Em um mundo
devastado pela doença, Hig conseguiu escapar à gripe que matou todo mundo que
ele conhecia. Sua esposa e seus amigos estão mortos, e ele sobrevive no hangar
de um pequeno aeroporto abandonado. Como se não bastasse a gripe, algumas
pessoas que se recuperaram sofrem agora de uma doença sanguínea que as deixa
fracas. Ninguém sabe como essa doença é transmitida, então as pessoas que não a
têm evitam o contato direto com quem tem.
Por isso Hig
conta com a ajuda de seu vizinho Bangley – um cara que adora armas e tem um
ódio por quase tudo – para vigiar o perímetro dos dois e garantir que nenhuma
dessas pessoas doentes chegue perto demais deles, para furtar suas coisas ou
criar um pequeno caos. A parte de Hig nessa vigilância é a que ele faz com seu
avião, ele sobrevoa o perímetro na companhia de seu cachorro Jasper, que é seu
maior companheiro durante todo o tempo, para se certificar de que nenhum dos
doentes se aproxime e também tentar fazer contato com outros sobreviventes.
Enquanto sobrevoa a cidade ele sonha com a vida que poderia ter vivido não
fosse pela fatalidade que dizimou todos que amava. Hig é um guerreiro sonhador
e tem uma imensa vontade de gente, apesar da desilusão que se abateu sobre ele.
Hig é um sonhador
que deixou de sonhar, abatido pela tristeza e parcial solidão de sua vida, que
vive em busca de um novo motivo pra sentir que sua vida vale a pena, um contato
com outras pessoas, uma luz no fim do túnel. É essa esperança que vemos em Hig
enquanto ele nos narra sua vida nesse mundo pós-apocalíptico. É fácil perceber
que ele é um homem de muito bom coração, seja por sua bonita relação com seu
cachorro ou pelas visitas "à distância" que ele faz a um grupo de
pessoas que têm a doença, mesmo sabendo que se seu vizinho durão soubesse disso
certamente iria querer matá-lo.
Se precisasse
descrever esse livro com apenas uma palavra seria: poético. A escrita de Peter
Heller tem esse quê de poesia, melancolia e um certo desamparo do personagem
principal.
"E o aeroporto parecia ter sido um sonho, então Jasper era um sonho
por trás do sonho, e antes do antes havia um sonho por trás disso. Dentro da
parte de dentro. Sonhando."
O saudosismo de
Hig é bem perceptível, e ele tem uma relação com o passado como a maioria das
pessoas, algumas coisas ele conta e reconta, outras apenas cita, como se fosse
um assunto no qual ele prefira não tocar. É possível ver que ele se lembra de
sua família e amigos de uma forma muito bonita e também muito dolorida.
O principal
problema nesse tipo de escrita poética é que é sempre um pouco complicado saber
se está sendo narrada uma situação atual do personagem ou se estamos apenas em
meio as lembranças dele, e o autor não usa um sistema certo para diálogos, não
existe travessão ou aspas para indicar fala e, por isso, é fácil se perder
quando existe mais de uma pessoa na conversa e isso me irritou um pouco. Também
existem palavras "jogadas", que aparecem isoladas por pontos, como um
final ou começo aberto para outras frases ou apenas uma ideia expressa em uma
única palavra. Sei que isso pode incomodar algumas pessoas, eu até fiquei um
pouco incomodada com isso em alguns momentos, mas acabei me adaptando a isso.
Em alguns
momentos a leitura é maçante, complicada de se entender de verdade, repetitiva.
Em outros é muito boa de se acompanhar, simples e doce, melancólica. Creio que
a leitura desse livro depende de tudo, do tipo de coisa que você costuma ler,
dos gêneros que gosta, do tipo de poesia que curte e do momento em que você
está. Eu tive minhas situações de "amor e ódio" com o livro. É uma
leitura lenta e com uma construção diferente, por isso consigo ver pessoas
gostando muito, outras odiando ou ficando no meio termo. Se ficou interessado
pela sinopse ou pelas coisas que leu sobre o livro, recomendo que leia, quem
sabe você não se apaixona pelo livro.
Avaliação
Na companhia das estrelas consegue ser surpreendente e emocionante. Não consigo parar de me emocionar quando estou lendo a história. Mesmo que as vezes seja um pouco massante como você disse, ainda assim me empolgo com a leitura e as lembranças e a vida do personagem. Não sei se conseguiria viver dessa maneira. Deve ser triste e difícil viver deste jeito, sem família , amigos e completamente sozinho. Beijos.
ResponderExcluirelizabethmsalles@hotmail.com
Excluir“Chance Extra – Estou participando da fan page da Editora Novo Conceito”.
Hum não imaginava que esse livro fosse poético, a capa me passava algo totalmente diferente e nunca tinha me interessado em ler suas resenhas essa é a primeira!
ResponderExcluirE acho que fiz bem, pois não me interessei acho que não conseguiria terminar um livro que oscilasse tanto ia me irritar um pouquinho!! =S
Mas a capa é muito bonita =)
Bjinhos
szane@hotmail.com
Chance extra - estou participando da fan page da Novo Conceito
Esse tipo de livro não faz muito meu estilo. Não sei se eu teria paciência para ler uma narrativa poética. Não gosto de histórias maçantes e repetitivas... Mas, se eu ganhasse o livro de presente, leria com certeza!
ResponderExcluir@Leila_C_S
Chance Extra – Estou participando do Twitter da Editora Novo Conceito
ExcluirA capa é muito bonita, mas não gosto muito de leitura maçante, pois demoro a terminar e raramente término um livro assim, mas me parece que a história do livro é boa, poética.. :-) Gostei de saber que o personagem principal saia para visitar dos doentes.. nobre.... Ainda tem um cão pra acompanham... Nussss, se eu encontrar esse livro na livraria, capaz que o levo kkkk, mas vou pensar muito na questão do maçante, rsss....
ResponderExcluirfabricio-fenix2010@hotmail.com
Chance extra - participando da Fan Page da Novo conceito
Esse é aquele tipo de livro que me apaixonei pela capa sem saber do conteúdo.
ResponderExcluirMais, não se gostaria tanto assim dele como espero gosta depois que o ler. A história não tem um enredo que desperte em mim o interesse.
Não sei se o leria no momento apesar de ter gostado muito da capa.
Beijos.
danydanizinha1@hotmail.com
Chance extra - participando da Fan Page da Novo conceito
HA..... Só 3 casinhas???? Eu ganhei este livro e quero muito lê-lo... mas agora fiquei com o pé atras.... tenho medo de não gostar.... mas, vai que neh???
ResponderExcluirbjo^^
Como é bom ler uma resenha honesta e que não se preocupa em apenas em indicar o livro a qualquer custo e sem ponderações interessantes. Ainda não li Na Companhia das Estrelas mas quem já leu também comentou sobre essa forma diferente do texto. E você foi muito direta ao comentar sobre as partes mais lentas, sobre esse "quê" mais poético que torna a construção do texto diferente do que estamos acostumados. Acho que isso esclarece muito ao leitor que quer se aventurar nesse tipo de texto, porque já sabe o que o espera e as decepções (se existirem) serão menores.
ResponderExcluirvanildarm@hotmail.com
O livro realmente parece ser bem melancólico e poético. Mas só pela capa e título, dá muita vontade de ler.
ResponderExcluirquizy@ig.com.br