Eu já havia
lido o primeiro volume desta trilogia há alguns anos e me lembro que fiquei
louca para ler a continuação. Passou bastante tempo desde o lançamento do
primeiro volume, mas não ficaremos sem poder ler mais da série, já que
finalmente a tivemos o lançamento de “Pela Noite Eterna”. Claro que assim que
me foi possível, comecei esta leitura que eu estava aguardando ansiosamente e
agora venho compartilhar tudo o que eu achei com vocês.
Esse segundo
volume começa exatamente onde o primeiro parou, dando-nos uma continuação da história
sem perder nem um segundo. Em “Sob o Céu do Nunca” (Resenha 01 / Resenha 02) vimos que Ária era uma ex-moradora
de Quimera, uma civilização sem contato com o mundo exterior, que acaba
formando uma aliança com Peregrine, também conhecido como Perry, um forasteiro,
para que ambos possam sobreviver e buscar seus objetivos. Agora que estão no
exterior, a trama mostra como este ambiente foi afetado pelo Éter e vemos
também como nossos protagonistas foram afetados pelos últimos acontecimentos.
Ária ainda
tenta lidar com a descoberta do seu dom e com a tragédia que aconteceu na
cúpula em que sua mãe estava. Já Perry tenta lidar com as responsabilidades de
comandar uma comunidade da qual ele é soberano de sangue, até porque, quando resolveu
levar Ária para lá, todos pareceram aceitá-la muito bem, mas o desprezo que
tinham pela menina era tão grande que até mesmo fizeram um atentado contra ela.
Para que as
pessoas não se irritem mais e eles consigam uma maior aceitação, ambos tentam
manter em segredo o seu relacionamento, fingindo ser apenas aliados, mas, para Ária,
aguentar todos os insultos que recebe dos moradores da comunidade está sendo
bem difícil. E, para piorar as coisas, as tempestades de Éter estão cada vez
maiores, destruindo tudo o que encontram pela frente, fazendo com que eles
enfrentem muitos desafios para encontrarem o Azul Sereno, local onde não existe
o Éter.
O livro é
narrado em terceira pessoa, o que gosto bastante já que nos dá uma visão mais
ampla de tudo o que está ocorrendo na história. E também é dividido pelo ponto
de vista de Ária e pelo ponto de vista de Perry em capítulos alternados, o que
faz com que a gente entenda melhor tudo o que os protagonistas estão passando e
sentindo.
Os
personagens estão ótimos, cada um com o seu jeito de ser, e vemos como eles foram
amadurecendo ao longo do tempo, inclusive por conta de tudo o que passaram.
Neste volume conhecemos novos personagens como Liv, a irmã de Perry, que,
apesar de já termos escutado sobre ela no volume anterior, ainda não havia
aparecido na história.
A capa é uma
adaptação da original e segue um padrão com a do primeiro livro, desta vez com uma
representação do Perry na fotografia, e o título da edição impressa tem um
acabamento prateado bem bonito. A diagramação também segue o estilo do
antecessor, com imagens de silhuetas de galhos no início de cada capítulo, e
fonte e espaçamentos confortáveis para uma leitura agradável. As páginas são amarelas.
No Brasil
apenas os dois primeiros volumes desta trilogia foram publicados, sem previsão
ainda para o desfecho, “Into the Still Blue”, mas não acredito que vá demorar
muito para este também ser traduzido por aqui. Os únicos que infelizmente não
sei se terão edições nacionais são os contos extras que complementam a série,
"Roar and Liv" (#0.5) e "Brooke" (#2.5), que no exterior
foram publicados apenas em e-books.
Com uma
aventura cheia de adrenalina, alianças e mistérios, “Pela Noite Eterna”
consegue conquistar a gente a cada virada de página com personagens incríveis e
um pano de fundo maravilhoso. Foi bem gostoso acompanhar nossos protagonistas
em uma narrativa rápida e fluida, que com certeza vai conseguir agradar a todos
que gostam de distopias, já que esta é uma excelente continuação, e, por estes
motivos, eu recomendo esta série para todo mundo.
Avaliação
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