Você sabe quando um livro é bom
quando você começa a lê-lo e perde a noção de tempo e espaço. E no momento que
não está lendo está pensando, refletindo ou sentindo falta da atmosfera dele.
Não são muitos que permitem essa sensação, não só pela qualidade técnica dele,
como também pela identificação que o gênero/tema tem com o leitor. Um livro que
me permitiu viajar para uma fazenda deliciosa e esquecer da vida foi Paraíso,
da autora Deyse R. Nicole, publicado pelo selo Novos Talentos da Literatura
Brasileira da editora Novo Século.
Em Paraíso somos apresentados a
Débora, um mulher de 28 anos que tem seu passado marcado por uma tragédia que
mudou radicalmente o modo como ela se relaciona com as pessoas e o mundo.
Querendo fugir do que viveu ela aceita uma vaga de professora na pequena Vila
Paraíso, mais exatamente na enorme Fazenda Boa vista.
Entretanto o que parecia a
oportunidade perfeita de começar de novo, em um lugar que parecia o Paraíso, se
mostrar uma sucessão de acontecimentos surpreendentes e angustiantes depois
de conhecer um dos donos da fazenda, Marcos. Em uma batalha para defender suas
cicatrizes e não abrir novas feridas terão que lidar com um novo sentimento que
surge, e decidir se são capazes de amar novamente.
Ah alguém me leva para a Fazenda
Boa Vista por favor? Quero almoçar a comida da Dona Carmem, espiar a paisagem e
ouvir as brincadeiras do Leo! Pois é trata-se de uma romance delicioso e
refrescante, embora trate de temas delicados tudo é narrado de forma muito
delicada e gostosa, realmente dando uma vontade enorme de conhecer a fazenda.
A narrativa de Deyse é muito bem
estruturada respeitando os traumas que os personagens carregam, é feita em
primeira pessoa através de Débora que aos poucos vai nos apresentando sua
história de vida. O livro tem uma diagramação simples e contou com uma boa
revisão.
Todos os personagens têm um traço
comum: o luto, todos o estão atravessando momentos diferentes da perda e a
elaborando. É sobre a elaboração e a transformação diante dela que o livro
trabalha. Somos capazes de amar depois de ter a confiança traída por quem mais
amamos? Podemos entregar o coração para alguém que têm medo de admitir o que
sente? Podemos tentar de novo depois de a vida nos tirar o que já era nosso?
Essa são algumas das perguntas que surgem.
Débora é uma jovem que embora
ainda tenha pouca idade já conheceu as piores dores humanas. Seu grande
problema não foi apenas com as más escolhas, mas também da fuga dos resultados
delas. Diante da possibilidade de sofrer ela se retraí e foge, quando não se
paralisa totalmente. É apenas com Marcos que começa tomar coragem para virar a
mesa, mas esse é um processo longo e doloroso.
Marcos é outro personagem machucado,
acredita que não deve confiar em mais ninguém, é o estereótipo do fazendeiro
bruto e grosso, mas não foi sempre assim, foi seu passado que o transformou.
Quando conhece Débora tem suas estruturas abaladas, mas ao invés de lidar com
seus sentimentos ataca a moça sucessivamente. É misterioso, lindo (Débora bate
muito nessa tecla, então o moço deve ser né?!) e sexy. Protagoniza cenas bem
sexys com Débora.
Eva é cunhada de Marcos, esposa
de Max. É engraçada, companheira, amiga e uma personagem deliciosa de
acompanhar. Mesmo tendo tido uma perda recente é sorridente, faz piadas de
tudo, e ajuda muito Débora com seus dilemas. Dona Carmem, é mãe de Max, Marcos
e Leo, mãe coruja faz o papel de mãe não só dos 'meninos', como de Eva e
Débora. É o arquétipo da mamãe ganso, que a todos acolhe, alimenta e protege.
Leo o irmão mais novo é galanteador e engraçado, dá uma pitada divertida a
narrativa.
Devo dizer que o estilo da
escrita de Deyse muito me lembrou a querida Nora Roberts, assim como a trama de
Paraíso me lembrou o livro Dália Azul, mas é pela estrutura da personagem que
tem que recomeçar em um local isolado, não trata-se de cópia e nada do estilo.
Depois ao pensar em Dália Azul ele me
ajudou a prever os acontecimentos em paraíso, que logo não foram surpresa, mas
mesmo assim, quem liga! Isso é o de menos porque o gostoso está na escrita, na
forma como a história foi apresentada e não na surpresa.
Não sou fã de romances dramáticos
ou românticos, praticamente não os leio, mas ter tido a oportunidade de
conhecer esse paraíso me fez suspirar, sentir os aromas da fazenda e querer uma
continuação nessa atmosfera. O indico para todo mundo que gosta de uma história
bem feita, feita com o coração, de coração para coração!
Assim como seu livro a Deyse foi uma fofa e nos cedeu 3 marcadores autografados do seu livro, para ganhar basta:
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>>> Comentar nesta resenha (com meio de contato) com conteúdo sobre o livro, vocês já tiveram que recomeçar? Voltar a acreditar nas pessoas?
O sorteio vai ser feito no dia 27.02.2014. Boa sorte!!
Avaliação
Eu também não sou muito fã de livros assim românticos, mas me simpatizei com a Deyse pela entrevista que ela deu ao HOC é diferente quando vc vê o autor falar do livro e de como ela fez a sua semelhança com histórias baseadas em suas próprias experiências, e esta fazenda é bem convidativa então estou com uma vontade enorme de ler este livro.Parabéns pela resenha.
ResponderExcluirGislaine - glnemcl@hotmail.com
Teorias de Gi
Olá!
ResponderExcluirEste livro está entre meus queridinhos, desde que vi a capa e a sinopse me apaixonei por ele. Estou louca para ler outros livros da autora!
Na verdade eu nunca acreditei muito nas pessoas, prefiro conviver com animais que são puros e sinceros, fieis até a morte e não fazem mal para ninguém. Mas os livros estão para isso, nos fazem acreditar em qualquer coisa, sonhar, fantasiar e viajar!
Beijos,
Pati
Esqueci de passar meu contato!!!
ResponderExcluirpatriciapena30@hotmail.com
Hoje em dia também não leio mais tantos livros nesse estilo, mas esse parece legal! Vila boa vista me lembra the simss, acho que era esse o nome da vizinhança de lá(?), agora só consigo imaginar os personagems como sims ahhaha
ResponderExcluirxx
Flávia - Caverna Literária
http://caverna-literaria.blogspot.com.br/
Não conhecia a autora nem o livro, mas adorei a reaenha e fiquei mega curiosa! E gente, que capa é essa, por favor tbm quero ir pro Paraíso ta! ! Rsrsrssrrsrs
ResponderExcluirNunca precisei recomeçar, mas reaprender a acreditar nas pessoas sim. Ainda mais algumas que vivem perto de mim, acho que isso é muito mais difícil neh?
Quero ganhar um marcador heim! Kkkkkk
Rockanapcm1@gmail.com
Bjo bjo ^ ^
Eu nao gosto nadinha de drama tbm... adoro romance policial, adoro livros sobre magia, enfim, mas as vezes a gente tem que deixar de lado o que a gente gosta tanto e dar oportunidade de ler algo que nao "gostamos" muito... Drama é de longe meu estilo favorito, mas ja li livros de drama que eu adorei e super recomendo, esse parece bem legal, ja vai entrar pra minha listinha... *--*
ResponderExcluirbom, eu acreditava demais que uma amizade podia durar pra sempre, com o tempo pessoas que eu achei que seria minhas amigas para sempre foram se afastando, tem um amigo que passou a me odiar por motivos bobos, por enquanto ainda acredito, pq tenho uma amiga que é como se fosse minha irmã, se um dia ela brigar comigo e a gente deixar de se falar acho que eu não passo a acreditar mais.
douglas_bouvier@yahoo.com.br
@doug_fo