Este pequeno
livrinho (tem 11.00 cm x 15.80 cm, 64 páginas e 0.057 kg) tem um grandessíssimo
conteúdo, afinal fala de um dos assuntos mais importantes do mundo: o
feminismo. O texto é uma adaptação do discurso de Chimamanda Ngozi Adichie, de
uma palestra que ela apresentou no TEDx Euston, que conta com mais de 1,5
milhão de visualizações (clique no link para conferir), e que foi musicado por Beyoncé (clique para assistir o vídeo).
Nele, ela
comenta diversos momentos, atuais e através de memórias antigas, de sua vida em
que, por ser mulher, recebeu tratamento diferente dos homens, revela momentos
ruins e revoltantes, e outros bem absurdos. Fala, ainda, de sua experiência
pessoal por, além de ser do sexo feminino, ser nigeriana, e como é tratada por gente
de seu país e também por indivíduos de fora dele.
Bate na
tecla de que muito ainda precisa ser feito para que os indivíduos alcancem a
igualdade de gênero, visto que somos iguais, homens e mulheres, e que, quando
isso, enfim ocorrer, será libertador para todos, independentemente do sexo.
Afinal, moças poderão ser inteligentes, batalhadoras e ainda se maquiarem e
usarem roupas que gostem, sejam elas curtas ou longas, saltos altos ou rasteiras
ou o que mais lhes convir, porque gostam, porque querem se sentir bem consigo
mesmas, e não para os homens ao redor, mas que não deixam de ser tão
inteligentes quanto eles só porque gostam de se arrumar. Os rapazes poderão
sentir e demonstrar sentimentos, e muito mais, poderão ser quem desejam, independentemente
de estereótipos de masculinidade. E cada um de nós poderá ter o mesmo cargo e salários nos
empregos, devido a nossas qualificações e capacidades, e não de acordo com nossos
gêneros.
Neste ensaio
revelador ela ainda nos conta como foi a primeira vez que lhe chamaram de feminista,
dia que se lembra perfeitamente, e como aquelas palavras, ditas por um
amigo, não pareciam demonstrar que significavam alguma coisa boa, pelo
contrário, parecia que ele dizia algo como “Você apoia o terrorismo!”. E, depois,
como isso e vários outros momentos a fizeram perceber que ela era, sim, feminista,
mas que isso era algo realmente grandioso, assim como suas origens, então ela
se autodefiniu como “feminista feliz e africana”.
Mas Adichie
também demonstra que esta palavra acaba tendo um significado negativo,
inclusive para pessoas que não agem tão mal quanto outras, mas que todos
deveriam encará-la de outro modo, afinal ela é algo bom.
A edição
física é uma graça: pequenina, bem diagramada, com fonte e espaçamentos
confortáveis, e com páginas amarelas. Além do discurso, há algumas folhas
extras com uma mini biografia de Chimamanda, e trechos sobre algumas obras
escritas por ela e publicadas aqui no Brasil também pela Companhia das Letras.
Para os que desejam lê-la em e-book, está disponível gratuitamente em
livrarias online.
Considero
que esta é uma obra que deveria ser lida por todos, pois além de ser um tema
atual e de grande importância para a evolução da humanidade, que, mesmo tendo
encontrado melhoras ao longo dos séculos, ainda precisa caminhar muito para alcançar
um patamar bom e íntegro, onde todos são livres para serem o que quiserem sem
enfrentar olhares, opiniões e ocasiões negativas por isso. Indico muito mesmo!
Avaliação
Esse é um tema que estão batendo mesmo na tecla ultimamente. Já vi vários livros assim saindo, ou campanhas e acho super legal essa conscientização sobre o assunto. É bonito de ver, gera uma união e abre mentes para um novo jeito de pensar. Ainda precisamos mudar muita coisa...
ResponderExcluirUma questão que vejo muitos falando é dessas partes absurdas do livro, coisas que aconteceram e são mesmo revoltantes. Imaginar acontecendo de verdade chega a enojar quem lê. Ao menos vi isso em algumas resenhas.. E, bem, deixou curiosa.
É um livro recomendado para todos mesmo. Gostaria de ler.
Esse livro é incrível todo mundo deveria ler! Adorei a escrita da Chimamanda, ela tratou do tema de uma forma tão facil que é impossivel não se identificar. Um dos melhores livros que li no ano!
ResponderExcluirUm assunto que é bastante abordado hoje em dia, porém que continua tendo muito descriminação, sem mudanças...
ResponderExcluirLivro interessante, nunca li nenhum do gênero, mas esse me deixou curiosa.
Beijos,
Caroline Garcia
caarol.garcia@hotmail.com
Infelizmente só fui conhecer esse livro agora, recentemente eu e mais um grupo de amigas da escola fizemos uma trabalho sobre o feminismo sobre o colorismo, como a ideologia feminista se da em diferentes raças e com certeza foi um grande aprendizado, e com certeza esse livro teria sido de uma excelente meio de pesquisa, mas ainda não e tarde e pretendo lê-lo com certeza, já vou inclui-lo na minha lista de desejados.
ResponderExcluirGFC: Lana Silva
E-MAIL: lannawesley@gmail.com
É incrível como é necessário a divulgação de livros feministas. A pauta está em aberto, as pessoas estão escutando. Precisamos falar sobre o feminismo sim! Ótimo tamanho para ser avaliado em escolas.
ResponderExcluirFiquei curiosa com o que li aqui. Não conhecia ainda e o assunto me chamou bastante atenção. Gostei do seu comentário sobre o assunto. O tema é atual e bem interessante. Vou ver se consigo ler também.
ResponderExcluirBeijos.