Doce Vampira - Ju Lund

Em “Doce Vampira” conhecemos um mundo onde vampiros e humanos interagem de forma pacífica. Lógico que a relação entre eles está longe de ser perfeita, já que os vampiros ainda são vistos como uma abominação, porém vivem em harmonia com os humanos, têm direitos e deveres e sua alimentação é controlada pelo estado.

Nossa protagonista Eduarda, mais conhecida como Duda, sempre estudou na mesma escola pública a vida inteira, mas agora que está indo para o último ano, sua mãe acha que ela deve ir para uma escola particular para se preparar melhor para o vestibular. Ela acabava passando mais tempo nesta nova escola do que em casa, não fez muitas amizades, pois considerava as pessoas esnobes, fazendo com que ela se sentisse sozinha. Mas quando uma nova menina se matriculou na escola, uma garota de aparência linda, parecendo até mesmo uma modelo, e entrou na mesma sala que ela, logo elas acabaram virando amigas, fazendo tudo juntas. Mesmo que essa nova menina de nome Ester não seja da mesma raça que ela, já que ela é uma vampira.

Lógico que nossa protagonista não ligou nem um pouco para sua amiga ser uma vampira, pois ela não gosta de catalogar pessoas, etc. E quando essa amizade vira algo mais, e percebem que é amor, ambas as meninas tem que enfrentar juntas este preconceito, não só por serem lésbicas, mas por Ester ser uma vampira, o que era mal visto perante a sociedade.

Quando a família da nossa protagonista acaba descobrindo a verdade, separam as duas meninas, que planejam fugir juntas quando Duda fizer dezoito anos. Quando isso acontece, ambas acabam fugindo, mas indo primeiro para a casa de Ester, onde Duda percebe que existem verdadeira cobranças, e que ela não conhece Ester tão bem, fazendo com que este relacionamento deixe de ser tão prazeroso. Fazendo com que nós, leitores, fiquemos com algumas dúvidas na cabeça. Será que o amor das meninas vai conseguir vencer todos os obstáculos? Será que uma jovem mortal pode ficar com uma vampira?

Achei bem legal o tema abordado pela autora, e gostei bastante de como a trama foi escrita. Misturando realidade e ficção, Ju conseguiu nos levar para um universo cheio de amor, intrigas, preconceito, entre outras coisas que nos prendem na leitura do início ao fim.

A narrativa foi leve e descontraída, o que fez com que eu conseguisse manter um ritmo de leitura agradável, e contou com o ponto de vista de Eduarda, o que achei bem legal, já que pude acompanhar melhor tudo que estava se passando com ela. Confesso que algumas vezes eu gostaria de saber um pouco mais sobre o que Esther pensava, mas isso porque o livro foi tão bem escrito que me deixou curiosa de todos os lados.

Quanto à capa, eu achei bem interessante, apesar de achar que poderia ter sido um pouco mais elaborada, e ela remete bem a história. A parte de trás da capa está bem legal, tem a mesma textura que em todo o começo de capítulo. Achei isso o máximo! Quanto à diagramação, as folhas são em páginas amarelas e as letras estão com a fonte em um tamanho confortável, fazendo com que a gente consiga ler por mais tempo sem cansar a vista.

Recomendo esta história para todo mundo que goste de um livro cheio de acontecimentos, que relata temas bem discutidos pela sociedade, que é o preconceito, e ainda nos trás uma história intrigante, com amor, tristeza, e muitos outros sentimentos, e com um final que ficamos querendo mais.

Avaliação

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