Depois de
nos deixar ler seu diário anterior, Bridget Jones volta com mais cenas de fazer
gargalhar. Agora que arrumou um namorado para lá de especial e vai poder se
livrar das piadinhas sobre sua solteirice, ela ganhou mais confiança, mas
também se mete em ainda mais enrascadas. Seja seguindo as dicas dos mais variados
livros de autoajuda, enfrentando jantares com situações esquisitas, passando
uma temporada numa prisão tailandesa ou participando de conversas
desconfortáveis, Bridget sempre tenta lidar com cada situação da melhor maneira
possível e transmitindo muito humor para todos ao seu redor. Em “Bridget Jones:
No Limite da Razão”, podemos acompanhá-la em mais momentos inusitados e com
muita diversão. E Mark Darcy está ali também para, claro, nos fazer suspirar!
Devo dizer
que sou fã de Bridget Jones. Ela é uma personagem divertida e espirituosa que
me fez rir em diversas situações. Acredito, inclusive, que o primeiro chick-lit
que eu li na vida foi o volume anterior desta série, “O Diário de Bridget Jones”
(clique no título para ler a resenha com minhas opiniões), muitos anos atrás.
Lembro que tinha me apaixonado e ficado viciada na escrita da autora. Nessa
releitura que fiz de suas obras, começando no ano passado, posso dizer que
continuei adorando-as, então não poderia deixar de recomendá-las para todos os leitores
que curtem livros despretensiosos, leves e com uma grande pitada de humor.
Confesso
que, quando reli o volume inicial desta vez, algumas coisinhas me incomodaram,
que não me recordo se tiveram o mesmo efeito naquela primeira vez que o li anos
atrás. Esse segundo também não é perfeito, mas o achei ainda melhor do que o
anterior, então estou muito feliz de saber que, mesmo depois de tanto tempo e
de tantas coisas que vivenciei, essa personagem tão querida continua merecendo
um espacinho nas personagens memoráveis que já conheci e gostei.
Esse
exemplar também é mais divertido e engraçado. Bridget passa por diversas
situações inusitadas que só ela mesmo poderia vivenciar. Em alguns desses
momentos, ri bastante. Em outros, fiquei desesperada para que ela agisse com um
pouquinho de mais maturidade, mas mesmo assim me peguei sorrindo.
Em alguns
desses acontecimentos ela mesmo é a “culpada”, já que não consegue se
concentrar em outra coisa ou então se mete em algo por livre e espontânea
vontade. E em outras ela consegue tirar o melhor proveito da situação, mesmo
que seja algo ruim, transformando circunstâncias péssimas em algo mais ameno e
até mesmo conseguindo tirar algum divertimento ou ensinamento daquilo da melhor
maneira. Admirei a personagem nessas horas e fiquei desejando ser igual a ela,
podendo vivenciar momentos tensos, tristes ou desesperadores com mais leveza e menos
preocupação.
Só achei que
podia ter tido mais Mark Darcy do que de fato teve, principalmente porque o mal-entendido
que rolou entre eles poderia ter sido facilmente evitado ou resolvido, mas isso
só aconteceu lá nas últimas páginas, o que acabou sendo bastante frustrante. Ainda
mais se levarmos em conta o quanto ela ficava falando/pensando nele o livro
inteiro.
A trama é espirituosa
e envolvente, a escrita da autora é bem gostosa e flui muito bem, daquele jeito
que a gente nem percebe o tempo passar e não consegue parar de ler e, quando
nos damos conta, já estamos fechando a última página com uma sensação deliciosa
de ter passado aquele tempinho na companhia de personagens tão carismáticos,
principalmente a protagonista meio maluquinha, Bridget, e o apaixonante Mark
Darcy.
Como
comentei na resenha anterior, mesmo que esta obra tenha sido publicada
originalmente há duas décadas, ainda consegue ser bem atual, trazendo à tona
pensamentos e questões que nós, mulheres, passamos no nosso dia a dia. É fácil
se identificar com a protagonista ou pelo menos com alguma das cenas que ela
vivencia ou com as pessoas que conhece. E isso é realmente muito bacana, pois
nos aproxima da leitura como se Bridget fosse nossa amiga íntima.
Essa edição
foi publicada em 2016 em comemoração aos 20 anos da publicação original de “O Diário
de Bridget Jones” no exterior. A Editora Paralela comprou os direitos das obras
de Helen Fielding, relançando os dois primeiros volumes com nova edição,
trabalho gráfico e tradução. O terceiro livro (que eu finjo que nem existe
porque não tem como aceitar aquilo) foi o único que não ganhou nova edição com
capa ilustrada combinando (mas existe uma capa produzida pela editora), o que
eu não ligo, porque realmente não me interesso por essa obra. E o quarto
volume, que seria na verdade uma continuação do segundo, “O Bebê De Bridget
Jones: Os Diários”, foi publicado pela primeira vez também no ano passado, mas
já com a nova capa – a resenha dele sai em breve aqui no blog.
Gosto muito
desse novo projeto gráfico das obras de Helen Fielding, que traz capas com
cores fortes, ilustrações bem bonitas e acabamento soft touch, além de páginas
amarelas. Juntos ficam lindos na estante. A diagramação interna também está bem
feita e confortável para uma leitura fácil.
Para todos
aqueles que adoram personagens atrapalhadas, engraçadas e gente como a gente,
convido a conhecer ou rever uma das mais famosas dos chick-lits: Bridget Jones.
Em meio a situações inusitadas, entrevistas engraçadas, viagens com resultados
inesperados e um romance adorável, esse livro também vai conquistar você!
Avaliação
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