Filha da Ilusão - Herdeiros da Magia #01 - Teri Brown

A primeira coisa que me chamou bastante atenção neste livro foi a capa. No início eu não sabia muito bem se amava ou ficava na dúvida, já que o conceito de trazer uma mulher de cabeça para baixo na água a princípio me pareceu bem esquisito, mas lendo o título, que por sinal está com tipografias lindas, comecei a gostar bastante dela, pois, se tem a ver com ilusão, acho que a imagem está bem propícia. Após ler a sinopse, me apaixonei perdidamente pelo que li, e agora venho compartilhar com vocês quais foram minhas considerações a respeito da obra.
Em “Filha da Ilusão” conhecemos a história de Anna Van Housen, uma menina de apenas dezesseis anos que é assistente de palco de sua mãe, a famosa médium Marguerite Van Housen, em seus shows. Ela é filha ilegítima do infame Harry Houdini, um famoso ilusionista que é casado, e, por este motivo, não pode exigir nada dele. Sua mãe é uma farsa e vive do ilusionismo para viver, enganando as pessoas sobre seus dons, e, portanto, já foi parar na cadeia algumas vezes. Ela é bem competitiva e deixa Anna em segundo plano, sempre querendo as atenções apenas para si, pois, caso contrário, fica com ciúmes da própria filha.
Como ambas vivem mudando de lugar, até mesmo porque o que fazem é proibido em alguns estados, elas estão indo morar na cidade de Nova York, que é um local onde podem circular tranquilamente, já que é cheio de mágicos e mentalistas. O que Anna não conta para ninguém, nem mesmo para sua mãe, é que ela é sensitiva, e, por isso, tem o dom de falar com os mortos, captar os sentimentos das pessoas e até mesmo prever o futuro. Como estes são dons cobiçados, a garota tem medo de que alguém possa querer se aproveitar deles, mas agora eles estão cada vez mais fortes, sendo até mesmo difíceis de controlar.
Ao conhecer o seu vizinho Cole, um jovem misterioso, fofo e bem tímido, que ela não consegue ler como as outras pessoas, Anna vê sua vida mudar completamente, já que ele lhe apresenta uma sociedade secreta que estuda pessoas que apresentam os mesmos dons, e onde ensinam a nossa protagonista a lidar com os seus poderes, aprendendo a controlá-los para que ela viva sem medo e possa voltar a se sentir normal.
A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista de nossa personagem principal, Anna, o que achei bem legal, já que assim conseguimos acompanhar tudo o que ela sente. O livro é rápido, ágil, envolvente e consegue prender a gente do início ao fim com um enredo delicioso e personagens incríveis, que nos conquistam cada um com o seu jeito de ser.
Como a história se passa na década de 20, temos um ambiente um pouco diferente do que estamos acostumados atualmente, e, principalmente por este motivo, eu gostei ainda mais da leitura, pois adoro ler livros passados em outras épocas e também de personagens como Anna, que, mesmo naquele tempo, era uma menina madura e bem forte.
A capa, como comentei lá no começo da resenha, tem totalmente a ver com o conteúdo, então acabei curtindo a escolha. A diagramação interna está bem feita, com o número do capítulo em um tamanho enorme e uma fonte diferente do resto do texto, e o mesmo acontece com as primeiras linhas do começo de cada capítulo e com alguns trechos no meio. Na parte superior da página, junto com o nome da autora e o título do livro, há uma pequena ilustração em preto e branco. A fonte da maior parte do texto está em tamanho bem pequeno, o que pode acabar incomodando alguns leitores, mas o espaçamento está agradável. As folhas são amarelas.
Recomendo “Filha da Ilusão” para todo mundo que esteja procurando aquele tipo de leitura que consegue misturar um pouco de amor, ilusionismo, dons, magia, entre outros, com personagens cativantes em uma trama envolvente e cheia de reviravoltas, que nos prendem a todo instante com uma história leve e uma narrativa fluida.
Avaliação



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