Alguns anos atrás existiam alguns livros que eu não leria, fosse pelo tema, fosse pelo autor. Quando somos jovens leitores (e veja bem isso não é algo relacionado a idade) temos diversos preconceitos, que como o próprio nome diz são formados sem conhecimento algum. Mas o tempo passa, vamos cedendo aqui e ali, e quando nos damos conta acabamos por ler de tudo um pouco, nem que seja para dizer que tentamos. Quando soube do lançamento de Elixir anos atrás não dei muita bola, afinal o que uma atriz como Hilary Duff poderia criar do meu interesse. Mas hoje depois de muitos livros lidos dei uma chance para este livro publicado pela falecia Id no Brasil.
Clea Raymond é filha de uma
senadora americana, assim ela vive uma vida bem diferente das pessoas, estuda
em casa, tem um guarda costas que é seu melhor amigo e uma melhor amiga que a
acompanha para todos os lados. Depois de três semanas de férias pela Europa,
Clea analisa suas fotos e percebe que um indivíduo é recorrente nelas, ela fica
assustada, e começa investigar, já que ele começa a surgir também em seus sonhos.
Ao mesmo tempo ela tem a
oportunidade de cobrir um evento que vai ocorrer no mesmo local que seu pai
desapareceu a cerca de um ano. Diante a oportunidade de respostas ela parte
para o Rio de Janeiro, e encontra mais do que é capaz de imaginar, o homem das
fotos, e uma história que atravessa o tempo!
Pois é pegue seus preconceitos e
os atire ao mar, porque é para isso que eles servem, para nada! Claro eu não
sei bem qual parte do trabalho Duff teve no livro já que embora não diga na
capa temos uma segunda escritora no livro, Elise Allen, mas o fato é que a
ideia do livro é muito boa! A narrativa muito envolvente e bem traçada, e
quando menos se espera o livro passa como um flash!
Clea é cética, não acredita em
nada além da realidade, o lado emocional e mítico sempre foi com sua amiga Rayna,
então se ver envolvida em uma trama que quebra com sua lógica foi um grande
baque para a garota, mas que ao mesmo tempo a trouxe para um lugar comum, os
braços de um antigo amado. Claro o fato de ter dinheiro a vontade e amigos que
topam tudo também facilita que ela seja mais determinada e corajosa. Mas tenho
que dizer ela não é uma adolescente chata, ela parte para a ação, e está
determinada a encontrar o pai.
Rayna é divertida, sabe como ser
agradável e ajudar quando é preciso. É o braço direito de Clea, elas até
nasceram no mesmo dia! Diante das estórias loucas da amiga tudo que tem é dizer
é tudo bem, como posso lhe ajudar, e eu tenho certa dificuldade com pessoas que
não questionam o que lhe é dito.
Ben é o 'guarda-costas' de Clea,
é um pesquisador escolhido a dedo pelos pais, e se tornou o melhor amigo da
adolescente. Ela não percebe mais ele é louco por ela, e faz de tudo para
protegê-la e agradá-la. Eu torci por ele boa parte do tempo, mas no fim não sei
dizer quem é o melhor partido, porque Sage o moço das fotos tem uma história
muito triste e que ganhou minha compaixão.
Um pedaço da trama se passa no
Brasil, no Rio de Janeiro durante o Carnaval. Eu só estive no Rio uma vez e
brevemente, logo não posso falar sobre o local com propriedade, mas não senti
desrespeito da autora com o lugar, e na verdade fiquei surpresa com a escolha
da mesma.
A série Elixir já foi toda
publicada no Brasil, sendo o segundo volume Devoted e o terceiro True. Em breve
devo voltar a essa trama, já que tenho ambos volumes na minha estante. O livro
não entrou para minha lista de favoritos, mas foi muito melhor do que eu
esperava e muito melhor do que muitos livros populares que eu não entendi
porque tanto amor! Me lembrou muito uma trama espírita, mas sem o blá-blá-blá
doutrinário, o que é ótimo! Se você assim como eu acha que é um livro ruim
porque é feito por alguém que não escritora, deixe seus preconceitos de lado e
venha para essa história de amor marcada por sangue!
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