A Garota do Calendário #03: Março - Audrey Carlan

O pai de Mia Saunders deve muito dinheiro a um agiota por conta de dívidas de jogo. Para ajudá-lo e também salvar a vida dele, de sua irmã mais nova e a dela própria, Mia vira uma acompanhante de luxo. Por um ano ela vai se hospedar na casa de clientes que precisam de seus serviços. Um mês na companhia de um homem diferente em partes variadas do país, recebendo cem mil dólares mais vinte mil extras se for para cama com algum deles.
Março é o mês do ex-boxeador e empresário Anthony Fasano, herdeiro de uma rede de restaurantes, dono de um corpo escultural e belíssimos olhos azuis. Ele precisa que Mia finja ser sua noiva de mentira e ela rapidamente descobre o porquê disso, e o ajuda nesta jornada de aceitação e busca pela verdade. Afinal, nossa vida e nossa felicidade deve estar acima de todas as outras, e não devemos ter medo de quem somos.
E vamos ao terceiro volume da série, que até agora estou curtindo acompanhar porque é leve, curta e descontraída, mas ainda espero um algo a mais. A cada livro que passa, vemos que a vida de Mia está mudando bastante, e de uma forma bem positiva. Sua jornada, suas novas experiências e as pessoas que conhece em seu caminho estão fazendo com que ela mesma passe a enxergar a vida sob outro ângulo, ao mesmo tempo em que evolui como ser humano. E isso é bem bacana de se ver.
Só acho engraçado, mas não de um jeito cômico, quando uma pessoa consegue mudar tudo ao seu redor com tamanha facilidade como aconteceu neste volume. Anthony não conseguia se assumir gay publicamente (e isso inclui para sua família, pessoas de quem ele era muito, muito próximo) e viveu um relacionamento amoroso escondido com seu parceiro por vários anos, mas agora, dentro deste mês em que ela está lá e, coincidentemente no último dia de Mia, decide se revelar para todos da maneira mais pública possível.
Mia parece um guru de saber o que é certo na hora certa e consegue modificar a vida das pessoas apenas com sua presença. Foi ótimo, lindo, mas um pouco forçado na questão linha do tempo em minha opinião.
Mas também acaba sendo reflexivo, já que muitas pessoas passam por coisas semelhantes na vida real, e, talvez, a forma como Mia ajudou Anthony a perceber que ele e Hector mereciam mais do que estavam vivendo, possa também ajudar alguns leitores com suas próprias escolhas. Essa atitude dela foi muito admirável e gostosa de acompanhar. Só achei que alguns comentários da autora eram preconceituosos, o que me incomodou.
“Conhecer vocês dois abriu meus olhos para a plenitude que a vida tem a oferecer quando nos permitimos assumir riscos. Você os assumiu, Tony, e agora sua vida vai ser sempre plena. Talvez, no futuro, eu seja capaz de fazer o mesmo. Obrigada por me mostrar o que é bravura.”
Esse até agora foi o que ela passou menos tempo na companhia de seu cliente e mais tempo envolvida com outra pessoa próxima a ele, mesmo sem envolver sexo com nenhum deles. Mas é claro que nossa protagonista arruma outra pessoa com quem satisfazer os desejos da carne rapidamente.

E é meio estranho que Mia, num primeiro momento, ainda no volume inicial da série, antes de começar a trabalhar como acompanhante, estivesse meio preocupada com a possibilidade de fazer sexo com todos os seus clientes, se agora ela mal os olha e já fica com vontade de ir para a cama deles logo no primeiro instante (sério, isso acontece na primeira cena que vê seu cliente ao vivo). Coisa que só não aconteceu neste exemplar porque ele não se sentia atraído sexualmente por ela. Para quem estava tanto tempo sem relações íntimas, agora parece até que ela se tornou ninfomaníaca (Eu sei que a proposta da série é ser mais quente, mas ela não precisa ficar cheia de fogo sempre no primeiro instante com cada um dos homens que vê).
Como os volumes anteriores, esta também é uma história bem curta, terminando na página cento e dezenove (no final, como de costume, tem o primeiro capítulo do próximo volume, neste caso Abril), e acho que foi a que o mês pareceu passar mais rápido, talvez pelo fato de termos encontrado outras participações, como de Ginelle, sua melhor amiga, e Maddy, sua irmã, antes de ela conhecer seu cliente da vez.
E ainda houve uma participação especial do Wes, personagem que foi seu cliente no primeiro volume, que eu adorei (tanto ele lá, quanto sua presença aqui), e mal vejo a hora de encontrá-lo mais vezes. Ele ocupou algumas páginas do livro, que já é curto, tanto por meio de conversas quanto ao vivo.
Gostei bastante dos personagens secundários, com destaque para Hector, o melhor deles, e para a família de Anthony, com exceção da mãe, de quem só fui gostar bem no finalzinho, principalmente pela forma arcaica que usa para tratar todos os filhos, menosprezando as mulheres e colocando uma pressão desnecessária no único filho homem.
A jornada de Mia Saunders ainda está no começo, mas já vimos mudanças significativas em sua vida, inclusive porque ela sempre tira alguma coisa de suas novas experiências com pessoas novas e situações diferentes. Muita coisa ainda vai acontecer com nossa protagonista e vou acompanhá-la até o final para ver o que o futuro lhe reserva, e convido os leitores que curtem obras do gênero leves, curtas e bem descontraídas, a virem junto comigo.
Avaliação



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2 comentários:

  1. Para um livro tão curto você fez uma resenha bem grande, hein? Te parabenizo por isso, se mostrou bem completa. Ainda não li nenhum livro da série, mas de uma coisa tenha certeza: já estou bem familiarizada com a história de tanta opinião que li a respeito. Adorei saber sua opinião.
    Um abraço!

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  2. Amo a garota do calendário, estou começando setembro hj, loucamente apaixonada!!!
    adorei a resenha!!!

    #Agarotadocalendario
    #ConfieNaJornada #TeamWes

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