Viagem ao Centro da Terra – Jules Verne

Gosto bastante de clássicos, por isso tento ler um sempre que possível, intercalando entre uma leitura e outra. Então desta vez resolvi escolher “Viagem ao Centro da Terra”, uma história que já assisti ao filme e curti muito, e que achei que já estava mais do que na hora de conhecê-la mais a fundo, pegando, assim, a versão em livro da mesma, já que sou uma viciada em leituras, e esta obra foi escrita por ninguém menos do que Jules Verne.

Neste volume conhecemos Axel, um menino que vive com o seu tio, um professor alemão e cientista poliglota de nome Otto Lidenbrock, em Hamburgo. Sua vida começa a mudar quando o seu tio encontra, dentro de um livro que adquiriu em um sebo, um manuscrito do século XVI que pertenceu a um alquimista islandês chamado Arne Saknussen, totalmente em códigos. E Otto começa a ficar obcecado para descobrir o significado.

Quando descobrem que o manuscrito possui uma afirmação do alquimista de que é possível chegar ao centro da Terra, eles partem em uma jornada para Islândia, onde encontra-se o vulcão adormecido Sneffels que, de acordo com o documento, é a entrada para o centro de Terra. Ao chegarem lá, acabam encontrando Hans, um guia turístico que os ajuda e acaba se aventurando com os dois nesta aventura, sendo que ele é de extrema importância em toda a história para que eles consigam realizar a trajetória.

Esta obra é bastante gostosa e é realmente um clássico que deve ser lido por todos. A narrativa é bem detalhada, o que pode incomodar algumas vezes, principalmente com as descrições das rochas e minerais, mas quem curte esse tipo de informação vai se amarrar, só que isso torna a leitura um pouco mais arrastada.

“Viagem ao centro da Terra” consegue nos conquistar com a narrativa desta jornada cheia de perigo e mistérios, de animais extintos e paisagens lindas, além de mostrar como esses três conseguem se sair nesta jornada, enfrentando diversas aventuras e muitas dificuldades. A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista de Axel, o que foi bem legal, já que sua visão nos deu uma perspectiva da história como se estivéssemos lá com ele.

E a escrita de Verne é muito interessante e ele tem uma grande capacidade de prender o leitor, inserindo-nos naquele mundo com facilidade, além de conseguir fazer com que visualizemos cada um dos cenários e situações que os personagens vivenciam. Acho fantástico pensar que ele teve essas ideias em uma época totalmente diferente da nossa e ainda ser um dos pioneiros do gênero ficção científica.

Como eu li a versão lindíssima da Zahar, vou falar sobre ela, porque se tem uma coisa que vale a pena é ter essas edições maravilhosas na estante, porque além do conteúdo incrível, a parte gráfica é completamente sensacional. A capa, produzida mais uma vez pelo fantástico Rafael Nobre, da Babilonia Cultura Editorial, é uma das mais bonitas da coleção Clássicos Zahar em minha opinião.

A edição é comentada com notas do próprio tradutor, Jorge Bastos, e possui cerca de trinta ilustrações originais, capa dura, folha de guarda ilustrada, páginas amarelas, uma ótima diagramação com fonte e espaçamentos confortáveis para uma leitura agradável, e cronologia da vida e obra do autor.

Este exemplar faz parte de uma coleção com viagens extraordinárias escritas por Verne, sendo que alguns dos volumes fazem bastante sucesso ainda hoje e são conhecidos por muitas pessoas ao redor do mundo. Dentre eles posso citar este da resenha, além de “A Ilha Misteriosa”, que já li, amei e resenhei aqui no blog (clique no título para conferir minhas opiniões e fotos do livro), “20 Mil Léguas Submarinas”, que também já foi publicado pela Zahar, mas eu ainda não tive oportunidade de ler, e “Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, que a editora tem intenção de publicar numa edição linda, comentada e ilustrada no ano que vem, e eu já estou contando os dias!

Recomendo este volume para todo mundo que gosta de uma grande aventura, cheia de momentos de tensão, intercalado com momentos de calmaria e paisagens lindas, além de personagens incríveis que conquistam a gente do início ao fim. Se você, assim como eu, é fã de clássicos, não pode deixar de ler esta história que com certeza vai te proporcionar momentos maravilhosos e um gostinho de quero mais.

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