Vida e Morte - Stephenie Meyer

Essa resenha vai começar um pouco diferente, já que vou relembrar de uma série que me viciou muito há aproximadamente sete anos. Eu confesso que não li “Crepúsculo” assim que o livro foi lançado, mas, sim, na época do lançamento do filme “Twilight”. E, após ler a primeira obra literária, engatei no segundo e terceiro volumes de uma vez só (o quarto ainda não havia sido lançado). Foi um vicio tão grande, que nem mesmo consegui esperar o lançamento do último volume, “Amanhecer”, me antecipei e li no computador antes do lançamento brasileiro (e olha que acho isso extremamente incômodo, principalmente por conta da vista, e porque a internet sempre atrapalha, me distraindo, mas o vício era tão grande que todos estes “empecilhos” pareceram pequenos demais e eu não aguentei esperar e li correndo). Então, posso me considerar uma fã de carteirinha.
Agora, para comemorar o aniversário de dez anos da publicação do primeiro volume de “Crepúsculo”, desta saga tão amada mundialmente, Stephenie Meyer resolveu reescrever a história, só que invertendo o gênero dos personagens principais, e trazendo para a gente uma nova versão para nos relembrar desta tão adorada história.
Aqui no Brasil, a Intrínseca publicou uma edição especial contendo os livros “Crepúsculo” e “Vida e Morte” num mesmo exemplar físico no formato vira-vira, ou seja, cada lado tem um livro, e foi este que li. Logo no início deste volume, temos uma carta da autora que explica o motivo de ter escrito este livro e é sempre bem interessante saber sobre tudo o que se passou na cabeça dela ao reinventar esta história.
Em “Vida e Morte” conhecemos a história de Beau, um jovem de apenas dezessete anos que acabou amadurecendo cedo, já que ficou com muitas responsabilidades, uma vez que sua mãe Reneé sempre foi meio atrapalhada. Como Reneé se casou de novo, Beau quis dar um pouco de espaço para a mãe, e foi morar com o seu pai Charlie em Forks, e é aí que sua vida muda completamente.
Ele nunca gostou muito de Forks e também nunca foi muito ligado a Charles, mas para sua surpresa, a cidade estava sendo legal para o garoto, já que seu pai lhe deu um carro como presente de boas-vindas e ele também acabou fazendo amizades no colégio e até mesmo havia meninas interessadas nele. Mas o que realmente mudou a sua vida foi quando Beau viu a bela Edythe pela primeira vez.
Beau é um menino alto e desengonçado, que tem um grande coração e que é muito fofo, adorei acompanhá-lo nesta aventura e conhecer mais sobre ele. E me diverti bastante em ver como a autora adaptou as cenas para a mudança de sexo.
Edythe é uma vampira linda e de traços finos que conseguiu arrebatar o coração de nosso protagonista e fazê-lo ficar obcecado por ela. Claro que ela também se apaixona por ele e o salva de vários perigos. No início, achei que algumas de suas atitudes e falas estavam um pouco forçadas, mas depois fui me apaixonando por esse casal como pelo original e vi que esta foi a melhor forma que a autora poderia ter escrito este especial, nos trazendo um livro incrível.
O final é diferente do original, fazendo com que a gente sinta quase como se fosse um final alternativo. Ele não abre brechas nem espaços para um segundo volume, então não devemos esperar por uma continuação. Mas a história em si é uma releitura, então, se você está esperando algo muito inédito, não vai curtir tanto.
Achei bem legal Stephenie mudar o gênero dos personagens, não apenas dos protagonistas, mas, sim, da maioria deles (salvo algumas exceções que ela explica no começo do exemplar, no prefácio) isso acabou abrindo nossa cabeça para uma história igual, mas diferente ao mesmo tempo. Foi realmente encantador ver como Beau passou a viver em Forks, assim como Edythe e os outros personagens.
Acabei sentindo falta de alguns traços dos personagens originais, mas acho que é porque sou bem apegada a eles. Gostei bastante da versão masculina da Alice, que me agradou muito, assim como a original. Para quem achava que Bella era uma típica donzela em perigo, vai perceber que isso estava mais na cabeça do que realmente no personagem em si, como Stephenie explicou no início do livro.
A narrativa é rápida, fluida e envolvente e nos faz relembrar de uma história tão amada por muitos. Gostei imensamente de como a autora conduziu o enredo e fez essas mudanças. O livro foi narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Beau, o que foi bem legal, já que assim nós conseguimos entender melhor os seus sentimentos e tudo pelo que ele estava passando.
Para quem, assim como eu, estava torcendo para Stephenie escrever “Midnight Sun”, versão da história narrada por Edward, para comemorar o aniversário, ainda não foi desta vez. A autora sabe que os fãs querem e torcem por isso (sua mãe é a maior entusiasta), só que ainda não há previsão de que ela vai fazê-la, porém também não houve nenhuma informação de que ela não vai escrevê-la, então nos resta ficar torcendo mais um pouco.
Como comentei mais acima, a versão que tenho em mãos é a Edição Especial de Aniversário de 10 Anos, ou seja, de um lado há a capa original de “Crepúsculo” e do outro lado a de “Vida e Morte”, que segue o padrão da anterior e também de toda a série, e eu absolutamente a adorei! A diagramação é a mesma nos dois volumes, com a fonte do texto não muito grande, mas muito bem espaçada, além de contar com folhas amarelas.
Se você, assim como eu, é fã de Crepúsculo, não pode deixar de ler esta obra que foi como um presente para nós, leitores, pelos seus dez anos. Foi muito bom me apaixonar por este novo casal e poder ficar torcendo por ele, assim como relembrar de Forks, que já me trouxe tantas boas memórias. Recomendo demais este livro! E, caso você ainda não tenha lido nem a versão original, não perca tempo e faça logo esta leitura.
Avaliação



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