Gosto
bastante de livros jovens que apresentam um romance fofo e nos encantam com
personagens maravilhosos em uma trama leve e descontraída, que é sempre uma boa
pedida depois de ler algo intenso. Esse volume, escrito por Lilian Reis, é
exatamente assim, e ainda consegue fazer a gente se lembrar de uma época
gostosa de nossa vida, e, por isso, sempre que leio obras desse tipo acabo
sentindo uma nostalgia de minha adolescência.
Em “A Garota
de Treze” conhecemos a história de Luce, uma menina de apenas treze anos que
odeia ter essa idade por ser chamada de pirralha e por acreditar que somente as
meninas de dezesseis anos é que são convidadas para sair com garotos mais velhos
e charmosos. Acima de qualquer coisa, ela também odeia o fato de ser BV (boca
virgem). Seus pais são separados e ela acaba tendo dois tipos de relações
totalmente diferentes com eles, já que sua mãe é uma pessoa bem rígida,
enquanto o seu pai prefere deixá-la mais livre, somente com algumas restrições.
Lucinda tem
seu melhor amigo, Bruno, que é apaixonado pela nossa protagonista, e, por este
motivo, sempre está demonstrando os seus sentimentos, sendo super fofo com a
mesma. Mas, por ela não se sentir da mesma forma, está sempre se fazendo de
desentendida. Para piorar as coisas, ele deu uma linda pulseira de aniversário
para Luce, o que fez com que a sua mãe começasse a mandá-la se afastar um pouco
dele.
Certo dia,
ela e sua amiga Rafa vão comprar maquiagens para a nossa protagonista usar nos
momentos em que não está com a sua mãe. E, nesse mesmo dia, aproveitando a
chance que estão bem maquiadas, acabam indo à lanchonete que os adolescentes
mais velhos frequentam, e lá ela conhece uma banda e acaba se apaixonando pelo
vocalista.
Nossa
protagonista sempre quis fazer aula de violão, já tinha até mesmo comprado o
instrumento, mas depois de ver aquela banda sua vontade só aumentou, então
resolveu se matricular. Quando descobriu que aquele menino lindo, que é
vocalista da banda, é ninguém menos do que o seu professor de violão, Noah, ela
fica nas alturas e super empolgada. Até porque ele é lindo, atencioso e um
verdadeiro fofo. Agora, Lucinda entra em uma teia de mentiras, onde ela faz de
tudo para se passar por uma menina de dezesseis anos, e, por este motivo, entra
em várias aventuras e enrascadas.
Luce narra a
sua história em primeira pessoa, como se ela estivesse conversando com a gente,
tipo um diário, fazendo com que o leitor conheça suas opiniões e sentimentos.
Achei bem legal, já que assim conseguimos entender melhor tudo o que estava se
passando com ela nessa fase da vida tão gostosa. Criamos bastante aproximação com
nossa protagonista e, por conta disso, várias vezes queremos entrar na história
para poder aconselhá-la. Eu me peguei sentindo diversos tipos de emoção
enquanto lia este volume, ou seja, ele é daquele tipo de leitura que consegue
mexer com a gente.
A capa é uma
gracinha e tem tudo a ver com o conteúdo, o que só acrescenta pontos a ela.
Adorei a diagramação da Mundo Uno, que conta com ilustrações de uma bonequinha
no início de cada capítulo, além de outros detalhes gráficos, como bilhetinhos
em algumas páginas. O texto está bem diagramado, permitindo uma leitura mais fácil,
e as páginas são amarelas.
Recomendo
esta obra fofa de Lilian Reis para todo mundo que gostar de uma história leve e
fluida, que traz personagens ótimos e muito bem descritos, cada um com o seu
jeitinho de ser, nos conquistando em todos os momentos. Se você curte aquele
tipo de livro que faz você sentir leve e dar bastante risadas, não pode deixar
de ler "A Garota de Treze", que com certeza me deixou com muitas
saudades da minha fase de pré-adolescência, e vai fazer com que todos que estão
com seus treze anos se identifiquem com as coisas vivenciadas por Luce e seus
amigos.
Avaliação
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