Evie e Leo
se conheceram ainda crianças em um dos lares adotivos pelo qual passaram. A
amizade entre eles logo surgiu e os sentimentos foram aflorados aos pouquinhos,
mas, antes que eles realmente tivessem alguma coisa juntos, Leo teve que ir
embora, deixando Evie para trás, trocando juras de amor e com a promessa de que
ficariam juntos em breve e para sempre.
Mas, assim
que se mudou, ele sumiu completamente, sem deixar vestígios ou uma forma de
encontrá-lo, e muito menos entrou em contato com ela, como havia prometido que
faria. Oito anos se passaram sem que Evie tivesse qualquer tipo de notícia de
Leo, mas não deixou sua vida parada, pelo contrário, conseguiu batalhar para
ter seu próprio lar, emprego e amigos, apesar de nunca ter esquecido seu
primeiro amor e não ter se envolvido num relacionamento sério com ninguém mais.
Agora, ela
percebe que está sendo perseguida por alguém, um homem misterioso e
completamente atraente. Quando, enfim, consegue confrontá-lo para saber o
motivo de ele estar fazendo isso, a moça descobre que é Jake Marsden, e que na
verdade ele está seguindo-a porque Leo lhe pediu isso antes que algo bem sério
acontecesse com ele.
Evie sente
muita atração por Jake e quer seguir em frente e se relacionar com o rapaz, mas
ainda não tem certeza de que pode confiar neste homem sensual e
misterioso. Será que tudo não passa de apreensão
de sua cabeça ou sua história com Leo é muito mais do que ele deixa
transparecer?
Eu realmente
acreditei que iria amar este livro tanto quanto amei seu antecessor, “A Voz do Arqueiro”, que se transformou em um dos meus preferidos do gênero (clique para
conferir a resenha), mas isso, infelizmente não aconteceu. Gostaria de pensar
que foi porque estava com expectativas altas demais, mas sei que o problema não
era bem esse, apesar deste fato ter contribuído. O que acontece é que a
história deste volume é pura e simplesmente mais fraca do que a anterior.
Talvez pelo fato de que tenha sido escrito primeiro (aqui no Brasil a ordem de
publicação foi modificada, falo mais sobre isso no final do post) e a autora
tenha melhorado sua técnica depois, mas sinto que faltou um pouco mais para eu
ficar completamente apaixonada. E sei que ela estava no caminho certo, mas,
infelizmente, mesmo faltando pouco, não o alcançou.
Acho que a
grande questão que fez eu não ficar completamente encantada por este volume é
que, para mim, ele acabou sendo mais do mesmo. New Adult é um dos meus gêneros
preferidos, como comentei aqui várias vezes, então eu acabo lendo diversos
títulos seguindo a mesma linha e outros que não são exatamente deste gênero,
mas são romances bem parecidos também. Então, para eu amar algo, ele tem que se
destacar se comparado aos demais, coisa que não ocorreu.
Para começo
de conversa, o início do relacionamento do casal principal é bastante parecido
com outros do estilo. Eles mal se conhecem, ela fica totalmente apaixonada por
sua beleza, os dois conversam um pouco e os sentimentos ficam intensos
rapidamente. Só que eu gosto de ver isso acontecendo aos pouquinhos. Além do
mais, ela era virgem e humilde, e ele, rico e lindo, e passam a se envolver e
se apaixonar, e ele faz tudo para ela, inclusive financeiramente, o de sempre.
Talvez se
tivesse um pouco mais de desenvolvimento nesta área, os clichês até ficariam de
lado, mas isso infelizmente não aconteceu. Acho até que Mia poderia ter escrito
umas boas páginas a mais (este volume tem 208, enquanto o primeiro tinha 336)
para desenvolver melhor estas questões.
A leitura
vai melhorando com o avançar das páginas, e quando chega ao ápice, tudo fica
mais emocionante e interessante. Claro que a gente já sabe o que vai acontecer,
mas, ainda assim, a forma como Sheridan nos apresenta estes detalhes foi muito
bem feita e nos agarra ao que estamos lendo, sem conseguir desgrudar os olhos
de suas palavras.
Só que uma justificativa
sobre a grande revelação me incomodou bastante. E, apesar de ter sido explicada
e eu tê-la aceito, acho que no fundo continuou não me agradando tanto assim.
Talvez porque a protagonista tenha comentado que sentia algo estranho ali, mas
não ficava realmente indagando isso, ela simplesmente deixava para lá porque
estava confortável naquela situação, mas depois de tudo o que viveu, esperava
um questionamento ou atitudes melhores dela neste sentido.
Eu gosto
destas capas e fico contente de a Arqueiro ter decidido manter as originais. As
adaptações do Brasil apresentam a foto e a maioria dos detalhes em preto e
branco, exceto pela palavra do título que remete ao signo representado, que
possui a mesma cor da lombada, do símbolo do signo embaixo do nome da série, e
de um pequeno texto sobre a mesma na contracapa, sendo que a do primeiro
exemplar é vermelho, a deste, laranja, e a do próximo é amarelo. A diagramação
está bem confortável com fonte e espaçamentos em tamanhos agradáveis, e as
páginas são amarelas.
Este volume tem
um final, mas a autora escreveu um tipo de continuação, “O Leão Ferido”, que
acaba de ser publicada pela Arqueiro aqui no Brasil, e conta o lado do Leo
desta história, ou seja, vamos saber tudo o que aconteceu com ele naqueles anos
em que ficaram separados, e, pelo que entendi, possui um final mais extenso do
que este primeiro. Ou seja, em algum momento a linha do tempo se encontra com
este, mas vai um pouco além da finalização de “O Coração do Leão”, trazendo um
desfecho mais recente. Assim que eu ler esta sequência eu faço uma resenha e
conto para vocês se é realmente isso que acontece.
Estou
bastante curiosa para ler o segundo livro com estes protagonistas, porque não
posso dizer que realmente gostei do Leo no primeiro, pois suas explicações e
justificativas não me agradaram totalmente. Eu sei que o que ele enfrentou foi
terrível, mas neste exemplar faltou um pouco de emoção a respeito deste
assunto, principalmente por ter sido abordado de maneira muito breve e pelo
ponto de vista de Evie, então sinto que preciso entrar na mente dele para compreender
tudo melhor.
Até onde
sei, esse exemplar precisa ser lido antes de sua continuação, mesmo que as
histórias sejam semelhantes em alguns pontos porque as vidas dos protagonistas
voltam a se cruzar, pois acredito que o segundo possua spoilers de algo muito
importante que só é revelado mais para o final do primeiro. E uma dica é ler
ambos com uma diferença de tempo entre um e outro e não terminar um e já
começar o próximo porque eles são muito parecidos e pode acabar incomodando ler
praticamente a mesma história duas vezes seguidas.
Achei o
enredo, de um modo geral, um pouco mais fraco que o outro da autora que li,
mas, mesmo assim, fiquei encantada. Gostaria que tivesse mais páginas? Sim! E
que o início do relacionamento amoroso fosse mais desenvolvido? Absolutamente.
Mas entendo algumas coisas terem sido assim por conta das explicações do fim.
Só que, mais do que explicações, eu gosto de ver as ações e os sentimentos
aflorarem no momento que ocorrem, ou pelo menos que sejam descritos bem depois,
então sempre fiquei meio com um pé atrás conforme ia avançando as folhas da
leitura.
Inclusive,
em muitas ocasiões eu pensei em dar uma avaliação final de três casinhas, mas
aceitei tudo o que foi revelado e arrumado no caminho para o desfecho, que eu
considero a parte mais importante de um livro, já que se o fim for péssimo, não
importa o quanto eu tenha amado todas as páginas anteriores, não consigo mais
apreciar a leitura. Então, com uma finalização boa, todas as pontas anteriores
foram explicadas e mais aceitáveis, o que transformou a nota em três e meio,
mas aqui no blog só tem notas inteiras, então arredondei para quatro casinhas.
A série “Signos
do Amor” traz personagens com características de cada signo, sendo que no
Brasil somente três exemplares foram publicados até o momento: este e sua
continuação, ambos representando Leão, e “A Voz do Arqueiro”, que é de
sagitário. A ordem de publicação por aqui é diferente da lá de fora, mas isso
não atrapalha em nada a leitura, visto que cada história traz seu próprio casal
de protagonistas.
Mia Sheridan
é uma escritora excelente, que consegue transmitir sentimentos e situações de
uma forma encantadora e envolvente. Mais uma vez ela soube construir uma trama
deliciosa e com personagens carismáticos. Posso não ter amado “O Coração do
Leão” como amei “A Voz do Arqueiro”, mas gostei bastante desta sua outra
história e não poderia deixar de recomendá-la.
Avaliação
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