Will
Montgomery é um jogador de futebol americano profissional bem-sucedido, que faz
sucesso com as mulheres. Rico, bonito, e famoso, ele pode ter tudo o que quer.
Ou quase tudo, porque quando se interessa pela sexy enfermeira, amiga de sua
irmã, e ela não lhe dá a mínima, ele sente que precisa conquistá-la. E mais:
provar que não é o babaca arrogante que ela tem certeza de que ele é.
Só que essa
não vai ser uma tarefa nada fácil, afinal Megan McBride não vai entregar seu
coração facilmente a ninguém, mesmo que ele seja maravilhoso, fofo e ótimo de
cama. Afinal, ela já sofreu muito na vida e sempre que se deixa amar alguém, a
pessoa vai embora, lhe deixando sozinha – foi o que aconteceu com sua família e
amigo próximo.
Mas é claro
que Will não vai desistir e fará de tudo para conquistar a bela Megan, dona de
uma personalidade forte e encantadora, que arrebatou seu coração, sua mente e
seu corpo. Mas será que nossa protagonista vai ser capaz de voltar a amar
alguém um dia – e irá admitir isso para a pessoa e, mais importante, para ela
mesma?
Kristen
Proby escreve histórias picantes e divertidas com personagens incríveis,
daquele tipo que desejamos ter como amigos. Eu gosto de seus livros, apesar de
não amá-los, então sempre que um novo título da autora é publicado, já saio
correndo para lê-lo.
“Joga
Comigo” é o terceiro livro da série “With Me in Seattle”, cujos protagonistas,
obviamente, vivem em Seattle, e pertencem a um grupo de amigos. No primeiro
volume, “Fica Comigo”, conhecemos Natalie, uma fotógrafa profissional adorável.
No segundo, “Luta Comigo” (clique nos títulos para conferir minhas resenhas),
foi a vez de sua melhor amiga, Jules, vivenciar sua própria história de amor.
Agora, temos a chance de conhecer uma amiga de faculdade das duas, Megan, que
formava um trio inseparável na época, mas que havia se distanciado um pouco com
o tempo. Seu par é Will Montgomery, um dos irmãos de Jules.
Vi bastante
gente comentando super bem deste livro, que era ainda melhor do que os
anteriores, então estava bastante ansiosa para conferi-lo, por isso, assim que
tive oportunidade, corri para começar minha leitura. Eu gostei da obra, mas a
primeira da série ainda é minha preferida.
As histórias
ocorrem em tempos próximos, com algumas cenas simultâneas uns com os outros. No
caso deste exemplar, tivemos a chance de ver Megan conhecendo Will em um
momento no livro dois, e agora pudemos ver a cena sob a perspectiva dela, o que
foi bem interessante – eu pelo menos adoro ver o que ambas as pessoas estão
pensando sobre uma mesma interação, afinal podem ser pontos de vistas opostos,
o que ocorreu aqui.
Algo que
gostei muito foi que a autora explorou um passado dramático e intenso de Megan,
fazendo com que a gente tenha a oportunidade de conhecer um lado triste da
protagonista, mas também de superação, luta e força. Eu adorei conhecê-la mais
a fundo, e a acho uma mulher incrível que eu gostaria mesmo de ter como amiga
se ela existisse na vida real.
O romance
entre o casal é fofo e apaixonante, só que o começo é rápido demais e a
intensificação dos sentimentos ocorre também num período muito curto de tempo.
Ainda gosto mais quando todo esse clima entre os personagens demora um pouco
para resultar em algo físico, quando o autor explora mais os sentimentos antes
de começarem um relacionamento. Mas quem gosta de ação o quanto antes, vai
curtir como as coisas acontecem aqui – não tão rápido quanto em outros volumes,
mas também não demora.
Uma coisa
que me incomodou em Will é que, apesar de ter boas intenções em todas as coisas
que fez, nunca parava para conversar com Megan sobre o que gostaria de fazer
por ela. Ele simplesmente fazia, escondido, e depois só precisava remediar um
pouco a situação (com sexo geralmente). Eu, particularmente, não gostaria de
estar num relacionamento assim, porque iria sentir que ele poderia estar
escondendo outras coisas de mim e também ia achar que ele não valorizava minha
opinião, já que nunca a pedia. Mas sei que há pessoas que não se incomodam com
isso, então essa característica do personagem me chatear é algo bastante
pessoal mesmo.
Por outro
lado, ele é um amor de pessoa, muito fofo, apaixonante, paciente, sempre
preocupado em fazer o que estiver ao seu alcance para ajudar os outros,
principalmente aqueles por quem nutre um carinho especial. E, tirando essa
mania que citei acima, eu adorei o personagem completamente, que me fez
suspirar em muitos momentos, e gostaria de ter alguém parecido em minha vida,
definitivamente.
Por conta da
profissão de Megan como enfermeira num hospital com pacientes infantis com
câncer, há uma carga bem dramática neste volume, que trouxe cenas bem tristes,
e uma delas faz o leitor ir às lágrimas completamente (me senti frustrada com
algo, o que deixa ainda mais evidente em mim que essa nunca seria uma profissão
que eu poderia aguentar emocionalmente). Então considero que há um clima um
pouco mais pesado neste do que nos demais, mas a autora não se fixa muito nisso
e também há bastante cenas alegres, divertidas e outras intensas, apaixonantes
e quentes.
Mas algumas
coisas me irritaram neste volume, principalmente por conta da protagonista que
aceitava as coisas que outras pessoas faziam com ela, mesmo que primeiramente
houvesse dito não. Vou dar dois exemplos porque foram os que mais me
incomodaram.
O primeiro e
mais importante deles é que ela tem um problema com a mãe, e pede para Will não
se meter e não lhe dar dinheiro de maneira alguma. Ela lhe pede para prometer
que não vai fazer isso, ele não aceita fazer essa promessa, mas pede para
confiar nele. Não considero que isso seja um spoiler, porque obviamente a gente
já sabe desde o primeiro momento o que vai acontecer, mas se você ainda não
entendeu, não leia o resto deste parágrafo. É claro que ele se mete e dá a mãe
dela uma quantia exorbitante de dinheiro. Ela reclama por dois minutos e depois
já está fazendo um sexo selvagem com ele. Isso me tirou do sério completamente!
Meg não tem personalidade? Se disse não, ele tem que aceitar suas palavras, por
mais que não concorde, afinal é a vida dela e de seu relacionamento com a mãe,
que diz respeito apenas a Meg. O máximo que podia ter acontecido é ele ter
conversado com ela até convencê-la, não agir pelas suas costas e ela ficar
brava com razão, afinal foi algo que pediu inúmeras vezes para ele não fazer.
Mas logo depois desiste e fica tudo maravilhoso e com direito a sexo selvagem?
Não dá!
Outro ponto
nesse estilo, mas desta vez com relação a Leo, seu melhor amigo e quem
considerava um irmão. Meg ficou falando sobre ele, sua decepção com relação ao
rapaz e uma atitude que ele tomou no passado o livro inteiro, e como ela estava
frustrada e triste com tudo isso. Claro que eles se encontram em determinado
momento e eles nem mesmo conversam e ela já o perdoa só de cantar com ele, ou
seja, todo seu ressentimento parece que nem existia mais do nada!
No exterior,
essa série é bem extensa e conta com oito volumes mais três contos extras. No
Brasil, três livros foram lançados além de um e-book gratuito, “Um Natal Comigo”,
que é um dos contos bônus da série. E a Editora Charme pretende continuar
publicando a mesma, o que é ótimo para nós, leitores brasileiros. Os demais
livros serão protagonizados por Leo, um amigo de Megan que teve bastante
importância em sua vida e em seu passado, pelos outros irmãos de Jules, Caleb e
Matt, e outros personagens que ainda não conhecemos, mas que têm relação com
algum dos citados. Estou bastante curiosa para conhecer todas essas histórias,
então espero que a editora não demore a publicá-las por aqui.
“Joga
Comigo” é um romance leve, divertido e fofo, com uma protagonista forte e
decidida, e um mocinho apaixonante que vai fazer muita gente suspirar, além de
cenas bem quentes e um romance adorável. Se você gosta de romances eróticos, a
série “With Me in Seattle” é uma ótima pedida!
Avaliação
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