A história,
como vocês provavelmente também já conhecem, acompanha a pequena Alice, uma
menina adorável que, em uma tarde relaxada sem nada para fazer, acaba vendo um
coelho passar por ela todo apressado dizendo que estava atrasado. Mas, o que
mais chamou a atenção da garota foi o relógio de bolso que o coelho tirou do
bolso do colete antes de seguir seu caminho. Tomada por uma grande curiosidade,
Alice sai correndo atrás do coelho e o alcança bem no momento em que ele entra
numa toca. E é claro que ela entrou no local bem atrás dele.
A menina
ainda não sabia, mas grandes aventuras estavam lhe esperando neste mundo louco
que ela tinha acabado de adentrar, o País das Maravilhas. Lá, ela acaba conhecendo
criaturas peculiares e vive situações engraçadas, algumas bem incomuns e outras
até excêntricas.
O texto foi
adaptado pelo Tony Ross, que é o próprio ilustrador da obra, e no comecinho do
exemplar há um prefácio escrito por ele mesmo, onde fala que gostava da
história de Alice desde que era pequenino, mas não entendia tudo o que estava
lendo e isso o incomodava porque era uma história voltada para crianças e ele,
mesmo sendo uma, não compreendia certas nuances. Então, quando já estava mais
velho e entendia tudo, decidiu escrever uma versão adaptada e,
consequentemente, mais acessível às crianças dos dias de hoje. E, para isso,
cortou ou substituiu determinadas palavras, sem retirar o sentido geral, e complementou
o texto com muitas novas ilustrações, coloridas, chamativas e autoexplicativas,
deixando a leitura mais divertida ainda e muito fofa, sem perder nada da
essência.
Eu já tinha
tido a oportunidade de conhecer o trabalho deste ilustrador tão talentoso e
novamente curti muito seus traços e as cores dos seus desenhos, que deixaram
esta edição ainda mais perfeita e convidativa para leitores de absolutamente
todas as idades. Porque, afinal, os mais velhos adoram novas versões deste
clássico tão amado, e os mais novos vão poder entender melhor a história além de
se sentirem mais atraídos por esta gama maravilhosa de cores que representam
bastante o conteúdo escrito.
A versão
impressa apresenta um formato diferenciado com 26,40 cm x 19,60 cm, e conta com
apenas noventa e seis páginas, miolo com folhas em papel couché (aquele que tem
uma textura gostosa e parece página de revista, só que muito mais grossas) e
ótima qualidade de impressão. A capa é uma graça e tem verniz localizado nos
detalhes gráficos, como nos naipes dos baralhos, título e selo de edição
comemorativa.
Gosto muito
desta história e de todo o estilo nonsense
da mesma, mas acho que Tony Ross fez um trabalho incrível deixando-a muito mais
entendível para os pequenos, sem perder a essência tão bem elaborada e escrita
por Carroll, e acho que este é um elogio significativo, afinal foram estas
particularidades que fizeram com que “Alice” fosse tão memorável e querida por
tantos leitores ao longo de todo esse um século e meio.
Acredito que
todas as pessoas deveriam ler este clássico divertido e fofo, que consegue
encantar leitores, desde os pequeninos até os mais velhos, com uma trama
diferente, original e única. Os personagens criados por Lewis Carroll são
fascinantes e igualmente adoráveis e a gente sempre termina a leitura com
vontade de ser a própria Alice para viver tudo o que ela viveu no País das
Maravilhas. Sempre fico cativada a cada leitura que faço desta obra e gostaria
que todos sentissem o mesmo. E, uma coisa é certa, não importa a idade, todos
os fãs de Alice e também os novos leitores vão se apaixonar por esta linda
edição publicada pela WMF Martins Fontes, então eu preciso recomendá-la muito,
muito, muito.
Avaliação
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