Em “Minhas
histórias de Andersen”, Andrew Matthews reconta alguns dos contos clássicos
infantis criados por esse autor dinamarquês que nasceu em 1805. Um fato que
achei interessante é que 2 de abril é o Dia Internacional do Livro
Infantojuvenil porque é a data de nascimento de Hans Christian Andersen, e essa
homenagem foi feita graças à sua contribuição para a literatura do gênero.
Os onze
contos de fadas contidos nessa obra são (na ordem apresentada no livro): O
Soldadinho de Chumbo, Polegarzinha, O Pinheirinho de Natal, A Pequena vendedora
de Fósforos, A Caixa Mágica, A Princesa e a Ervilha, O Patinho Feio, Os Cisnes
Selvagens, O Tratador de Porcos, A Pequena Sereia, e A Roupa nova do Imperador.
Vocês
provavelmente já ouviram falar de alguns deles, e talvez até conheçam como
foram desenvolvidos, só não sei se as versões originais. Confesso que peguei
esse livro pensando que leria histórias infantis fofas, mas não foi isso o que
aconteceu. Claro que eu preciso me culpar por esperar algo diferente, já que
sei que os contos originais de Andersen, apesar de não ter lido nenhum deles,
são menos felizes do que as versões que estamos acostumadas graças à Disney e a
outros autores por aí.
Eu sei que
eu não as conhecia dessa forma, pelo menos não que me lembre, mas as que eu tinha
conhecimento não tinham finais tão decepcionantes, como a maioria que encontrei
nesse livro. Lá estava eu, toda empolgada com a leitura, pensando que
encontraria finalizações belas, alegres e reconfortantes, e acabava desapontada
quando terminava a história. Somente porque gosto de ler livros infantis com
finais melhores do que encontrei, e não curto muito livros tristes (como vocês
que me acompanham já devem saber).
Não posso
dizer que sei o que tem de diferente dos contos originais ou o que foi mantido,
porque eu nunca os li, então nem tem como fazer essa comparação para vocês, mas
o autor, logo nas primeiras páginas, diz que leu diversas versões das histórias
de Andersen, e que tirou algumas partes e acrescentou novas com o intuito de
adaptá-las aos leitores atuais, mas sem perder a essência criada pelo escritor.
Acredito que
essas histórias são assim por conta da época em que viveu, talvez para passar
algumas mensagens para os jovens leitores, mas também para tratar da realidade
como ela é, nua e crua, não omitindo as partes negativas e mesclando com
situações mais amenas.
O que mais
me trouxe tristeza foi, sem dúvidas, A Pequena vendedora de Fósforos. Gente,
que conto foi esse?! Até rolou olhos cheios d’água. Mas até que teve histórias
mais felizes, com finais dignos de transportar alegria aos leitores, mesmo que
até chegar ao final os personagens tenham sofrido bastante, e esses foram os
que mais gostei. O mais fofinho, em minha opinião, foi Polegarzinha, que
coincidentemente é o da ilustração da capa.
A parte
gráfica, por outro lado, está linda. O livro é de tamanho grande, capa dura e
páginas em papel couché (aquele que parece de revista, porém mais grosso), há
ilustrações de Alan Snow em quase todas as folhas, todas coloridas e fofas, com
um traço diferente, mas do qual gostei bastante. A leitura flui bem porque a
narrativa é gostosa, e a fonte é grande com um bom espaçamento.
Todos os
contos são meio tristes e quase nenhum tem um final feliz. Acho que a melhor
fase da vida para ser despreocupado e aproveitar as alegrias é justamente a
infância, então pelo menos na questão de histórias infantis, prefiro que os
pequenos leiam coisas mais leves e fofas do que melancólicas.
Eu não posso
dizer que indicaria a leitura para as crianças, porque eu não gostaria de
lê-las para elas, nem quando tiver filhos vou querer ler essas versões para
eles. Sim, tem gente que vai achar que estou errada, que criança tem que saber
de tudo desde pequeno e não sei mais o que, mas, cada um tem sua própria
opinião e respeito a alheia, então espero o mesmo, ainda que não concordem
comigo. Mas indicaria para os que não são tão pequenos, e para os adultos que
gostariam de conhecer melhor os contos clássicos de Andersen recontados por Andrew
Matthews.
Avaliação
Vish! Fiquei triste.... mas por outro lado, seria bom ler alguns contos assim para crianças, pelo menos elas entenderiam que nem sempre temos finais felizes! rsrsrsrrsrs *pessoa má!*
ResponderExcluirAdorei o livro, as ilustrações são lindas! Adorei a resenha tbm, super sincera! ;)
bjo bjo^^
Ana Paula
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