Viv está num
bom relacionamento amoroso há cinco anos com Rob, lindo, rico e um ótimo
partido, de quem é noiva desde alguns meses após começarem a sair juntos e com
quem está prestes a se casar... pela terceira vez. Mas, depois de Rob adiar o
casório novamente, ela resolve dar um basta nisso, dando um tempo na relação e
se mudando de casa.
É claro que
este tempo era para ser algo breve, só para ele se dar conta de que não poderia
viver sem ela, mas as coisas acabam saindo diferente do esperado e Rob já está
em um novo relacionamento com uma outra mulher.
Mas Viv tem
certeza de que ainda não é tarde para reconquistá-lo e vai atrás de seu
objetivo. Só que as coisas saem de controle e ela acaba se declarando num
momento bem inapropriado, e é Max, seu melhor amigo, quem vai estar ao seu lado
para ajudá-la a passar por este momento.
Depois do
fim do relacionamento e com uma Viv um pouco mais madura, ela acaba se abrindo
para outras possibilidades e olhando para os lados, mais especificamente para
alguém que poderá fazê-la mais feliz do que qualquer outro já fez.
Porém, nossa
querida protagonista está confusa e acaba fazendo uma escolha errada,
complicando tudo mais do que nunca. Agora, ela vai precisar bolar um plano que
nada mais é do que uma grande loucura para trazer seu amor de volta.
Estava bem
empolgada para começar esta leitura o quanto antes, porque eu gosto muito de
chick lits, a sinopse deste era bem promissora, e a capa me encantou. Mas,
conforme a leitura ia avançando, percebi que minhas expectativas eram altas
demais, o que nem sempre é algo positivo, e alguns pontos da história e da
narrativa da autora acabaram me incomodando. Então eu gostei do que li, porém
com algumas ressalvas, que vou comentar mais abaixo para vocês.
Viv é bem
divertida e uma protagonista meio maluquinha e gostei de acompanhá-la na maior
parte do tempo. Acho, inclusive, que seria interessante ter uma amiga como ela
na vida real. Ou seja, Viv é uma personagem pela qual eu simpatizei de maneira
geral, mas não gostei dela em alguns momentos. Como, por exemplo, a sua
arrogância com relação a algumas coisas, entre elas a profissão de artista de
Max, ou o namorado de sua avó Reggie, e a forma como ela o tratou em alguns
momentos, ou até mesmo as conversas com Lucy, quando o assunto não era o que
ela mais gosta de papear: ela mesma e seus dramas. Além do mais, ao meu ver,
ela passa muito tempo sofrendo por um ou outro homem de forma exagerada demais,
quando deveria dar mais valor a si própria e à sua vida, e deixar um pouco todo
esta dramaticidade para lá.
Por outro lado,
sofrer por amor é sempre ruim, mesmo que para algumas pessoas, como Viv, seja
tudo de maneira mais intensa, então dá para entender algumas de suas atitudes e
pensamentos e me senti mais próxima à ela, afinal, a personagem é bem real e
humana, cheia de qualidades e também de defeitos.
Acho tenho
certeza que ela é meio totalmente stalker, o que acaba sendo
engraçado em diversos momentos por conta das coisas que ela pensa e como age.
Mas também fiquei com vontade de sacudi-la em outras partes porque isso só a
fazia sofrer mais e deixar sua rotina e as coisas importantes de lado.
Quando as
últimas páginas iam se aproximando, senti que o ritmo ficou muito rápido e os detalhes
importantes aconteceram com pressa (enquanto outros pararam de existir, como
uma interação maior com os personagens), diferente do resto do livro. E eu
queria um aprofundamento justamente em algumas destas cenas como, por exemplo,
o casamento de sua avó, o qual nós não acompanhamos no momento em que ocorre,
mas que eu realmente gostaria de “estar presente”, porém ela apenas comenta
sobre o que aconteceu lá brevemente depois.
Por falar
nisso, se alguém um dia já pensou em escrever um final terrível para seu livro,
acho que encontrei esta pessoa: Emma Garcia. Não sei nem o que pensar da forma
como ela resolveu finalizar esta história, já que as coisas mais importantes,
que ficaram rondando a protagonista desde a metade do livro para o final, foram
simplesmente deixadas de lado e sem respostas, e a única coisa de importante sobre
a loucura de amor também teve uma resolução sem graça. Estou realmente muito
decepcionada com este fim e com uma raiva da autora por ter me deixado
esperançosa de encontrar algo realmente bom.
O que
ameniza um pouco este fim, é que descobri que o livro tem continuação (lançada
dois anos após o primeiro volume), a qual ainda não sei se será publicada aqui
no Brasil, mas espero MUITO que sim, porque eu realmente necessito saber as
respostas para as minhas infinitas perguntas, e quero mesmo saber o que
aconteceu depois deste final. A sequência, "OMG Baby!", foi publicada
no meio deste ano lá fora e, com o título e a sinopse, já deu para ter uma
ideia do que aconteceu, então eu tenho mesmo que ler.
Dos personagens
secundários, eu gostei das amigas de Viv, Ruby e Christie (uma doida que na
verdade era assistente da protagonista), e espero encontrá-las com mais
frequência na sequência desta história.
Apesar de um
site de autoajuda com este mesmo nome do título realmente ter sido criado pela
protagonista, ele não teve assim tanta relevância na obra quanto eu pensei que
teria, apenas no começo dos capítulos, que sempre tinha alguma coisa do site
relacionado com o momento que Viv estava vivendo.
Na verdade,
o grande destaque do livro são as loucuras de Viv atrás de seu melhor amigo,
com a campanha que ela cria “Où est Max” (ou Cadê o Max – a tradução dada no
livro), que acho que seria um título com mais sentido para o livro, já que tem
muito mais importância do que seu site. E é muito divertida, pois toma
proporções enormes, coisas que só alguém como Viv faria.
Mas toda a
trama sobre ele meio que saiu de controle, já que Max desapareceu do nada, sem
dar notícias ou recado para Viv, só porque estava magoado. Pareceu tudo mais infantil do que o pretendido, como
se ele fosse um adolescente que evita assuntos sérios, já que poderia ter
simplesmente respondido ou entrado em contato com ela para conversar alguma
coisa, ao invés de fugir e fazer tratamento de silêncio completo. O ponto
positivo disto é que deu para a trama seguir para um caminho mais engraçado e
inesperado.
Ainda sobre
ele, Max é um personagem encantador e adorável que eu gostei muito de conhecer
e não sei como Viv demorou tanto para notá-lo, nem como perdeu tanto tempo com
aquele insuportável, arrogante e babaca do Rob. Só queria que tivesse tido mais
do relacionamento dos dois (Viv e Max!) para acompanhar, porque era fofo,
genuíno e real. Sorte que a autora escreveu um segundo volume!
Também acho
que a escritora tem uma fixação meio estranha por pelos/cabelos, porque houve
momentos mais do que se pode chamar de comum (hahaha) em que ela cita um ou
outro, alguns de forma divertida, porém, outras apenas nojentas.
Pensei que
iria rir muito com este volume, daquele tipo de risos constrangedores, mas,
infelizmente isto não aconteceu. Na verdade, eu não dei uma única risada em
todo o livro, que, apesar de ser divertido e de eu ter sorrido, não o considerei
de comédia. Não estou dizendo isto como uma coisa ruim, apenas que eu estava
esperando algo diferente.
Gosto
bastante desta capa, que logo que a vi me remeteu ao gênero chick lit, as cores
estão lindas e harmoniosas e adorei a suavidade do fundo, com tons leves e
clarinhos de azul e verde, que dão a impressão de segundo plano fosco. Na
edição impressa há verniz localizado nos corações e no título, que também está
em alto-relevo, e as páginas são amarelas. A diagramação é confortável, a fonte
escolhida está num tamanho bom, assim como os espaçamentos.
A leitura
intercala momentos mais alegres e alto astrais com outros tristes e também
alguns reflexivos, de forma leve, envolvente e até encantadora. A autora
escreve sobre uma garota real, com problemas normais pelos quais qualquer um de
nós já passou ou vai passar um dia (talvez não com tanta demonstração pública)
e foi divertido poder acompanhá-la nesta jornada pela vida. Se você busca um
chick lit adulto com estas características, acho que pode gostar desta
história.
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