Penelope
Featherington nunca foi a mais bela dos bailes, ou uma pretendente cobiçada
pelos homens em nenhum dos muitos anos que frequenta a sociedade londrina. No
decorrer do caminho ela já viveu sob implicância e provocações de outras moças;
já se vestiu de maneira abominável porque sua mãe escolhia as piores cores e
modelos para ela usar, que não lhe favoreciam em nada, pelo contrário, acabavam
lhe desfavorecendo completamente; já viu muitas amigas e outras pessoas se
casarem, incluindo os mais novos; já teve que ouvir sua mãe bolando planos,
colocando-os em prática, e depois desistindo de tudo, já que a considera uma
completa solteirona agora que possui 28 anos; já ouviu o rapaz por quem é
apaixonada, Colin, falar coisas que a magoaram; já foi deixada de lado nos
bailes sem dançar mais vezes do que poderia contar, e também já foi tirada para
dançar por pura pena.
E muitas
outras coisas nada agradáveis. Inclusive já aceitou que vai ser solteirona pelo
resto da vida e não há muito o que se fazer quanto a isso. Mas, nem por conta
de todas essas situações, Penelope deixou de ser uma moça adorável, divertida e
dona de um humor afiado.
Depois de
acompanharmos os romances de três irmãos, Daphne em "O Duque e Eu",
Anthony em "O Visconde Que Me Amava" e Benedict em "Um Perfeito Cavalheiro" (clique nos títulos para conferir as resenhas), agora é a vez
do mais divertido de todos ganhar sua própria história de amor: Colin
Bridgerton, aquele que fez o coração de muitas moças solteiras (e algumas
casadas também) derreterem. Ele é alguém alto astral, simpático, e muito, muito
cobiçado. Afinal, mesmo não tendo títulos, pertence a uma das famílias mais
amadas/temidas de toda a sociedade londrina, e é bastante rico e dono de um
rosto maravilhoso, assim como de uma personalidade incrível. Só que ele não
está nem um pouco a fim de se casar e nem pretende ficar muito tempo em casa,
viajando sempre que possível por diversos lugares do mundo inteiro.
Agora Colin
está de volta a Londres e acaba descobrindo algo que nunca pensou que pudesse
acontecer: seus olhos se fixam em alguém que esteve bem próxima a ele, e ele só
precisava se focar nela para perceber isso. Penelope está mudada, se
transformou em uma moça bela e dona de uma personalidade instigante. Ou será
que foi ele que mudou e agora pôde perceber tudo isso? De uma companhia casual
a alguém que ele quer passar todo o tempo disponível do lado, Penelope vai
mexer com suas estruturas.
Só que ela
acaba descobrindo alguns segredos sobre ele que vão modificar seu modo de
pensar no rapaz, afinal ele tem muito mais por baixo de sua aparência do que
ela poderia ter previsto. E ele também descobre algo muito sério a respeito
dela, que vai complicar a situação ainda mais. Afinal Penelope pode ser uma
grande ameaça a Colin ou pode ser a solução para tudo. Será que eles vão
conseguir combater o que estiver pelo caminho para viver um grande amor ou isso
nunca será possível?
Confesso que
estava esperando muito deste volume, inclusive porque acreditei que o Colin
seria o meu irmão preferido da série. Não foi (este posto ainda ficou com o
Anthony... ai, ai!), mas ainda assim amei-o com muita intensidade.
O título faz
jus ao livro, já que vamos conhecer mais a fundo este personagem tão
carismático de um jeito que nunca antes fomos capazes, afinal, ele também tem
seus lados obscuros, com uma pitada de agonia, drama, melancolia e desejo por
mais. Colin é mais do que um rosto bonito com um sorriso motivador, e vamos,
inclusive, ver o porquê de seu lado aventureiro ser tão aflorado, e ainda
conhecer uma parte mais intelectual dele.
Adoro a
Penelope e amei poder acompanhar uma trama sob sua perspectiva e conhecer mais
de sua personalidade maravilhosa. Sempre desejei mais para ela, desde sua
primeira aparição com seus vestidos feios e vontade de ser/ter mais. Adoro
saber que conseguiu ficar com quem gostava desde novinha, esse tipo de
conexão/história sempre me encanta, e acho que ela combina perfeitamente com
Colin.
Foi
realmente muito bacana, lindo e apaixonante ver o início do relacionamento dos
dois como um casal. De como tudo começou com o fortalecimento da amizade deles,
que já existia apesar de não ser tão forte assim, e como passaram a ser mais
amigos do que antes, mais íntimos e confidentes, e de como isso virou amor.
Daquele tipo que nos faz suspirar e desejar ter algo semelhante para viver
também.
Não sei por
qual motivo, mas desde o primeiro volume acreditava que seria neste quarto que,
finalmente, iríamos descobrir a identidade de Lady Whistledown. E não estava
enganada! Mas confesso que nas minhas conjecturas eu pensava que seria uma
outra pessoa, próxima da correta, é verdade, mas errei feio. Admito que fiquei
um pouquinho decepcionada quando a revelação foi feita, mas no final acabei
curtindo bastante. E fazia sentido ser essa pessoa, mas eu esperava alguém
menos “óbvio”, com motivações mais difíceis de serem percebidas.
A narrativa
é em terceira pessoa e acompanha ambos os protagonistas, Colin e Penelope. Este
é meu segundo jeito preferido de conhecer uma história, porque temos uma visão
bem ampla ao mesmo tempo em que podemos entender perfeitamente os sentimentos
dos personagens principais. E Julia sabe como nos aproximar deles e nos fazer
ficar encantados com tudo o que estamos lendo sempre.
O que eu
mais gosto da série Os Bridgertons é justamente a família. A interação entre
todos os membros e também com pessoas próximas é realmente incrível e
encantadora, de um jeitinho todo especial que nos deixa cheios de vontade de
pertencer àquelas páginas só para também fazer parte daquilo de verdade. Sou completamente
apaixonada por todos os membros, os que nasceram com o nome e também aqueles
que passam a fazer parte desta grande família. Claro que já fico até mesmo
desejando por livros com alguns dos filhos deles, para podermos ver um pouco
mais do futuro destes personagens tão encantadores.
A única
coisa que eu sinto falta nestes livros é uma cena de casamento, porque em
nenhum deles temos este privilégio (pelo menos nos que li). Sei que esta
ocasião era diferente naquela época e, por isso mesmo, gostaria de “ver” quando
ocorre, o que nunca é possível porque as escritoras cortam a cena e já passam
para o que aconteceu depois daquela situação, só comentando por alto o que
ocorreu. Mas queria poder ler este momento tão especial e que pode ser
romântico, mesmo que as circunstâncias da época não permitissem tanto assim.
Amo esta
capa, que com certeza é a minha preferida da série junto com a do sexto volume,
“O Conde Enfeitiçado”. A diagramação segue um padrão com os demais livros da
série, sendo bastante confortável para uma leitura fácil, e as páginas são
amarelas.
A série
possui um total de nove volumes, sendo oito protagonizados por cada um dos
filhos de Violet e Edmund Bridgerton, e o último com nove contos: oito segundos
epílogos, contando um pouco mais sobre cada casal, mais um extra contando a
história de amor dos pais, como eles se conheceram e ficaram juntos. Aqui no
Brasil todos foram publicados com exceção deste de contos, que vai ser lançado
no final do ano.
Já li cinco
volumes, portanto conheci melhor cinco filhos: Anthony, Benedict, Colin, Daphne
e Eloise (a resenha deste sai muito em breve); e agora só faltam três:
Francesca, Gregory e Hyacinth. E cada livro é independente do próximo, ou seja,
você pode ler em qualquer ordem e não precisa ler todos para entender o
contexto, já que cada qual possui seus protagonistas, começo, meio e fim.
Porém, se não quer encontrar possíveis spoilers, visto que as histórias ocorrem
em ordem cronológica, é melhor que leia na ordem, o que também traz uma
experiência mais legal.
Ainda mais
porque a escrita de Quinn é tão gostosa, que a gente facilmente mergulha no
século XIX, se delicia com as peripécias de nossos protagonistas, que são muito
cativantes, se diverte a cada virada de página, se apaixona e fica com o
coração todo derretido. Sua narrativa é leve, fácil e descontraída, além de
fluir maravilhosamente bem. Eu realmente sou uma fã declarada da autora e acho
que todos os leitores que estão interessados em embarcar em romances de época
devem ler suas obras.
Sempre acabo
batendo na mesma tecla, mas realmente acredito que os fãs de romances leves e
divertidos com certeza vão se viciar na família Bridgerton se derem uma chance.
Esta é uma das melhores opções do gênero e eu espero que se apaixonem tanto
quanto eu. Julia Quinn é incrível e, também, uma das minhas autoras preferidas
da vida! Com certeza quero ler todos os seus livros e não vejo a hora de a
Editora Arqueiro publicar mais obras dela, o que vai acontecer em breve, visto
que eles já garantiram os direitos de absolutamente todos os seus títulos!
Colin e Penelope são um casal maravilhoso, encantador e que nos faz suspirar
muito. Recomendo demais!
Avaliação
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