fez ficar interessada na leitura antes de qualquer
coisa. A versão nacional está com uma pequena diferença da edição original
americana, mas eu achei a daqui muito melhor. A diagramação interna está
perfeita, com fonte e espaçamentos confortáveis para uma leitura sem incômodos
por um período maior de tempo, além de contar com páginas amarelas.
Apesar de
este ser apenas o primeiro volume de uma trilogia, a história tem começo, meio
e fim neste livro mesmo, ou seja, as continuações são independentes e podem ser
lidas fora de ordem ou nem precisam ser lidas, mas é claro que é sempre bom ler
na ordem. Cada volume narra a história de um casal diferente como protagonista,
mas os personagens dos outros livros fazem parte das vidas deles e estão presentes
em todos os volumes também. Eu gostei tanto deste primeiro que não vejo a hora
de ler as sequências. Espero que a Suma de Letras resolva lançá-los aqui, e o
quanto antes, melhor.
Se você
curte obras do gênero new adult envolventes, divertidas e despretensiosas, com uma
narrativa ágil e bem agradável, além de bem-humorada de um jeito natural, personagens extremamente
carismáticos e uma fofa história de amor verdadeiro, definitivamente vai curtir
“A Aposta”.
Avaliação
Ai, amei a resenha e achei ótimo saber que não tem essas cenas de sexo mais pesadas porque eu não gosto disso. Gostei do Travis, também é de um jeito que eu gosto, porque cafajestes não estão com nada mesmo. kkkk E é legal saber que os livros são independentes. rsrs Gostei muito da sua resenha e já coloquei o livro na minha lista de desejados! Beijinhos linda!
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