A primeira
coisa que me chamou bastante atenção neste livro foi a capa. No início eu não
sabia muito bem se amava ou ficava na dúvida, já que o conceito de trazer uma
mulher de cabeça para baixo na água a princípio me pareceu bem esquisito, mas
lendo o título, que por sinal está com tipografias lindas, comecei a gostar
bastante dela, pois, se tem a ver com ilusão, acho que a imagem está bem
propícia. Após ler a sinopse, me apaixonei perdidamente pelo que li, e agora venho
compartilhar com vocês quais foram minhas considerações a respeito da obra.
Em “Filha da
Ilusão” conhecemos a história de Anna Van Housen, uma menina de apenas
dezesseis anos que é assistente de palco de sua mãe, a famosa médium Marguerite
Van Housen, em seus shows. Ela é filha ilegítima do infame Harry Houdini, um
famoso ilusionista que é casado, e, por este motivo, não pode exigir nada dele.
Sua mãe é uma farsa e vive do ilusionismo para viver, enganando as pessoas
sobre seus dons, e, portanto, já foi parar na cadeia algumas vezes. Ela é bem
competitiva e deixa Anna em segundo plano, sempre querendo as atenções apenas
para si, pois, caso contrário, fica com ciúmes da própria filha.
Como ambas
vivem mudando de lugar, até mesmo porque o que fazem é proibido em alguns
estados, elas estão indo morar na cidade de Nova York, que é um local onde podem
circular tranquilamente, já que é cheio de mágicos e mentalistas. O que Anna
não conta para ninguém, nem mesmo para sua mãe, é que ela é sensitiva, e, por
isso, tem o dom de falar com os mortos, captar os sentimentos das pessoas e até
mesmo prever o futuro. Como estes são dons cobiçados, a garota tem medo de que
alguém possa querer se aproveitar deles, mas agora eles estão cada vez mais
fortes, sendo até mesmo difíceis de controlar.
Ao conhecer
o seu vizinho Cole, um jovem misterioso, fofo e bem tímido, que ela não
consegue ler como as outras pessoas, Anna vê sua vida mudar completamente, já
que ele lhe apresenta uma sociedade secreta que estuda pessoas que apresentam
os mesmos dons, e onde ensinam a nossa protagonista a lidar com os seus
poderes, aprendendo a controlá-los para que ela viva sem medo e possa voltar a
se sentir normal.
A narrativa
é em primeira pessoa pelo ponto de vista de nossa personagem principal, Anna, o
que achei bem legal, já que assim conseguimos acompanhar tudo o que ela sente.
O livro é rápido, ágil, envolvente e consegue prender a gente do início ao fim
com um enredo delicioso e personagens incríveis, que nos conquistam cada um com
o seu jeito de ser.
Como a
história se passa na década de 20, temos um ambiente um pouco diferente do que
estamos acostumados atualmente, e, principalmente por este motivo, eu gostei ainda
mais da leitura, pois adoro ler livros passados em outras épocas e também de
personagens como Anna, que, mesmo naquele tempo, era uma menina madura e bem
forte.
A capa, como
comentei lá no começo da resenha, tem totalmente a ver com o conteúdo, então acabei
curtindo a escolha. A diagramação interna está bem feita, com o número do
capítulo em um tamanho enorme e uma fonte diferente do resto do texto, e o
mesmo acontece com as primeiras linhas do começo de cada capítulo e com alguns
trechos no meio. Na parte superior da página, junto com o nome da autora e o
título do livro, há uma pequena ilustração em preto e branco. A fonte da maior
parte do texto está em tamanho bem pequeno, o que pode acabar incomodando
alguns leitores, mas o espaçamento está agradável. As folhas são amarelas.
Recomendo “Filha
da Ilusão” para todo mundo que esteja procurando aquele tipo de leitura que
consegue misturar um pouco de amor, ilusionismo, dons, magia, entre outros, com
personagens cativantes em uma trama envolvente e cheia de reviravoltas, que nos
prendem a todo instante com uma história leve e uma narrativa fluida.
Avaliação
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