
Inclusive
foi ela uma das responsáveis por me aventurar e me apaixonar por livros do gênero.
Antes de Quinn, só tinha lido uma obra do estilo, mas depois dela não consegui
mais largar este mundo de bailes, etiquetas e vestimentas, e quando o romance
não era tão frequente em casamentos da alta sociedade, mas com todos os seus
personagens, isso é possível. Então passei a me apaixonar por suas tramas e ler
com mais fervor cada um dos exemplares desta série magnífica.
Desde 2014 a
Editora Arqueiro vem publicando “Os Bridgertons” e este ano a série chegou ao
fim com este exemplar que reúne histórias de cada um dos irmãos mais uma extra,
contando como os pais, Violet e Edmund, se conheceram, se apaixonaram e viveram
uma linda, apesar de curta, história de amor.
Então, “E
Viveram Felizes Para Sempre” nada mais é do que uma reunião de segundos epílogos
de cada um dos livros anteriores, revelando alguns segredos e coisas que os
leitores desejaram saber, mas que ainda não haviam sido expostos originalmente
em suas histórias. Julia, então, atendeu aos insistentes e constantes pedidos dos
fãs da série e escreveu pequenas histórias sobre os pontos que ficaram em
aberto nas tramas originais e que mais gostaríamos de desvendar.
Como se
tratam de histórias com revelações de algo que tinha ficado “de fora” dos
livros originais de cada personagem, elas podem não fazer sentido para quem não
leu as obras, então é aconselhável que leia apenas depois de ler todos os
oito livros anteriores ou o ler apenas as correspondentes dos livros
que você já leu.
Vou comentar
brevemente sobre cada conto, pois assim a resenha não fica gigantesca, afinal
são nove histórias, e nem corro o risco de soltar algum spoiler, já que são
tramas curtas. Como aconselho que este volume só seja lido inteiramente depois
da leitura dos oito volumes anteriores, não vou me estender sobre os
personagens, pois os leitores já os conheciam. Mas vou deixar os links de todas
as minhas resenhas aqui para quem quiser ler minhas opiniões sobre cada livro,
basta clicar no título que será redirecionado.
Os segundos
epílogos estão seguindo a mesma ordem dos livros, ou seja, o primeiro é a
continuação de “O Duque e Eu” e assim sucessivamente, até “A Caminho do Altar”.
Na página antes do início de cada um, Julia escreveu algumas linhas sobre qual
assunto ela escolheu como ponto central de cada trama e o motivo de tê-lo
feito. E decidiu fechar sua obra com chave de ouro com a história de amor de
Violet e Edmund, que, claro, ocorreu bem antes do primeiro volume, mas aqui foi
apresentado por último.
Amei rever
um dos meus casais preferidos no segundo epílogo de “O Duque e Eu”, que nos
mostra o que realmente há naquelas cartas que Simon recebeu de seu pai.
Confesso que, como os protagonistas, eu imaginava que seria algo diferente. Mas
entendo o motivo de ter sido o que foi e concordo que na maioria das vezes as
coisas não são como esperamos, mas nem por isso devemos deixá-las afetar
negativamente nossas vidas. Além disso, temos a oportunidade de ver uma
surpresa linda para Daphne e a presença dos ilustres Colin e Penelope. Ah, e o
amor de Daphne e Simon dá para sentir através das páginas, mesmo depois de
tantos anos de casados, o que é lindo!
Em “O Visconde Que Me Amava” é claro que vamos acompanhar mais uma divertidíssima
partida de Pall Mall, que fez grande sucesso no livro em questão e também é uma
das coisas que os leitores mais gostam em suas obras, segundo a própria Julia. Só
que eu confesso que esperava um pouquinho mais deste conto, porque este é outro
dos meus casais preferidos.
Neste novo
epílogo de “Um Perfeito Cavalheiro”, podemos considerá-lo mais como um spin-off
do que como uma continuação propriamente dita, afinal aqui a história traz como protagonista a irmã mais nova de Sophie, Posy, que foi uma das responsáveis por salvar a
versão da Cinderela de Julia. E temos a chance de vê-la encontrando o seu
verdadeiro amor. Foi lindo, fofo e de fazer suspirar.
Tenho que
confessar que fiquei um pouco decepcionada com “Os Segredos de Colin Bridgerton”.
Não porque tenha sido ruim, porque obviamente não foi – acredito que seja
impossível Quinn escrever algo neste nível. Mas porque coloquei muitas
expectativas, assim como os próprios protagonistas, em algo que acabou
acontecendo de uma forma muito sem graça. Me senti frustrada, confesso. Porque
me lembro, desde que li, que queria saber como seria aquela cena (era uma das
mais esperadas por mim), e a realidade foi bem simples mesmo.
O que eu
mais gostei de “Para Sir Phillip, Com Amor” é que Julia estreou sua escrita em
primeira pessoa com este conto, transformando-o em algo ainda mais especial, e
acho que ela foi muito bem-sucedida. Além do mais, esta história também pode
ser considerada um spin-off do original, afinal é narrado por outra
protagonista, a filha de Phillip, e pudemos conhecer uma Amanda Crane bem
diferente da criança que ela foi no livro, fazendo com que o leitor acabe
gostando ainda mais da mesma. Como este foi o volume que menos gostei dentre
todos, curti ter uma personagem diferente como principal.
O meu epílogo
preferido foi, sem sombra de dúvidas e disparado com relação aos demais, o de
Francesca, “O Conde Enfeitiçado”, que é muito emocionante. Gente, que coisa
mais linda, tocante, fofa, de fazer a gente chorar e ainda sorrir. Essa trama
tem tudo e muito mais e é simplesmente fantástica! Sério, fiquei ainda mais
apaixonada por esse casal e sua história de amor. E Michael, ah, Michael! <3
Uma das perguntas que os leitores mais fizeram com os finais dos livros foi se
Frannie e Michael conseguiram ter um bebê, e emoções vão rolar a solta neste
conto com esta questão sendo trabalhada. Até agora, escrevendo esta resenha,
fico com lágrimas nos olhos de lembrar.
Outro dos
futuros que eu mais precisava ler era
o de “Um Beijo Inesquecível”, afinal, Hyacinth conseguiu ou não encontrar a sua
maior fixação, aquelas malditas joias? Principalmente com o primeiro epílogo,
encontrado no próprio livro, que a gente acaba ficando frustrada e desesperada
(pelo menos eu fiquei) porque Isabella, a filha dela, as acha e devolve ao
local. Eu fiquei pensando: como assim?! Cadê mais páginas para saber se Hyacinth
também teria a chance de encontrá-las e poder sentir aquela sensação de
realização por conseguir o que sempre quis? Que bom que finalmente tivemos uma
resposta!
Um dos meus
livros preferidos foi “A Caminho do Altar”, então estava empolgada por seu
segundo epílogo. Mas devo confessar que também não foi um dos meus preferidos. Este
foi o mais dramático de todos, e a gente tem uma sensação preocupante e meio desesperadora
com o que acontece, porém felizmente tudo tem seu final feliz, o que dá um
alívio imenso no leitor.
Para
finalizar esta obra, há o conto extra, “O Florescer de Violet”, onde finalmente
pudemos conhecer a história de amor mais inspiradora de todas, dos pais desta
família tão amada, Violet e Edmund. Foi lindo, fofo e também muito triste,
claro. Mesmo sabendo do futuro dele (talvez justamente por conta disso), a
gente fica apreensivo e melancólico em cada momento, sabendo que tudo está
maravilhoso, mas não vai durar muito, infelizmente. Confesso que eu esperava um
pouquinho mais de cenas ou um desenvolvimento um tiquinho maior em determinados
momentos, principalmente porque nunca antes tivemos a oportunidade de conhecer
o relacionamento dos dois, que começou ainda na infância, quando um não gostava
do outro ainda. Mas ainda assim foi maravilhoso poder ler, mesmo que poucas
páginas, e fiquei desejando por muito mais. Queria mesmo que Quinn escrevesse
um livro completo com a história deles.
Lá fora, os
volumes também foram publicados assim, com apenas um epílogo e o segundo de
cada um reunido num novo volume, mas agora a editora estrangeira vai relançar toda a série
com os segundos epílogos inclusos em seus “livros de origem”. Porém, eu prefiro
separado mesmo, com um exemplar novo contendo todos os segundos epílogos
juntos, porque desta forma eu pude rever aqueles que já li há bastante tempo (o
primeiro que li, “O Duque e Eu”, foi em 2014), e matar um pouco da saudade dos
primeiros casais, que, inclusive, foram meus preferidos da série.
“E Viveram
Felizes Para Sempre” é um livro lindo, saudosista, amado e maravilhoso, que
merece ser lido por absolutamente todos os fãs da série. Provavelmente nunca
vou amar uma família literária mais do que amo meus adorados Bridgertons. Então
eu só posso pedir a todas as pessoas que gostam de romances que leiam estas
obras, porque com certeza vocês também vão sair apaixonados e felizes depois de
ter nutrido os mais variados sentimentos, e ficar desejando por mais.
Avaliação
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