E Viveram Felizes Para Sempre - Os Bridgertons #09 - Julia Quinn

Quem acompanha o blog ou minhas resenhas, sabe que eu sou uma grande fã de Julia Quinn, que me cativou muito ao longo dos anos com a série “Os Bridgertons”, transformando-se, assim, em uma das minhas autoras preferidas da vida. As histórias desta família maravilhosa são divertidas, deliciosas, possuem personagens imensamente carismáticos e tramas incríveis, que com certeza vão fazer qualquer leitor que curte romances de época se apaixonar perdidamente.
Inclusive foi ela uma das responsáveis por me aventurar e me apaixonar por livros do gênero. Antes de Quinn, só tinha lido uma obra do estilo, mas depois dela não consegui mais largar este mundo de bailes, etiquetas e vestimentas, e quando o romance não era tão frequente em casamentos da alta sociedade, mas com todos os seus personagens, isso é possível. Então passei a me apaixonar por suas tramas e ler com mais fervor cada um dos exemplares desta série magnífica.
Desde 2014 a Editora Arqueiro vem publicando “Os Bridgertons” e este ano a série chegou ao fim com este exemplar que reúne histórias de cada um dos irmãos mais uma extra, contando como os pais, Violet e Edmund, se conheceram, se apaixonaram e viveram uma linda, apesar de curta, história de amor.
Então, “E Viveram Felizes Para Sempre” nada mais é do que uma reunião de segundos epílogos de cada um dos livros anteriores, revelando alguns segredos e coisas que os leitores desejaram saber, mas que ainda não haviam sido expostos originalmente em suas histórias. Julia, então, atendeu aos insistentes e constantes pedidos dos fãs da série e escreveu pequenas histórias sobre os pontos que ficaram em aberto nas tramas originais e que mais gostaríamos de desvendar.
Como se tratam de histórias com revelações de algo que tinha ficado “de fora” dos livros originais de cada personagem, elas podem não fazer sentido para quem não leu as obras, então é aconselhável que leia apenas depois de ler todos os oito livros anteriores ou o ler apenas as correspondentes dos livros que você já leu.
Vou comentar brevemente sobre cada conto, pois assim a resenha não fica gigantesca, afinal são nove histórias, e nem corro o risco de soltar algum spoiler, já que são tramas curtas. Como aconselho que este volume só seja lido inteiramente depois da leitura dos oito volumes anteriores, não vou me estender sobre os personagens, pois os leitores já os conheciam. Mas vou deixar os links de todas as minhas resenhas aqui para quem quiser ler minhas opiniões sobre cada livro, basta clicar no título que será redirecionado.
Os segundos epílogos estão seguindo a mesma ordem dos livros, ou seja, o primeiro é a continuação de “O Duque e Eu” e assim sucessivamente, até “A Caminho do Altar”. Na página antes do início de cada um, Julia escreveu algumas linhas sobre qual assunto ela escolheu como ponto central de cada trama e o motivo de tê-lo feito. E decidiu fechar sua obra com chave de ouro com a história de amor de Violet e Edmund, que, claro, ocorreu bem antes do primeiro volume, mas aqui foi apresentado por último.



Amei rever um dos meus casais preferidos no segundo epílogo de “O Duque e Eu”, que nos mostra o que realmente há naquelas cartas que Simon recebeu de seu pai. Confesso que, como os protagonistas, eu imaginava que seria algo diferente. Mas entendo o motivo de ter sido o que foi e concordo que na maioria das vezes as coisas não são como esperamos, mas nem por isso devemos deixá-las afetar negativamente nossas vidas. Além disso, temos a oportunidade de ver uma surpresa linda para Daphne e a presença dos ilustres Colin e Penelope. Ah, e o amor de Daphne e Simon dá para sentir através das páginas, mesmo depois de tantos anos de casados, o que é lindo!
Em “O Visconde Que Me Amava” é claro que vamos acompanhar mais uma divertidíssima partida de Pall Mall, que fez grande sucesso no livro em questão e também é uma das coisas que os leitores mais gostam em suas obras, segundo a própria Julia. Só que eu confesso que esperava um pouquinho mais deste conto, porque este é outro dos meus casais preferidos.
Neste novo epílogo de “Um Perfeito Cavalheiro”, podemos considerá-lo mais como um spin-off do que como uma continuação propriamente dita, afinal aqui a história traz como protagonista a irmã mais nova de Sophie, Posy, que foi uma das responsáveis por salvar a versão da Cinderela de Julia. E temos a chance de vê-la encontrando o seu verdadeiro amor. Foi lindo, fofo e de fazer suspirar.
Tenho que confessar que fiquei um pouco decepcionada com “Os Segredos de Colin Bridgerton”. Não porque tenha sido ruim, porque obviamente não foi – acredito que seja impossível Quinn escrever algo neste nível. Mas porque coloquei muitas expectativas, assim como os próprios protagonistas, em algo que acabou acontecendo de uma forma muito sem graça. Me senti frustrada, confesso. Porque me lembro, desde que li, que queria saber como seria aquela cena (era uma das mais esperadas por mim), e a realidade foi bem simples mesmo.
O que eu mais gostei de “Para Sir Phillip, Com Amor” é que Julia estreou sua escrita em primeira pessoa com este conto, transformando-o em algo ainda mais especial, e acho que ela foi muito bem-sucedida. Além do mais, esta história também pode ser considerada um spin-off do original, afinal é narrado por outra protagonista, a filha de Phillip, e pudemos conhecer uma Amanda Crane bem diferente da criança que ela foi no livro, fazendo com que o leitor acabe gostando ainda mais da mesma. Como este foi o volume que menos gostei dentre todos, curti ter uma personagem diferente como principal.
O meu epílogo preferido foi, sem sombra de dúvidas e disparado com relação aos demais, o de Francesca, “O Conde Enfeitiçado”, que é muito emocionante. Gente, que coisa mais linda, tocante, fofa, de fazer a gente chorar e ainda sorrir. Essa trama tem tudo e muito mais e é simplesmente fantástica! Sério, fiquei ainda mais apaixonada por esse casal e sua história de amor. E Michael, ah, Michael! <3 Uma das perguntas que os leitores mais fizeram com os finais dos livros foi se Frannie e Michael conseguiram ter um bebê, e emoções vão rolar a solta neste conto com esta questão sendo trabalhada. Até agora, escrevendo esta resenha, fico com lágrimas nos olhos de lembrar.
Outro dos futuros que eu mais precisava ler era o de “Um Beijo Inesquecível”, afinal, Hyacinth conseguiu ou não encontrar a sua maior fixação, aquelas malditas joias? Principalmente com o primeiro epílogo, encontrado no próprio livro, que a gente acaba ficando frustrada e desesperada (pelo menos eu fiquei) porque Isabella, a filha dela, as acha e devolve ao local. Eu fiquei pensando: como assim?! Cadê mais páginas para saber se Hyacinth também teria a chance de encontrá-las e poder sentir aquela sensação de realização por conseguir o que sempre quis? Que bom que finalmente tivemos uma resposta!
Um dos meus livros preferidos foi “A Caminho do Altar”, então estava empolgada por seu segundo epílogo. Mas devo confessar que também não foi um dos meus preferidos. Este foi o mais dramático de todos, e a gente tem uma sensação preocupante e meio desesperadora com o que acontece, porém felizmente tudo tem seu final feliz, o que dá um alívio imenso no leitor.
Para finalizar esta obra, há o conto extra, “O Florescer de Violet”, onde finalmente pudemos conhecer a história de amor mais inspiradora de todas, dos pais desta família tão amada, Violet e Edmund. Foi lindo, fofo e também muito triste, claro. Mesmo sabendo do futuro dele (talvez justamente por conta disso), a gente fica apreensivo e melancólico em cada momento, sabendo que tudo está maravilhoso, mas não vai durar muito, infelizmente. Confesso que eu esperava um pouquinho mais de cenas ou um desenvolvimento um tiquinho maior em determinados momentos, principalmente porque nunca antes tivemos a oportunidade de conhecer o relacionamento dos dois, que começou ainda na infância, quando um não gostava do outro ainda. Mas ainda assim foi maravilhoso poder ler, mesmo que poucas páginas, e fiquei desejando por muito mais. Queria mesmo que Quinn escrevesse um livro completo com a história deles.


Lá fora, os volumes também foram publicados assim, com apenas um epílogo e o segundo de cada um reunido num novo volume, mas agora a editora estrangeira vai relançar toda a série com os segundos epílogos inclusos em seus “livros de origem”. Porém, eu prefiro separado mesmo, com um exemplar novo contendo todos os segundos epílogos juntos, porque desta forma eu pude rever aqueles que já li há bastante tempo (o primeiro que li, “O Duque e Eu”, foi em 2014), e matar um pouco da saudade dos primeiros casais, que, inclusive, foram meus preferidos da série.
“E Viveram Felizes Para Sempre” é um livro lindo, saudosista, amado e maravilhoso, que merece ser lido por absolutamente todos os fãs da série. Provavelmente nunca vou amar uma família literária mais do que amo meus adorados Bridgertons. Então eu só posso pedir a todas as pessoas que gostam de romances que leiam estas obras, porque com certeza vocês também vão sair apaixonados e felizes depois de ter nutrido os mais variados sentimentos, e ficar desejando por mais.
Avaliação



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