A primeira
coisa que me chamou bastante atenção neste título foi a sinopse, que parecia me
trazer uma história incrível, onde a protagonista vai para o passado, bem no
estilo de “Outlander”, série que também gosto muito. Sendo assim, comecei esta
leitura o quanto antes para saber mais sobre a trama que Claire R. McDougall
escreveu.
Em “Véu do
Tempo” conhecemos a história de Maggie, uma mulher de trinta e oito anos que
sofre de epilepsia e viu a sua vida mudar drasticamente por conta dessa condição,
isso porque sua filha sofria da mesma doença e acabou falecendo, seu casamento
não conseguiu sobreviver a tantas coisas ruins e tanta dor, e seu filho está em
um colégio interno.
Com tantos
acontecimentos na vida de nossa protagonista, ela resolve se mudar para uma
casa de campo nas ruínas de Dunadd, local histórico conhecido por ter sido a
sede da realeza da Escócia, para ficar lá por um tempo antes de sua cirurgia
que promete acabar com os ataques epiléticos, porém é bastante perigosa. Sendo
um local bastante afastado onde somente ela e Jim, seu vizinho, moram, Maggie
aproveita do seu tempo para fazer um estudo sobre a caça às bruxas que
aconteceu durante a Inquisição naquela região e escuta várias histórias antigas
sobre aquele local que o seu vizinho lhe conta.
As
convulsões de nossa protagonista passam a aumentar cada vez mais, e depois de
um ataque muito forte, ela acorda no século VIII sem saber se aquilo era um sonho
ou se ela foi transportada para o passado. É nesse passado que ela acaba
conhecendo Fergus, o atraente irmão do rei e guerreiro honrado, e sua filha,
Illa, uma menina de apenas oito anos de idade que é muito parecida com a filha
que Maggie perdeu.
Vemos, então,
nossa protagonista vivendo neste passado e tendo que se adaptar a costumes,
linguagem e crenças totalmente diferentes do que ela estava acostumada, e se
apegando cada vez mais a este universo, fazendo com que ela não queira nem
voltar para a atualidade. Porém, as demandas do presente a chamam de volta.
Será que ela vai conseguir largar tudo o que está construindo nesse novo lugar?
A narrativa
é rápida e fluida, nos deixando viciados e nos prendendo em todos os momentos
com uma trama emocionante e personagens maravilhosos. Gostei bastante de
Maggie, que sofreu muito na vida, transmitindo ao leitor a sua dor de forma
palpável, mas sendo uma mulher determinada e apaixonante, além de muito
carismática. Também curti bastante conhecer Fergus, que é o tipo mocinho, um
herói de guerra que ama a sua filha e que respeita a memória de sua falecida
esposa, também muito carismático, que faz com que a gente torça por eles em
todos os momentos.
Neste volume
encontramos algumas cenas bem tristes e profundas, principalmente por conta da
realidade do século VIII. Deu para ver que a autora teve um belo trabalho de
pesquisa para trazer para a gente esse ambiente. É uma história envolvente do início
ao fim, cheia de reviravoltas e que mostra a força que o amor tem.
A capa é bem
interessante e conta com alguns elementos da trama, a diagramação do texto é
bem confortável para uma leitura fácil, por conta do tamanho da fonte e dos
espaçamentos. Cada início de capítulo conta com uma ilustração de ponteiros de
relógio, e as páginas são amarelas.
É claro que
recomendo este título para todo leitor, que, assim como eu, gosta de uma
história cheia de reviravoltas, com personagens incríveis em uma narrativa
rápida e fluida, que com certeza também vai conquistar você. A história em si é
ótima, e nos deixa com um gostinho de quero mais quando chegamos ao fim.
Avaliação
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