A Melodia Feroz - Monstros da Violência #01 - Victoria Schwab

Quando surgiu a oportunidade de ler a prova antecipada de “A Melodia Feroz”, não me contive de felicidade, já que a sinopse me chamou muita atenção e só escuto elogios a Victoria Schwab, autora que ainda não tinha tido a chance de conhecer. Como gosto muito de livros que trazem uma história cheia de ação, misturada com fantasia, distopia e personagens incríveis, e a sinopse deste título prometia tudo isso e muito mais, tinha certeza de que iria adorar a obra. Por isso, assim que peguei meu exemplar em mãos, passei-o na frente da minha pilha de leituras, e, agora, venho compartilhar com vocês as minhas opiniões. Por esta ser a resenha de uma prova antecipada, não vou poder falar dos detalhes gráficos nem nada do tipo, apenas sobre a trama mesmo.
Neste volume vemos que, com o aumento dos crimes, a violência se tornou algo tão grande, que o universo sofreu um fenômeno, onde passaram a surgir demônios e sombras no mundo. Com isso, as cidades começaram a se fechar e ficar com medo de receber novos moradores, pois não sabiam se eram pecadores ou não, fazendo com que as pessoas começassem a se isolar. Esses demônios passaram a receber três tipos de classificação: os Corsais, que se alimentam da carne e ossos humanos, e vivem no submundo; os Malchais, que precisam de sangue para sobreviver e andam pelas ruas como pessoas. Ambos são terríveis, maldosos e traiçoeiros, uma grande ameaça para a raça humana, e representam o maior número de monstros.  E, por fim, os Sunais, monstros raros, capazes de saciar sua fome, tendo como o alimento a alma dos seres humanos que já são corrompidas pelo mal. Eles aparecem em crimes muito sombrios, que têm diversas vítimas. Eles são uma ameaça direta, não só à vida dos humanos, mas também aos Malchais e Corsais. São seres misteriosos, poderosos e enigmáticos.
É nesse ambiente que nossa história se passa, e conhecemos a cidade V. Ela é dividida entre o Norte e o Sul, e cada uma delas é comandada por um líder; no Norte temos Callum Harker, um bandido do pior tipo, que com o surgimento dos demônios passou a cobrar para proteger as pessoas, e do lado Sul temos Henry Flynn, que durante o Fenômeno criou uma Força-Tarefa com intuito de acabar com os demônios, reduzindo o seu número, e de deter os criminosos. Por conta de uma guerra que os dois líderes tiveram no passado, e que acabou causando um colapso na cidade, ambos resolveram firmar um tratado de paz, porém esse acordo está prestes a acabar.
Conhecemos, então, dois personagens muito importantes nessa trama, Kate Harker, que é a única filha de Callum Harker, e deseja fortemente seguir os passos do pai. Para isso, ela quer a todo custo provar que não é fraca como a sua mãe, e que pode, sim, dirigir a cidade com a mesma força que ele, tornando-se sua sucessora. Mas, todos os seus esforços muitas vezes são em vão, já que o pai sempre acaba evitando-a. E August Flynn, filho caçula de Henry Flynn, que deseja mais do que tudo ir para a força tarefa e ajudar seu pai, porém Henry e a sua esposa, Emily, são bem protetores e temem por sua segurança, apesar de ele nem sequer ser humano.
Certo dia, August recebe a missão de se aproximar da jovem Kate, já que ambos têm a mesma idade, para o caso de uma possível guerra vir à tona. Ele é Sunai, mas é cheio de sentimentos como um humano, e luta constantemente para não se levar pelo mal. Diferente de Kate, que quer mostrar para todos os alunos a sua força, August prefere ficar longe de toda aglomeração, passando despercebido pelas pessoas. Ele é complexo, sensível e, ao primeiro olhar, parece ser ingênuo e inocente. Disfarçado de um garoto comum, ele segue com a missão que lhe foi dada.
É nesse cenário que nossa trama se desenvolve e somos apresentados a esse universo bem diferente. Gostei bastante de tudo, já que nunca tinha lido um livro assim, por isso achei cada detalhe bem criativo. Como ainda é o primeiro volume de uma duologia, somos introduzidos nesse universo, mas já encontramos bastante do que podemos esperar do próximo e último livro, “Our Dark Duet”, que será publicado no exterior em junho (ainda sem previsão do lançamento nacional, mas não acho que vá demorar muito).
O livro é narrado em terceira pessoa, alternando o ponto de vista dos nossos protagonistas, Kate e August, o que curti bastante, já que assim conseguimos entender cada detalhe de uma forma mais ampla, e saber tudo o que estava ocorrendo com os dois, dando-nos uma maior perspectiva em relação à história.
A narrativa é rápida e fluida, nos prendendo em todos os momentos com personagens incríveis, cada um nos cativando com o seu jeito de ser, e ainda cenas eletrizantes e cheia de ação. Além disso, foi bem gostoso acompanhar esses dois protagonistas tão complexos.
A capa original foi mantida, é fantástica e tem muito a ver com o conteúdo, além de ser linda, única, e chamar a atenção. Adorei a tipografia do título e acho que combinou muito com a imagem. A capa da sequência seguirá um padrão com essa, só que com outro jogo de cores e acho isso incrível. Como falei no início da resenha, não posso comentar muito sobre a diagramação, pois meu exemplar não é o oficial finalizado ainda, mas depois volto com fotos para mostrar a vocês como ficou a edição nacional da Editora Seguinte.
Com uma narrativa gostosa, que flui muito bem e é recheada de reviravoltas, uma pegada de ação e personagens maravilhosos, esse livro conseguiu me conquistar a cada virada de página com um pano de fundo instigante e surpreendente. Fiquei viciada nesta leitura, que, diferente das demais, traz um tema ainda não muito abordado (pelo menos eu não lembro de ter lido nada semelhante), que é essa mistura de monstros e humanos, em uma distopia de fantasia urbana. Se você, assim como eu, curte livros deste estilo, não pode deixar de ler “A Melodia Feroz”, que, além de tudo, traz protagonistas que conseguem te encantar em todos os momentos.
Avaliação



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