Bridget Jones: No Limite da Razão - Bridget Jones #02 - Helen Fielding

Depois de nos deixar ler seu diário anterior, Bridget Jones volta com mais cenas de fazer gargalhar. Agora que arrumou um namorado para lá de especial e vai poder se livrar das piadinhas sobre sua solteirice, ela ganhou mais confiança, mas também se mete em ainda mais enrascadas. Seja seguindo as dicas dos mais variados livros de autoajuda, enfrentando jantares com situações esquisitas, passando uma temporada numa prisão tailandesa ou participando de conversas desconfortáveis, Bridget sempre tenta lidar com cada situação da melhor maneira possível e transmitindo muito humor para todos ao seu redor. Em “Bridget Jones: No Limite da Razão”, podemos acompanhá-la em mais momentos inusitados e com muita diversão. E Mark Darcy está ali também para, claro, nos fazer suspirar!
Devo dizer que sou fã de Bridget Jones. Ela é uma personagem divertida e espirituosa que me fez rir em diversas situações. Acredito, inclusive, que o primeiro chick-lit que eu li na vida foi o volume anterior desta série, “O Diário de Bridget Jones” (clique no título para ler a resenha com minhas opiniões), muitos anos atrás. Lembro que tinha me apaixonado e ficado viciada na escrita da autora. Nessa releitura que fiz de suas obras, começando no ano passado, posso dizer que continuei adorando-as, então não poderia deixar de recomendá-las para todos os leitores que curtem livros despretensiosos, leves e com uma grande pitada de humor.
Confesso que, quando reli o volume inicial desta vez, algumas coisinhas me incomodaram, que não me recordo se tiveram o mesmo efeito naquela primeira vez que o li anos atrás. Esse segundo também não é perfeito, mas o achei ainda melhor do que o anterior, então estou muito feliz de saber que, mesmo depois de tanto tempo e de tantas coisas que vivenciei, essa personagem tão querida continua merecendo um espacinho nas personagens memoráveis que já conheci e gostei.
Esse exemplar também é mais divertido e engraçado. Bridget passa por diversas situações inusitadas que só ela mesmo poderia vivenciar. Em alguns desses momentos, ri bastante. Em outros, fiquei desesperada para que ela agisse com um pouquinho de mais maturidade, mas mesmo assim me peguei sorrindo.
Em alguns desses acontecimentos ela mesmo é a “culpada”, já que não consegue se concentrar em outra coisa ou então se mete em algo por livre e espontânea vontade. E em outras ela consegue tirar o melhor proveito da situação, mesmo que seja algo ruim, transformando circunstâncias péssimas em algo mais ameno e até mesmo conseguindo tirar algum divertimento ou ensinamento daquilo da melhor maneira. Admirei a personagem nessas horas e fiquei desejando ser igual a ela, podendo vivenciar momentos tensos, tristes ou desesperadores com mais leveza e menos preocupação.
Só achei que podia ter tido mais Mark Darcy do que de fato teve, principalmente porque o mal-entendido que rolou entre eles poderia ter sido facilmente evitado ou resolvido, mas isso só aconteceu lá nas últimas páginas, o que acabou sendo bastante frustrante. Ainda mais se levarmos em conta o quanto ela ficava falando/pensando nele o livro inteiro.
A trama é espirituosa e envolvente, a escrita da autora é bem gostosa e flui muito bem, daquele jeito que a gente nem percebe o tempo passar e não consegue parar de ler e, quando nos damos conta, já estamos fechando a última página com uma sensação deliciosa de ter passado aquele tempinho na companhia de personagens tão carismáticos, principalmente a protagonista meio maluquinha, Bridget, e o apaixonante Mark Darcy.
Como comentei na resenha anterior, mesmo que esta obra tenha sido publicada originalmente há duas décadas, ainda consegue ser bem atual, trazendo à tona pensamentos e questões que nós, mulheres, passamos no nosso dia a dia. É fácil se identificar com a protagonista ou pelo menos com alguma das cenas que ela vivencia ou com as pessoas que conhece. E isso é realmente muito bacana, pois nos aproxima da leitura como se Bridget fosse nossa amiga íntima.
Essa edição foi publicada em 2016 em comemoração aos 20 anos da publicação original de “O Diário de Bridget Jones” no exterior. A Editora Paralela comprou os direitos das obras de Helen Fielding, relançando os dois primeiros volumes com nova edição, trabalho gráfico e tradução. O terceiro livro (que eu finjo que nem existe porque não tem como aceitar aquilo) foi o único que não ganhou nova edição com capa ilustrada combinando (mas existe uma capa produzida pela editora), o que eu não ligo, porque realmente não me interesso por essa obra. E o quarto volume, que seria na verdade uma continuação do segundo, “O Bebê De Bridget Jones: Os Diários”, foi publicado pela primeira vez também no ano passado, mas já com a nova capa – a resenha dele sai em breve aqui no blog.
Gosto muito desse novo projeto gráfico das obras de Helen Fielding, que traz capas com cores fortes, ilustrações bem bonitas e acabamento soft touch, além de páginas amarelas. Juntos ficam lindos na estante. A diagramação interna também está bem feita e confortável para uma leitura fácil.
Para todos aqueles que adoram personagens atrapalhadas, engraçadas e gente como a gente, convido a conhecer ou rever uma das mais famosas dos chick-lits: Bridget Jones. Em meio a situações inusitadas, entrevistas engraçadas, viagens com resultados inesperados e um romance adorável, esse livro também vai conquistar você!
Avaliação



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