Eu já
acompanhava a autora Jessica Brody há alguns anos, inclusive tenho o seu autógrafo
no meu exemplar de Karma Club da vez em que veio ao Brasil. Quando vi que ela
iria lançar um livro pela Rocco, fiquei imensamente feliz. Gosto muito quando
algum autor que curto publica mais títulos e, melhor ainda, quando eles são
traduzidos no Brasil. Quando li a sinopse desta obra, fiquei encantada com a
premissa da história e logo o passei na frente de outros títulos na minha pilha
de leituras.
Neste volume
conhecemos Violet, uma menina de dezesseis anos (idade que estipularam para
ela), que foi encontrada ilesa e sem memória em meio aos destroços de um
acidente de avião no oceano pacífico, do qual ela foi a única sobrevivente. Ela
não se lembra de absolutamente nada sobre a sua vida, nem sua idade ou seu
nome, e nem de onde veio. A única coisa que se lembra é do ano de 1609, e
também não se recorda de coisas como escovar os dentes, lembrar do gosto da
comida ou saber o que é uma televisão.
Violet é um
grande mistério, já que, além de não saber nada sobre si, as investigações
apontam que ela não estava na lista de passageiros do avião e também não aparece
em nenhum sistema do governo. Era como se ela não existisse. Junto ao fato de
ter uma beleza estonteante e diferente, já que tem lindos e belos olhos na cor
violeta. Seu rosto passa a estampar todos os jornais e a menina vira a sensação
da mídia.
Ela começa a
descobrir coisas sobre si mesma, como falar perfeitamente outras línguas e
resolver equações matemáticas consideradas bem difíceis, etc. Um menino que diz
lhe conhecer aparece na vida de Violet, falando que seu nome na verdade é
Seraphina, e que a mesma não deve confiar em ninguém já que está correndo um
grande perigo. Ele menciona um medalhão, mas sempre some antes de dar mais
respostas, fazendo com que nossa protagonista fique ainda mais cheia de
perguntas.
Após o
hospital fazer vários testes e constatar que ela não tinha nada, o governo resolve
designá-la a uma família adotiva temporária. Sendo enviada para morar em uma
cidadezinha com sua nova família, nossa protagonista começa a achar que pode
ter uma vida normal, mesmo sem saber sobre o seu passado. E é Cody, o filho o
casal para quem ela foi designada, que a ajuda a tentar descobrir mais sobre si
mesma. Entramos, então, junto com nossa protagonista, em uma grande aventura em
busca de respostas sobre tudo o que está ocorrendo em sua vida.
O livro é
narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Violet, o que foi bem legal,
já que assim conseguimos acompanhar tudo o que ela estava passando e sentindo,
deixando a história ainda mais próxima do leitor. Gostei bastante desse tipo de
narrativa, pois acho que combinou com o estilo da história, uma vez que vamos
descobrindo tudo junto com Violet.
A capa
original foi mantida, e eu posso dizer que a acho interessante, apesar de não
ser algo que chame muito a minha atenção. A diagramação do texto está
confortável para uma leitura agradável, e as folhas são amarelas.
Essa obra
faz parte da trilogia “Unremembered”, que já teve todos os seus volumes
publicados lá fora, mas apenas o primeiro no Brasil, já que é um lançamento
recente da Rocco Jovens Leitores. Além dos livros sequenciais, a autora escreveu
seis contos, publicados lá fora em e-book. Ainda não há informações sobre a
publicação destes extras no Brasil, mas vamos torcer para que cheguem por aqui
também.
Com uma
narrativa rápida, fluida e cheia de drama, esse título consegue nos prender a
cada virada de página com personagens maravilhosos. Gostei bastante de Cody, e
acho que ele deu um show à parte, fazendo com que a história ficasse ainda mais
envolvente.
Recomendo “Inesquecível”
para todo mundo que esteja buscando uma história que consegue nos cativar em
todos os momentos, não só pelos personagens, mas também pelo pano de fundo, que
traz uma narrativa gostosa e cheia de mistérios, e que faz com que a gente não
saía da veracidade das informações que recebemos, nos deixando cheio de dúvidas
e instigados a encontrar respostas. O final acabou de um jeito que precisamos
ler o próximo, e eu não vejo a hora de poder tê-lo em mãos.
Avaliação
Nenhum comentário:
Postar um comentário